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Lançamento do Livro: Um sonho de Casal

Quero recomendar a todos os irmãos, amigos, e internautas que visitam este blog que adquiram o novo livro do amado Presbítero Ivan Tadeu Panício Júnior.

Um Sonho de Casal

Parabenizo este jovem escritor, que com carinho e iluminação do Eterno produziu este lindo livro que abençoará muitas vidas. Oro a Deus para que este livro chegue às mãos de milhares de pessoas. Oro a Deus para que os leitores sejam iluminados pelo mesmo Espírito que moveu Ivan a escrever esta obra preciosa. Oro a Deus para que haja uma abundante colheita espiritual como resultado desta bendita semeadura.

Veja uma parte do prefácio do livro:

“De posse das melhores e mais atualizadas informações sobre o assunto, o Autor preparou para seus leitores não um simples livro, mas para os pastores um verdadeiro sermonário na área da família, para os conselheiros um roteiro de soluções espiritual para casais em crise, para os pregadores um rico esboçário estritamente bíblico e de profunda inspiração, para o jovem solteiro um descortinar de sonhos nupciais, e para os casados a certeza de uma vida romântica e feliz. Este livro será um alento e um desafio para aqueles que sonham com uma vida conjugal feliz e que desejam pautar sua vida na sacrossanta palavra de Deus, pela sua fácil compreensão, e pelo genuíno conteúdo. Mais uma valiosa pérola para nossa biblioteca”

Manoel Marcos dos Santos (Pastor da Assembleia de Deus em Curitiba – Congregação CIC)

Para adquirir esta linda obra, visite o blog do Presb. Ivan Tadeu

http://ivantadeu.blogspot.com/

ou pelo e-mail:

ivantadeupanicio@gmail.com


Nele, Pr Marcello

Sou Contra o “Avivamento”

 

 

Avivamento. Como se tem falado disso nos últimos anos no Brasil. Uma bela palavra, mas que com o uso banalizado tem corrido o risco de se perder o seu sentido original. É interessante que no EUA antigamente era comum se usar este termo para referir-se a uma espécie de cruzada evangelística, que em alguns contextos eclesiásticos era chamado de avivamento (Revival) .

 

 

Este costume gerou algumas situações pitorescas, como estas citadas por Stott, quando um pastor disse a um outro colega: -“ Na semana passada tivemos um avivamento aqui na igreja, mas ninguém foi avivado”. Ou como a daquela igreja que colocou uma placa na porta da frente dizendo: “Todas as quartas avivamento aqui”.

 

Será que esta experiência não tem se repetido também aqui entre nós? Por isso afirmo que sou contra o “avivamento”, mas não o avivamento que desce do céu, que se manifesta pela vontade soberana de Deus e impacta integralmente as vidas por ele tocadas. Listo abaixo algumas características do tipo de “avivamento’ diante do qual sou radicalmente contra.

Sou contra um “avivamento” sem conversão genuína.

Avivamento de verdade produz conversões, e geralmente estas ocorrem em massa, mas são conversões reais, reveladas em vidas radicalmente transformadas pelo poder de Deus. Ateus, blasfemadores, religiosos formais e inconversos, em fim, em toda classe de pecadores, almas são colhidas e o reino de Deus é ampliado de verdade.

 

Não ocorre apenas uma mudança de pasto ou redil onde ovelhas de uma comunidade migram para outras e apenas isso. Avivamento não e apenas arrumação de gente, mas acréscimo verdadeiro ao reino através de novas almas convertidas.
Avivamento sem mudança de vida não é avivamento é só agitação humana ou engano demoníaco.

 

Sou contra um “avivamento” sem angústia pessoal pelo próprio pecado e o da sociedade.

Avivamento genuíno produz angústia, um santa angústia em relação ao seu próprio pecado e o da sociedade em que estamos inseridos. Não há como se falar em um real avivamento se isso não acontece. Se este pretenso avivamento produz apenas cristãos ávidos (ou avivados) por consumir, adquirir e sentir, pode ocorrer tudo ai, menos um avivamento bíblico.
Sem arrependimento e quebrantamento por pecados pessoais e coletivos não se pode falar em um verdadeiro avivamento.

 

Sou contra um “avivamento” sem o florescimento da misericórdia e do amor.

 

Um avivamento genuíno é uma obra de Deus e onde Deus age há amor e misericórdia envolvidos de alguma forma. Como falar que vidas estão sendo renovadas em seu relacionamento com Deus e em sua jornada com Cristo pelo poder do Espírito se não há nessas vidas e comunidades uma expressão visível do manifestar do amor, da graça e da misericórdia do Deus que estamos declarando estar mais perto de nós neste tempo de avivamento? É uma pecaminosa contradição.
Por isso reafirmo não acredito em avivamento sem amor e misericórdia manifestos.

 

 

Sou contra um “avivamento” sem um renovado interesse pelas Escrituras.

 

 

Avivamento sem Bíblia é tudo menos avivamento espiritual, pois a Bíblia é o norteador, o referencial que nos aponta a direção divina que permeia toda a sua ação entre nós. Sem este referencial ficamos ao sabor de nossas próprias experiências, sentimentos e perspectivas, o que se tratando de algo tão fundamental torna-se bastante perigoso. Um verdadeiro avivamento aproxima mais o povo à Bíblia, leva o povo de volta as Escrituras. Por isso reafirmo um avivamento sem Bíblia é espúrio, irreal e perigoso.

 

 

Sou contra um “avivamento” sem um impacto verdadeiro na sociedade.

 

Um avivamento que não transcenda para a sociedade extramuros da igreja não pode ter o selo de um avivamento genuíno. Quando Deus opera na vida do seu povo isso chega a sociedade de forma viva, intensa e relevante. Por isso falar de um avivamento que ocorre em um gueto e ali permanece não é o que Deus nos mostra nas Escrituras e na história da igreja.
Nações já foram impactadas pelo mover de Deus no meio do seu povo e isso sim precisa ocorrer novamente, pois um avivamento que não influencie de verdade a sociedade em que estamos inseridos não é avivamento bíblico.

 

Sou contra um “avivamento” sem busca de santidade ética, pessoal e coletiva.

 

 

Avivamento verdadeiro gera santidade verdadeira. É triste constatar que em muitos meios onde se propaga o tema do avivamento vemos muitos atos antiéticos sendo corriqueiros e o que é ainda pior, não sendo reconhecidos como tal. Sem a manifestação de uma santidade ética tanto pessoal como coletiva não se pode falar na manifestação de um avivamento verdadeiro. Sempre que Deus opera com profundidade na vida do seu povo seu povo volta-se em santidade a presença do Senhor e isso se torna um marco pessoal e coletivo. Um avivamento que não demonstre este tipo de santidade integral não pode ser chamado de avivamento.

 

 

Sou contra um “avivamento” que não conduz ninguém a maturidade.

 

Avivamento que não conduz a maturidade é algo estranho, pois se pensarmos no avivamento como um agir do Senhor, este naturalmente deverá nos conduzir a um processo de aprofundamento de nosso entendimento da vida a partir da perspectiva de Deus. Se isso não ocorre não há avivamento, pois Deus não vai trabalhar para nos tornar infantilizados e superficiais.

 

Avivamento que só produz criancices e esquisitice vazia é incongruente com o caráter e o agir do Senhor, ainda que o agir do Senhor muitas vezes fuja do lugar comum e do convencional.
Torna-se mais maduro envolve conhecer melhor a Deus, e se um pretenso avivamento não produz isso não pode ser conhecido como tal.

 

 

Sou contra um “avivamento” sem vida.

 

Este é o contra-censo dos contra-sensos, pois como falar de um avivamento ou reavivamento que é exatamente o infundir de uma nova vida no coração e na alma do povo do Senhor se essa nova vida não é demonstrada de forma alguma, ou se apenas o emocionismo e as palavras de ordens superficiais, mas de grande impacto emocional regem este chamado avivamento.

 

Avivamento real traz nova vida, novo brilho, um novo frescor é como se a vida nova dos céus estivesse sendo infundida novamente em corpos inertes. Não é algo superficial é algo que marca para sempre a vida daqueles que podem passar por esta experiência, cuja história nunca mais será a mesma depois de viverem um verdadeiro avivamento. Avivamento sem vida é um arremedo para não dizer uma triste piada.

Concluindo, temos de desejar, clamar e até esperar, se aprouver a Deus, que ele derrame sobre nós uma verdadeira “chuva” que regue os campos secos dos corações frios e insensíveis de cristãos e não cristãos, que traga o mover soberano de Deus na forma de um avivamento genuíno com todos os verdadeiros frutos a ele relacionados.

 

 

Mas temos de ser sóbrios, temos de resistir e rejeitar os avivamentos banalizados, os avivamentos distorcidos, os avivamentos de mentira, os avivamentos que não alcançam a família, o trabalho, a sociedade em todas as suas dimensões e as relações intra e inter pessoais. Sou contra o avivamento que não aviva ninguém. Sou contra o avivamento se este tipo de engano for assim denominado.

 

Para Você – Que Somente Chora *

Acabo de receber uma mensagem de uma pessoa muito amiga. Ela me escreveu dizendo que ultimamente tem chorado muito.

A vida humana não existe sem choro.

O primeiro ato do recém-nascido é chorar.

Quando se exala o último suspiro, o primeiro que fazem os circunstantes é chorar.

E todos parecem esquecer o que disse O Barão de Montesquieu: “Devemos chorar as pessoas à nascença, e não quando da sua morte.”

Mas há vidas tão preciosas, tão especiais, tão relevantes que para nós mil vezes melhor seria se jamais viessem a morrer.

Outras, como Manassés, morreram sem deixar saudades. Ou seja, ninguém chorou por eles.

Chora-se por nada e se chora também por tudo.

Há os poucos que choram quando ganham e os muitos que choram por perderem.

Há os que choram no reencontro, e os que choram na despedida.

A mãe chora quando vê o filho nascer, chora quando vê o infante crescer, mas chora muito mais quando “perde” o seu amado para aquele(a) que o(a) amou ainda mais.

Chorar envolve sentimentos profundos. Significa o derramar da alma.

Chora-se pouco nas alegrias, chora-se copiosamente quando as tristezas aparecem.

Chora-se no primeiro dia de aula; chora-se muito mais no dia da formatura.

Chora-se pelos parentes de perto que sofrem, bem como se chora pelos desconhecidos de longe.

Aqueles são vistos todo dia; estes só são lembrados pelos flashes e manchetes da mídia.

Chora-se diante da sacrificial obediência dos filhos submissos. Chora—se ainda mais pela traição dos pródigos desalmados.

Chora o pastor pela ovelha desgarrada, chora o artista pelo quadro destruido, chora o órfão pelo(a) amado(a) que se foi.Chora o turista sábio por tudo o que viu. Chora o viajante distraído por aquilo que deixou de ver.

Chora o comerciante pela falta de clientes. Chora o jogador pela vitória sofrida.

Chora Jacó por Raquel, chora Paulo pelos irmãos de Mileto, chora João pelo Cristo eterno, chora Jesus pela cidade de Jerusalém.

Todos choram. Melhor dizendo, todos choramos.

Você também chora.

Há os que dizem que chorar nada significa, mas outros, como Shakespeare, preferem declarar que “chorar é diminuir a profundidade da dor.”

Fácil, bem fácil mesmo, é dar opiniões sobre o choro, quando as circunstâncias não o produzem.

Difícil, bem difícil mesmo é impedir que se chore quando tudo indica que chorar é o que mais acertado se pode fazer.

Às vezes parece que existem aqueles que melhor demonstram sua alegria, chorando. E que dizer dos que se alegram, tentando mostrar que choram?

Talvez Tácito estivesse pensando nesses quando disse que “ninguém chora com mais ostentação do que os que mais se regozijam.” ·

A Divindade se caracteriza pela impossibilidade de chorar.

Chorar, portanto, é quase o traço maior da prova da humanidade.

Isto posto, o grande monumento que evidencia a humanidade perfeita do Filho de Deus provavelmente é João 11.35: JESUS CHOROU.

Milhares de judeus teriam seguido o Nazareno se não tivessem ouvido Dele a sentença que os fez encher de desprezo pelo Messias de Israel: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”.

Não valem divagações quando o Mestre fala. Sua Palavra é a verdade. Chorar é bom e faz feliz.

Eu chorei, tu choraste, ELE chorou.

Apenas te digo que não chores sem consolo, ou seja, não chores longe Dele.

Ele é o Primeiro Consolador de nossas vidas.

E por haver regressado ao Seu Lar Celestial, brindou-nos com a oferta do Espírito Santo, o “outro” Consolador.

Se precisares “nadar o teu leito em lágrimas”, como hiperbolizou Davi, lembra-te de que é prova de sabedoria manter a disciplina sobre duas coisas na vida: saber chorar e entender quando parar de chorar.

O Mestre da Galiléia, que chorou no momento certo, disse para a viúva de Naim: “Não chores”.

Ela já havia chorado o suficiente.

Vale recordar a sentença-conselho Rabindranath Tagore. Ela pode de alguma maneira merecer atenção, especialmente para aqueles que não sabem por que choram, ou insistem em continuar a chorar depois de visivelmente confortados: “Se choras porque perdeste o sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas.”

Até que cheguemos ao Céu, o lugar sem lágrimas, muito teremos que chorar.

Mas não permitamos que o excesso de nossas lágrimas comprometa a abundancia de nossa alegria, transformando-a em escassez inócua.

< span style="font-family:verdana;font-size:130%;">Entre chorar e chorar o melhor a fazer é sorrir e sorrir.

Qualquer choro cambaleia quando ouvimos esta popularíssima expressão: “Sorri. Jesus te ama”.

Cada um de nós tem um pouco de Jeremias dentro de si mesmo. Mas, por que não ter, também, muito de Paulo? “Regozijai-vos. Outra vez vos digo: regozijai-vos”.

Leitores que choram, ouçam o que diz a Palavra eterna: “chorai com os que choram”.

Mas não fiquemos aqui. Vamos um pouco adiante: “Alegrai-vos com os que se alegram”.

Em conclusão, descansemos nossa alma com imortal declaração do salmista: “O choro pode durar a noite toda, mas a alegria vem pela manhã”.

* Texto escrito com maestria pelo ilustre Pr Gesiel Gomes

Inedito: Entrevista com o Pr Geziel Gomes

O blog A Supremacia das Escrituras, tem a honra e o privilégio de entrevistar o amado Pr Geziel Nunes Gomes, conferencista internacional, escritor de 40 livros, tendo viajado e realizado cruzadas evangelísticas em cerca de 50 países. Pr Geziel é membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e Doutor em Teologia.

Antes de começar esta preciosa entrevista, quero agradecer ao Eterno pelo privilégio de conhecer e desfrutar a amizade do Pr Geziel Gomes. Pr Geziel Gomes, deu um voto de confiança a mim, prefaciando meu 1º livro: Os Produtos do Mercador. Sem dúvida alguma, uma honra para minha vida e ministério. Minha gratidão a este ilustre e abnegado homem de Deus.

1) Blog A Supremacia das Escrituras : Pr Geziel, como foi sua conversão ?



Fui agraciado por Deus com o privilégio de haver nascido em um lar evangélico. Sou filho de um homem que foi Ministro de Deus durante 50 anos neste País. Minha conversão ocorreu muito cedo, visto que aos cinco anos já havia lido o NT e foi consolidada com o meu batismo em águas, quando contava o décimo ano de vida.



2) Blog A Supremacia das Escrituras: Pr Geziel, me recordo em uma de nossas conversas, que o sr me disse que começou a decorar as Escrituras aos 5 anos de idade, e com 7 anos já havia lido toda a Bíblia. O sr confirma? Como isso aconteceu?





Como parte da pergunta já foi respondida, acrescendo que meu pai me incentivou desde muito cedo a ler e ler principalmente as Escrituras. Ele me deixou como legado a informação de haver lido a Bíblia cerca de 260 vezes. Leu e marcou. 3 ou 4 de suas Bíblias permanecem comigo e são preciosas relíquias. Na verdade, pouco decorei da Bíblia. Mas muito tenho aprendido. Não existem palavras que possam descrever a extraordinária influência exercida por meu pai em minha vida, incluindo as áreas do temor, da reverência, da determinação e do caráter. Quanto a minha mãe, uma preciosa e fiel serva de Deus, deverá completar seus 90 anos no próximo dia 29 de novembro.

3) Blog a Supremacia das Escrituras: O Eterno tem lhe levado a diversas partes do mundo, para pregar em conferências e cruzadas evangelísticas. Conte-nos sobre as experiências e um momento inesquecível de seu ministério em cruzadas evangelísticas. Em tempo, parece que as cruzadas evangelísticas estão desaparecendo? Ou estou equivocado?





Vejo com profunda tristeza que o verdadeiro ministério evangelístico não está tendo a merecida projeção. Os evangelistas gostam mais de ser “avivalistas”. É relativamente fácil trabalhar com as ovelhas. Difícil é seguir o exemplo do Bom Samaritano e procurar os que estão entre a vida e a morte, à beira do caminho. Tenho saudades dos grandes evangelistas e dentre eles menciona com regozijo a figura ímpar de Bernhard Johnson.

Já não são muitos os que apresentam uma mensagem para os perdidos e ainda menos os que fazem apelos para a salvação dos perdidos, esquecidos de Lc 19.10.

Dentre as muitas Cruzadas que o Senhor me tem permitido realizar, destaco 3: na praça da Estação Ferroviária, em Belo Horizonte; no Teatro Caupolican, em Santiago do Chile e em Accra, capital de Ghana.



4) Blog A Supremacia das Escrituras: Pr Geziel, Deus tem lhe usado para marcar uma geração de obreiros, pastores, pregadores e ensinadores que são frutos do seu profícuo ministério. Como o pastor se sente por influenciar tantas vidas?

Eu nunca terei tempo suficiente nesta vida para agradecer a Deus convenientemente por todas as oportunidades que Ele me tem concedido de Lhe servir. Assim sendo, decidi que usarei a eternidade para tal. Mas estou consciente de que existem muitas outras pessoas que têm feito infinitamente mais que eu. De qualquer forma, a Deus seja a glória.





5) Blog A Supremacia das Escrituras: Em tempos de pós modernidade, como o sr vê a igreja brasileira? Estamos vivenciando um avivamento? A igreja avançou como agência do reino de Deus? Ou estamos vendo crescer um falso evangelho?

Devemos ser gratos a Deus pela expansão de Sua Igreja no Brasil. Mas não podemos perder a visão e a consciência de que a Obra Missionária a ser realizada por nós brasileiros está muito aquém do Avivamento que Dele recebemos. Nossos desafios são imensos. Precisamos urgentemente de um quebrantamento a nível nacional. A falta de união que reina no seio do Povo de Deus está causando muita tristeza ao Espírito Santo. Que essa tristeza não se transmute em náuseas. A liderança precisa de mais humildade. O estrelismo não pode ser nossa marca. E que o Evangelho seja popular, como nos tempos de Jesus, mas não desça ao nível de artigo de liquidação.

6) Blog a Supremacia das Escrituras: Tenho a convicção que muitas mensagens que o sr pregou, de uma forma ou outra, marcaram ou e impactaram milhares de vidas ao redor do mundo. Todavia, gostaria de inverter esta pergunta: Qual foi a mensagem que o sr pregou que marcou profundamente sua vida? Juntamente com esta pergunta, conte-nos uma experiência inesquecível de seu ministério.

Creio que a mensagem que impacta o ouvinte é a que primeiramente impactou o pregador. Aprendi desde cedo que a mensagem que sai da cabeça atinge a cabeça. A que verte do coração do pregador se aloja no coração do ouvinte. Penso que três mensagens foram especialmente marcantes em minha vida: “Calvário e Pentecoste”, pela maneira como Deus trabalhou em minha mente; “Lições da vida de Simão Cireneu”, pela forma como o Espírito me fez recebê-la; e “Os Três Ícones de Deus”, pela surpresa com que Deus me brindou, de torná-la um instrumento de bênção e edificação para milhares, sem que eu jamais sonhasse com tal repercussão. Realmente, até hoje não entendo o que aconteceu.

7) Blog a Supremacia das Escrituras: Quais pastores, biblistas, pesquisadores [autores], que marcaram sua vida e ministério? Cite 5 pessoas e nos explique a razão desta influência sobre sua vida e ministério.

Tenho uma impagável dívida de gratidão para com algumas pessoas que exerceram notável influência em minha vida, em diferentes áreas e dimensões. Permita-me mencionar apenas 6: (1) Pastor Francisco Assis Gomes, meu pai, por me haver literalmente introduzido no caminho da paixão pelas Escrituras; (2) Pr Alcebíades P Vasconcelos, pelo notável exemplo de personalidade marcante, liderança efetiva e espírito empreendedor; (3) Pr Túlio Barros Ferreira, por haver confiado em mim em plena juventude e me haver concedido a honra de sua amizade, sua experiência e seu profícuo labor pastoral; (4) Escritor Emílio Conde, por muitos anos Diretor do Mensageiro da Paz, jornalista, escritor, amigo, incentivador e exemplo de vida; (5) Antonio Gilberto, um teólogo raro, um biblista nato, uma enciclopédia em forma de pessoa, uma amizade puríssima, um homem além de seu tempo; (6) Morris Cerrullo, por haver sido usado por Deus para “despertar o dom de Deus” e introduzir-me na dimensão de evangelismo e de milagres, que mudou a minha vida para sempre.

8) Blog A Supremacia das Escrituras: O sr em breve completará 50 anos no sagrado ministério. Portanto, uma longa estrada percorrida, com muitas experiências, dores, decepções, angústias, mas sobretudo, com esplêndidas vitórias. Quais conselhos o sr pode deixar para nossa geração?

(1) (1) Ninguém sabe a porção de tempo que envolverá a sua caminhada, por isso deve aproveitá-la bem.



(2) (2) Ninguém poderá jamais competir com Deus, logo desde cedo cada um deve trilhar o caminho da humildade e da submissão.



(3) (3) Ninguém que se vinga dos seus inimigos é feliz interiormente; mas são totalmente felizes os que perdoam e continuam sua missão.



(4) (4) Ninguém deve ignorar que apenas uma Pessoa no plano de Deus veio ao mundo para ser famosa e já cumpriu Sua missão, Lc 4.14; que nos baste sermos bem sucedidos.

(5) (5) Ninguém alcançará sucesso como pregador se não acreditar e viver aquilo que prega.



(6) (6) Ninguém se esqueça: glorificar a Deus hoje é a receita para ser usado por Ele amanhã.



(7) (7) Finalmente, ninguém sente necessidade de estrelas quando o sol brilha no horizonte. Nota: Propositadamente, todos os itens iniciam a palavra ninguém. Sempre seremos ninguém se nossa vida não for controlada pelo grande ALGUÉM.

9) Blog A Supremacia das Escrituras: Pr Geziel, fique a vontade para falar dos projetos que Deus tem colocado em seu coração. Sinta-se a vontade.

Caro Marcelo, obrigado pela oportunidade desta entrevista. Creio no seu futuro e no seu ministério. Prossiga. Aproveito o espaço para informar aos diletos freqüentadores e leitores desta página que a partir do segundo semestre de 2010 começaremos a reestruturar o ITMT (Instituto de Treinamento para Missões Transculturais) e o SENEP (Seminário Nacional de Evangelismo Pleno). Também estamos lançando os fundamentos para o Seminário ALCANÇANDO A EXCELÊNCIA NO MINISTÉRIO, a ser ministrado na região de Campinas, SP.

Por último, felicito-o por este blog e informo que estou lançando o blog paonossodecadadia. Como o nome indica, diariamente haverá uma pérola da Escritura: roteiros de sermões, curiosidade, sementes, pensamentos, etc. O Senhor te abençoe e te guarde, Marcelo. “Cumpre o teu ministério”.

10) Blog A Supremacia das Escrituras: Pr Geziel, diga-nos também uma palavra sobre sua linda família, (esposa, filhos) pois tenho ouvido falar que há alguns dos seus filhos no ministério?

Sim, Caro Marcelo, Deus me deu o privilégio de casar-me com a filha de um pastor, o saudoso pastor Moisés Moreira de Oliveira, do Rio de Janeiro. Minha esposa é a Pastora Maura. somos casados há 49 anos e 11 meses. Deus nos deu 6 filhos e cmpriu e exatamente o que prometeu: todos foram ordenados ao Ministério do Evangelho. Temos, agora, 12 netos e 1 bisneta. A Deus seja a glória.

Visite o blog do Pr Geziel Gomes:

http://prgeziel.blogspot.com/

A Vitória é nossa pelo Sangue de Jesus!

Pr. Marcelo de Oliveira





Pastores segundo o coração de Deus

A vocação espiritual é a mais sublime de todas as vocações que alguém pode receber. Deus chama pessoas diferentes, em momentos diferentes, em idades diferentes, para ministérios diferentes. Chamou Jeremias no ventre da sua mãe. Chamou Isaías em um momento de crise nacional. Chamou Pedro quando este era pescador. Chamou Paulo quando este perseguia e assolava a igreja.
O profeta Jeremias diz que Deus é quem dá pastores à igreja (Jr 3.15). O pastor não é um voluntário, mas uma pessoa chamada por Deus. Seu ministério não é procurado, é recebido. Sua vocação não é terrena, mas celestial. Sua motivação não está em vantagens humanas, mas em cumprir o propósito divino. Entrar no ministério com outros propósitos ou motivações é um grande perigo. O ministério não é um palco de sucesso, mas uma arena de morte. O pastorado não é uma plataforma de privilégios, mas um campo de serviço; não é uma feira de vaidades, mas lugar de trabalho humilde e abnegado.
O texto de Jeremias 3.15 encerra algumas lições, que mostraremos a seguir:
1) A escolha divina não é baseada no mérito, mas em sua graça.
Jeremias era uma criança quando foi chamado. Ele não sabia falar. Foi Deus quem colocou a palavra em sua boca. Deus o capacitou. Jonas era um homem que tinha dificuldade em perdoar os inimigos, e Deus o chamou e o enviou a fazer a sua obra, mesmo contra sua vontade. Paulo que era perseguidor e assolava a igreja de Deus, foi chamado de maneira sobrenatural na estrada de Damasco, e tornou-se o maior apóstolo, o maior teólogo, o maior missionário, o maior plantador de igrejas, o maior evangelista que a igreja conheceu. Foi a graça maravilhosa de Deus que o capacitou a fazer tão importante tarefa.
Portanto, o portal de entrada no ministério é a humildade. Nenhum pastor pode fazer a obra de Deus de forma eficaz com soberba e altivez. A soberba precede a ruína. A vaidade é ante sala do fracasso. Toda glória que não é dada a Deus é glória vazia. Não estamos no ministério porque somos alguém, estamos para anunciar que o único que é digno de receber honra, glória e poder é o Rei dos Reis, nosso Soberano Senhor.

2) É Deus quem coloca os membros no corpo como lhe apraz.

Todos os salvos têm dons e ministérios no corpo de Cristo, mas nem todos são chamados para ser pastores. Não somos nós quem decidimos, mas Deus. Quem é chamado para esse sublime ministério não pode em hipótese alguma se orgulhar, porque nada temos que não temos recebido Dele.
Muitos pensam, que equivocadamente, que o pastor ocupa um lugar de destaque na hierarquia da igreja. O pastor não é maior do que o menor membro. Ele é servo de Cristo e servo da igreja. Aqueles que entram no ministério e tratam o rebanho de Deus com rigor excessivo, pensando que têm domínio sobre as ovelhas de Deus, estão incorrendo em um perigoso engano. 

Temos visto com grande tristeza, como alguns pastores tentam blindar sua própria pessoa, vivendo em uma torre de marfim, acima do bem e do mal, não aceitando nenhum tipo de exortação ou correção por parte dos membros da igreja ou mesmo de seus obreiros. Defendem-se efusivamente, dizendo que ninguém pode tocar no “ungido do Senhor”. Desse modo, tiram o texto do seu contexto e usam a Palavra de Deus apenas para se protegerem ou para esconderem seus pecados. A liderança do pastor é apenas posicional. O pastor não é maior nem mais importante do que nenhuma outra pessoa no rebanho.
O profeta Jeremias diz que Deus dá pastores à sua igreja. Deus não apenas chama, mas especifica a missão. O que significa pastorear?

1) Pastorear é alimentar o rebanho de Deus com a Palavra de Deus.

Temos visto o empobrecimento de muitos púlpitos em nosso país. Há muitas novidades estranhas à Palavra de Deus que se infiltram na liturgia, na mensagem, na música e acabam debilitando a vida espiritual da Igreja. Há igrejas envenenadas com toda sorte de heresias. Precisamos denunciar que há morte na panela em muitos púlpitos de nossa pátria! Qual o motivo de tanta escassez? Acontece que seus pastores não estudam a Palavra. São pastores negligentes, preguiçosos, que pregam do vazio de sua mente e do engano do seu coração. O pastor precisa ser um incansável estudioso da Palavra. Ele precisa trazer alimento farto para o seu rebanho. Uma ovelha faminta fica inquieta e está sujeita a desviar-se para outros lugares, caso não seja alimentada corretamente.

2) Pastorear é proteger o rebanho de Deus dos lobos vorazes

Jesus alertou para o fato de o inimigo introduzir os filhos do maligno no meio do Seu povo, se a igreja estiver dormindo. O apóstolo Paulo alertou para o fato de os pastores estarem vigilantes para que os lobos vorazes não penetrem no meio do rebanho (At 20.29). Quando a igreja deixa de zelar pela ortodoxia bíblica, as novidades do mercado da fé entram na igreja e, nesse pacote, muitas vezes, vêm práticas e costumes estranhos à Palavra de Deus. Os pastores precisam examinar o que está entrando em suas congregações. Os pastores precisam analisar as letras das músicas que são cantadas, das revistas de escolas bíblicas, para não incorrerem em equívocos doutrinários.


Os pastores não devem dar o púlpito da igreja para indivíduos que, reconhecidamente, são descomprometidos com a fidelidade às Escrituras.

Muitas vidas foram enganadas através destes pseudopregadores, tendo famílias destruídas, lares desfeitos e outros danos maiores. O pastor deve ser cauteloso em ceder o púlpito de sua igreja, para pessoas das quais ele não conhece, que não possuem testemunho cristão.

 

Nele, o Sumo Pastor

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. Mensagens Selecionadas. Ed. Hagnos.

Peterson, Eugene. Corra com os cavalos. Ed. Ultimato

Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Ed. Geográfica

 

A Videira Verdadeira – Leia com atenção!

Esta é a sétima e última declaração de “Eu Sou” feita por Cristo conforme o registro do Evangelho de João. Esses dois relatos dos cristãos – como ramos e amigos – revelam tanto nossos privilégios quanto nossas responsabilidades. Como ramos, temos o privilégio de compartilhar a vida de Jesus e a responsabilidade de permanecer nele. Como amigos, temos o privilégio de conhecer sua vontade e a responsabilidade de obedecer.

O cultivo dos vinhedos era uma atividade importante para a vida e a economia de Israel. O templo de Herodes era decorado com uma videira de ouro. Ao usar essa metáfora, Jesus recorreu uma imagem que todos os judeus conheciam bem.

A videira – Há três tipos de videira nas Escrituras. A videira do passado refere-se a Israel como nação (Sl 80.8; Is 5.1-7; Jr 2.21). A videira do futuro, “a videira da terra”, que aparece em Ap. 14.14-20, refere-se ao sistema do mundo gentio, amadurecendo para o julgamento de Deus. Os cristãos são ramos da “videira do céu”, mas os incrédulos são ramos da “videira da terra”. A videira do presente é nosso Senhor Jesus Cristo, e inclui, obviamente, seus ramos. Ele é a “Videira Verdadeira”, ou seja, a original, da qual todas as outras videiras são cópias.

As vinhas que encontramos na Terra Santa são grandes e fortes, e é praticamente impossível quebrar um dos ramos sem danificar a própria vinha. Nossa união com Cristo é uma união viva, por isso podemos dar frutos; é uma união afetuosa, por isso podemos desfrutar nosso relacionamento com Ele.

Os ramosSozinho, um ramo é frágil e imprestável, servindo apenas para ser queimado (ver Ez 15). O ramo não é capaz de gerar a própria vida, antes, deve retirá-la da videira. É nossa comunhão com Cristo, por meio do Espírito, que nos permite dar frutos.

A palavra chave é permanecer, usada 11 x em Jo 15.1-11. Permanecer, significa manter a comunhão com Cristo de modo que trabalhe em nossa vida e por meio dela, a fim de produzir frutos. Como saber se permanecemos em Cristo? Em 1º lugar, quando permanecemos em Cristo, produzimos frutos (Jo 15.2). Em 2º lugar, sentimos o Pai nos “podando” para que possamos dar mais frutos (Jo 15.2).

O agricultor – A responsabilidade do viticultor é cuidar das videiras, e de acordo com Jesus, esse é o trabalho do Pai. É Ele quem limpa ou poda os ramos para que possam produzir mais frutos. Observe a progressão: nenhum fruto (Jo 15.2), fruto, mais fruto, muito fruto (Jo 15.5-8).

O viticultor poda os ramos de duas maneiras: corta a madeira morta que pode servir de proliferação de doenças, insetos e remove as partes ainda vivas, para que a vitalidade da planta não se dissipe, comprometendo a qualidade dos frutos. Na verdade, o viticulor remove os cachos inteiros de uvas para que o resto da colheita seja de qualidade superior. Deus quer quantidade e qualidade.

O processo da poda é a parte mais importante do cultivo, e os que cuidam disso devem ser devidamente treinados, pois se não forem habilidosos, podem destruir uma colheita inteira.Em alguns vinhedos, os podadores passam por treinamentos que duram de dois a três anos, durante os quais aprendem exatamente onde cortar, quando cortar e até o ângulo exato dos cortes.

Concluo com esta pérola: O maior castigo de Deus, é Ele não nos castigar.

Nele, a Videira Verdadeira Pr Marcello de Oliveira

A “Shekina” de Deus está aqui. “Shekiná”?

É normal ouvirmos em nossos cultos, congressos, seminários, a palavra “Shekiná”. Desde adolescente ouço esta palavra na igreja. Pregadores a usam com freqüência. Os “ministros do louvor” têm o hábito de usá-la. Temos até um cântico muito conhecido: “Derrama a tua “shekiná” sobre nós.

Agora pergunto: De onde tiramos a palavra “shekiná”? O que significa esta palavra? Será “shekiná” uma expressão encontrada nas Escrituras?

Começando pela última pergunta, a palavra “shekiná” não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras! Penso que você neste momento está perplexo. Esses dias atrás, pregando em uma grande igreja aqui em São Paulo, falei sobre isto no púlpito e imagine a reação do plenário, bem como dos obreiros. Após o término do culto, várias pessoas me pararam e diziam: “Pr Marcelo, já ouvi “pregadores de renome” falar isso! Faz tantos anos que ouço todos falarem desta palavra “shekiná”, será mesmo que o sr não está enganado?

Exatamente aqui reside nosso problema. Nós ouvimos os “grandes pregadores” falarem, e aceitamos tudo. Não procuramos pesquisar, averiguar, perscrutar. Tudo o que é novidade, e é falada por alguém de “peso”, nós aceitamos e logo começamos a falar. Falta em nosso meio, cristão bereanos, que analisam a cada dia as Escrituras, para verem se está correto ( At 17.11). Notemos que era Paulo que estava pregando! Homem de cultura invulgar, conhecedor de toda lei judaica, e acima de tudo, um dos maiores pregadores que o mundo conheceu. Ora, se Paulo teve que passar no crivo dos bereanos, o que dizer de nossos pregadores? Serão estes maiores que Paulo?

Mas voltando ao assunto da palavra “shekiná”, este vocábulo não aparece na Bíblia Judaica [ Tanakh] nem no N.T, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica –? -?- ? (sh-k-n), cujo significado é “habitar”, “fazer morada”. Se perguntarmos a qualquer irmão, o que significa esta palavra, todos dirão:a glória de Deus, presença de Deus”. Acontece que, “shekiná” não significa nada disso! O vocábulo “glória” no hebraico é “kavod” – o peso da glória de Deus.

A Shekiná, como uma idéia concreta, aparece só na literatura literatura rabínica, havendo somente “alusões” a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo :

???????? ??? ????????? ????????????? ???????????: Ve Asu Li Mikdash Ve Shakhanti Betocham

– “e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)”[1];”????????????? ???????? ?????? ??????????, ?????????? ????? ?????????” – “e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus”[2]; e ?????? ???????? ????????? ?????? ????????? “o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião”[3].

Conclusão

Vimos por meio deste singelo estudo que a palavra “shekiná” não está nas Sagradas Escrituras. Aprendemos também que “shekiná” não significa : glória, presença de Deus. Ela vem da raiz “shakhan” que significa – habitar, fazer morada. Esta idéia de “skekiná” aparece somente na literatura rabínica, onde os judeus cabalistas [4] começaram a usá-la a partir do séc XIII. Devemos estar sempre prontos a aprender e não ir além da Escritura. Foi o que Lutero disse para Erasmo: “ A única diferença entre eu [ Lutero] e você [Erasmo] é que eu me coloco debaixo da autoridade das Escrituras, e você se coloca acima dela.

No amor de Jesus, Pr Marcello de Oliveira

Notas:

[1] Exodo 25.8
[2] Exodo 29.45
[3] Isaías 8.18

[4] Cabala é um sistema religioso-filosófico que investiga a natureza divina. Kabbalah (???? QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção. É a vertente mística do judaísmo.

Inédito: Encontradas moedas egipcias com a efígie de José

De acordo com matéria do jornal egípcio ‘Al-Ahram’, arqueólogos descobriram moedas antigas que trazem o nome e imagem do José bíblico.

Seguem trechos do artigo [1]

Versos corânicos indicam claramente que moedas eram utilizadas no Egito na época de José.Em uma descoberta sem precedentes, um grupo de pesquisadores e arqueólogos egípcios encontrou um depósito de moedas da época dos faraós. Sua importância reside no fato de que ela fornece prova científica decisiva desaprovando a alegação de alguns historiadores de que os egípcios antigos não estavam familiarizados com moedas e que realizavam o comércio por meio de escambo.
“Os pesquisadores descobriram as moedas quando examinavam milhares de pequenos artefatos arqueológicos armazenados nos [cofres do] Museu do Egito. [Inicialmente] eles consideraram os artefatos como amuletos, mas um exame detalhado revelou que as moedas traziam cunhados o ano e seu valor, ou efígies dos faraós [que governaram] na época que foram cunhadas. Algumas das moedas são datadas da época quando José viveu no Egito e estampam seu nome e retrato.
Costumava haver um conceito errôneo de que o comércio [no Egito Antigo] era realizado por meio do escambo, e que o trigo egípcio, por exemplo, era trocado por outras mercadorias. Mas de maneira surpreendente, versos corânicos indicam claramente acerca da utilização de moedas no Egito na época de José.
O Dr. As’id Muhammad Thabet, líder da equipe de pesquisa, em relação a sua pesquisa arqueológica concernente ao profeta José, disse ter descoberto nos cofres da Autoridade de Antiguidades [Egípcia] e do Museu Nacional, muitos amuletos de inúmeras eras e de períodos posteriores ao de José, incluindo um que trazia sua efígie como o ministro do tesouro na corte faraônica egípcia.
O Dr. S’id Thabet acrescentou que ele examinou o sarcófago de muitos faraós em busca de moedas utilizadas como amuletos ou ornamentos, e que ele havia, de fato, encontrado tais moedas antigas egípcias. Essa [descoberta] impeliu pesquisadores a buscar e encontrar versos corânicos que falem de moedas utilizadas no Egito antigo, [tais como]: “E eles o venderam [ex. José] por um preço irrisório, um número de moedas de prata; e eles não lhe impuseram valor”. [Corão 12:20]. [Também,] Qarun [2] diz acerca de seu dinheiro: “Isso me foi dado por causa de certo conhecimento que tenho” [Corão 28:78].
Estudos… revelaram que aquilo que a maioria dos arqueólogos considerava uma espécie de amuleto, e que outros consideravam ornamento... é, na verdade, uma moeda.
De acordo com o Dr. Thabet, seus estudos estão embasados em publicações acerca da Terceira Dinastia, uma da qual afirma que a moeda egípcia da época era chamada um deben e que valia um quarto de um grama de ouro. Essa moeda é mencionada em uma carta por um homem chamado Thot-Nehet, um inspetor real das pontes do Nilo. Em cartas endereçadas a seu filho, ele mencionou emprestar terras em troca por moedas deben e produção agricultural.
Outros textos da época da Terceira Dinastia, a Sexta Dinastia e a Décima Segunda Dinastia mencionam uma moeda chamada shati ou Sat, cujo valor era igual ao de uma moeda deben. Também há um retrato de um mercado egípcio mostrando o comércio sendo realizado por meio de escambo, mas um de seus vendedores estica sua mão pedindo uma moeda deben em troca das mercadorias.
Estudos realizados pela equipe do Dr. Thabet revelaram que aquilo que a maioria dos arqueólogos considerava uma espécie de amuleto, e que outros consideravam ornamento é, na verdade, uma moeda. Inúmeros [fatos os conduziram a essa conclusão]: primeiro, [o fato de que] muitas dessas moedas foram encontradas em vários [sítios arqueológicos], e também [o fato de que] elas possuem formas redondas ou ovais e que possuem duas faces: uma trazendo uma inscrição, chamada de a face inscrita, e outra com uma imagem, chamada de a face esculpida.
“A descoberta arqueológica também está embasada no fato de que a face inscrita trazia o nome do Egito, uma data e um valor, ao passo que a face esculpida trazia o nome e a imagem de um dos faraós ou deuses egípcios antigos ou um símbolo a estes relacionado. Outro fato importante é que as moedas possuem tamanhos variados e são feitas de matérias diversos, incluindo marfim, pedras preciosas, cobre, prata, ouro etc.

500 destas moedas foram [recentemente] descobertas no Museu do Egito onde foram [originalmente] classificadas como amuletos e armazenadas de maneira descuidadosa em caixas fechadas.

Uma moeda [tinha] uma imagem de uma vaca simbolizando o sonho de Faraó acerca das sete vacas magras e as sete vacas gordas.
O pesquisador identificou moedas de muitos períodos diferentes, incluindo moedas que traziam marcações que as identificavam como sendo da era de José. Entre estas, havia uma moeda que possuía uma inscrição e uma imagem de uma vaca simbolizando o sonho acerca das sete vacas magras e as sete vacas gordas e as sete espigas cheias e sete espigas miúdas. Foi encontrado que as inscrições deste período antigo eram, geralmente, simples, uma vez que a escrita ainda estava em seus primórdios, e conseqüentemente, havia dificuldade para decifrar a escrita talhada por sobre estas moedas. Mas a equipe de pesquisa [conseguiu] traduzir [a escrita sobre a moeda] ao compará-la com os mais antigos hieróglifos conhecidos.
O nome de José aparece duas vezes sobre esta moeda, escrito em hieróglifo: uma vez o nome original, José, e uma vez seu nome egípcio, Saba Sabani, que lhe foi dado por Faraó quando este se tornou tesoureiro. < span style="font-family:verdana;font-size:130%;">Também há uma imagem de José, que fazia parte da administração egípcia daquela época.
O Dr. As’id Thabet pediu ao Conselho de Antiguidades do Egito e ao Ministro da Cultura para intensificar os esforços na área da história egípcia antiga e arqueologia, e a [promover] a pesquisa destas moedas que trazem o nome dos deuses e faraós egípcios. Isso, ele disse, seria capacitar a correção de conceitos errôneos correntes concernente à história do Egito antigo.
[1] Al-Ahram (Egito), 22 de setembro de 2009.

[2] Esse é o nome corânico da personagem bíblica Corá.
Matéria extraída originalmente do site:
Crédito da Tradução: Pr. Wellington Mariano
Agradeço ao meu nobre amigo, Pr Wellington Mariano que apesar de suas inúmeras tarefas no SBT, traduziu este texto para o amigo [Marcelo de Oliveira] e também por expressar uma grande contribuição para o reino de Deus e, uma prova incontestável [para os críticos] da Inerrância das Escrituras.
Nele, que disse que as pedras iam clamar
Pr Marcelo de Oliveira

Jesus e os fariseus – Graça X Lei – Jo 8

No Novo Testamento, presenciamos o choque constante de Jesus com os fariseus, falsos guardiães da Lei. No texto de João 8 vemos Jesus novamente em conflito com os fariseus, que eram os líderes religiosos judeus; dessa vez, porém, preparam uma armadilha para Jesus na esperança de conseguir provas suficientes para prendê-lo e se livrar dele. Sua conspiração não deu certa, mas foi seguida de uma controvérsia.

A festa dos Tabernáculos terminara, mas Jesus aproveitou a oportunidade para ministrar aos peregrinos que se encontravam no templo. Durante a festa, a notícia se espalhou rapidamente: Jesus não apenas frequentava o templo, como ensinava publicamente naquele local (Lc. 21.37), no pátio das mulheres, onde ficava a tesouraria do templo (Jo 8.20). Os escribas e fariseus sabiam onde Ele estaria, de modo que se uniram para tramar contra Ele.

O que os fariseus fazem, então?

Eles encontram uma mulher em flagrante adultério e a levam até Jesus. Dificilmente um casal era pego no ato de adultério. Imaginamos se o homem (que, em momento algum, foi acusado!) fazia parte da conspiração. De acordo com a Lei, ambas as partes culpadas deveriam ser apedrejadas (Lv 20.10; Dt 22.22) e não apenas a mulher. É um tanto suspeito que o homem tenha sido liberado. Os escribas e fariseus trataram a questão de maneira brutal, interrompendo Jesus enquanto ensinava e empurrando a mulher para o meio do povo.

É evidente que os líderes judeus tentavam colocar Jesus em uma situação sem saída. Se Ele dissesse que a mulher deveria ser apedrejada, perderia sua reputação de “amigo dos publicanos e pecadores”. Mas se dissesse que a mulher não deveria ser apedrejada, estaria transgredindo a Lei abertamente e poderia ser preso. Essa parecia ser uma ocasião perfeita, pois em outras passagens dos evangelhos, vemos os líderes religiosos tentando jogar Jesus contra Moisés (veja Jo 5.39-47; 6.32; 7.40).

Em vez de julgar a mulher, Jesus julgou os juízes! Certamente se indignou com a maneira como a trataram e com o fato de esses hipócritas condenarem outra pessoa em lugar de julgarem a si mesmos. Não sabemos o que Jesus estava escrevendo no chão de terra do templo. Será que simplesmente lembrava àqueles homens que os Dez Mandamentos haviam sido escritos “pelo dedo de Deus” (Êx. 31.18), e que Ele era Deus? Ou, quem sabe, os lembrava da advertência em Jeremias 17.13?

De acordo com a Lei judia, os acusadores deveriam atirar as primeiras pedras (Dt 17.7). Jesus não pedia que homens sem pecado julgassem a mulher, pois Ele era a única Pessoa sem pecado ali presente. Antes se referia ao pecado específico da mulher, que poderia ser cometido tanto com o corpo quanto com o coração (Mt 5.27-30). Condenados pela própria consciência, os acusadores saíram de cena em silêncio, deixando Jesus a sós com a mulher. Ele a perdoou e advertiu que não pecasse mais.

Não se deve interpretar esse acontecimento como um exemplo de que Jesus não tratava o pecado com rigor ou de que desrespeitava a Lei. A fim de perdoar essa mulher, um dia Jesus teve de morrer por seus pecados. Além disso, Jesus cumpriu a Lei com tanto zelo que ninguém pôde acusá-lo justificadamente de opor-se a seus ensinamentos nem de menosprezar seu poder. Ao aplicar a Lei à mulher e não a si mesmos, os líderes judeus transgrediam tanto a letra quanto o espírito da Lei – e assim pensavam estar defendendo Moisés.

A Lei foi dada para revelar o pecado (Rm 3.20), e é preciso ser condenado pela Lei antes de ser purificado pela graça de Deus. A Lei e a graça são complementares, não concorrentes. Ninguém jamais foi salvo por guardar a Lei, mas ninguém foi salvo pela graça sem que antes tivesse sido convencido de seus pecados pela Lei. Antes de haver conversão, é preciso haver certeza da culpa.

O perdão de Cristo em Sua graça também não é uma desculpa para pecar. Sua ordem à mulher foi: “Vai e não peques mais”. Essa deve ser a nossa atitude. Essa experiência de perdão repleto de graça deve servir de motivação para o pecador penitente viver em santidade e em obediência para a glória de Deus.

Nele, que é o Deus de toda graça

Pr Marcelo de Oliveira

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Ed. Geográfica

Serei para Israel como o orvalho – Oséias 14.5

A Bíblia diz que Deus é como orvalho para o seu povo (Os 14.5). O que será que esta figura tem para nos ensinar? Quais as lições espirituais que podemos extrair dessa passagem? É uma alegria saber que a nossa restauração é realizada por Deus. Deus mesmo é a fonte de nossa restauração. Assim como o orvalho restaura a terra castigada pelo rigor do calor, assim como o orvalho traz nova vida à terra seca, assim Deus traz restauração para o seu povo.

A seguir, veremos quais as lições que a figura do orvalho pode nos ensinar para nossas vidas acerca da restauração divina.

1) O orvalho cai constantemente (Os 14.5) –

Ele não é periódico, mas diário. Deus também renova as suas misericórdias em nosso favor a cada manhã (Lm 3.22). A cada manhã, vivemos um milagre, pois Deus renova o seu amor, cuidado, e misericórdia em nosso favor. O amor de Deus por nós é incansável, perseverante. Deus sempre está conosco. Quando enfrentamos as tempestades da vida, Ele está conosco. Quando passamos pelas fornalhas, Ele caminha conosco. Quando atravessamos o vale da sombra da morte, Ele nos toma pela mão, e diz: “Não temas, pois estou contigo” (Is 41.10).

2) O orvalho vem de cima, do céu (Os 14.5) –

A nossa restauração não vem da terra, mas do céu; não é produzida pelos homens, mas por Deus. A fonte de nossa cura, da nossa paz, das nossas vitórias, da nossa alegria, da nossa satisfação e realização não é projetada na terra, mas das regiões celestiais. Podemos dizer como o salmista : “…. todas as minhas fontes estão em Ti” (Sl 87.7). Os livros de autoajuda pregam que o homem é um gigante adormecido, e que basta fazer cócegas em seu interior para ele se levantar, cheio de força e vigor. Contudo, nossa força não vem de dentro, mas do alto. Não precisamos de autoajuda, mas sim, da ajuda do Alto.


3) O orvalho cai à noite (Os 14.5) –

É quando a noite parece mais escura, quando as estrelas não brilham, quando os horizontes se tornam turvos e os perigos mais ameaçadores nos atemorizam, é a hora que o orvalho desce para banhar a terra com o seu frescor. Assim, também, o Eterno vem sobre nós nas noites escuras das provações, nas madrugas insones e geladas da nossa dor, trazendo-nos Seu refrigério e restauração. Deus nunca desampara aqueles que Nele esperam. Ele nos assiste em nossas fraquezas, nos carrega em seus braços e enxuga nossas lágrimas. Quando nos faltam os recursos da terra, nas noites mais escuras da nossa dor, vem do céu o nosso socorro e a nossa provisão (Sl 121).

4) O orvalho cai abundantemente (Os 14.5) –

O orvalho é abundante e vital, sobretudo na região árida da Palestina. Sem ele, a terra se tornaria estéril. Quando estive em Jerusalém pude notar este fato no monte Hermon. Ao cair da noite, o monte Hermon que é congelado em seu cume, começa a derreter e aquela água desce e refresca a terra, dando vida às plantas, à terra, à produção do agricultor. A terra é restaurada, as plantas recebem nova vida e o agricultor tem a esperança de uma boa colheita. Da mesma forma, Deus age conosco. Ele nos traz sua graça, dando-nos uma vida abundante. Como bálsamo celestial, Ele derrama sobre nós sua unção, seu poder, sua restauradora presença. O orvalho é símbolo do Espírito Santo. Ele foi dado à igreja de forma abundante. Joel falou de um derramamento sobre toda carne (Jl 2.28). Isaías falou de torrentes caindo sobre a terra seca e do Espírito sendo derramado sobre os descendentes de Abraão (Is 44.3).

5) O orvalho é silencioso (Os 14.5) –

De forma diferente da chuva, o orvalho não é precedido de trovões estrondosos nem de relâmpagos luzidios. O orvalho cai sem alarde, silenciosamente. Assim Deus faz conosco. Mesmo que as pessoas à nossa volta não percebam, mesmo que grandes e imponentes coisas não estejam sendo notadas em nossa vida, diariamente Deus traz para nós a restauração bendita de Sua presença. Jesus prometeu que estaria conosco até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Ele vem sobre nós como o orvalho, trazendo-nos verdor, alento, consolo e vida abundante. Não precisamos viver vidas áridas, secas, sem vigor.

“Restaura-nos, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul”. (Sl 126.4)

Nele, que diariamente derrama o Seu orvalho sobre nós,

Pr. Marcelo de Oliveira

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. Mensagens Selecionadas. Ed. Hagnos.