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Debate no VEJAM SÓ: Deus se arrepende, ou não do que faz?

VEJAMSHALOM!

Abaixo o vídeo do debate que participei no excelente programa VEJAM SÓ da RIT TV.  Assista e seja abençoado!

O que soldados israelenses têm em comum com a mulher de Provérbios 31 ?

SOLDADOSHALOM!

O hebraico é considerada pelos judeus como “lashon kodesh” – a língua santa. No Hebraico Moderno, um soldado é um Hayal e uma soldada é uma Hayelet. Já que o Hebraico é uma língua de raízes, ou seja, consonantal, podemos ver claramente como essa palavra se conecta com outras.

Por exemplo, Hiul se transforma em “mobilização” ou Hail é uma “divisão militar”, como Hail Avir – força aérea (literalmente, o exército do ar), Hail HaYam – marinha (literalmente, o exército do mar), Hail raglim – infantaria (literalmente, o exército a pé)

Em Hebraico Bíblico, a mesma raiz HAIL é associada com uma variedade de palavras como dor, contrações do parto, fortificação, baluarte, muro de defesa externo, honestidade e até mesmo riqueza.

A passagem bíblica mais famosa com esta palavra se encontra em Provérbios 31. Ali, o conceito de sabedoria é personificado em uma mulher exemplar – ESHET HAIL – a mulher virtude, a mulher exército, a mulher fortaleza, a mulher riqueza.

Dr. Eli Lizorkin-Eyzenberg

Adaptado por: Pr Marcelo de Oliveira

Afinal, quem é o cavaleiro branco de Apocalipse 6?

A adoração descrita em Apocalipse 4 e 5 é um preparativo para a ira descrita em Apocalipse 6 a 19. Pode parecer estranho adoração e julgamento andarem juntos, mas isso se deve ao fato de não entendermos plenamente a santidade de Deus nem, tampouco, a pecaminosidade do homem. Também não se consegue compreender a totalidade do que Deus deseja realizar nem a maneira como as forças do mal se oporem a ele. Deus é longânimo, mas deve julgar o pecado e vindicar seus servos.

 

Os 4 cavaleiros

A imagem dos 4 cavaleiros é extraída de Zacarias 1.7-11 e 6.1-8, em que as 4 carruagens são puxadas por cavalos vermelhos, pretos, brancos e baios (ou cavalos: vermelho, vermelhos, marrons e brancos, em 1.8). Em Zacarias, as carruagens percorrem toda a terra e a encontram “toda tranqüila e em descanso”. Há um contraste deliberado com os cavaleiros, nesse texto, que saem para espalhar guerra e praga sobre a humanidade. Além disso, o simbolismo das cores difere. Em Zacarias, elas simbolizam quatro ventos, ao passo que, em Apocalipse, representam a morte e destruição associadas aos juízos. Alguns estudiosos acrescentam que a imagem também é inspirada em Jeremias 15.2 e Ezequiel 5.12. As três passagens têm os mesmos temas: cativeiro, espada, fome e morte. Esses quatro cavaleiros andam juntos, à medida que a ação passa da ambição pela conquista para a guerra civil e a fome, chegando até a praga e à morte. Nesse sentido, Deus está permitindo que a depravação deles complete o próprio ciclo, mais do que derramando seu juízo sobre a terra.

Após o rompimento do primeiro selo, um dos quatro seres viventes, com uma voz como de trovão, profere a ordem que também determina os eventos decorrentes dos quatro primeiros selos: Erchou, Vem! Ao longo do livro do Apocalipse, os seres viventes lideram a adoração celestial (cf. Ap 4.8,9; 5.8-10; 19.4), fazem parte da comitiva do trono (cf. Ap 4.6; 5.6,11; 7.11; 14.3) e implementam os juízos divinos (cf. Ap 6.1,3,5,6,7; 15.7). Como cada visão dos quatro cavalos é introduzida pelo ser vivente com o número correspondente, sabemos que os juízos vêm do trono de Deus.

Com isto em mente, surge o primeiro cavalo (6.2) de cor branca. Alguns estudiosos (Hodges, Hendriksen e Alford) argumentam que o cavaleiro sobre o cavalo branco é Cristo, visto que ele é descrito em sua parousia como vindo sobre um cavalo branco (Ap 19.11) para destruir seus inimigos (Ap 19.15,16). A imagem da “conquista”, então, descreve o triunfo do evangelho (Mt 24.14). Estes afirmam que o primeiro cavaleiro é distinguido dos outros três como uma figura positiva (“branco”, como a cor da justiça) que “saiu” com uma coroa (soberania) e um arco (evangelho) para conquistar (relacionando com as imagens do “vencedor” no livro de Ap). E, ainda, o segundo é chamado “outro cavalo” e o resumo do Apocalipse 6.8 recapitulam apenas do segundo ao quarto cavalo. Portanto, o melhor paralelo é o retrato de Cristo em 19.11.

Será a tese exposta acima verdadeira? Teria os reformados razões para esta exposição?

Se partirmos de uma hermenêutica contextual do texto, isso não se encaixa no contexto imediato nem na unidade dos quatro cavaleiros, pois o uso de “cavalo branco” nos dois contextos é bem diferente e, aqui, o cavaleiro carrega um arco, ao passo que Cristo carrega uma espada (Ap 19.11,15)

Outro ponto importante: Cristo não precisa de mais uma coroa. Ele já está coroado de honra e glória (Hb 2.7,9). Outrossim, a palavra coroa usada em Apocalipse 6.2, é stephanos, que significa coroa do vencedor. A coroa que Jesus Cristo usa é diadema, “a coroa do rei” (cf. Ap 19.12). O anticristo jamais poderia usar um diadema, pois essa coroa pertence somente ao Rei dos Reis – nosso Senhor Jesus Cristo.

Concluímos que o cavalo branco do Apocalipse se refere, sem dúvida, ao anticristo e não ao Cristo.

 

 

O nome do ETERNO na formação do homem e da mulher

  1. De fato, no reino de Deus não há coincidência, e sim propósito. Também, as observações práticas do dia a dia, mostram a evidência da bênção de Deus sobre o matrimônio, e, sobretudo, a graça de Deus para os cônjuges vencerem os desafios da vida matrimonial, da vida familiar.

 

  1. Na lição dos Rabinos, dos profundos estudiosos e conhecedores da Palavra de Deus no original hebraico, vem para todos nós, uma assunto especial e muito curioso na formação dos nomes homem e mulher no original hebraico.

Tem-se ainda, a consideração de não se usar o termo “Homem”, antes da criação da mulher, pois sempre se falava “Adâmm”, que se traduziu por “Adão”. Gêneis 2:7 –

וַיִּיצֶר יְהוָה אֱלֹהִים אֶת־הָאָדָם עָפָר מִן־הָאֲדָמָה (Va-Itsser Adonai Elohim et-há-Adam afar min-há-adamáh) – E Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra. No original, pode-se fazer o trocadilho: “אָדָם/ Adâmm” –  “adamáhאֲדָמָה”, ou seja: “terra da terra”!

  1. Em Gênesis 2:8, fala que Deus plantou um Jardim no Eden, “E colocou ali o homem que formou”: וַיָּשֶׂם שָׁם אֶת־הָאָדָם אֲשֶׁר יָצָר – Va-iassem shâm et há-adam asher iatssar. Portanto, continua usando o vocábulo “Adam” – Adão!

Aindfa em Gênesis 2:15, há a contundente declaração: “Não é bom que o homem esteja só” -לֹא־טוֹב הֱיוֹת הָאָדָם לְבַדּוֹ – Ló tov heiot há-adam levado.

 

  1. Em seguida, Deus realiza a primeira ocorrência de “coma induzido” no uso especial do termo hebraico “tardemáh” – תַּרְדֵּמָה – que vem traduzido como profundo sono, sendo mesmo em hebraico, ‘coma’, como na nossa e outras línguas.

 

  1. A partir do verso 23, fazem-se presentes, os dois termos homem e mulher:

 

יֹּאמֶר הָאָדָם זֹאת הַפַּעַם עֶצֶם מֵ‍עֲצָמַי וּבָשָׂר מִ‍בְּשָׂרִי לְזֹאת יִקָּרֵא אִשָּׁה כִּי מֵ‍אִישׁ לֻקֳחָה־זֹּאת׃

(Va-iomer há-adam: zot há-paam etssêm me-atssamai u-vassar mi-bessari lê-zot ikarê ISHÁ(MULHER), ki me-ISH(homem)lukaHáh zot”/ E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.

 

  1. Portanto, vem o termo homem: אִישׁ/Ísh; e mulher – אִשָּׁה/ Ishá. A novidade que impressiona é que: vem em ambos os nomes criados, a letra yud (י ) e a letra He (ה), sendo que, as duas, formam o nome “Yáh”/ (יָהּ) –  Salmo 68:4 (heb,v.5 – Yah Shemó: o Nome dEle é Yáh (יָהּ שְׁמוֹ); – “LOUVAI AO SENHOR”. Normalmente, a palavra Aleluia, em hebraico, vem hifenizada: Alelú-iáh (הַלְלוּ־יָהּ, alelu+Yáh) – Louvai a Yáh, Yavéh ( um verbo no imperativo e um substantivo).
  2. O matrimônio foi uma iniciativa de Deus (Gênesis 2:18), para o homem e a mulher. Ele abençoou o casamento e pois o seu Nome no meio. Mas, retirando-se Deus do casamento, literalmente anulam-se os nomes “Ish” e “Ishá”, no sentido do afastamento de “Yáh”/ (יָהּ), ficando tão somente, o vocábulo אֵשׁ – ésh, que significa fogo. De fato, a ausência de Deus na vida conjugal, tornar-se um inferno, um fogo devorador, bem ao contrário do Salmo 127 e da declaração de Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor! (Josué 24:15b).

Agnaldo Sacramento

 

 

 

 

 

Quem matou Golias: Davi ou Elanã?!

1 Samuel 17.50 declara que Davi cortou a cabeça de Golias com a própria espada do gigante, depois de tê-lo derrubado com uma pedra disparada por sua funda. Por causa dessa espantosa vitória sobre o filisteu, Davi tornou-se o grande herói das tropas israelitas, embora fosse apenas um adolescente. 

Mas em 2 Samuel 21.19 no Texto massorético declara que: 

 

"Elanã, filho de Jaaré-Oregim, o belemita, feriu Golias, o geteu, cuja lança tinha a haste como eixo do tecelão".  

 

Esse versículo certamente contradiz 1 Samuel 17. 

E agora prezado leitor [a], como resolver esta "contradição" bíblica? 

Quem de fato matou Golias? Davi ou Elanã?


Graças ao ETERNO, e a inspiração divina das Escrituras, temos uma passagem paralela em 1 Crônicas 20.5, que também registra este episódio da seguinte maneira:

"… Elanã, filho de Jair, feriu a Lami, irmão de Golias, o geteu, cuja lança tinha a haste como eixo de tecelão".  Parece, sem sombra de dúvidas, que essa é a redação correta, não só no que diz respeito ao texto de Crônicas, mas também ao de 2 Samuel 21.19

O manuscrito anterior, do qual o escriba estaria copiando, deveria estar um tanto apagado, ou quase inelegível, nesse versículo em particular, o que levou a cometer dois ou três erros.  Vejamos o que pode ter acontecido: 


1. O objeto direto, que em Crônicas vem logo antes de "Lahmi", era אֶת; o copista tomou-o erroneamente como sendo בֵּֽית (beith) e, desse modo, removeu Beit Ha- Lahmi ("o belemita") do texto.

 

2. O escriba leu mal a palavra que significa "irmão"  אֲחִי֙ (Achi), como sendo objeto direto אֶת (Ét) imediatamente antes de Golias. Assim, o copista fez "Golias" ser o objeto direto de "matou" (wayyak), em vez de "irmão" de Golias (como corretamente faz a passagem de Crônicas). 

 

3. O copista colocou em lugar errado a palavra equivalente a tecelão  אֹרְגִֽים׃ ('oregym), a qual ficou logo depois de "Elanã" como seu patronímico (ben Yaarey oregim – "o filho das florestas ou tecelões" – eis um nome muito improvável para o pai de alguém!). 

 

Em Crônicas a palavra hebraica oregim ("tecelões) vem logo depois de  מְנ֖וֹר ("menor" – um eixo de), o que perfeitamente faz sentido. Em outras palavras, a passagem de 2 Samuel 21 traz uma corrupção textual. O texto correto felizmente foi preservado em 1 Crônicas 20.5

 

Texto extraído do erudito Gleason Archer e adaptado por Marcelo de Oliveira 

Palavras hebraicas e gregas para MILAGRES

 

Há um vocabulário especifíco para identificar milagres no AT e NT. É importante saber o que cada uma dessas palavras nos diz sobre os milagres que descrevem.

Pala’ – Esta palavra é usada cerca de 70 vezes no Antigo Testamento. Significa “ser maravilhoso”. É a raiz de um dos nomes do Eterno de Isaías 9.6 (Pêle Yoets). A raiz geralmente refere-se aos atos de Deus, quer formando o universo ou agindo na História em favor do seu povo. A palavra chama nossa atenção para a reação das pessoas quando são confrontadas por um milagre. O cristão vê o poder tremendo de Deus que invadiu o tempo e o espaço para fazer algo maravilhoso demais para os seres humanos reproduzirem.

O erudito Eichrodt diz: O verbo e o substantivo referem-se aos atos de Deus, designando prodígios cósmicos ou feitos históricos em favor de Israel. Isto é, na Bíblia a raiz pl’ – refere-se a coisas anormais, além da capacidade humana. Consequentemente, desperta admiração (pl’) no homem. Pode-se acrescentar ainda, que é essencial que o milagre seja tão anormal a ponto de ser inexplicável, exceto pela demonstração do cuidado ou da retribuição de Deus.

Várias palavras em português são usadas para traduzir pala’, entre elas: “prodigio”, “milagre”, “maravilhas”, “grandezas” e “grandes obras”.

Mophet – Esta palavra hebraica ocorre aproximadamente 36 vezes no AT. Também significa “prodigio” ou “milagre”. É usada principalmente para relembrar os poderosos feitos de Deus no Egito com o propósito de livrar seu povo da escravidão. Mophet também é usada para castigos e a provisão que demonstra o cuidado contínuo de Deus por Israel no decorrer da História.

A palavra mophet é frequentemente usada com uma terceira palavra hebraica para milagre, ‘ot. As duas geralmente são traduzidas como “sinais e prodigios”. Em Deuterônomio 13, mophet refere-se a uma previsão exigida de alguém que afirma ser profeta. Se o ‘ot (sinal) ou mophet (prodígio) realmente acontece, o candidato a profeta é autenticado. Se não acontece, ele é um falso profeta.

Mophet sozinho geralmente é traduzido por “prodígio” ou prodígios, nas versões portuguesas da Bíblia.

 

‘Ot – Esta palavra hebraica significa “sinal milagroso”. Tem uma grande variedade de significados. A palavra é usada para designar os corpos celestiais como “sinais” que distinguem as estações (Gn 1.14) e para designar uma insígnia ou um estandarte (Nm 2.2). No entanto, quase todas as suas 80 ocorrências no AT incorporam o significado de sinais milagrosos, indicando um ato claro e inconfundível de Deus. Como visto acima, é frequentemente usado com mophet.

Outras palavras hebraicas são usadas para descrever milagres. Por exemplo, milagres são “poderosos feitos” (yalla) ou “poderes miraculosos” (giborah) que são obras inconfundíveis (maasheh) de Deus.

 

No Novo Testamento destacam-se 3 palavras: dunamis, semeion, teras.

 

Dunamis – Descreve um milagre como uma expressão espontânea do poder de Deus. Como os dois outros termos para milagres no Novo Testamento, esta palavra descreve um milagre como violação clara do que as pessoas do primeiro século consideravam ser a lei natural. Os atos poderosos de Deus eram tão inconfundívelmente extraordinarios que ninguém que presenciava um milagre deixaria de reconhecê-lo.

Semeion – Esta palavra grega significa “sinal, prodígio ou milagre”. O significado básico da palavra indica um sinal pelo qual se reconhece uma pessoa ou coisa específica. Quando a palavra semeion tem uma dimensão maravilhosa ou extraordinária geralmente é traduzida por “sinal milagroso”. Esta palavra enfatiza o aspecto de autenticação do milagre como indicação de que poder sobrenatural está envolvido.

Teras – Esta palavra, traduzida por “prodígio [s]”, é encontrada apenas 16 vezes no NT, em cada caso ligada a semeion como “sinais e prodígios”. Na literatura grega, teras denota alguma aparição terrível que evocam temor e terror e que contradizia a ordem do universo. A Septuaginta usa teras para traduzir mophet, indicando assim um símbolo, sinal ou milagre. O termo veterotestamentário e seu equivalente do Novo Testamento estão ligados à revelação de Deus de si mesmo aos seres humanos.

 

Um milagre é um evento extraordinário (pala’, teras). Esse evento pode envolver a violação do que consideramos leis naturais, como a divisão do mar Vermelho e a ressurreição de Lázaro.

Um milagre é um evento causado por Deus (pala’, dunamis, ergon). A natureza e hora do evento, junto com sua significância religiosa ou revelação associada, deixam inconfundivelmente claro que Deus agiu no nosso mundo de tempo e espaço.

Um milagre é um evento de significância religiosa (‘ot, semeion). Não é um ato aleatório, mas um ato intencional de Deus. 

Dissecando Sofonias 3.9

 

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Fonética: Ki az eh’pórH el amim safah brurar (vrurar) likróh kulam bê-shêm Ieovah leav’dó sheHem eHad

Algumas versões:

1. “Porque, então darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo espírito” (Almeida, Revista e Corrigida).

2. “Então,darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor e o sirvam de comum acordo” (Revista e Atualizada)

3. Então, farei que os povos parem de adorar ídolos e adorem somente a mim o Deus Eterno, e farei também que todos me obedeçam com a mesma dedicação(B. na Linguagem de Hoje).

4. “Sim, então darei aos povos lábios puros, para que todos possam invocar o nome de Iahweh e servi-lo sob um mesmo jugo” (A Bíblia de Jerusalém).  

5. “Farei então com que os povos voltem a conhecer uma língua pura com a qual todos possam invocar (do mesmo modo) o Nome do Eterno, para servi-lo com seus sentimentos unidos” (Bíblia Hebraica/Sefer).

 

Vocabulário do versículo:

Ki: porque, pois, que – ????

Az: então –    ????

eh’pórH – ?????????

– do verbo lahafórH  (?? ?? ?? ?? ??) transformar, inverter, cuja raiz/shóresh é  ?? ?? ??

Tem-se em Hebraico, partindo da raiz (hafarH) a expressão: hafarH olamot, que significa mover montanhas, fazer o possível e o impossível. Há de se observar que o versículo não tem de modo algum o verbo dar/latét!

el: para – ???

Amim: povos – ????????

safah: lábio, língua, idioma  – ??????

barur: puro, limpo, claro, selecionado, escolhido (? ??? ???)  brurar (vrurar):  – ????????

obs.: não confundir com “barurH”, final com a letra kaf final, que quer dizer bendito, bem-vindo, abençoado!

Likróh: chamar, exclamar, gritar, convidar – ???????

Kulam: todos – ??????

bê-shêm (bê: em, no) : em o nome, no nome – ???????

Ieovah: (que o Judeu não pronuncia e fala Adonai) – ??????

leav’dó: do verbo “laavód”: trabalhar; leav’dó, trabalhar só ou sozinho – ?????????

sheHem eHad: unanimemente, unanimemente juntos  – ????? ??????

Tradução sugerida:

Porque eu farei o máximo (o possível) para que todos os povos tenham uma língua pura (*) (o hebraico, cf: Isaías 19:18, a língua de Canaã), para que todos clamem pelo nome do Senhor, trabalhando somente para Ele, unanimemente, juntos (‘adorando somente a Deus’ como indica a versão na Linguagem de Hoje, do meu saudoso Profº Dr. Werner Kaschel).

(*) língua pura, inteligente, pois, na verdade, o hebraico é uma língua lógica e não inclinada a mudanças semânticas! (hoje, a língua universal é praticamente o inglês, o que é uma decorrência da benção do evangelho (em Abraão) – Gênesis 12:3b nos USA; mas, no Milênio, será o Hebraico!)

Observação:

O contexto da citação de ????????? ????????????? (Tisfania ben-kúshi/Sofonias filho de cushi;  ????????, kúshi = negro, etíope); portanto, o nosso querido profeta “Obama” aponta para o Reino Milenar, quando toda terra se encherá da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar, conforme Habacuque 2:14.

Ps.: A maioria das traduções se apóia no verbo DAR; todavia, não há mínima justificativa para tal! Observa-se também, que algumas versões não exploraram o suficiente, o verbo laavod ( ???? ?? ??) trabalhar, trabalhar como escravo, cultuar, adorar – servir a Deus.

 Dr. Agnaldo Sacramento

Você tem comichão no ouvido?

Este capítulo tem sido denominado o testamento do apóstolo Paulo. O apóstolo está transmitindo suas últimas palavras. Aconselha como um verdadeiro pai, seu filho na fé, Timóteo. Ao lermos os capítulos anteriores percebemos que Timóteo era tímido por natureza e que os tempos em que ele vivia e trabalhava eram desfavoráveis. Imagine como Timóteo deve ter estremecido ao ler a solene exortação do apóstolo para continuar pregando a Palavra. A tentação de recuar diante de tal responsabilidade (1 Tm 4.1,2) bem que poderia acontecer. Por isso além de dar uma ordem, Paulo inclui incentivos. Pede que Timóteo olhe a três direções: primeiro para Jesus Cristo, o juiz e rei que retorna; em segundo lugar, ao cenário contemporâneo; e, em terceiro, a ele, Paulo, o idoso prisioneiro à beira do martírio. O cenário contemporâneo – Notemos a palavra “pois” com que se inicia esta parágrafo. Paulo fornece uma segunda base, sobre a qual apóia sua exortação. Antes da vinda de Cristo (vs 1), haverá dias negros e difíceis. Embora pareça estar prevendo que a situação piorará, é evidente, partindo do que ele havia escrito, que para Timóteo tal tempo já começara. Como são esses tempos? Uma característica ele destaca é que as pessoas não podem suportar a verdade. Paulo expressa isso negativamente e positivamente, e declara isso duas vezes: “não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo suas próprias cobiças” (v. 3). E se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fabulas” (v. 4).  Em outras palavras, tais pessoas não podem suportar a verdade e recusam-se a ouvi-la, buscando, então, mestres que adaptem suas fantasias especulativas, nas quais estão determinados a andar. Tudo isso tem a ver com os ouvidos daquelas pessoas, ouvidos que são mencionados duas vezes. Elas sofrem de uma condição patológica peculiar, conhecida como “coceira nos ouvidos”, ou “fome por novidades”. Tal expressão é uma figura de linguagem para aquele tipo de curiosidade que está ávido por saber casos picantes e interessantes. Além disso, esta coceira é abrandada pelas mensagens dos novos mestres. Na prática, o que tais pessoas fazem é fechar os ouvidos à verdade (cf. At 7.57)  e abri-los a qualquer mestre que alivie sua coceira, coçando-a. Notemos que o que rejeitam é a “sã doutrina” (v.3) ou “a verdade” (v.4), e o que preferem são “as suas próprias cobiças” (v.3) ou “fábulas” (v.4). Desse modo, substituem a revelação divina por suas fantasias. O critério pelo qual julgam os mestres não é (como deveria ser) a Palavra de Deus, mas o seu próprio gosto subjetivo. Ainda mais, não ouvem primeiro para depois decidir se o que ouviram é verdade; primeiro decidem o que querem ouvir e depois escolhem mestres que são obrigados a manter o padrão por eles exigido. Como o jovem Timóteo deve reagir a isto? Deveria ele ficar em silêncio? Se os homens não podem suportar a verdade e não querem ouvi-la, não seria mais prudente ele abandonar o ministério? Paulo, porém, chega a uma conclusão diferente, aqui ele usa pela terceira vez dois pequenos monossílabos “Tu, porém”. Ordena a Timóteo que seja diferente, não se deixando influenciar pela moda prevalecente. Como Timóteo deve enfrentar estes tempos? Paulo dá  quatro ordens para seu filho na fé, a saber: 1)    Por serem pessoas instáveis de mente e conduta, Timóteo deverá acima de tudo ser “sóbrio”. A palavra nepho significa estar sóbrio e, figuradamente, “livre de qualquer forma de embriagues mental e espiritual” sendo, pois, “bem equilibrado, autocontrolado”. Quando homens e mulheres se intoxicam com heresias inebriantes e novidades reluzentes, os ministros devem permanecer calmos e sensatos. 2) Mesmo que o povo não queira dar ouvidos ao seu bom ensino, Timóteo deve persistir em ensinar, predispondo-se a suportar aflições, por causa da verdade que ele se recusa a comprometer. Sempre que a fé bíblica se torna impopular, os ministros são altamente tentados a mudar aqueles elementos que promovem a maior ofensa. 3)    Timóteo deve fazer o “trabalho de um evangelista”, porque o povo é desgraçadamente ignorante a respeito do verdadeiro evangelho. Era como se Paulo estivesse ordenando a Timóteo: “Faze da pregação do evangelho a obra da tua vida”. O evangelho não deve somente ser preservado das distorções; ele deve ser propagado! 4) Mesmo que as pessoas abandonem o ministério de Timóteo em favor de mestres que lhes cocem as idéias fantasiosas, Timóteo deve cumprir o seu ministério. Este é o mesmo verbo que aparece na passagem onde Paulo e Barnabé cumpriam a obra de assistência em Jerusalém (At 12.35). Assim também Timóteo deve perseverar, até que sua tarefa esteja cumprida. E você prezado leitor [a] tem algum comichão no ouvido?  Há muitos “comichões” espalhados em nossas igrejas: teologia da prosperidade, teologia da abertura (open theism), maldição hereditária, sessão do descarrego, rosas ungidas, e toda estas parafernálias que desviam o povo de conhecerem ao único e verdadeiro Deus. Nele, que nos chama a andarmos na verdade, pois Ele é a Verdade, Sua Palavra é a Verdade, e o Espírito nos guia a toda verdade Pr Marcelo Oliveira www.davarelohim.com.br Bibliografia:  STOTT, John. A Mensagem de 2 Timóteo. Ed. ABU HENDRIKSEN, William. 1Timóteo, 2 Timóteo e Tito. Ed. Cultura Cristã

Salmos 1 – Uma Exegese

Introdução

Os hebreus conheciam bem os cânticos contidos no livro de Salmos, no hebraico é “Tehilim” (louvores). Na versão dos setenta passaram a ser chamados “Salmos”, por serem cantados ao som de um instrumento que os gregos chamavam de “saltério”.
Os salmos eram cânticos especiais para os dias ou ocasiões festivos, de vitórias, e muitos também deles tratam de situações adversas, como a “prosperidade dos ímpios”.
O salmo 1º enfoca uma benção que é dada a um servo por seu comportamento adequado e seu amor a “torá” [lei] do Senhor.
1. O Bem Aventurado
No hebraico temos ?????????= ‘Ashrey – que significa: Bem aventurado, feliz, ditoso. Aqui temos algo importante, este homem será bem aventurado, se cumprir as seguintes três coisas que o salmista enumera.
2. Os Três Não
2.1 – Não andar
O verbo usado aqui no hebraico é ?????? = halakh – que significa – “ir, caminhar, andar/passar. Este verbo, bem como os outros dois que o seguem estão no passado, logo a tradução ficaria:
“Bem aventurado aquele que não andou….”
2.2 – Não deter-se
O verbo usado aqui é ?????= ‘amad = que signifca = “parar, estacionar-se/deter-se/
O tempo conforme mostramos acima está no pretérito, levando para uma ação já concluída.
2.3 – Não assentar-se
Temos o verbo hebraico ??????? = Yashav = que significa ” sentar-se, permanecer, habitar”
O tempo do verbo é o mesmo mencionado acima [pretérito].
A tradução ficaria assim: ” Bem aventurado aquele homem que não assentou-se”
3. Os Três Perigos
3.1 – O conselho dos ímpios
Aqui temos o vocábulo hebraico ????? = ats’at = que significa = “conselho, parecer”.
A palavra usada no hebraico para expressar ímpios é ????????? = reshaym = que vem do radical “rashe’a” – que dá a idéia de “condenar-se, ser mal”. Portanto, podemos afirmar que o ímpio para o hebreu era aquele que se condenava em algo, mesmo sabendo que aquilo que ele fazia era errado.
O conselho dos ímpios fala da comunhão com o mundo, com as “trevas”, com aqueles que conscientemente caminham para a perdição.
3.2 – O caminho dos pecadores
No hebraico temos o vocábulo ??????? = hatâ = que vem do verbo da mesma grafia que significa “pecar, errar”.
Quando o salmista refere-se ao “caminho dos pecadores” cremos que ele tem em mente o caminho daqueles que estão em erro ou errados, ou seja, estão em pecado. Eles estão desviados do alvo, que é o termo teológico para a definição de pecado. Devemos tomar o cuidado para não parar ou estacionar neste caminho.
3.3 – A roda dos escarnecedores
No original temos os seguintes vocábulos :
a) ??????? = moshav = que significa “assento, vila”
b) ?????? = letsym = que significa “frívolos, “palhaços”, perversos.
No orginal dá a seguinte idéia: “estão escarnecendo, estão sendo frívolos”.
Frívolo quer dizer “sem importância, sem valor”. São estes que zombam do evangelho, da igreja, da Palavra de Deus.
4. Duas características do servo
4.1 – O seu prazer
A palavra hebraica usada aqui é ?????? = heféts = que significa “desejo, anelo”.
O verso diz: “O seu desejo está na lei do Senhor”.
O maior prazer que o judeu fiel tinha era estar junto de sua “Toráh”. Uma das primeiras coisas que uma criança judia aprendia a falar era o “Shemá” : “Shemá Ysrael, Adonay Elocheinu, Adonay echad” (Dt 6.3). Os pais quando estavam ensinando a “torá” para seus filhos, e eles aprendiam, os pais davam mel para eles. Desse modo, eles associavam que a Palavra do Eterno era doce como o mel (Sl 119.103). Assim eles tinham prazer em aprenderem a lei do Senhor.
4.2 – O meditar
O verbo hebraico aqui é ?????? = hagah = que significa “falar, expressar, pensar, meditar”
O texto diz: “… E na lei do Senhor medita dia e noite”. É notável percebermos o sentido amplo deste verbo que nos auxilia nesta exegese.
O salmista está afirmando que Deus prova e abençoa o servo que medita (exame interior), fala, pensa, estuda a sua Palavra de dia e noite. A expressão dia e noite além de especificar um tempo, pode também caracterizar tipologicamente, luta e vitória. Todavia, só será abençoado o servo que meditar nas lutas quanto na vitória, na Palavra do Senhor.
5. Os Dois Exemplos
5.1 O exemplo do servo justo

>I) Uma árvore
a) plantada – O verbo no original está no particípio e entendemos que o Eterno é quem a plantou.
b) junto as correntes de água
A palavra hebraica para corrente é ??????? = peleg = que também pode significar ” facção, parte”.
Caro leitor [a], você já parou para pensar o que significa esta expressão: “plantada junto a ribeiros de águas”? Muitos pensam que o termo “águas” é uma alusão as Escrituras. Mas não é! Aqui se refere ao mundo [ sistema], e esta árvore [homem, mulher] foi plantada numa facção [à parte, separada] das águas [alusão ao mundo], ou seja, a Obra do Senhor [igreja] constitui-se uma facção, uma parte de homens e mulheres que tomaram outro rumo – seguir a Cristo! Aleluia! Estamos no mundo, mas não pertencemos a ele. Somos cidadãos de outro país!
c) dá o seu fruto, na estação própria
O verbo hebraico é ????? = natân = que significa “dar colocar”
Aqui vemos um retrato “perfeito” do servo do Senhor. O homem dirigido pelo Espírito Santo não dá fruto fora de hora, mas no tempo determinado, na estação própria.
d) cuja folha não cai
O verbo usado aqui é “navel” = que significa “murchar, fenecer,secar”. Além de ser uma árvore que só dá fruto na ocasião própria, o servo é também tipo de uma árvore duja folha não murcha ou seca. Isto implica em dizer que esta árvore não sente a mudança de tempo,uma vez que nesta época as árvores perdem as folhas e na Palestina, isto ocorria no início do inverno, sendo que a figueira ficava totalmente “nua de folhas”.
5.2 – O exemplo dos ímpios
I) A moinha
Esta palavra no hebraico é ???? = Mots = que significa “palha cortada em pedaços, escória de cereais, pragana”.
Se o ímpio é como a moinha, deduzimos que o ímpio é um ser leve, sem consciência espiritual, vazio, verdadeiro dejeto humano largado as suas próprias sortes.
A moinha segundo o dicionário é: Fragmentos miúdos de palha que ficam depois da debulha dos cereais.
b) o vento que espalha
O verbo hebraico aqui é “nadaf” = que significa “dispersar, espalhar”. O verbo está no futuro, indicando uma ação que ainda ocorrerá. A palavra vento no hebraico é a mesma usada para o Espírito = ??????? = Ruach = vento, sopro, Espírito.
6. Os Três Futuros
6.1 – O futuro do justo – “E tudo quando fizer prosperará”
O verbo hebraico usado aqui é “Tsalakh” = que significa “prosperar, triunfar, atravessar”
6.2 – O futuro do ímpio – “Não subsistirão no juízo”
No original traz o verbo ??? = kum = que quer dizer: “levantar-se, rebelar-se, resistir”
O ímpio não poderá ao menos se levantar no dia do juízo.
6.3 – O futuro do pecador – “Não subsistirão na congregação dos justos”
A palavra para congregação no hebraico é ????? = odat > e é oriunda do verbo que significa “adornar”.
O salmista está afirmando que os pecadores não comporão o adorno, jóia dos justos [ figura da salvação, promessas, dons etc]. Sendo assim, não serão reconhecidos pelo Senhor, e serão espalhados pelo horizonte afora.
7. Os Dois Caminhos
7.1 – O caminho do justo – “É conhecido pelo Senhor”
7.2 – O caminho do ímpio – “conduz à ruína”
O verbo usado no original é ????? = ‘avad = que equivale a “perder-se, errar, perecer, sumir”. Deste verbo deriva-se a palavra “Abadom” = destruição. Entendemos que o caminho do ímpio conduz a perdição e a destruição. Enquanto que o caminho dos justos é conhecido pelo Todo Poderoso.
Bibliografia : Calvino, João. Comentário de Salmos. Editora Fiel
Kidner, Derek. Comentário de Salmos. Edições Vida Nova
Centro de Cultura Bíblica Bereshit. Coleção: Salmos. Ano 2006. Prof. Pr. Hilmar S.E. Kaiser – Th.D, Ph.D