Pr Walter Brunelli lançará Teologia Sistemática Pentecostal

SHALOM! É com grande alegria que comunico os nobres leitores deste blog, que meu amigo Pr. Walter Brunelli,  lançará uma Teologia para Pentecostais, (Uma Teologia Sistemática e Expandida).  Uma obra que vem Leia Mais »

Pérolas da carta de Paulo à Filemon

A carta de Paulo a Filemon é a mais breve entre as cartas que formam a coletânea paulina e consiste apenas em 335 palavras no grego original. É pequeno no tamanho e Leia Mais »

Onesíforo, um bálsamo na vida de Paulo

Paulo havia exortado Timóteo a guardar o evangelho, pois diante da perseguição, muitos cristãos abandonariam o evangelho. Ao longo de 2º Timóteo, Paulo encoraja Timóteo a não se envergonhar do evangelho nesse Leia Mais »

Uma curiosidade inédita sobre Jonas

Para compreendermos o significado dos acontecimentos do livro de Jonas capítulo 3 é necessário saber que os ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humano e parte peixe. Eles acreditavam que ele tinha Leia Mais »

Afinal, quem é o cavaleiro branco de Apocalipse 6?

A adoração descrita em Apocalipse 4 e 5 é um preparativo para a ira descrita em Apocalipse 6 a 19. Pode parecer estranho adoração e julgamento andarem juntos, mas isso se deve Leia Mais »

Por que a maldição caiu sobre Canaã no lugar de Cam?

 

Todos os amantes das Escrituras já se depararam com uma pergunta inquietadora: Por que Canaã foi amaldiçoado no lugar de Cam? Visto que as maldições e bênçãos sobre os três filhos têm em vista seus descendentes, não é de estranhar que a maldição recaia sobre o filho de Cam, e não sobre o próprio Cam (Gn 9.18-22), especialmente em razão de Deus já haver abençoado este justo sobrevivente do dilúvio (Gn 9.1). Prezados leitores [as], quem pode amaldiçoar aquele que o Eterno abençoou?  Leia atentamente Gênesis 9.1

Como o filho mais jovem injuriava a seu pai, assim  a maldição recairá sobre seu filho mais jovem, que presumivelmente herda sua decadência moral (cf. Lv 18.3; Dt 9.3). Em adição aos cananitas, os descendentes de Cam incluem alguns dos inimigos mais ferrenhos de Israel: Filístia, Assíria, Babilônia (cf. Gn 10.9-13). Por trás da profecia de Noé está o conceito de solidariedade corporativa. A justiça de Noé é reproduzida em Sem e Jafé; sua imoralidade, em Cam. A imoralidade de Cam contra seu pai estará estigmatizada em seus descendentes; e a modéstia de Sem e jafé, nos seus.

O erudito Cassuto explica a expressão “servo dos servos” (Gn 9.25): ‘Os cananitas se destinavam a sofrer a maldição e a servidão não em decorrência dos pecados de Cam, mas porque eles mesmos agiam como Cam, em decorrência das suas próprias transgressões. A servidão de Canaã é espiritual, não apenas política. A maldição posta sobre Canaã o liga à maldição sobre a serpente (Gn 3.14) e sobre Caim (Gn 4.1). Entretanto, a maldição geral não é exceção. Como a cena deixa bem claro, a diferença entre os prospectos futuros dos irmãos ancestrais pertence à sua moralidade, não à sua etnia como tal.

A família da prostituta cananita Raabe virá a ser parte do povo da aliança (Js 2.14; 6.17-22; Mt 1.5; Hb 11.31), e a família do judeu Aça será eliminada (Js 7). Quando Israel se comporta como os cananitas, a terra os vomita dela também (2Rs 17.20).

Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora

                          Waltke, Bruce e Cathi, Fredericks. Gênesis. Ed. Cultura Cristã

A numerologia do Papa Francisco

 

 

PAPA ARGENTINO tem 13 letras

 

PAPA FRANCISCO tem 13 letras

 

DIA DO MÊS QUE FOI ESCOLHIDO 13

 

DO ANO DE DOIS MIL E 13

 

13/03/2013 = 1+3+0+3+2+0+1+3 = 13

 

Aí você me diz…. só falta o papa ter 13 anos.

não, ele tem 76 anos.

 

7 + 6 = 13

 

Muita coincidência, não?

 

 

O número 13 na Bíblia representa rebeldia.  Será que o Papa Francisco se rebelará contra os princípios outrora defendidos pelos papas conservadores? 


Será que ele se adaptará à esta sociedade permissiva, relativista e secularizada? 


 

Agostinho e a cura de Paulus e Palladia

 

Santo Agostinho (354-430) é considerado o mais importante dos pais da Igreja. Seus escritos estabeleceram os fundamentos do pensamento e da teologia dos cristãos. Ele falava apaixonadamente a respeito da validade da fé e trabalhava arduamente para expor e destruir as primeiras heresias que estavam sorrateiramente na igreja. Agostinho deixou vários livros, 500 sermões e uma centena de cartas. Nascido em 354 d.C. na cidade de Tagaste, no norte da África, Agostinho viveu dissolutamente em prostituição e à procura de respostas para os problemas da vida por meio da filosofia secular.

Certo dia, enquanto meditava em um jardim, ouviu uma voz que lhe falava: “Pegue e leia”. Ele pegou o manuscrito e abriu em Romanos 13.13,14. O que leu penetrou sua alma e teve início sua jornada em direção a Deus. Foi ordenado sacerdote em 391 e em 396 se tornou bispo de Hipona.

Embora Santo Agostinho tenha sido o primeiro teólogo a firmar uma teoria de descontinuidade em relação aos milagres, ele logo teve que mudar de ideia. Num domingo de Páscoa, um milagre notável aconteceu em sua igreja, em Hipona. Um jovem chamado Paulus foi curado de convulsões milagrosamente diante dos olhos da congregação. No dia seguinte, a irmã deste, Palladia, também foi curada. A seguinte descrição dos momentos que seguiram as curas é uma das cenas mais fulgurantes em toda a literatura dos pais da Igreja:

“Então, todos irromperam em uma oração de gratidão a Deus. Toda a igreja ressoou com a manifestação de alegria”.

Agostinho tomou o jovem nos braços e beijou-o ternamente. A congregação teve reação similar no dia seguinte quando a irmã de Paulus foi curada de modo semelhante. Agostinho continua sua descrição como testemunha ocular:

“Tamanho milagre surigu de homens e muheres reunidos que as exclamações e as lágrimas pareciam que nunca chegariam ao fim […]. As pessoas erguiam louvores a Deus sem palavras, mas com tal barulho que nossos ouvidos mal podiam suportar. O que havia no coração desta multidão barulhenta senão a fé do Cristo, pela qual Santo Estevão verteu seu próprio sangue?”

 

Hoje, lançamento do meu novo livro!

SHALOM!


Amados irmãos, por bondade do ETERNO, lançarei meu novo livro: REFLEXÕES SOBRE OS SALMOS, hoje à noite na cidade de Guarulhos. 

 

Nesta oportunidade, ministrarei a Palavra de Deus.  Você que está em Guarulhos é meu convidado especial.  O lançamento ocorrerá no Ministério Apascentar, cujo pastor é meu amigo Nei Messias. 

 

Endereço:  Av Bom Clima, nº 444 – próximo a prefeitura de Guarulhos.  Início do culto às 19h30. 

 

Você poderá assistir o culto AO VIVO, pela internet. 


Acesse: www.apascentarguarulhos.com.br –  clique em RÁDIO e ouça o CULTO AO VIVO

Lições de uma tempestade

 

Jesus dormia enquanto os discípulos velejavam no barco de pesca para o outro lado do mar da Galiléia. Uma tempestade terrível começou repentinamente. Os discípulos, apavorados, certos de que o barco estava prestes afundar, acordaram Jesus. Esta imagem me fascina: Jesus dormindo numa tempestade! Isto é um retrato vívido da sua confiança tranquila em Deus.

Ele acalmou a tempestade e repreendeu os discípulos por sua falta de fé. Maravilhados, fizeram a pergunta que Marcos queria que seus leitores considerassem: “Quem é este…?”

O texto diz que Ele repreendeu o vento (cf. Mc  4.39). Esta palavra, “repreendeu”, foi usada por Jesus ao expulsar um demônio (cf. Mc 1.25) e ao curar uma doença (cf. Lc 4.35). A palavra grega  “epetimesen” , indica a subjugação de um poder maligno. Alguns interpretam seu uso neste texto, indicando de que Satanás estava por trás da grande tempestade que caiu enquanto Jesus dormia. Por esta perspectiva, Jesus “repreendeu” os seres demoníacos que causavam a tempestade.

Todavia, essa sugestão é improvável. Desde a queda, a própria natureza se voltou contra a humanidade (cf. Gn 3.17,18) e esta ficou vulnerável a todos os tipos de desastres naturais. O milagre tinha o objetivo de demonstrar o poder de Jesus sobre a própria natureza e, assim, sugerir sua divindade. Somente o Criador pode controlar a criação material. A ação de Jesus naquele dia lembrou as palavras do Salmo 89.8,9:

O SENHOR Deus dos Exércitos, quem é poderoso como tu, SENHOR, com a tua fidelidade ao redor de ti?
Tu dominas o ímpeto do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as fazes aquietar. 

Aplicação pessoal deste milagre:

·         A grande tempestade de vento representa as tempestades que enfrentamos em nossas vidas

·         O barco representa nossa segurança, que é ameaçada pelas ondas que batem contra ele.

·         Jesus dormindo no barco representa o aparente silêncio de Deus quando somos afligidos pelo medo e pelas tempestades da vida.

·         A súplica: “Não te importa que pereçamos?” (Mc 4.38), expressa nossos próprios sentimentos profundos de abandono por parte de Deus quando a vida nos oprime.

·         A repreensão de Jesus ao vento e ao mar nos lembra o controle soberano de Cristo sobre todas as circunstâncias das nossas vidas.

·         A bonança que seguiu à tempestade simboliza a serenidade interior que podemos experimentar quando dependemos do amor de Jesus e da sua Palavra.

·         A repreensão de Jesus, “Por que sois tão tímidos?!”, nos lembra que, quando Jesus está em nossas vidas, devemos confiar Nele, mesmo quando as tempestades da vida se intensificam.

·         A pergunta de Jesus, “Como é que não tendes fé?”, nos convida a lembrar o que Cristo fez por nós no passado. Lembrar da bondade de ontem fortalece a fé de que precisamos enfrentar o hoje e o amanhã.

·         O temor dos discípulos nos lembra que nossa atitude para com Jesus deve sempre ser de admiração e respeito porque Ele é verdadeiramente Deus.

·         A pergunta: “Quem é este…?” É respondida pelo milagre e pelas Escrituras. Devemos nos concentrar Nele e não deixar que as circunstâncias da vida nos distraiam.

Nele, que domina ventos e tempestades

Pr Marcelo Oliveira 

O papado — dos primórdios ao Renascimento

Desde uma perspectiva protestante, o papado não é uma instituição de origem divina, mas resultou de um longo e complexo processo histórico. As Escrituras não dão apoio a essa instituição como uma ordenança de Cristo à sua igreja. É verdade que o Senhor proferiu a Pedro as bem conhecidas palavras: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). Todavia, isto está muito longe de declarar que Pedro seria o chefe universal da igreja (o primado de Pedro) e que a sua autoridade seria transmitida aos seus sucessores (sucessão apostólica). As primeiras gerações de cristãos não entenderam as palavras de Cristo dessa maneira. Tanto é que em todo o Novo Testamento não se vê noção de que Pedro tenha ocupado uma função especial de liderança na igreja primitiva. No chamado “Concílio de Jerusalém”, narrado no capítulo 15 de Atos dos Apóstolos, isso não aconteceu, e o próprio Pedro não reivindica essa posição em suas duas epístolas. Antes, ele se apresenta como apóstolo de Jesus Cristo e como um presbítero entre outros (1 Pe 1.1; 5.1).



Mais difícil ainda é estabelecer uma relação inequívoca entre Pedro e os bispos de Roma. Os historiadores não vêem uma base absolutamente segura para afirmar que Pedro tenha estado em Roma, quanto mais para admitir que ele tenha sido o primeiro bispo daquela igreja. Ademais, é um fato bem estabelecido que não houve episcopado monárquico no primeiro século. As igrejas eram governadas por colegiados de bispos ou presbíteros (ver At 20.17, 28; Tt 1.5, 7). 



Ao mesmo tempo, não se pode deixar de reconhecer que ainda na igreja antiga os bispos de Roma alcançaram grande preeminência, que em muitas ocasiões o papado prestou serviços crucialmente relevantes à igreja e à sociedade e que muitos papas foram homens de grande piedade, integridade moral, saber teológico e habilidade administrativa. Ao longo dos séculos, muitos dos principais eventos da história da igreja nas áreas da teologia, organização eclesiástica e relações entre a igreja e a sociedade tiveram conexão com a instituição papal. Originalmente, a palavra grega papas ou a latina papa foi aplicada a altos oficiais eclesiásticos de todos os tipos, especialmente aos bispos. A partir de meados do quinto século passou a ser aplicada quase que exclusivamente aos bispos de Roma. Foram múltiplos e complexos os fatores que levaram ao reconhecimento de que esses bispos detinham autoridade suprema sobre a igreja ocidental. 



Em primeiro lugar, há que se destacar a importância crescente da igreja local de Roma desde o primeiro século. O livro de Atos dos Apóstolos termina com a chegada de Paulo a Roma. O apóstolo aos gentios escreveu a principal de suas epístolas a essa igreja e no segundo século surgiu uma tradição insistente de que tanto Paulo como Pedro, os dois apóstolos mais destacados, haviam sido martirizados naquela cidade. Além disso, já numa época remota, a igreja de Roma tornou-se a maior, a mais rica e a mais respeitada de toda a cristandade ocidental. Outro fator que contribuiu para a ascendência da igreja romana e do seu líder foi a própria centralidade e importância da capital do Império Romano. Ao contrário da região oriental, em que várias igrejas (Alexandria, Jerusalém, Antioquia e Constantinopla) competiam pela supremacia em virtude de sua antigüidade e conexões apostólicas, no Ocidente a igreja de Roma, desde o início, foi praticamente a líder inconteste. Outrossim, a partir de Constantino, muitos imperadores romanos fizeram generosas concessões àquela igreja, buscaram o conselho dos seus bispos e promulgaram leis que ampliaram a autoridade deles. 



Outro elemento importante é que desde cedo a igreja romana e os seus líderes reivindicaram, direta ou indiretamente, certas prerrogativas especiais. No final do primeiro século (ano 96), o bispo Clemente enviou em nome da igreja de Roma uma carta à igreja de Corinto para aconselhá-la e exortá-la quanto a alguns problemas que esta vinha enfrentando. Um século depois, o bispo Vítor (189-198) exerceu considerável influência na fixação de uma data comum para a Páscoa, algo muito importante face à centralidade da liturgia na vida da igreja. As consultas entre outros bispos e Roma também datam de uma época antiga, embora a primeira decretal oficial (carta normativa de um bispo de Roma em resposta formal à consulta de outro bispo) só tenha surgido em 385, com o papa Sirício. Por volta de 255, o bispo Estêvão utilizou a passagem de Mateus 16.18 para defender as suas idéias numa disputa com Cipriano de Cartago. E Dâmaso I (366-84) tentou oferecer uma definição formal da superioridade do bispo romano sobre todos os demais.



Essas raízes da supremacia eclesiástica romana foram alimentadas pelas atividades capazes de muitos papas. No quinto século destaca-se sobremaneira a figura de Leão I (440-61), considerado por muitos “o primeiro papa”. Leão exerceu um papel estratégico na defesa de Roma contra as invasões bárbaras e escreveu um importante documento teológico sobre a pessoa de Cristo (o Tomo), que teve influência decisiva nas resoluções do Concílio de Calcedônia (451). Além disso, ele defendeu explicitamente a autoridade papal, articulando mais plenamente o texto de Mateus 16.18 como fundamento da autoridade dos bispos de Roma como sucessores de Pedro. Seu sucessor Gelásio I (492-96) expôs a célebre teoria das duas espadas: dos dois poderes legítimos que Deus criou para governar no mundo, o poder espiritual — representado pelo papa — tinha supremacia sobre o poder secular sempre que os dois entravam em conflito.



O apogeu do papado antigo ocorreu no pontificado do notável Gregório I ou Gregório Magno (590-604), o primeiro monge a ocupar o trono papal. Sua lista de realizações é impressionante. Ele supervisionou as defesas romanas contra os ataques dos lombardos, realizou complicadas negociações com o imperador bizantino, saneou as finanças da igreja e reorganizou os limites e responsabilidades das dioceses ocidentais. Ele foi também um dedicado estudioso das Escrituras. Suas exposições bíblicas, especialmente um comentário do livro de Jó, foram muito lidas em toda a Idade Média. Seus escritos sobre os deveres dos bispos deram forte ênfase ao cuidado pastoral como uma atividade prioritária. Ele reformou a liturgia, regularizou as celebrações do calendário cristão e promoveu a música sacra (“canto gregoriano”). Finalmente, Gregório foi um grande promotor de missões, enviando missionários para vários centros estratégicos do norte e do oeste da Europa e expandindo a área de jurisdição do papado.



Um momento especialmente significativo na evolução do papado ocorreu no Natal do ano 800, quando o papa Leão III coroou Carlos Magno como sacro imperador romano. A essa altura, a complexa associação dos elementos citados (e outros mais) havia criado uma situação na qual o bispo romano era amplamente considerado o principal personagem eclesiástico do Ocidente, bem como o representante do cristianismo ocidental perante o Oriente. Algumas décadas antes, o pai de Carlos Magno havia cedido à igreja os amplos territórios do centro e norte da Itália, que vieram a constituir os estados pontifícios. Isso fez dos papas governantes seculares como os demais soberanos europeus. Por vários séculos, os papas teriam um relacionamento estreito e muitas vezes altamente conflitivo com esses soberanos. Mas a sua autoridade como líderes máximos da igreja ocidental não seria questionada.



O papado teve também seus períodos sombrios, marcados por imoralidade e corrupção. Um desses períodos foi entre o final do século IX e o início do século XI, quando a instituição papal foi controlada por poderosas famílias italianas. A história revela que um terço dos papas dessa época morreu de forma violenta: João VIII (872-882) foi espancado até a morte por seu próprio séquito; Estêvão VI (885-891) foi estrangulado; Leão V (903-904) foi assassinado por seu sucessor, Sérgio III (904-911); João X (914-928) morreu asfixiado; e Estêvão VIII (928-931) foi horrivelmente mutilado, para não citar outros fatos deploráveis. Parte desse período é tradicionalmente conhecida pelos historiadores como “pornocracia”, numa referência a certas práticas que predominavam na corte papal.



A partir de meados do século XI, surgiram vários papas reformadores, que procuraram moralizar a administração da igreja, lutando contra diversos males que a assolavam. O mais notável foi Hildebrando ou Gregório VII (1073-1085), que notabilizou-se por sua luta contra a simonia, ou seja, o comércio de cargos eclesiásticos, e ficou célebre por sua confrontação com o imperador alemão Henrique IV. Ele escolheu como lema do seu pontificado o texto de Jeremias 48.10: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente”. Todavia, o ápice do poder papal ocorreu no pontificado de Inocêncio III (1198-1216), considerado o papa mais poderoso de todos os tempos, aquele que, mais do que qualquer outro, concretizou o ideal da “cristandade”, ou seja, uma sociedade plenamente integrada sob a autoridade dos reis e especialmente dos papas. Ele foi o primeiro a usar o título “vigário de Cristo”, ou seja, o papa era não somente o representante de Pedro, mas do próprio Senhor. Seus sucessores continuaram por algum tempo a fazer ousadas reivindicações de autoridade sobre toda a sociedade, sem contudo transformá-las em realidade como o fizera Inocêncio.



Novo período de declínio e desmoralização do papado ocorreu no século XIV e início do século XV. Primeiro, os papas moraram na cidade de Avinhão, ao sul da França, por mais de setenta anos (1305-1378), colocando-se sob a influência dos reis franceses. Esse período ficou conhecido como “o cativeiro babilônico da igreja”. Em seguida, por outros quarenta anos (1378-1417), houve dois e, finalmente, três papas simultâneos (em Roma, Avinhão e Pisa), no que ficou conhecido como “o grande cisma”. Essa situação embaraçosa foi sanada por vários concílios reformadores, especialmente o de Constança, que reivindicaram autoridade igual ou mesmo superior à dos papas. Em reação, estes reafirmaram ainda mais enfaticamente a sua autoridade suprema sobre a igreja.



O final do século XV e início do XVI testemunhou o pontificado dos chamados “papas do Renascimento”, os quais, ao contrário de muitos de seus predecessores ou sucessores, tiveram escassas preocupações espirituais e pastorais. Como papa Alexandre VI (1492-1503), o espanhol Rodrigo Borja dedicou-se prioritariamente a promover as artes e a embelezar a cidade de Roma; Júlio II (1503-1513) foi um papa guerreiro, comandando pessoalmente o seu exército; e Leão X (1513-1521) teria dito ao ser eleito: “Agora que Deus nos deu o papado, vamos desfrutá-lo”. Foi ele quem despertou a indignação do monge agostiniano Martinho Lutero ao autorizar a venda de indulgências para concluir as obras da Catedral de São Pedro. O resultado dessa indignação é conhecido de todos.

Alderi S. Matos 

Uma ilustração sobre o ABORTO

PAZ!

Leiam com atenção, esta ilustração sobre o ABORTO: 

 

Por que matar um filho e não o outro?

– "Doutor, o senhor terá de me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo. Não tenho condições de criar ambos”. 
E então o médico perguntou: "E o que a senhora quer que eu faça?" 
A mulher, já esperançosa, respondeu: "Desejo interromper esta gravidez e conto com a ajuda do senhor".

O médico então pensou um pouco e depois disse a mulher: 
– "Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora".
A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.

E então ele completou:
– "Veja bem, minha senhora, para não ter de ficar com os dois bebês de uma vez em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer. Se o caso é matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco."

A mulher reagiu indignada: – "Não doutor! Que horror! Matar uma criança é um crime!".

Depois de refletir, a mãe mudou de idéia. O médico viu que a sua lição surtira efeito. Ele persuadiu a mãe que não há diferença entre matar a criança já nascida e matar uma criança ainda por nascer, mas viva no seio materno. O crime é o mesmo, e o pecado, diante de deus, também é o mesmo. – autor desconhecido

Henry Miller disse certa feita: "Não conheço crime maior que este; MATAR aquele que luta para NASCER" 

Palavras hebraicas e gregas para MILAGRES

 

Há um vocabulário especifíco para identificar milagres no AT e NT. É importante saber o que cada uma dessas palavras nos diz sobre os milagres que descrevem.

Pala’ – Esta palavra é usada cerca de 70 vezes no Antigo Testamento. Significa “ser maravilhoso”. É a raiz de um dos nomes do Eterno de Isaías 9.6 (Pêle Yoets). A raiz geralmente refere-se aos atos de Deus, quer formando o universo ou agindo na História em favor do seu povo. A palavra chama nossa atenção para a reação das pessoas quando são confrontadas por um milagre. O cristão vê o poder tremendo de Deus que invadiu o tempo e o espaço para fazer algo maravilhoso demais para os seres humanos reproduzirem.

O erudito Eichrodt diz: O verbo e o substantivo referem-se aos atos de Deus, designando prodígios cósmicos ou feitos históricos em favor de Israel. Isto é, na Bíblia a raiz pl’ – refere-se a coisas anormais, além da capacidade humana. Consequentemente, desperta admiração (pl’) no homem. Pode-se acrescentar ainda, que é essencial que o milagre seja tão anormal a ponto de ser inexplicável, exceto pela demonstração do cuidado ou da retribuição de Deus.

Várias palavras em português são usadas para traduzir pala’, entre elas: “prodigio”, “milagre”, “maravilhas”, “grandezas” e “grandes obras”.

Mophet – Esta palavra hebraica ocorre aproximadamente 36 vezes no AT. Também significa “prodigio” ou “milagre”. É usada principalmente para relembrar os poderosos feitos de Deus no Egito com o propósito de livrar seu povo da escravidão. Mophet também é usada para castigos e a provisão que demonstra o cuidado contínuo de Deus por Israel no decorrer da História.

A palavra mophet é frequentemente usada com uma terceira palavra hebraica para milagre, ‘ot. As duas geralmente são traduzidas como “sinais e prodigios”. Em Deuterônomio 13, mophet refere-se a uma previsão exigida de alguém que afirma ser profeta. Se o ‘ot (sinal) ou mophet (prodígio) realmente acontece, o candidato a profeta é autenticado. Se não acontece, ele é um falso profeta.

Mophet sozinho geralmente é traduzido por “prodígio” ou prodígios, nas versões portuguesas da Bíblia.

 

‘Ot – Esta palavra hebraica significa “sinal milagroso”. Tem uma grande variedade de significados. A palavra é usada para designar os corpos celestiais como “sinais” que distinguem as estações (Gn 1.14) e para designar uma insígnia ou um estandarte (Nm 2.2). No entanto, quase todas as suas 80 ocorrências no AT incorporam o significado de sinais milagrosos, indicando um ato claro e inconfundível de Deus. Como visto acima, é frequentemente usado com mophet.

Outras palavras hebraicas são usadas para descrever milagres. Por exemplo, milagres são “poderosos feitos” (yalla) ou “poderes miraculosos” (giborah) que são obras inconfundíveis (maasheh) de Deus.

 

No Novo Testamento destacam-se 3 palavras: dunamis, semeion, teras.

 

Dunamis – Descreve um milagre como uma expressão espontânea do poder de Deus. Como os dois outros termos para milagres no Novo Testamento, esta palavra descreve um milagre como violação clara do que as pessoas do primeiro século consideravam ser a lei natural. Os atos poderosos de Deus eram tão inconfundívelmente extraordinarios que ninguém que presenciava um milagre deixaria de reconhecê-lo.

Semeion – Esta palavra grega significa “sinal, prodígio ou milagre”. O significado básico da palavra indica um sinal pelo qual se reconhece uma pessoa ou coisa específica. Quando a palavra semeion tem uma dimensão maravilhosa ou extraordinária geralmente é traduzida por “sinal milagroso”. Esta palavra enfatiza o aspecto de autenticação do milagre como indicação de que poder sobrenatural está envolvido.

Teras – Esta palavra, traduzida por “prodígio [s]”, é encontrada apenas 16 vezes no NT, em cada caso ligada a semeion como “sinais e prodígios”. Na literatura grega, teras denota alguma aparição terrível que evocam temor e terror e que contradizia a ordem do universo. A Septuaginta usa teras para traduzir mophet, indicando assim um símbolo, sinal ou milagre. O termo veterotestamentário e seu equivalente do Novo Testamento estão ligados à revelação de Deus de si mesmo aos seres humanos.

 

Um milagre é um evento extraordinário (pala’, teras). Esse evento pode envolver a violação do que consideramos leis naturais, como a divisão do mar Vermelho e a ressurreição de Lázaro.

Um milagre é um evento causado por Deus (pala’, dunamis, ergon). A natureza e hora do evento, junto com sua significância religiosa ou revelação associada, deixam inconfundivelmente claro que Deus agiu no nosso mundo de tempo e espaço.

Um milagre é um evento de significância religiosa (‘ot, semeion). Não é um ato aleatório, mas um ato intencional de Deus. 

A entrega total – Romanos 12.1

 

Depois de ter mostrado a maneira pela qual o homem pode restabelecer sua relação com Deus, por meio da fé em Jesus Cristo (cf. Rm 5.1) e depois de ter mostrado o caminho da nova vida santificada, por meio do Espírito Santo (cf Rm 8), Paulo se ocupou, no final do livro de Romanos, com a vida cristã.

Paulo apresentou a maneira pela qual o novo homem deve viver – para a glória de Deus (1 Co 10.31), pois vivendo assim viverá uma vida de serviço. Essa vida é descrita como a vida a ser desenvolvida diariamente e o caminho para ela é o caminho da consagração, da dedicação, da entrega da vida a Deus.

O sacrifício era considerado uma oferta solene entregue ou dedicada à divindade, na forma de vítimas (animais) ou donativos, com a finalidade de agradar ou apaziguar a divindade ou ainda obter dela o seu favor. O sistema sacrificial judaico registrado no livro de Levítico foi elaborado pelo próprio Deus para que o povo redimido da escravidão egípcia pudesse aproximar-se e permanecer na presença divina para adorá-lo e servi-lo. Para que o pecador se aproximasse de Deus o sangue de alguma vítima deveria ser derramado, deveria ser entregue. O animal que deveria morrer como substituto deveria cumprir certos requisitos como ser consagrado, puro, sem manchas e perfeito, simbolizando e sinalizando “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (cf. Jo 1.29).

O sacrifício a ser apresentado a Deus era o “trabalho” do sacerdote. O adorador que desejava ter comunhão com Deus, oferecia a Deus um animal que já estava morto. Mas, é necessário destacar que aqui, Paulo muda completamente a exigência. O sacrifício deve ser vivo. Vivo, porque já recebemos nova vida por meio de Jesus Cristo. Temos agora que submeter nossa vontade, toda nossa vida em sacrifício, pois só assim experimentaremos a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

 

Nesses versículos encontramos pelo menos 3 aspectos dessa entrega total:

 

O primeiro aspecto verifica-se na motivação da entrega – porque entregar?

1.      A motivação tem como base as bençãos passadas

a.    O argumento é conclusivo – portanto, pois

b.    O pedido, o rogo

2.     A motivação tem como base as ações divinas em nosso favor

a.    A misericórdia divina deve ser definida e entendida

b.    A “                       “       é distinta da graça divina

 

O segundo aspecto verifica-seno conteúdo da entrega – o que entregar?

 

1.    Entregar o corpo (cf. Romanos 6.13,16,19)

a.    Entregar é oferecer, é apresentar-se a Deus

b.    Como sacrifício vivo, santo e agradável

2.    Entregar a vida (cf. Atos 20.24)

a.    Para completar a carreira

b.    Para cumprir o ministério

O terceiro aspecto verifica-se no simbolismo da entrega – qual o significado?

 

1.    A entrega significa um ato de culto

a.    O culto sempre será a Deus

b.    O culto é um serviço a Deus

2.    A entrega é definitiva

a.    É entregar como Jesus se entregou por nós, voluntaria e definitivamente

b.    É apresentar-se a Deus de uma vez por todas, definitivamente (significado do verbo no original grego). 

Quando a cruz é loucura?

 

John Stott, disse: “A cruz é a pedra de tropeço para todo o orgulho humano”. A cruz de Cristo é loucura quando não podemos ver sua sabedoria porque estamos dominados pela razão. Quando a razão se torna a via única de compreensão do mundo, não vemos a cruz de Cristo. A razão não admite a cruz. A razão tem horror a sofrimento e sangue. A razão recusa o que não pode explicar, e a cruz não pode ser explicada, como não o podem a nossa salvação, nem a ressurreição de Cristo no passado e nossa no futuro.

 

A cruz de Cristo é loucura quando não podemos ver a graça da cruz porque somos condicionados à noção de justiça; A ideia de justiça não admite castigo ao inocente, como aconteceu com Jesus por nós. Saulo de Tarso estava cego pela ideia da justiça, mas foi alcançado pela luz de Cristo e passou a ver. Depois, o intelectual Paulo pôde dizer que a graça lhe bastava.

 

A cruz de Cristo é loucura quando não vemos Cristo nela, senão a nós mesmos. Quando olhamos para a cruz e vemos a nós mesmos, não vemos a cruz, que se torna loucura. De fato, era para estarmos lá, mas Cristo tomou o nosso lugar.

 

A cruz de Cristo é loucura quando não tomamos a decisão de viver por e para Ele. Quando, apesar de todas as verdades históricas e bíblicas acerca de Jesus, não nos decidimos por Ele, seu sacrifício é tornado inútil por nós. Se não nos decidirmos a viver por Ele e para Ele, seu sacrifício foi em “vão”.

Tornamos eficaz a cruz para nós quando reconhecemos que Deus tomou a iniciativa de vir ao nosso encontro para nos salvar. A cruz é a manifestação mais completa da graça de Deus para nós.

Tornamos eficaz a cruz para nós quando reconhecemos que ela é o poder e a sabedoria de Deus para nossa salvação. Isso começa a acontecer quando colocamos a razão em seu devido lugar, tornando-a cativa de Cristo. A razão não pode ser a única via de compreensão do mundo. Ela é indispensável, mas não pode excluir a via da fé. Antes, deve estar ao seu serviço, porqe a felicidade está na fé;

Finalmente, tornamos eficaz a cruz de Cristo quando tomamos a decisão de corresponder ao gesto da graça, aceitando a libertação de nossa culpa.