
Recebi essa preciosa informação do meu ilustre amigo João Guimarães, ilustre revisor das maiores editoras do nosso país e jornalista há mais de 40 anos. Convido você a mergulhar na riqueza da língua portuguesa e aprendemos com o preclaro Prof. Pasquale Neto
Tautologia: é o termo usado para definir um dos vícios, e erros, mais comuns de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. O exemplo clássico é o famoso ‘subir para cima’ ou o ‘descer para baixo’. Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:
OBS: as palavras entre os parênteses são as palavras desnecessárias.
– elo (de ligação)
– acabamento ( final )
– certeza ( absoluta )
– quantia ( exacta )
– nos dias 8, 9 e 10, ( inclusive )
– juntamente ( com )
– ( expressamente) proibido
– em duas metades ( iguais )
– sintomas (indicativos )
– há anos ( atrás )
– vereador ( da cidade )
– (outra ) alternativa
– detalhes ( minuciosos )
– a razão é ( porque )
– anexo ( junto ) à carta
– de sua ( livre ) escolha
– superávit ( positivo )
– ( todos ) foram unânimes
– conviver ( junto )
– facto ( real )
– encarar ( de frente )
– multidão ( de pessoas )
– amanhecer ( o dia )
– criação ( nova )
– retornar ( de novo )
– empréstimo ( temporário )
– surpresa ( inesper
ada )
– escolha ( opcional )
Note que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, ‘surpresa inesperada’. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não. Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.
Prof.. Pasquale Neto
No popular se diz: ‘Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro’
Correto: ‘Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro’
EU NÃO SABIA. E VOCÊ?
Outro que no popular todo mundo erra:
‘Quem tem boca vai a Roma.’
O correto é: ‘Quem tem boca VAIA Roma.’ (isso mesmo, do verbo vaiar).
Vai dizer que você falava corretamente algum desses?
P.s>>> Reprodução permitida desde que citada a fonte com o link e o nome do autor: Prof. Pasquale Neto.
Muito interessante!
Pregadores estejam atentos!
Já vi pregadores da Palavra dizer alguns erros:
"Esta Palavra é para é todos nós, inclusive eu."
Entre outros.
Amado Pastor Marcello,
É importante estarmos sempre atentos a essas instruções. Mas há uma dessas expressões que deve ser usada no meio cristão: de sua ( livre ) escolha, afinal, existem teólogos que dizem que nossas escolhas não são livres, são pré-determinadas.
Abração e Paz!
Às vezes é bom usarmos da tautologia justamente para realçarmos uma ideia e ajudarmos na compreensão do público destinatário da mensagem que pregamos. Lembremos que na poesia hebraica, sobretudo nos salmos, o paralelismo é constantemente empregado para reafirmar uma ideia expressa anteriormente. Não sei se fui muito feliz nesta minha comparação, mas quero dizer que se deixarmos de lado a tautologia, o entendimento de muitos ouvintes ficará prejudicado. Um abraço a todos!
Excelente post…parabéns!
Abraços
Vamos melhorar nosso português gente! Fica em paz pastor Marcello.
Caro amigo Pr. Marcello Oliveira,
Shalom!
Maravilha irmão!
Valeu, excelente postagem!
Agora é só vigiar varão! rsrs
Um grande abraço!
Pr. Carlos Roberto
Essa foi demais…
Não vou me alongar muito, para não cometer algum desses erros.
Paz!
Este artigo foi uma surpresa inesperada!
Percebi que apresento alguns sintomas indicativos de tautologia.
A razão é porque desde há anos atrás gosto de detalhes minuciosos.
Já que, nos comentários, todos foram unânimes de que tautologia é expressamente proibido,
não vejo outra alternativa, senão a escolha opcional de encarar de frente o problema, este fato real, que convive junto comigo, desde o amanhecer do dia.
Mas, faço isto de minha livre escolha, com a certeza absoluta de que desejo cortar todo elo de ligação com a tautologia.
Assim, poderei encarar de frente a multidão de pessoas e retornar de novo a expressar-me com a quantia exata de palavras, a cada nova criação!
P.S.:
Parabéns pelo artigo! A tautologia é esquisita mesmo!
É muito mais fácil fazer essas correções na hora de escrever do que na hora de falar, eu por exemplo, acho que escrevo bem melhor do que falo!