Jó sabia que havia sido derrotado. Não havia meio de pleitear sua causa diante de Deus. Usando as palavras do próprio Deus (Jó 42.3,4), Jó humilhou-se diante do Senhor e reconheceu o poder e a justiça de Deus na execução de seus planos (v. 2). Jó admitiu que havia falado coisas que não compreendia (v.3). Retirou suas acusações de que Deus não o havia tratado com justiça. Percebeu que tudo o que Deus fazia era certo e que o ser humano deveria aceitar pela fé todas as coisas das mãos de Deus.
Disse Jó ao Eterno: “Não sou capaz de responder suas perguntas! Só me resta confessar meu orgulho, me humilhar e me arrepender”. Até então, o conhecimento de Jó acerca de Deus havia sido indireto e impessoal, mas isso havia mudado. Jó havia se encontrado com Deus pessoalmente e se dado conta de que ele próprio não passava de pó e cinzas (Jó 2.8, 12; Jó 42.6).
Nas palavras de Spurgeon: “A porta do arrependimento abre-se para o salão da alegria”, e foi exatamente o que aconteceu com Jó. No auge do livro, Jó, o pecador, torna-se Jó, o servo de Deus (Jó 42.7-9). Em quatro ocasiões nesses versículos, Deus usa um título especial no Antigo Testamento: “Meu servo” (Jó 1.8; 2.3). De que maneira Jó serviu ao Senhor? Suportando o sofrimento sem amaldiçoar a Deus e, portanto, calando o diabo! O sofrimento que ocorre dentro da vontade de Deus é um ministério que Deus concede a uns poucos escolhidos.
Porém, o servo Jó torna-se também o intercessor. Deus estava irado com os três amigos, pois eles não haviam dito a Jó a verdade sobre Deus (Jó 42.7) e precisavam se reconciliar com Jó para que ele pudesse orar pelos três. Jó se transformou no mediador entre Deus e seus amigos. Ao perdoar os amigos e orar por eles, Jó trouxe de volta as bençãos para a própria vida (v. 10). Quando nos recusamos a perdoar a outros, provocamos nosso próprio sofrimento.
Outra curiosidade desta passagem é a menção da herança pelas filhas, junto com os filhos, dos bens do pai, Jó. Para nós isto é normal. No mundo antigo, entretanto, era fora do comum. Mas a situação do Jó não era nada comum. E ele ficou tão agradecido que deu a estas lindas filhas, nomes que demonstraram a sua gratidão: Jemima (“o dia”), porque a noite escura de sofrimento se findou; Cássia (uma erva muito fragante),porque Deus sarou as úlceras que fediam tanto; e Querém-Hapuque (“abudância restorada” ou “chifre de tinta”), porque Deus secou as suas lágrimas do seu rosto envermelhado de tristeza (16.16). Ou seja, marcou definitivamente a mudança da sua sorte.
À primeira deu o nome de Jemima; à segunda chamou de Cássia; e à terceira, de Querém-Hapuque. No mundo inteiro não havia mulheres tão lindas como as filhas de Jó. E o pai as fez herdeiras dos seus bens, junto com os seus irmãos. (Jó 42.14,15).
Pr Marcelo Oliveira
Pr. Marcelo, faz tempo que leio seus textos; sou deveras agradecido por suas pérolas. muitas vezes parto de suas mensagens para fazer pesquisas nos assuntos que você trás à tona.
Sou amante da Bíblia e de tudo que vem corroborar para a melhor compreenção dela.
Um abraço e que o Senhor Deus continue te abençoando.
apaz pastor gosto muito do seu site, e peço um favor ao senhor,eu tenho muitos estudos seus,que tal osenhor fazer um livros com todos os estudos que o senhor coloca no site porque é uma pena descartar esses estudos sem mais jefferson