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As 4 espécies – 4 tipos de judeus

A Torá ordena o judeu na Festa dos Tabernáculos (Sucót) a sair de sua casa para morar em uma cabana. Além disso, os judeus devem cumprir outro mandamento muito importante: dentro da Sucá (cabana), devem segurar quatro espécies diferentes de plantas que crescem em Israel.

“E no primeiro dia tomarei para vós ramos de árvores formosas (Etróg – Cidra), folhas de palmeira (Luláv), ramos de árvores frondosas (Hadás – Murta) e salgueiros de ribeiras (Aravá – Salgueiro); e vos alegrareis perante o Senhor por sete dias (Lv 23.40)”.  grifo nosso

Segundo a rica cultura judaica os diferentes tipos de árvores representam os tipos de judeus e conseqüentemente os tipos de cristãos que existem. Os rabinos explicam que as pessoas que se assemelham ao Etróg (cidra) possuem sabor e fragrância. Ou seja, elas se preocupam em estudar as Escrituras (sabor) bem como colocam em prática aquilo que aprenderam (fragrância).

Já as pessoas que se preocupam apenas em estudar a Torá, mas não dão importância para a prática do estudo, são comparadas ao Luláv (Palmeira), que possui sabor, mas não exala a fragrância.

O Hadás (Murta) é comparada a pessoa que se esforça para praticar as Escrituras, todavia não deseja se aprofundar no Estudo das Escrituras. Sendo assim, ela tem fragrância, mas não tem sabor (Escritura).

Finalmente, existe o Aravá (Salgueiro), que não possui sabor nem fragrância, ou seja, esta pessoa não se preocupa em estudar as Escrituras nem tão pouco praticá-la.

Aprofundando neste elucidativo artigo, os rabinos aludiram que cada espécie, também pode representar uma parte do nosso corpo. O etróg (Cidra) é como o coração – O Eterno busca em nós um coração puro e sincero (Cf. Sl 51.10). O Luláv é como a espinha dorsal – responsável por nos manter de pé e em movimento, assim como a Palavra de Deus provê a estabilidade para as nossas vidas (cf. Is 33.6).

O Hadás (Murta) é como os olhos – devemos vigiar com nossos olhos, pois eles são a lâmpada do corpo (cf. Mt 6.22,23). O Aravá (salgueiro) são como nossos lábios – devemos vigiar em nossas palavras e pedirmos ao Eterno que santifique nossos lábios como fez com Isaías (cf. Pv 10.31; 13.3; Lc 6.45; Ef 4.29).

Na entrada triunfal de Yeshua em Jerusalém vemos o povo proclamando-o como rei, agitando ramos de árvores formosas! (Mt 21.8).

Prezado leitor [a], a quem você se assemelha:

  • Ao Etróg –  que tem sabor (Escritura)  e fragrância (prática)
  • Ao Luláv – que tem sabor, mas não tem fragrância
  • Ao Hadás – que não tem sabor, mas tem fragrância
  • Ao Aravá – que não tem nem sabor nem fragrância

Nele, que é a Palavra e viveu de forma tão prática que nos inspirou a imitar seu exemplo,

Pr Marcelo de Oliveira