As igrejas da Galácia estavam sendo seduzidas pelos falsos mestres, e o evangelho da graça estava sob fogo cruzado. Os judaizantes espalhavam entre as igrejas gentílicas que Paulo não era um apóstolo autorizado e que sua mensagem não era verdadeira. Estes falsos mestres tornavam a obra de Cristo na cruz insuficiente e acrescentaram as obras da lei como condição indispensável para a salvação. É contra estes falsos mestres, com firmeza e coragem que Paulo empunha a espada do Espírito para repreender a igreja e anatematizar os hereges.
O Abandono do Evangelho
1) O espanto do apóstolo Paulo (Gl 1.6) – Paulo está perplexo com a atitude das igrejas da Galácia. Aqueles irmãos que haviam abraçado o Evangelho, para logo depois abandoná-lo trocando por uma mensagem diferente, um outro evangelho, que de fato não era Evangelho. Paulo está admirado ao ver a rapidez que esses crentes estavam apostatando da fé. Em vez de dar graças a Deus pela igreja no intróito da carta, como de costume fazia nas outras epístolas, Paulo revela seu espanto pela inconstância e instabilidade dos gálatas. Na verdade, Gálatas é a única carta em que não há oração, louvor, ação de graças, nem elogios.
2) A apostasia dos cristãos (Gl 1.6) – As igrejas da Galácia estavam virando a casaca e abandonando com grande rapidez o evangelho, a ponto de trocar o verdadeiro evangelho por um falso. Abandonaram a graça para colocar-se debaixo do jugo da lei. O que diriamos nós acerca da apostasia que atinge os redutos chamados evangélicos, em que o sincretismo religioso está substituindo o evangelho?
A ideia do original não é “que tenhais sido afastados tão depressa”- mas que “estejais passando tão depressa” – a palavra grega metatithemi, significa, “transferir a fidelidade” – estavam mudando de partido religioso. Tornaram-se “casacas religiosos” e desertores espirituais”.
3) O abandono ao Deus da Palavra e à Palavra de Deus – O cristianismo não é apenas a adoção de um credo, mas, também, a sustentanção de um relacionamento. Apostasia não é apenas o abandono da doutrina ortodoxa, mas também a deserção do próprio Deus. Não apenas o Evangelho eles haviam abandonado, mas também o Deus anunciado pelo Evangelho. Eles estavam afastando-se do Deus de toda graça. Afastar-se do evangelho da graça, é afastar-se do Deus da graça!
4) O outro Evangelho não é o Evangelho verdadeiro (Gl 1.6,7) – Paulo usa aqui um trocadilho de palavras para desmascarar o outro evangelho (cf. Atos 15.1) anunciado pelos judaizantes. Há duas palavras no grego para “outro” – heteros – outro de outra substância, diferente; e allos – outro da mesma substância, tipo e essência. A palavra allos é o mesmo termo que aparece em Jo 14.16 – “outro consolador” – ou seja, do mesmo tipo, essência e substância. Isto é uma prova irrefutável que o Espírito Santo é Deus e não uma força ativa como querem os TJ.
O verdadeiro evangelho é o Evangelho da graça, da salvação pela fé em Cristo. Este evangelho difere radicalmente do anunciado pelos judaizantes. O Evangelho que Paulo anunciava, consistia em “o homem não é justificado pelas obras da lei, sim, mediante a fé em Cristo Jesus (Gl 2.16; Rm 3.24; Ef 2.8)
A singularidade do Evangelho
Depois de falar da apostasia da igreja e da ação nociva dos falsos mestres, Paulo reafirma a singularidade do Evangelho, evocando a maldição divina para todos os que pervertem o Evangelho e pertubam a igreja de Deus com falsas doutrinas.
1) O Evangelho é maior que os apóstolos (Gl 1.8) – “Mais ainda que nós” (grifo do autor). Paulo estava tão convencido de que não havia outro evangelho, que invocou a maldição de Deus sobre a própria vida, num caso hipotético de pregar um evangelho que fosse além daquele já anunciado aos gálatas.
2) O Evangelho é maior que os anjos (Gl 1.8) – depois de afirmar que o Evangelho é maior que os apóstolos, Paulo afirma que o Evangelho é maior que os anjos. Jamais o céu enviaria um mensageiro com um segundo evangelho.
3) O Evangelho é maior que os falsos mestres (Gl 1.9) – Depois de citar dois casos hipotéticos no versículo 8, Paulo menciona uma possibilidade real no versículo 9. Como representante autorizado de Cristo, pronuncia a maldição sobre os judaizantes que estavam cometendo o crime de chamar de falso o verdadeiro Evangelho e tratando de colocar o falso evangelho no lugar daquele que salva.
4) A motivação do Evangelho (Gl 1.10) – Paulo não negociou a verdade para procurar o favor dos homens. Paulo era um apóstolo e não apóstata. Ele estava a serviço de Cristo, não de homens.
Nele, que é o Evangelho da graça
Pr Marcelo Oliveira
Parabéns pelo texto discutido, vemos alguns de nossos “irmãos“ pentecostais trazendo nos dias atuais confusão teológica.
Deus continue abençoando a sua vida e ministério para quebrar as estruturas velhas e anacrônicas. Sedes fortes.
Graça e paz
Zenobio Fonseca
Boa reflexão. Parece que a crise do passado ocorre de novo em nossos dias, mas agora com novos personagens, nova roupagem, e novas enfases. O Evangelho está sempre sob o ataque do inimigo e seus apóstolos.
Em Cristo. Pr Wanderson
Shalom!
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att, Pr Marcello
É consideravel o que,Paulo passou em seu peregrinar e apregoar o Evagengelho.Embora só tenha escrito Cartas Pastorais,e nenhuma Universal,ter fundado Igrejas e depois voltar concertando aguns equivocos.Não se pode negar que foi um grande homem nas mãos de Deus. Grato pelo seu Texto,nos alerta cada vez mais sob os fatos ocorridos…
Prezado Pr. Marcello de Oliveira, gostei muito da sua Apologética e Dissertação em relação ao conteúdo da explanação do seu Blog. Que o Senhor nosso Deus continue cumprindo as Suas promessas na sua vida!Por favor quando você estiver orando, ore pelo meu ministério, por mim e pela minha família! Deixe o seu nome, que eu também estarei orando por você e pelos seus. Graça & Paz.