As 5 hipóteses sobre a Estrela de Belém

A palavra áster, do grego (como afirmam os exegetas), podendo designar estrela, outro astro qualquer ou fenômeno luminoso, abre margem para cinco hipóteses que podem ser formuladas em relação à Estrela de Belém.

De forma sucinta apresentaremos essas cinco hipóteses:

Primeira hipótese:

O sinal luminoso, visto no céu de Belém, pelos magos, consistiu na conjunção de dois planetas – Júpiter e Saturno. Poderia ocorrer uma conjunção planetária tríplice: Mercúrio, Júpiter e Saturno. E neste caso, o brilho aparente do conjunto seria maior. Essa hipótese, admitida pelo astrônomo alemão J. Kepler, é denominada hipótese Kepleriana, ou ainda, hipótese de Kepler.

Segunda hipótese:

A suposta estrela que atraiu a atenção dos magos era o planeta Vênus (Estrela Vésper) que, em certo período, é visto com brilho excepcional logo depois do pôr do Sol. Vênus, na sua fase de Estrela Vésper é também chamada estrela Pastor. Sendo a hipótese mais poética e, certamente, a mais simples, é a mais fraca de todas. Essa hipótese é chamada hipótese naturalista.

Terceira hipótese:

Acreditam alguns comentadores que o astro citado por Mateus (Mt 2.2), não era propriamente uma estrela, mas sim um cometa. E quem sabe não foi o próprio cometa de Halley? Essa hipótese é atribuída a Orígenes (202-254), escritor cristão e foi recentemente apreciada pelo padre Lagrange. Tendo em vista o autor que a sugeriu, podemos, portanto, denomina-la hipótese de Orígenes.

Quarta hipótese:

Uma estrela do tipo que os astrônomos denominam Estrela Nova, aparecida na época do nascimento de Cristo, teria impressionado os astrólogos do Oriente e levado os magos até Belém. Essa Nova cintilou durante alguns dias e depois, desapareceu para sempre. Essa hipótese é denominada hipótese racionalista.

Quinta hipótese:

A quinta e última hipótese é a seguinte: a chamada Estrela dos Magos, foi um sinal luminoso que, pela vontade soberana de Deus, brilhou no céu da Palestina. Temos assim, a chamada hipótese do Sinal Milagroso.

Nele, o El Mistáter

Pr Marcelo Oliveira

4 Responses to As 5 hipóteses sobre a Estrela de Belém

  1. Wellington disse:

    Muito legal!

    Deus te acrescente dezenas de anos nesta terra pra continuar seu Ministério!

    Shalom!

  2. Misael M. disse:

    Com toda certeza, foi um sinal de Deus, porém entra no mérito exotérico, pois os três astrólogos souberam por esse sinal celeste que evento estava acontecendo, eles não apenas conheciam a revelação, mas sabiam o que anunciaria o nascimento de Jesus. Pergunto como sendo astrólogos – algo que é considerado ensinamento dos anjos do adversário aos homens – podiam saber sobre Jesus como salvador e adorá-lo?

    Não compreendo essa parte mística.

    God bless you,
    Misael M.

  3. Graça e paz.

    A Hipótese de Orígenes de que a Estrela de Belém fosse o Cometa Halley esbarraria na cronologia sugerida pelo próprio Evangelho de Mateus, segundo o qual Jesus teria nascido antes da morte de Herodes, o Grande, fato ocorrido no ano 4 a.E.C. Isto porque o Cometa Halley tem suas aparições a cada 76 anos de modo que só pode ter sido visto nos céus da Palestina no ano 10 E.C., quando Jesus já deveria ser um adolescente ou quase jovem.

    No entanto, considerando que os 4 Evangelhos escritos em gregos e décadas depois da morte de Jesus, certamente a fonte das informações seria uma tradição apostólica anterior. Então, catando as peças deste quebra-cabeça, Jesus pode ter nascido não no ano 4 a.E.C., ou antes disto, mas sim por volta ano 10 E.C., quando ocorreu o recenceamento na época em que Quirino era governador da Síria (conf. Lc 2.1-2), fato que, segundo o historiador Josefo, poderia ser situado em 6 E.C.

    De qualquer modo, a quinta hipótese é a que mais me agrada, sendo que tal estrela pode ter brilhado apenas para os corações sensíveis dos magos vindos do Oriente. Homens que talvez estudassem astrologia despertaram para a chegada do Messias ao mundo e foram capazes de reconhecer a salvação vinda dos judeus. E olha que o texto não diz que os magos tiveram outra fonte de revelação a não ser a observação daquela estrela enquanto que muitos na Palestina tinham o testemunho das Escrituras e ainda assim não perceberam o momento da visitação do Eterno.

  4. Deus abençoa Pr. Marcelo…texto incrivelmente informativo, edificante e profundo.

    Deus continue a usar a sua vida nessa Terra.

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