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Provérbios, a excelência da sabedoria

INTRODUÇÃO

Não há enredo. São pensamentos acumulados em séculos de cultura hebraica. Atribuído a Salomão (971-931 a.C.), e concluído por Ezequias (715-686 a.C.), cf. Pv 25. Mais de 250 anos de observação, análise e reflexão, além da orientação do E. Santo. Veremos alguns de seus temas nele. Hoje, uma visão geral.

1. UMA OBSERVAÇÃO PRIMÁRIA – A finalidade do livro: 1.2-6. Atente à expressão conhecer a sabedoria. “Sabedoria” é a palavra hokhmâ, cujo sentido é “ter orientação para viver bem”. Não é especulação ou sentimento. É prática. Os sábios, hâkhamyn, eram muito respeitados em Israel. Ligados à corte, organizavam e ensinavam ao povo a sabedoria prática e o conhecimento (Ec 12.9). Ensinavam a viver bem. A Bíblia ensina como viver bem, neste mundo. O fiel deve ser sábio.

  1. O QUE É SABEDORIA? – Não é erudição, cultura acadêmica ou escolaridade. Que é?

(1)   Em 1.2 – É instrução (hebraico, mûsar). A idéia é de treinamento. A pessoa se treina para a vida. Não é um termo estático. É algo que vai ser trabalhado para aprender a viver. A Bíblia ensina a viver. Tem princípios para nossa vida aqui: Sl 119.130. Veja Pv 1.2, na LH.

(2)   Ainda em 1.2 – São palavras de inteligência. O hebraico é binâh, cuja tradução é “discernimento”.  É ter discernimento da vida. Por exemplo: Romanos 12.17.

(3)   Em 1.3 – É sábio procedimento.  Vem de haskel, “bom senso, habilidade para administrar conflitos”. Exemplo: Abigail (1Sm 25.3 e 25.25 e seguintes). O marido, uma toupeira, teve um infarto (v. 37). BJ: “De manhã, quando Nabal acordou da bebedeira, sua mulher lhe contou o que acontecera, e ele sentiu o coração parar no seu peito, e ficou como pedra”. Abigail tinha bom senso, haskel. Fuja do mal.

(4)   Em 1.4 – É prudência. O hebraico é ‘ormah. A primeira pessoa com ‘ormah na Bíblia é a serpente (Gn 3.1). Lá foi traduzido por “astuta”. A idéia é de sagacidade, não de maldade. Saber o que dizer, como se conduzir na conversa com os outros.

(5)   Em 1.4 – É juízo. O hebraico é mezimah, “capacidade de fazer planos”. Como ter um plano de vida sensato.

  1. QUAL É A FONTE DE SABEDORIA? – Em 1.7. “Temor do Senhor” é uma expressão que corresponde ao nosso conceito de religião ou espiritualidade. O princípio da sabedoria está na religião revelada na Escritura. O homem sem Deus é “néscio” (Sl 14.1). “Néscio” é nabhal, a pessoa que não usa a razão (nome do marido de Abigail). Quem usa a razão busca a Deus. A cultura não afasta de Deus. É a meia cultura. O saber aproxima de Deus: Sl 8.4 e 19.1. Algumas das maiores mentes deste mundo foram tementes a Deus.

 

CONCLUSÃO – O DESAFIO DE PROVÉRBIOS

Um desafio para viver bem. Ouvir, aprender, pesquisar e refletir. Os evangélicos de hoje valorizam mais sentir que aprender. Mas o sábio ouve, reflete, pesquisa, corrige a vida. Não busca sensações ou sentir-se bem, mas ser corrigido pela Palavra. Nela está a sabedoria, pois ela vem de Deus.

Pr Isaltino Gomes

A imoralidade em Corinto – Os “malakoi” e os “arsenokoitai”

Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas (1Co 6.9)

A igreja de Corinto estava sendo influenciada pelo meio em que vivia em vez de influenciá-lo. A igreja foi colocada no mundo para influenciá-lo e não para ser influenciada por ele. Porém, na igreja de Corinto o mundo estava ditando normas e os rumos do comportamento da igreja. Em Corinto os crentes estavam sendo influenciados pela cosmovisão daqueles que viviam fora da igreja. A cidade de Corinto era cheia de vários partidos e também profundamente promíscua. Neste capítulo Paulo os exorta e mostra qual deveria ser o procedimento deles. Nesta reflexão trataremos do problema da imoralidade na igreja de Corinto.

A palavra para efeminado é malakoi que significa literalmente “suave, macio, feminino”. O efeminado é a parte passiva numa relação homossexual. A palavra para sodomitas é arsenokoitai, é o homossexual ativo. O estudioso David Prior, diz que essas duas palavras são referências a “parceiros respectivamente passivos e ativos na relação homossexual masculina”.

O estudioso do NT Dr. William Barclay faz uma descrição sombria da realidade do homossexualismo no mundo greco-romano:

O pecado do homossexualismo havia se expandido como uma infecção na vida grega, e mais tarde se propagou em Roma. Mesmo um homem notável quanto Sócrates o praticava: o diálogo de Platão O simpósio foi assinalado como uma das maiores obras sobre o amor; mas seu tema não era o amor natural, mas o antinatural. Quatorze dos quinze imperadores romanos praticavam esse vício. Quando Paulo escreveu esta carta, Nero era o imperador. Nero tomara a um jovem chamado Esporo e o castrara. Casara-se com ele em uma grande cerimônia e o levara para seu palácio em procissão e vivia com ele como se ele fosse uma esposa. Nero ainda casou-se com um homem chamado Pitágoras e o chamava seu esposo. Quando Nero morreu e Oto subiu ao trono, a primeira coisa que fez foi se apossar de Esporo. Muito mais tarde o nome do imperador Adriano associou-se para sempre com o de um jovem de Bitínia chamado Antonio. Viveu com ele inseparavelmente, e quando o jovem morreu, ele o deificou e cobriu o mundo com suas estátuas e imortalizou seu pecado, chamando a uma estrela com o seu nome. Esse vício, em especial, na época da Igreja primitiva, cobriu o mundo de vergonha; e existem poucas dúvidas de que foi esse pecado, uma das causas principais de sua degeneração, e da caída final de sua civilização.

Paulo diz à igreja: Vocês precisam fazer um diagnóstico na vida de vocês. Examinem e avaliem a vida de vocês, porque se vocês estão vivendo na prática desses pecados, vocês não herdarão o Reino de Deus.

À luz de 1Coríntios 6.12-20, extrairemos algumas preciosas lições. Em primeiro lugar, observaremos as duas premissas que sustentavam a permissividade dos coríntios (6.12,13).

a)  “Todas as coisas me são lícitas”. Na cidade de Corinto defendia-se uma liberdade total, irrestrita e incondicional. Eles estavam transformando a liberdade em libertinagem. Aquela igreja não tinha limites. Eles chegaram a aplaudir o pecado de incesto e se jactaram dessa posição permissiva. A lei que regia a vida deles era: É proibido proibir! Eles consideravam todas as coisas indistintamente como lícitas sem nenhuma restrição. Eles não suportavam restrições, leis ou proibições.  Este é o retrato da atual sociedade.

b)  “O alimento é para o estômago assim como o sexo é para o corpo”. A máxima da igreja de Corinto para incentivar a imoralidade da igreja era: “O alimento é para o estômago assim como o sexo é para o corpo”. Mas Paulo ensina: “Os alimentos são para o estômago, e o estômago para os alimentos; mas Deus destruirá tanto estes como aquele. Porém o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo” (6.13). Os coríntios pensavam que assim como o apetite é natural e o corpo precisa de alimento, também o sexo era um desejo natural e precisa ser satisfeito. Para eles uma pessoa não podia reprimir seus apetites sexuais. Eles entendiam que assim como o alimento é preparado para o estômago, o corpo era preparado para o sexo. Dessa maneira eles não poderiam ter quaisquer restrições. Paulo, então, os confronta. Mostra-lhes que eles estão errados. O alimento é para o estômago e o estômago é para o alimento. Porém, o corpo não é para o sexo desenfreado. O corpo é para o Senhor. O corpo é para o Senhor e não para a prostituição. O corpo é para o Senhor e não para  a impureza.

Em segundo lugar, Paulo fala das premissas verdadeiras que desafiam à santidade do sexo (6.12-20). Duas grandes verdades a serem destacadas

A primeira delas é o compromisso da Trindade com o nosso corpo. Isso é algo fantástico. Paulo diz que o próprio Deus está comprometido com o nosso corpo. Porque Deus criou nosso corpo, também o ressuscitará (6.12-14). A filosofia grega não dava nenhum valor ao corpo. O corpo era a prisão da alma. Por isso, os gregos pensavam que tudo aquilo que você faz com o corpo não conta. Paulo, rechaça a filosofia grega e diz que Deus criou o corpo. O corpo é tão importante para Deus que Ele vai ressuscitá-lo. Esse corpo tem origem maravilhosa, pois Deus o criou e terá um fim glorioso.

Paulo diz também que Jesus Cristo comprou e remiu o nosso corpo (6.15-18). Deus Pai criou o corpo e vai ressuscitá-lo. Jesus Cristo comprou o corpo e o redimiu. Esse corpo agora não pertence mais a você, pertence a Jesus Cristo. Seu corpo é um membro de Cristo.

Porém, Paulo conclui dizendo que o Espírito Santo habita nesse corpo (6.19). O nosso corpo é o templo vivo do Espírito Santo. Quando Paulo usa a figura do templo emprega a palavra naós, o Santo dos Santos, o lugar santíssimo onde a glória de Deus habitava. Ou seja, onde quer que vamos, somos portadores do Espírito Santo, templos em que apraz a Deus habitar!

A segunda verdade que Paulo destaca é o elevado propósito divino para o nosso corpo. Destacamos 3 fatos preciosos sobre o corpo:

a)   o propósito do corpo no Senhor. Paulo afirma: “[…] o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo” (6.13). O propósito de Deus ter lhe dado um corpo é para que você possa viver para Jesus. Servir a Jesus por intermédio do corpo.

b)  A ressurreição do corpo no Senhor (6.14). Para os coríntios, Deus não dava nenhuma importância ao corpo. O corpo era apenas a prisão da alma. No entanto, Deus valoriza o corpo. Deus criou o corpo e o ressuscitará.

c)  A habitação do corpo pelo Senhor (6.19). O seu corpo é santuário do Espírito. Tudo aquilo que não é digno do santuário de Deus não é digno do seu corpo. Nada que seja inconveniente no templo de Deus é decente no seu corpo. Somos a morada de Deus. O nosso corpo é lugar santíssimo, o Santo dos Santos, onde a glória de Deus se manifesta.

Nele, que nos criou, comprou e habita em nós

Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. 1Coríntios. Ed. Hagnos 2008

                          Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora

                          Barclay, William. I y II Coríntios. 1973

Hoje é meu Aniversário!

Shalom!

Amados irmãos e amigos [as], hoje completo mais um ano de vida. Quero louvar a Deus pelo privilégio de estar com vida e saúde. Agradeço todos os meus amigos, minha família, e todos aqueles que foram abençoados pelo site, através de textos, pregações e estudos bíblicos.

O meu desejo é o do salmista: “Ensina-me a contar os meus dias, de tal modo que alcançe um coração sábio” (Sl 90.12).

Nele, o Autor da Vida

Pr. Marcello de Oliveira

MacArthur cita trechos de livros e refuta Rob Bell

Rob Bell: “Evangélico e ortodoxo até o tutano?” Dificilmente.

Rob Bell nos faz lembrar do jovem Rico em Marcos 10.17-27. Ele tem uma visão distorcida da bondade. Ele fala como se seu próprio padrão de bondade fosse a norma, e Bell até mesmo sugere que Deus não é bom, caso mande seu povo para o inferno.A resposta de Jesus ao jovem indagador (“Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus – v.18) diz que Deus somente é o padrão da verdadeira bondade, não nenhuma criatura – certamente não uma criatura caída.

O Jovem Rico não foi salvo, nem pode ser salva nenhuma pessoa que acha que suas preferências determinam o que é verdadeiramente bom. Esse tipo de arrogância reflete um egoísmo condenatório.

 

Em seus livros, sermões e vídeos, Rob Bell tem consistentemente promovido visões que são antitéticas ao cristianismo bíblico e hostis aos princípios evangélicos históricos.

Por exemplo, embora ele alegue “afirmar a fé cristã histórica, que inclui o nascimento virginal, a trindade e a inspiração da Bíblia” (Velvet Elvis, p. 26), Bell está claramente mais interessado em lançar dúvidas nas verdades fundamentais do cristianismo bíblico do que defendê-las.

Considere o que Bell diz na mesma página do livro Velvet Elvis:

E se amanhã alguém encontrar uma prova definitiva de que Jesus teve um pai real, terreno e biológico chamado Larry e os arqueólogos descobrissem o túmulo de Larry e extraíssem amostras de DNA e provassem sem sombras de dúvidas que o nascimento virginal foi apenas um pouco de mitologização do evangelho que os escritores fizeram para que alcançassem os seguidores de Mitra e das seitas dionísias que eram muito populares na época de Jesus, cujos deuses tiveram nascimentos virginais?  

Mas, e se, ao estudar a etimologia da palavra “virgem” você descobrisse que a palavra “virgem” no evangelho de Mateus, na verdade, veio do livro de Isaías e então você descobrisse que na língua hebraica, naquela época, a palavra “virgem” podia significar inúmeras coisas. E se descobrisse que no primeiro século “nascer de uma virgem” também fizesse referência a uma criança cuja mãe ficou grávida na primeira vez que teve relações sexuais?

Bell compara a fé cristã a um grande trampolim, com suas doutrinas cardinais (verdades que evangélicos historicamente julgaram essenciais) funcionando como as molas que sustentam a plataforma de salto. As molas individuais não são, de fato, importantes, Bell diz – incluindo o nascimento virginal:

E se a mola [nascimento virginal] fosse seriamente questionada? A pessoa poderia continuar saltando? A pessoa ainda amaria a Deus? Poderia ainda ser cristã? O caminho de Jesus ainda é a melhor maneira de viver? Ou todo o sistema se desfaz?… Se toda a fé desmoronar quando reexaminamos e repensamos uma mola, então, para começo de conversa, ela não era tão forte assim, era?”(p. 26-27)

Então, por um lado, em uma única frase, ele professa afirmar o nascimento virginal. Por outro lado (e na mesma página), ele gasta múltiplos parágrafos questionando a veracidade e importância de tal doutrina.

Este é o modus operandi do Rob Bell. Ele se intitula evangélico ao passo que simultaneamente minimiza os dogmas basilares da convicção evangélica.

Em luz disso, [o livro] Love Wins não deveria ser uma surpresa para ninguém. O livro é consistente com inúmeras coisas que Bell tem ensinado há algum tempo. Por exemplo:

• Ele freqüentemente tem adotado uma visão distorcida do inferno – uma em que o inferno não é um lugar literal onde almas más são punidas, mas mais um estado mental auto-induzido que pertence principalmente a esta vida.

Rob Bell, Entrevista Ooze (Julho de 2007): “Não sei porque como cristão você tenha que fazer tais afirmações declarativas. [Por que você iria] querer que o inferno fosse literal? Sou um pouco cético com alguém que advoga apaixonadamente um inferno literal, por que defender tal posição? Se for escolher causas, se for literalmente dizer que estes são os fatos, eu tenho que saber que pessoas arderão eternamente, isso é uma das coisas que você precisa se posicionar. Não entendo isso”.

Rob Bell, Sex God (“Deus do Sexo”), p.21–22: “Para a mente judaica o céu não é algo fixo, um local geográfico imutável em algum lugar fora deste mundo. O céu é a esfera onde as coisas são como Deus as intencionou… Agora, se há uma esfera onde as coisas são como Deus quer que elas sejam, então deve haver uma esfera onde as coisas não são como Deus quer que elas sejam. Onde as coisas não estão de acordo com a vontade de Deus. Onde as pessoas não são tratadas como plenamente humanas. Isso se chama inferno”

• O entendimento dele acerca do céu é ainda mais bizarro.

Rob Bell, Sex God (“Deus do Sexo”), p.168: “Se o sexo tem a ver com conexão, o que acontece quando todos estão conectados com todos?… O sexo é em sua maior, mais alegre e mais pura expressão um vislumbre do eterno? Estes momentos curtos de abandono e unidade e êxtase apenas alguns poucos segundos ou minutos de como as coisas serão eternamente? O sexo é um retrato do céu? Em 1 Coríntios 12 (sic), Paulo alegou ter tido uma visão do céu, e a expressão que ele utilizou para descrevê-la no grego é traduzida por “palavras inefáveis”. Ele escreveu que viu coisas que ao homem não é “lícito dizer”. Talvez seja por isso que as Escrituras sejam tão ambivalentes acerca de se uma pessoa é casada. Acerca de se uma pessoa está se relacionando sexualmente. Talvez Jesus sabia o que está por vir e sabia que seja lá o que experimentamos aqui é fraco para ser comparado ao que nos espera. Você anseia por isso? Pois esse é o centro da mensagem de Jesus. Um convite”.

• Bell também tem consistentemente promovido uma forma de universalismo. Por exemplo:

Rob Bell, [livro]Velvet Elvis, p. 137: “Então esta realidade, este perdão, esta reconciliação, é verdadeira para todos… O céu está repleto de pessoas perdoadas. O inferno está repleto de pessoas perdoadas. O céu está repleto de pessoas que Deus ama, por quem Jesus morreu. O inferno está repleto de pessoas perdoadas que Deus ama, por quem Jesus morreu. A diferença está em como escolhemos viver, que história escolhemos viver, que versão da realidade nós confiamos. A nossa, ou a de Deus.

Rob Bell e Don Golden, Jesus Wants to Save Christians (“Jesus Quer Salvar os Cristãos”), p.147: “Jesus é o representante de toda a família humana. Seu sangue cobre toda porta criada. Jesus salvará a tudo e a todos”.

Rob Bell, Entrevista Ooze (Julho de 2007): [Em resposta à pergunta: “Você crê em um inferno literal que é definido simplesmente como eterna separação de Deus?”] “Bem, há pessoas agora que estão seriamente separadas de Deus. Então eu presumo que Deus deixará espaço para as pessoas dizerem ‘não, eu não quero nada disso’. Minha pergunta seria; a graça vence ou é o coração humano mais forte que o amor ou a graça de Deus? Quem vence? A escuridão, pecado e dureza de coração vencem ou a o amor e a graça de Deus prevalecem?”

Rob Bell, [livro]Velvet Elvis, p.18: “Deus é maior que qualquer religião. Deus é maior que qualquer visão de mundo. Deus é maior que a fé cristã.

Então quando ele promove Love Wins com as palavras a seguir, por que nos surpreenderíamos?

Rob Bell, Vídeo Promocional de Love Wins (“O Amor Vence”): “E então há a pergunta por trás das perguntas, a pergunta real. Como Deus é? Pois milhões e milhões de pessoas foram ensinadas que a mensagem fundamental – o cerne do evangelho de Jesus – é que Deus enviará pessoas para o inferno, a menos que creiam em Jesus. E então, o que temos, sutilmente, algo repetido e ensinado é que Jesus te resgata de Deus. Mas que tipo de Deus é este que nós precisamos ser resgatados dEle? Como este Deus pode ser bom? Como este Deus pode ser confiável? E como isso, de alguma maneira, pode ser uma boa nova?” 

Ou quando ele sugere a possibilidade de salvação pós-morte, nós deveríamos nos chocar?   

Rob Bell, Love Wins (“O Amor Vence”), p. 107: [Haverá] “oportunidades infindáveis em período infindável de tempo para que as pessoas digam sim para Deus. No centro desta perspectiva está a crença de que, dado tempo suficiente, todos se tornarão para Deus e se encontrarão na alegria e paz da presença de Deus. O amor de Deus amolecerá todo coração endurecido e até mesmo ‘os pecadores mais depravados’, no fim, desistirão de sua resistência a se voltarão para Deus”.

Em nosso próximo post nesta série, analisaremos mais exemplos do ceticismo, heterodoxia e ensino distorcido do Bell, e penso que vocês verão ainda mais nitidamente o motivo pelo qual é espiritualmente perigoso questionar os ensinos bíblicos acerca do inferno. Quando uma pessoa começa a questionar a justiça de Deus na punição dos ímpios, praticamente todo ponto da verdade do evangelho é repentinamente colocada em risco.

E o ensino de Rob Bel fornece vívida prova disso.

John MacArthur
Pastor-Teacher

Tradução: Pr Wellington Mariano

Participe e concorra a 1 Revista Apologética!

Shalom!

Amados irmãos e leitores [as] deste site, sortearei 1 exemplar da melhor revista apologética do Brasil – Revista Apologética Cristã – que conseguiu reunir os maiores biblistas do Brasil e do mundo em um único lugar.

Nomes como: Dr. Russell Shedd, Dr Augustus Nicodemos, Dr. Norman Geisler, Dr. Ravi Zacharias,  Pr Natanael Rinaldi, Pr Jefferson M. Costa, Pr Marcelo Oliveira e outros conceituados biblistas.

Para participar :

1º) Insira seu nome e a cidade que você mora.

2º) Responda a seguinte questão: Quais os livros da Bíblia que possuem apenas 1 capítulo?

Nele, Pr Marcello Oliveira

Você pode assinar a revista apologética pelo site:

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John MacArthur tira a máscara de Rob Bell

Rob Bell: Um irmão a ser abraçado ou um lobo a ser evitado?

Terça, 12 de abril de 2011

Se o Christopher Hitchens ou Deepak Chopra escrevessem um livro que zombasse do ensino bíblico acerca do inferno, nós não nos surpreenderíamos. Então, porque as pessoas ficam chocadas ou confusas pelo fato de Rob Bell ter escrito Love Wins (O Amor Vence)? O Bell tem mostrado mais comprometimento com a verdade bíblica ou mais devoção ao princípio de autoridade bíblica do que Hitchens ou Chopra?

O Rob Bell é um cristão genuíno ou ele é um destes enganadores perigosos que a Bíblia repetidamente nos adverte? (Atos 20.29; 2 Coríntios 11.13-15; Colossenses 2.8; 2 Pedro 2.1 etc.)   

É uma pergunta justa e necessária. A advertência mais famosa de Cristo acerca dos lobos em vestes de cordeiro nos é dada como um imperativo: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.15-16).  Nosso Senhor claramente espera que seus verdadeiros discípulos sejam capazes de identificar impostores espirituais e lobos em pele de cordeiro – especialmente aqueles que fornecem heresias mortais.

O Rob Bell certamente se encaixa nesta categoria. Ele implacavelmente lança dúvida acerca da autoridade e confiabilidade escriturística. Nega a perspicuidade da Bíblia, repudia suas duras verdades e ridiculariza algumas das características mais importantes do evangelho.

Fato, Bell (que foi criado no movimento evangélico e que estudou no Wheaton College) ainda insiste em se denominar “evangélico”. Ele reiterou essa alegação recentemente na entrevista de 14 de março com Lisa Miller onde afirmou: “Você acredita que sou evangélico e ortodoxo até o tutano? Sim”.  

Um exame cuidadoso do ensino de Bell sugere, entretanto, que sua profissão de fé é inverossímil. Sua alegação de que é “evangélico e ortodoxo até o tutano” é, dizendo sem rodeios, uma mentira. O ensino de Bell não apresenta nenhuma prova de qualquer convicção evangélica. Se “cada árvore é conhecida por seu fruto” (Lucas 6.44), não podemos abraçar alegremente o Rob Bell como um “irmão” só pelo fato dele dizer que quer ser aceito como evangélico.

Se, como Jesus disse, suas ovelhas escutam sua voz e o seguem (João 10.27), então devemos olhar com a mais completa suspeita qualquer pessoa que duvida e nega os ensinamentos de Jesus, assim como o Rob Bell o faz, e ainda alega ser seguidor de Cristo.

A Escritura é clara a esse respeito: “Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe…” (1 Timóteo 6.3-4).

O evangelicalismo histórico sempre afirmou a autoridade, inerrância e suficiência da Bíblia, ao passo que declara (como Jesus e os apóstolos fizeram) que o único caminho para a salvação da humanidade caída é por intermédio do trabalho expiatório de Cristo, e o único instrumento de justificação é a fé em Jesus Cristo conforme Ele se revela no evangelho.

Rob Bell não acredita em nada destas coisas. Seu ceticismo acerca de tantas verdades bíblicas importantes, sua predileção por semear a dúvida em seus ouvintes e seu óbvio desprezo pelos princípios de justiça divina conforme ensinado na Escritura, tudo isso dá prova de que ele é precisamente o tipo de falso ensinador incrédulo que a Bíblia nos adverte.

Bell é um sincretista inveterado que adora mesclar dogmas “progressistas” e politicamente corretos com misticismo oriental, jargão humanístico e terminologia cristã. Seu ensino é repleto de idéias estéreis emprestadas diretamente do velho liberalismo, às vezes reformulado em jargão pós-moderno, mas ainda fedendo a Socianismo podre.

O que Bell está mascateando não tem nada parecido com o cristianismo do Novo Testamento. É uma religião centrada no homem, totalmente despida tanto da claridade quanto autoridade bíblica.

Dado tais fatos, você pode pensar que qualquer evangélico genuíno rejeitaria Bell e seu ensino categórica e imediatamente. Mas evidentemente muitos no movimento evangélico estadunidense pensam que são obrigados a aceitar, a julgar pela aparência, a reivindicação de ortodoxia de Bell. Não menos que Mart DeHaan, apresentador do programa Radio Bible Class, menosprezou os críticos de Bell, retratando-os como cismáticos por apresentar as instabilidades do ensino de Bell. DeHaan escreveu:

Fico a pensar… estamos permitindo que o amor (e verdade) vençam agora… fazendo uso de ameaças de pressões de grupos e banindo irmãos como o Rob, e aqueles que aberta ou secretamente estão do seu lado? Esta é a melhor abordagem para manter uma ortodoxia forte e saudável? [ênfase acrescentada]

A resposta bíblica para a pergunta do DeHaan é clara e bastante simples: A melhor abordagem para manter uma ortodoxia forte e saudável é “retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina… tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores… aos quais convém tapar a boca” (Tito 1.9-11).

Nós temos a obrigação de não apenas expor, refutar e silenciar os erros de Rob Bell, mas também de exortar as pessoas sob sua influência para correrem o mais rápido e o mais longe que puderem dele, a fim de que não acabem no inferno eterno que ele nega. De nada ajuda ficar sentado ociosamente enquanto alguém que nega o perigo do inferno produz filhos do inferno em massa (Mateus 23.15).

Em uma série de posts esta semana, nós demonstraremos, a partir das próprias obras publicadas do Rob Bell, que ele há tempo tem sido hostil à virtualmente toda verdade bíblica vital; consideraremos algumas das indagações que ele tem suscitado acerca do que a Bíblia tem a dizer concernente o inferno; e compararemos e contrastaremos o que o Bell está dizendo acerca do inferno e o que Jesus disse sobre o tema.

Aperte os cintos e se prepare para ser desafiado. Estas são admitidamente algumas das mais duras verdades no Novo Testamento, mas não há motivo para ninguém que possua convicções evangélicas autênticas achar o assunto confuso ou controverso.

Pr John MacArthur

*Agradecimentos ao nobre amigo Pr Wellington pela tradução desta matéria.  A matéria está originalmente publicada no link:

http://www.gty.org/Blog/B110412

Páscoa no Antigo e Novo Testamento

 “Ish Séh Le-Veit-Avot, Séh La-Bait- “Cordeiro homem para a casa dos pais, um cordeiro para uma casa.” (Êxodo 12:3)

Algo impressionante e curioso aparece no versículo acima. Explicação: No Hebraico, o masculino é ZaHáRH (?????) que significa macho e  macho mesmo. No Sertão do Nordeste, quando nasce um menino, fala-se: “nasceu um menino-homem”. No Hebraico o feminino é NEKEVAH (???????), que quer dizer fêmea. Postas essas observações, o que impressiona em Êxodo 12:3 é que, o texto correto gramaticalmente, na lógica humana seria: “ISH ZAHÁRH” (????? ?????), ou seja, Cordeiro Macho. Entretanto, aparece no original Hebraico, ISH SÉH (????? ????) ou seja, ao pé da letra, Homem Cordeiro. Certamente, na soberania divina, tal colocação não é acidental e sim intencional! No evangelho de João, o profeta João, o Batista disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo – Hebraico: HINÉ SÉH HÁ-ELOIM HÁ-NOSSÉH HATÁT HÁ-OLAM.” Como é sabido, no Antigo Testamento, tudo apontava para o Novo Testamento, “BRITH HADASHÁH”, NOVA ALIANÇA (? ????? ???????/ He kainê diathêke/ a nova aliança, novo pacto 1 Corintios 11:25)                 

 “Feliz Páscoa”, “Comemoração da Páscoa” ou “Semana Santa”, são expressões correntes em nossos dias. A palavra “PÁSCOA”, significa “PASSAGEM” do hebraico, “péssarh” (??????). A instituição da páscoa, conforme Êxodo 12:1-14ss., foi um acontecimento histórico, real, ligado ao povo hebreu no contexto da sua grande libertação, liderado pelo homem de Deus, Moisés (Moshe – ???? ???), tirando o povo da escravidão do Egito.

 PÁSCOA (“péssarh” (??????) vem do verbo hebraico “LifsoáRH Al” – ? ??   ?? ?? ? ?? ??  (passar sobre – Al” – ? ?? , sobre), que significa, “SALTAR”, “PASSAR POR CIMA” ou “PASSAR POUPANDO” (poupando o povo da morte, mediante a aplicação do sangue do cordeiro nas vergas e umbreiras das portas das famílias israelitas), Êxodo 12:13.

A comemoração era feita de maneira festiva e um cordeiro macho, sem defeito, sem mancha alguma era sacrificado, imolado. Conveniente lembrar que muitos acontecimentos em o Antigo Testamento, apontavam para o Novo Testamento: O NOVO PACTO NO SANGUE DE JESUS CRISTO. Tudo apontava para Jesus, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, João 1:29.

 No Novo Testamento, lemos: “Alimpai-vos do fermento velho (pecado), para que sejais uma nova massa (nova criatura, II Corintios 5:17), assim como estais sem fermento. PORQUE – CRISTO NOSSA PÁSCOA, FOI SACRIFICADO POR NÓS”, I Corintios 5:7. A Páscoa Judaica foi transformada em Ceia do Senhor no Cristianismo, através do memorial pão e vinho, (I Corintios 11:23-30).

 PÁSCOA, significa “passagem”; lembra o êxodo, a saída do povo hebreu do Egito para Canaã. Em Deuteronômio 6:21 lemos: Então dirás a teu filho. “Éramos servos de Faraó no Egito, porém o Senhor nos tirou com mão forte do Egito”. Quer dizer literalmente: o povo foi arrancado da escravidão, do jugo escravizador. Ora, Cristo nos tirou das trevas do pecado; Cristo nos tirou do reino de Satanás (“Faraó velho”) e nos levou ao Reino da Luz. Assim é que podemos ler em Colossenses 1:13: “O qual (JESUS) nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Seu amor”.

 E a “estorinha” de coelho e coisas similares? Nada disto está de acordo com a Bíblia; e, ao contrário, isto está inserido no que disse o Paulo em II Timóteo 4:4: “E desviarão os  ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.

“FAÇAMOS FESTA” é a recomendação de I Corintios 5:7. Que tipo de festa glorifica o Senhor? Sabemos de antemão que o “Reino de Deus não é comida ou bebida, mas justiça, e paz e alegria no Espírito Santo”, Romanos 14:17. Portanto, a permanente comemoração cristã é com uma vida no altar do Senhor, sem rancor, mágoa, mau-humor (tudo isto é fermento velho) e com um coração perdoador, conciliador, e assim, festivamente, o mundo conhecerá que somos discípulos de Cristo, João 13:35 – Nisto todos conecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

Podemos dizer aos irmãos e amigos: “Feliz Páscoa com Cristo”.

PARA MEDITAR: 1º) “Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por  nós”, I Coríntios 5:7.

2º) “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos,  se vos amardes uns aos outros”, João 13:35.

Bp. Agnaldo Sacramento

                                                  

                                  

O Culto ao Nada

Neste semestre estou a ler a Bíblia na versão chamada Bíblia de Jerusalém. Gostei de Jeremias 19.4, assim traduzido : “Meu povo, contudo, esqueceu-se de mim! Eles oferecem incenso ao Nada…”. Judá estava cultuando o Nada, porque adorava a ídolos e todo culto que não seja ao Deus revelado nas Escrituras é culto ao Nada. Disse Paulo: “… o ídolo nada é no mundo…” (1Co 8.4). Há quem adora ao Nada porque adora deuses que fez para si.

Há muito culto ao Nada. São cultos centrados no homem. Visam levar as pessoas a se sentirem bem e serem estimuladas, recarregarem as baterias para mais uma semana de luta, etc. O homem é o foco do culto. Poucas coisas são tão sem nexo como “culto jovem”. Que é isto se não a declaração de que as pessoas são mais importantes no culto que o Cultuado? A ênfase hoje é no “adorador”. Por que não no Adorado? Porque as pessoas são mais importantes que Ele, porque o culto é programado para elas, porque a preocupação é atraí-las. A preocupação deve ser com a glória de Deus (confundida com barulho e mantras repetidos à exaustão). A glória de Deus se manifesta em vidas transformadas pelo evangelho de Jesus.

O alvo de muitos cultos não é a santidade de Deus, mas a felicidade do homem. São cultos antropocêntricos (o homem no centro), e não teocêntricos (Deus no centro). Culto ao Nada, porque voltado para o homem. Ouvi uma senhora dizer a outra, no mercado: “Não gostei do culto ontem”. O culto é para nos agradar ou para agradar a Deus? O prumo de um culto não é a estética do adorador, e sim a proclamação de “Que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação” (2Co 5.19).

Alguns se autodenominam “geração de adoradores”. Não. É uma geração de consumidores espirituais, que assimilou a filosofia de prazer do mundo, entronizando-se em sua vida. Tudo é ao seu gosto. Até o culto. Até Deus. Dirigi um estudo bíblico, num grupo de profissionais liberais, e alguém disse: “Gosto de pensar em Deus assim, ó…”, e nos brindou com uma série de banalidades espirituais. Disse-lhe que era irrelevante como ela gostava de pensar em Deus. O relevante era como Deus se manifestara na história, na Bíblia e em Jesus. Ela não podia moldar Deus ao seu gosto.

Quando somos o foco do culto cultuamos ao Nada. Pessoalmente detesto barulho. Não vejo como espiritualidade, e sim mau gosto. Mas há quem avalie o culto pelos decibéis. Mas não torne seu gosto em padrão. Como eu não torno meu gosto em padrão para os apreciadores da barulhada.

Quem cultuamos? Deus ou nós? Que procuramos no culto? Conhecer mais de Deus e da Bíblia ou sentir-nos bem, com o ego massageado? Cuidado para não cultuarmos o Nada!

Pr. Isaltino Gomes

Pr Ednilson C. de Abreu

Shalom!

Amados e distintos leitores [as] deste site, é com muita alegria e consideração que indico para todos nós, o ótimo site do amado Pr Ednilson C. de Abreu, pastor da Igreja Batista no Estado do Espírito Santo.

O blog dele é:   www.gracaparahoje.com

Recomendo com muita estima. Divulguem em seus sites, para seus amigos e em vossas igrejas.

Um abraço, Pr Marcelo

Godêr Gadêr e Máfguia – Ez 22.30

GODÊR GADÊR E MÁFGUIA  aparecem em Ezequiel 22:30 e em Isaías 59:16 apontando para a figura do intercessor embora o termo mais usual na nossa língua seja de origem latina: interceder, “INTERCEDERE”, inter(entre)+cedere (passar), trazendo a idéia de abrir passagem para alguém, protegendo-o ou suplicando a seu favor. Tem-se, também, no hebraico, a raíz “PAGA” (egp), do verbo ‘Lífgoa’(ewgpl): atacar, ferir, pedir, implorar, rogar. No grego, o vocábulo ????????? – entinkáno (Atos 25:24; Hebreus 7:25; Romanos 8:27,34), em seu sentido histórico, significa ter audiência com o rei para, objetivamente, apresentar-lhe uma petição, um pedido específico em favor de alguém; nos papiros, é o nome dado às petições forenses. Thayer diz que essa palavra grega apresenta, ainda, o sentido de “iluminar uma pessoa ou uma coisa” (tem-se também ?????????? /paráklétos – defensor, advogado, intercessor: João 14:16; I João 2:1).

01.   O versículo de Ezequiel diz: “E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei (22:30). A primeira parte em hebraico diz: (??????????? ????? ????? ????????????? ??????? ????????? ??????? ?????? ???????  – fonética: “Va-avaKêsh mê-hêm ish ‘GODÊR GADÊR’ vê-omed ba-pérets lefanai bê-ad há-árets…”)

Literalmente, “Godêr Gadêr” ????????????? significando: construtor de cerca, de muralha. Sim, pessoas habilidosas nessa área colocar-se-iam em prontidão e ação no conserto de “pérets”, de abertura, de fendas no muro ou cerca de proteção. Aqui, é interessante observar que o vocábulo “PÉRETS” (??????) aponta para brecha, abertura, desgraça, sinistro, fluxo.

02.   O versículo de Isaías diz: “E viu (Deus) que ninguém havia e maravilhou-se (????????????? (ishtômem) ficou atônito – Crabitree) de que não houvesse um intercessor…” (59:16-a).

Diz o hebraico ???????? ????????? ????? ??????????????? ???? ???? ?????????? – fonética: “Va-irê ki-êinn ish va-ishtomêm, ki êinn MÁFGUIA… O vocábulo máfguia, em hebraico, tem a força e a expressão de ‘implorante’, ‘insistente’.

Na verdade, poucos são, hoje, os intercessores nos círculos evangélicos! Há, em abundância, murmuradores, atrapalhadores, palpitadores e muitos que causam dores, mas poucos sãos os INTERCESSORES! São inúmeras as recomendações bíblicas para que façamos intercessões, como I Timóteo 2:1; II Coríntios 1:11;  Filipenses 1:29;  Salmo 122:6; Isaías 62:6; Efésios 6:18; I Samuel 12:23; Atos 12:5; Daniel 9:13-19 e muitos outros.

03.   Um exemplo clássico e histórico de intercessão está no primeiro capítulo de Neemias. O versículo 4 diz: “Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, de dia e de noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que PECAMOS contra Ti; também EU e a casa de meu pai pecamos”.

04.   A figura do intercessor, do “Máfguia, (??????????) do ‘implorante’, do ‘insistente’, daquele apontado também por Jesus em Lucas 18:1: “Do dever de orar sempre e nunca desfalecer”, é uma pessoa solidária e de muita sensibilidade espiritual. A exemplo de Neemias, é uma pessoa de visão, de uma elevada inclusão espiritual de corpo, de grupo, de responsabilidade, de compromisso. Tem-se a sensação de que o ‘Máfguia’, o intercessor, veste, literalmente, a camisa daquele por quem está intercedendo! Exatamente isso, vemos em Neemias quando diz: “pecamos contra Ti” (nós!). Ele não disse: “Deus, este povo pecou contra Ti!” De maneira mais objetiva diz: “também eu” pequei: “eu e a casa de meu pai pecamos”.  Como dissesse: Sou igualmente responsável  pelo pecado do meu próximo, do meu irmão!

05.   A propósito, o texto de Gênesis 4:9, em hebraico diz:

 ????????? ?????? ????????? ??? ????? ??????? ????????? ??? ?????????? ???????? ????? ??????? – fonética: “Va-iomer ló iadatí há-shomer aHí anoHí”. Quando Caim foi indagado sobre o seu irmão Abel, disse ”Eu não sabia que eu sou o guarda do meu irmão”. Normalmente, quase todos os redimidos mantêm João 3:16 de cor; quando se pergunta, no entanto, quem tem na memória I João 3:16, poucos se manifestam. No primeiro versículo, Jesus morreu por nós e, no segundo, somos convidados, se possível, a dar a vida, a morrer por nosso irmão!

06.  Finalmente, vemos a figura maior do intercessor, JESUS, bem como a do ESPÍRITO SANTO! Ele carregou os nossos pecados e tudo que havia sobre nós jogou sobre si. Ele se fez pecado por nós (II Coríntios 5:21). E a carta aos Hebreus sintetiza tudo em poucas palavras: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder (???????????entinkáein) por eles.” (Hebreus 7:25). E o “Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8:26b).

alsacramento@uol.com.br  –  ABC-Paulista

(*) O autor é Presidente do Ministério Internacional Shalom – ABC, membro da Academia de Letras da Grande

São Paulo e Professor de Hebraico Bíblico e Grego na FABC.