Category Archives: Exposição Bíblica

Eliabe, o homem que Deus rejeitou

“Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. “Porém oSENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração”(1Sm 16.6,7).
Tudo aconteceu por volta do ano 1000 a.C. A nação de Israel estava um caos. Crises de todos os tipos e tamanhos assolavam as tribos de Jacó. Saul, o primeiro rei de Israel, perdera completamente o rumo e a direção do seu governo. A constante desobediência do monarca para com o Senhor o fez perder definitivamente o domínio da nação. Deus rejeita Saul e escolhe um novo sucessor. Quando Samuel, o grande juiz e profeta de Israel, partiu para Belém a fim de ungir um dos filhos de Jessé, Deus não havia revelado ao seu profeta qual filho de Jessé ele deveria ungir.
Samuel tinha verdadeira intimidade com o Senhor, por isso, assim que viu Eliabe achou que naquele momento o seu coração também fosse um só com Deus. Mas estava enganado. A Bíblia relata: “Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido” (1Sm 16.6). O que levou Samuel a pensar assim? Eliabe era um jovem de boa aparência e estatura, o que por certo lembrava Saul (1Sm 9.1,2; 10.23,24). Um sucessor que lembrasse algo de bom do seu antecessor aparentemente faria uma transição de governo menos traumática. Mal sabia Samuel que Deus queria apagar de diante de si qualquer referência a Saul.
Outra questão que Samuel deve ter considerado favorável a Eliabe, como um possível candidato ao trono, era o fato de ele ser o primogênito de Jessé. Nos tempos bíblicos era comum conceder ao filho mais velho honra dobrada. Na ausência do pai o primeiro filho estava investido de autoridade sobre seus irmãos. Sua posição só era inferior a de seu pai. O privilégio da primogenitura era grandemente apreciado. Contudo, o filho mais velho podia ficar sem os direitos de primogenitura em caso de algo muito grave cometido por ele (cf. Gn 49.3,4; 1Cr 5.1,2). Tudo indica que aos olhos de Deus Eliabe já não era mais o primogênito, no verdadeiro sentido do termo. Algumas das razões pelas quais Samuel pensou que Eliabe fosse o ungido do Senhor foram ditas pelo próprio Deus: “Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” (1Sm 16.7; cf. 1Cr 28.9).
Será que Samuel acreditava que o porte físico era realmente o critério de Deus para a escolha de um rei? Será que o profeta do Senhor se deixou levar simplesmente pela aparência e estatura de Eliabe? Lembremos que Israel passava por uma crise tremenda. Religiosa e politicamente a nação não estava bem. Era preciso reverter esse quadro tenebroso o quanto antes. O povo não aguentava mais. Samuel não aguentava mais. No entanto, os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos e os nossos caminhos não são os caminhos de Deus (cf. Is 55.8). Acredita-se que desde o momento da unção de Davi até sua subida ao trono houve um período de aproximadamente quinze anos. Quer dizer, Deus levaria cerca de quinze anos para restaurar Israel! E por quê? Porque Deus não está em crise. Ele está acima das crises. Ele sabe o que faz e como faz. Por isso ele age no tempo certo. Não chega antes e nem depois. Deus age na hora certa.
Portanto, não foram simplesmente a aparência e estatura de Eliabe, ou mesmo o conceito de primogenitura, que levaram Samuel a pensar que o filho mais velho de Jessé fosse o sucessor de Saul, e sim, o fato de Eliabe ser um homem feito. Na concepção de Samuel, Eliabe estava pronto para subir ao trono naquele mesmo dia e no dia seguinte pôr a casa em ordem. No entanto, os planos de Deus eram outros, como Samuel logo haveria de compreender (1Sm 16.10-13).
Ficaremos sem saber ao certo por que Deus rejeitou Eliabe. Seria essa rejeição a mesma nos moldes daquela destacada por Paulo em Romanos 9 quando se referindo a Esaú e Jacó ele diz: “Como está escrito: Amei a Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Rm 9.13)? Com certeza não, visto que em Romanos Paulo está tratando da “eleição da graça” (cf. Rm 11.5) ou, como ele mesmo explica, “E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm 11.6).
Se no caso de Esaú sua rejeição por parte de Deus foi sem obras, em 1Samuel 16.7 a rejeição de Eliabe foi por obras. Eliabe fez alguma coisa que o desqualificou para sempre diante de Deus como o provável sucessor de Saul. Seria Eliabe um mau caráter? Teria Deus rejeitado Eliabe por alguma coisa de errado que este pensara ou fizera contra Davi? Não sabemos ao certo, apesar do único diálogo de Eliabe com Davi registrado na Bíblia não ser de bom tom.
Quando Jessé enviou Davi a seus irmãos com mantimento, porque estavam num acampamento militar, e Davi começou a se interessar com o que ali estava se passando, “Ouvindo-o Eliabe, seu irmão mais velho, falar àqueles homens, acendeu-se-lhe a ira contra Davi, e disse: Por que desceste aqui? E a quem deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção, e a tua maldade: desceste apenas para ver a peleja. Respondeu Davi: Que fiz eu agora? Fiz somente uma pergunta” (1Sm 17.28,29). A réplica de Davi: “Que fiz eu agora?”, sugere que o irmão mais velho o perturbava há algum tempo.
O que sabemos com certeza é que Deus não queria Eliabe como rei do seu povo. Deus vê o coração. Eliabe não era um homem segundo o coração de Deus, como seria Davi (cf. At 13.22). O coração de Eliabe não era tão bom quanto a sua aparência física. Ele não era um candidato apropriado. Sua aparência era tão enganosa como foi a de Saul.
A lição a ser aprendida nesta história é: As aparências enganam, mas Deus conhece os corações. Mais do que conhecer a Deus é ser conhecido por Deus.
É preciso nos ajustarmos à maneira divina de avaliar as pessoas.
Rev. Josivaldo de França

5 fatos magníficos do valor da carta de Paulo a Filemon

A carta de Paulo a Filemon é a mais breve entre as cartas que formam a coletânea paulina e consiste apenas em 335 palavras no grego original. É pequeno no tamanho e profundo em seu conteúdo. O ilustre comentarista bíblico Albert Barnes a chama de uma brilhante e bela gema no tesouro dos livros inspirados.

William MacDonald afirma que, embora essa carta não seja doutrinária como as demais missivas do apóstolo, é uma perfeita ilustração da doutrina da “imputação”.

Paulo se apresentou como mediador entre Onésimo e Filemon para quitar todo o débito de Onésimo. A dívida de Onésimo foi colocada na conta de Paulo, que se dispôs a pagá-la. Esse fato lança luz sobre a bendita verdade de que nossa dívida impagável não foi colocada em nossa conta (2 Co 5.19), mas na conta de Cristo (2 Co 5.21), e Ele, com sua morte, riscou o escrito de dívida que era contra nós, quitando completamente nosso débito. Além disso, sua justiça completa e perfeita foi colocada em nossa conta (2 Co 5.21).

Essa identificação é uma ilustração do que Jesus fez por nós. Lutero disse que todos nós somos Onésimos. Jesus se identificou de tal forma conosco que o Pai nos recebe como ao próprio Filho. Somos aceitos no Amando (Ef 2.6). Fomos vestidos com sua justiça (2 Co 5.21). A palavra “recebe-o” no versículo 17 é receber dentro do círculo familiar. Imagine um escravo entrando dentro do círculo familiar do seu senhor. Imagine um pecador (como nós) entrando na família de Deus!

A seguir veremos os 5 fatos que revelam o valor dessa epístola:

1)    O valor pessoal – Essa epístola nos mostra de forma eloqüente o caráter do apóstolo Paulo. Transbordam dessa pequena carta seu amor, humildade, cortesia, altruísmo e tato.

2)   O seu valor providencial – Aprendemos nessa carta que Deus pode estar presente nas circunstâncias mais adversas (v. 15). Quando as coisas parecem fora de controle e as rédeas saem das nossas mãos, descobrimos que elas continuam sob o controle soberano de Deus. Aquilo que nos parecia perda é ganho. Deus reverte situações humanamente impossíveis. Ele ainda transforma vales em mananciais.

3)   O seu valor prático – Se não há causa perdida para Deus, também, não há vida irrecuperável. Onésimo era um escravo rebelde e fugitivo. Nada havia nele que o pudesse recomendar. No entanto, pela graça de Deus ele foi salvo, transformado e voltou à casa de seu senhor não como um criminoso, mas como um amado irmão em Cristo, membro da família de Deus.

4)   O seu valor social – O cristianismo venceu a escravidão não pela revolução das armas, mas pelo poder do amor. Na época de Paulo a escravidão era uma dolorosa realidade. Os estudiosos dizem que havia aproximadamente 60 milhões de escravos naquela época. Os escravos não tinham direitos legais. Pela mínima ofensa eles podiam ser açoitados, mutilados e até mesmo crucificados. Porém, a conversão a Cristo uniu na mesma família da fé e na mesma igreja senhores e servos. Amo e escravo foram unidos no Espírito Santo e nessa união foram extintas todas as distinções sociais (Gl 3.28).

5)    O seu valor espiritual – A carta de Paulo a Filemon nos apresenta alguns símbolos notáveis da nossa salvação: Onésimo abandonando seu amo. Paulo encontrando-o, intercedendo em seu favor, identificando-se com ele. O seu oferecimento de pagar a dívida e a recepção de Onésimo por Filemon por causa de Paulo; a restauração do escravo solicitada “[…] em nome do amor” (v. 9). Todas essas figuras lançam luz acerca da nossa grande salvação em Cristo.

Quero desafiar o nobre leitor [a] a ler e reler esta preciosa carta de Paulo a Filemon. Uma carta tão pequena, mas de verdades sublimes e eternas para as nossas vidas.

Nele, que nos livrou da escravidão e nos concedeu a verdadeira liberdade,

Pr Marcelo Oliveira

www.davarelohim.com.br

Bibliografia: Pearlman, Myer. Através da Bíblia livro por livro.

Martin, Ralph P. Colossenses e Filemon: Introd. e Comentário. Ed. Vida Nova

Lopes, Hernandes Dias. Tito e Filemon. Ed. Hagnos

Uma oração sem sentido

“Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.8-9).

Um corinho muito cantado em algumas igrejas diz: “Quero te ver, quero te tocar… revela-te a mim… conhecer-te eu quero mais”. Sua música é envolvente e sua letra expressa um desejo de mais profundidade espiritual. Seu conteúdo se assemelha muito com o pedido de Felipe. “Mostra-nos o Pai”, disse ele. O pedido deste discípulo manifestava um desejo sincero, como o de muitos crentes, o desejo de ter um relacionamento mais profundo com Deus. Isto é saudável. Mas o pedido não faz sentido. Ninguém pode ver o Pai, como ele disse a Moisés: “E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum pode ver a minha face e viver” (Êx 33.20). No Novo Testamento lemos: “Ninguém jamais viu a Deus” (1Jo 4.20-a). O pedido pode ser sincero, mas não faz sentido.

Quem queira ver a Deus deve olhar para Jesus. É nele que vemos Deus. Recebi um e-mail falando sobre as manifestações da presença de Deus. Uma mensagem bem elaborada, dizendo que Deus está na natureza, no sorriso de uma criança, num gesto de amor. Isso é panteísmo. Deus não está nas coisas. Não está na natureza, nem no sorriso de uma criança, nem num pôr-do-sol, embora estas coisas sejam bonitas. Evitemos teologizar com base no sentimentalismo. Deus está em Cristo: “Deus estava em Cristo…” (2Co 5.19). É em Cristo que vemos Deus. Dele, com muita propriedade, Paulo disse: “o qual é imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). “Imagem” é o grego eikon, que tinha também o sentido de “espelho”. É uma figura muito preciosa. Quando Deus olha no espelho há um rosto nele, o de Jesus. Quando Jesus olha no espelho, há um rosto nele, o de Deus. Jesus é Deus.

“Quem me viu a mim, viu o Pai”, disse Jesus. O Deus eterno se manifestou em Jesus, e não vai se manifestar de outra maneira. Não adianta pedir “manifesta-te a mim”. Ele se manifestou ao mundo por meio de Jesus Cristo: “e que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho” (2Tm 1.10). Ninguém espere uma manifestação especial de Deus. Ele escolheu Jesus e se manifestou ao mundo pela segunda pessoa da trindade. Podemos ter uma experiência mais profunda com ele, na adoração, mas ele já se manifestou, e fez isto em Jesus de Nazaré.

“Quem me viu a mim, viu o Pai”. Quem queira encontrar Deus precisa saber que ele está em Jesus, que ele se manifestou em Jesus, que é em Jesus que vamos encontrá-lo. Sem Jesus pouco saberemos sobre Deus. Teremos a revelação natural, a revelação no Antigo Testamento e a revelação na consciência, mas as três são incompletas e parciais. Em Jesus está a revelação climáxica de Deus: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser…” (Hb 1.1-3)

É em Jesus que Deus se manifestou definitivamente. Nele, Deus deu sua última palavra revelacional. Cuidado com o sentimentalismo como substituto da revelação final pelo Filho. Quem seja como Felipe, querendo ver o Pai, que olhe para o Filho. O Pai está nele.

Pr. Isaltino Gomes

Elifaz, Bildade e Zofar – Quem é você?

Os três amigos de Jó eram idosos (Jó 32.6) e mais velhos que Jó (15.10), mas parece que o mais velho de todos era Elifaz. Seu nome aparece primeiro e, ao que parece, o Senhor o considerava o membro mais velho do trio (42.7). É associado a Temã, um lugar conhecido por sua sabedoria (Jr 49.7). Elifaz baseou seus discursos em duas coisas: nas próprias observações acerca da vida(“segundo eu tenho visto”, “Bem vi eu” – Jó 4.8; 5.3, 27) e numa experiência assustadora que teve certa noite (Jó 4.12-21). Elifaz confiava muito na tradição (Jó 15.18,19), e o Deus que ele adorava era um Legislador rígido.

“Acaso, já pereceu algum inocente?” (Jó 4.7), perguntou ele, e incontáveis mártires poderiam dizer: “Nós”! (Que dizer do Senhor Jesus Cristo?). Elifaz possuía uma teologia inflexível que não deixava muito espaço para a graça de Deus.

É bem possível que Bildade fosse o segundo mais velho, uma vez que seu nome aparece em segundo lugar e ele fala depois de Elifaz. Pode-se descrever Bildade com uma só palavra: legalista. Seu lema era: “Eis que Deus não rejeita o íntegro, nem toma pela mão os malfeitores” (Jó 8.20). Era capaz de citar provérbios antigos e, assim como Elifaz, tinha profundo respeito pela tradição. Bildade estava certo de que os filhos de Jó eram pecadores (vv. 4). Não demonstra sensibilidade alguma pelo amigo sofredor.

Zofar, era o mais jovem dos três e, sem dúvida, o mais dogmático. Fala como um diretor de escola dirigindo-se a uma turma de calouros ignorantes. Sua abordagem insensível é: “Sabe, portanto”! (Jó 11.6; 20.4). Não se mostra de modo algum, um homem misericordioso e diz a Jó que, tendo em vista seus pecados, Deus o estava fazendo sofrer muito menos que merecia (Jó 11.6).

Seu lema era: “Porventura, não sabes tu que desde os tempos […] o júbilo dos perversos é breve e a alegria dos ímpios momentânea?” (Jó 20.4,5). É interessante observar que Zofar só se dirige a Jó em duas ocasiões. Ou ele decidiu que não era capaz de refutar a argumentação de Jó, ou considerou uma perda de tempo tentar ajudar o amigo.

Algumas das palavras desses três homens são boas e verdadeiras, enquanto outras são insensatas. De qualquer modo, por terem uma visão restrita, não puderam ajudar o amigo. Sua teologia não era vital nem vibrante, mas morta e rígida, e o Deus que tentaram defender era pequeno o suficiente para ser compreendido e explicado.

Por que alguém faria a um amigo do modo como esses três homens falaram a Jó? Por que estavam zangados? Encontramos uma pista nas palavras de Jó: “Assim também vós outros sois nada para mim; vedes o meu sofrimento e vos espantais” (Jó 6.21).  Esses três homens estavam com medo de que as mesmas calamidades acontecessem com eles! Portanto, precisavam defender seus pressupostos de que Deus recompensa os justos e castiga os perversos. Enquanto fossem justos, nada de mal lhes aconteceriam nesta vida.

O medo e raiva muitas vezes andam juntos. Ao afirmar sua integridade e se recusar a dizer que havia pecado, Jó abalou a teologia dos seus amigos e tirou deles sua paz e confiança, o que, por sua vez, os deixou zangados. Deus usou Jó para destruir a teologia superficial desses homens e desafia-los a aprofundar-se no coração e na mente do Senhor. Infelizmente, preferiram o superficial e seguro ao invés do profundo e misterioso.

Elifaz, Bildade e Zofar têm vários discípulos hoje. Sempre que encontram uma pessoa que se sente obrigada a explicar tudo, que tem uma resposta pronta para todas as perguntas e uma fórmula fixa para resolver todos os problemas, voltamos ao monturo como Jó e seus três amigos. Quando isso acontecer, devemos nos lembrar das palavras do psicólogo suíço, Paul Tournier:

Ansiamos quase sempre por uma religião fácil, simples de compreender e simples de seguir; uma religião sem mistérios, sem problemas insolúveis, sem dificuldades inesperadas; uma religião que nos permita escapar de nossa condição humana miserável; uma religião na qual o contato com Deus nos poupe de todo conflito, toda incerteza, todo sofrimento e toda dúvida; em resumo, uma religião sem a cruz”.

Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora.

Terrier, Samuel. Jó. Editora Paulus.

 

 

Vende-se!


Todos nós já vimos uma tabuleta com esta inscrição por sobre um veículo, nas páginas de um jornal, em frente a uma casa ou terreno, etc., etc. Desde tempos imemoriais o homem compra e vende, vende e compra.
Jesus referiu-se ao excesso de negócios que eram realizados no tempo de Noé, numa antevisão dos últimos dias, os quais certamente já começamos a viver.  Compra-se e vende-se por toda parte. Em todos os lugares. Por todos os meios. Para todas as pessoas. Em todo o tempo.  Existem algumas coisas que nunca deveríamos comprar. Outras, que jamais deveríamos vender. Com certeza, temos tristes lembranças em ambas as direções.
Vizinho ao palácio do rei Acabe, de Samaria, havia um magnífico terreno, que o jizreelita Nabote herdara de seus antepassados e conservava com desvelo.  A propriedade  situava-se contígua ao palácio do rei, que a observava com frequência. Primeiramente, a observou. Depois, a apreciou. E, finalmente, a cobiçou.
 Certo dia o monarca encontrou-se com Nabote e lhe propôs um negócio vantajoso: trocar aquela vinha por uma horta, bem melhor, ou o rei lhe pagaria o preço certo.
Só que não havia uma placa na frente da vinha – VENDE-SE. O jizreelita ignorou as vantagens reais e foi direto ao assunto: Minha vinha não está à venda. Afinal de contas, era uma herança e pessoas sábias não vendem sua herança. Nabote detetou alguns pontos negativos na proposta do rei Acabe.
 Número um: a lei mosaica proibia o rei de comprar propriedades particulares.
 Número dois: o rei propös trocar uma vinha por uma horta e isso é potencialmente um mau negócio.
 Número três: o rei compraria por dinheiro e embora náo dissesse por quanto, Nabote sabia que o dinheiro se vai facilmente, enquanto as heranças são permanentes.
Número quatro: Uma herança que vinha há gerações precisava ser mantida e Nabote certamente pensou em seus filhos e netos, que m ereciam desfrutar daquilo que ele mesmo experimentava.
Quando o rei declarou a Jezabel que Nabote rejeitara sua proposta a ímpia, a temperamental rainha planejou a morte do dono da vinha e levou o rei a dela se apoderar.
Nabote pagou com sua vida o preço de sua fidelidade. Mas Acabe e Jezabel foram punidos por Deus pela tragédia que causaram. Como se usa dizer há séculos, o crime jamais compensa.
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   Acabe é um símbolo de Satanás, que náo deseja que os santos filhos de Deus desfrutem a herança que o Pai celestial lhes tem dado.
As vezes o Inimigo propõe a troca da herança e sempre por algo interior. Ou então oferece bastante dinheiro para adquiri-la.
 As Escrituras Sagradas são nossa primeira herança. Definitivamente náo podemos substitui-la. Ela é nosso leite, nosso pão, nossa espada, nossa lâmpada, nosso martelo e nosso espelho.
 Outra grande herança é nossa salvação. Nada pode ocupar o seu lugar. Ela é totalmente inegociável. Ela nos assegura o direito de entrarmos no Céu e lá vivermos eternamente. Ela alterou nossa condição  de miseráveis pecadores e nos conferiu o status de príncipes espirituais.
Nossa herança inclui a fé, o batismo com o Espírito Santo, os dons espirituais e a esperança da volta de Cristo, elementos que náo possuem preço para negociação na Bolsa de (falsos) Valores de Satanás.
Os ministros de Deus não devem negociar sua chamada, nem sua vocação, nem seu ministério. Muitos o compartilham hoje com atividades contrárias à forma de viver dos eleitos de Deus. Outros repartem o tempo devido ao púlpito sagrado com as cadeiras onde se assentam escribas e fariseus modernos.
Nabote náo pode morrer. Precisamos vë-lo e të-lo entre nós. Que Acabe se acabe, e Nabote permaneça.  Nossa vinha tem produtos celestiais que a horta de Acabe não cultiva.
Toda a fortuna de Acabe náo é suficiente para comprar um metro de terra da nossa fazenda-herança, que é incorruptivel e incontaminavel e não se pode murchar, como afirma a Escritura.
Povo de Deus, mantenhamo-nos em estado de alerta. Nossa herança não está à venda. Por favor, se alguem encontrar essa placa por aí, ajude a retirá-la.
Cuidemos de guardar para as futuras gerações o que as que nos precederam nos legaram: a bendita herança do Senhor.
Pr Geziel Nunes Gomes

Síndrome de Raquel – Jr 31.15

 Síndrome é um conjunto de sintomas que caracterizam uma doença, física ou psicológica.  Usa-se, figuradamente, como sinônimo de características de uma situação ou momento. Dito isto, vamos ao texto. Raquel é Jerusalém. Jeremias vê a cidade como uma mulher chorando a morte dos filhos. Jerusalém chorando a morte de seus filhos e dos que iriam para o cativeiro. A cidade-mulher não quereria consolo. Os filhos não existiam mais.

É neste sentido que uso a palavra síndrome. Há pessoas que não querem consolo. Parecem sofrer de vitimismo. Já lidei com tantas ovelhas assim! Por mais que se mostre na Bíblia que Deus está no controle, por mais terno e amigo que se seja, por mais que se ore, a pessoa faz questão de cultivar sua dor. Quer ser vista como uma coitadinha, como uma sofredora. Quer piedade e não conforto. O sofrimento é uma necessidade para essas pessoas porque então todos ficam com peninha, não a censuram, não a criticam. A dor é uma proteção para elas.

Síndrome de Raquel é aquela atitude do crente que gosta de chorar miséria e alardear a necessidade de compaixão. É a atitude do crente que espera que todos se compadeçam dele. Crentes assim, além de evidentemente doentes, são um problema para o pastor. Alugam-no. São vampiros emocionais. Sugam toda a energia do pastor, sempre esperando atenção especial, mais que qualquer outro. Tive uma ovelha que era um vampiro emocional. Todos os dias eu devia lhe dedicar uma hora do meu tempo. Eu era o melhor pastor do mundo. Mas um dia precisei atender um irmão que perdera a esposa e logo depois perdera a mãe. Não pude dispensar atenção ao vampiro. Foi um deus-nos-acuda. Passei a ser o pior pastor do mundo. Aliás, muitos membros de igreja são assim. Quando o pastor se recusa a ser manipulado ou usado por elas, torna-se uma pessoa horrorosa.

Todos sofremos. Raquel, a cidade-mulher, sofria. Mas Deus fizera uma promessa: “Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz do choro, e das lágrimas os teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, e eles voltarão da terra do inimigo” (Jr 31.16). Deus diz para Raquel parar de chorar. Ele aceita o choro, mas não aceita a recusa do conforto.

Não ame a sua dor. Não seja um vampiro emocional do seu pastor ou da sua igreja. Por maior que seja seu sofrimento, Deus está atento, e diz para aceitar o consolo. Quer consertar sua vida. Não o impeça. É sua ordem que os pastores consolem o povo: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalém, e bradai-lhe que já a sua malícia é acabada, que a sua iniqüidade está expiada e que já recebeu em dobro da mão do Senhor, por todos os seus pecados” (Is 40.1-2). Aceite o conforto, enxugue as lágrimas e, em vez da tática do vitimismo, adote a tática do “Recebi em dobro e está na hora de refazer a vida”.

Síndrome de Raquel, não! Levantar a cabeça e recompor a vida, sim! Os eternamente queixosos afugentam as pessoas ao seu redor. E, o que é pior, afugentam a própria vida. Vamos viver!

Pr Isaltino Gomes

Simão, o cireneu – Lucas 23.26

Jesus estava esgotado. Ele havia suportado vários julgamentos sem dormir, além de açoites impiedosos e todo o tipo de abuso. Agora, devido a uma tradição romana, ele tinha de carregar sua própria cruz, ou no mínimo parte dela, até o lugar da execução. Ele parece haver tropeçado sob o peso da cruz. Na verdade, nenhum dos evangelistas menciona esse fato, mas a tradição cristã, sim.  Talvez isso explique por que os soldados lançaram mão de Simão de Cirene transferindo a cruz para seus ombros, forçando-o a carregá-la. A igreja sempre honrou Simão por esse ato de bondade, embora ele tenha sido forçá-lo a fazê-lo.

 

Parece claro que Simão e sua família se converteram a fé cristã, pois Marcos o identifica como “pai de Alexandre e Rufo” (Mc 15.21), o que indica que eles eram bem conhecidos da igreja de Roma quando o evangelho de Marcos chegou ali.  “Simeão, chamado Niger [negro]”, líder na igreja de Antioquia, talvez tenha sido o mesmo homem (At 13.1), e Rufo e sua mãe, que Paulo saudou em Roma (Rm 16.13), bem podem ser a mesma família. Tudo isso sugere que o Simão que carregou a cruz de Jesus foi um negro africano de uma localidade hoje chamada Líbia.

É interessante refletir como três dos principais atores no drama da paixão estavam relacionados à cruz. Poderíamos dizer que Judas causou a cruz, porque a sua traição está diretamente ligada a ela; Barrabás escapou da cruz, ganhando a liberdade à custa da de Jesus; e Simão carregou a cruz, fazendo isso por Jesus. Além disso, esses três personagens são compatíveis com a experiência cristã hoje. Assim como Judas, temos causado a cruz por meio da nossa cobiça e hipocrisia. Como Barrabás, escapamos da cruz por meio daquele que morreu em nosso lugar. E como Simão, somos chamados a tomar a nossa cruz todos os dias e seguir a Cristo.

Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia:  Stott, John. A Bíblia Toda, Ano Todo. Ed. Ultimato

Joana – mantenedora de Cristo

INTRODUÇÃO

Joana é o feminino de João. Significa “Iahweh mostrou favor” ou “Iahweh é gracioso”. Jesus mostrou favor e foi gracioso para com ela. Curou-a de alguma enfermidade. Seu marido era alto funcionário de Herodes, que era inimigo de Jesus, mas a graça do Salvador é para todos. Pobres e ricos, de baixa ou alta posição, e trabalhem onde trabalhem. Vejamos nossa personagem de hoje, a mulher que recebeu o favor de Jesus, e comprometeu sua vida com ele. São marcas que também devemos ter.

 

1. UMA MULHER CURADA POR CRISTO

Lucas 8.2. Não se diz qual foi a enfermidade. Ou se foi um caso de endemoninhamento. Segundo uma tradição antiga, ela e o marido são o casal mostrado em João 4.46-54. Jesus teria cobrado deles o compromisso (v. 48). Agora eles creram. Era o segundo milagre (Jo 4.54). Lição de Joana: quem foi agraciado por Jesus deve segui-lo. Joana: “Iahweh é gracioso”. Cuza: “modesto”. Ela responde à graça. Ele mostra o caráter que o nome expressa. Um casal nos bastidores. Há gente que ama os holofotes. Eles não.

2. UMA MULHER TESTEMUNHANDO DE CRISTO

Cuza: “alto funcionário” (Lc 8.3). Palavra grega traduzida em Mateus 20.8 como “administrador”. Erro da Igreja: só pregar para pobres. Ricos e bem situados também precisam de Jesus. Erros dos crentes bem situados: medo de testemunhar, como Nicodemos. Não tiveram medo. Atos 13.1: irmão de criação de Herodes era mestre na igreja. Influência do casal? História: Cuza perdeu posto no palácio, com seu testemunho. Queremos festa, não compromisso. Lição: testemunhar de Jesus mesmo que nos custe.

3. UMA MULHER MANTENEDORA DE CRISTO

Ela investiu em Cristo: Lucas 8.3. Seguia-o desde a Galiléia. Quem cozinhava? Quem lavava? Quem fazia as tarefas que competiam às mulheres? Quem os mantinha financeiramente? Mantinham Jesus com recursos e trabalho. Ele não tinha ocupação secular, e o um grupo que o acompanhava comia, bebia e se vestia. Isto é o reino de Deus. Quem foi tocado por Cristo serve a Cristo. Uns com a vida, outros com bens. Muitos hoje dão o louvor. É mais fácil que dar os bens. Mas ambos são necessários.

CONCLUSÃO

Joana é o vulto de hoje. Mas seu marido a acompanha. Um casal que pagou o preço de seguir a Cristo. Ambos perderam posição no palácio. Ganharam o reino. Ganharam um nome na história. Não perderam. Ganharam. Quem se compromete com Cristo sempre ganha.

Pr Isaltino Gomes Coelho

O “Outro Evangelho” – Gl 1.6,7

A passagem bíblica de Gálatas 1.6,7 parece não estar muito clara na língua portuguesa: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”. A tradução adotada aqui é a da ARA (Almeida Revista e Atualizada), mas o mesmo acontece nas demais versões em português que traduzem “para outro evangelho, o qual não é outro”. Afinal, o “outro evangelho” é ou não é outro?

Em português o adjetivo “outro” é “outro”, e nada mais, ou seja, sempre expressa o sentido de diverso ou diferente do primeiro. No grego temos állos e héteros. O adjetivo héteros é o outro de natureza diferente ou contrária ao verdadeiro; enquanto állos é o outro de mesma substância e qualidade do verdadeiro. É como se Paulo dissesse aos gálatas: “Vocês estão mudando para um evangelho que não é da mesma natureza do evangelho de Cristo”.

Este modo de interpretar Gálatas 1.6,7 não é novo. A. T. Robertson (1863-1934), um grande erudito do Novo Testamento, insistia na distinção onde Paulo não admite dois evangelhos lícitos e toleráveis (ouk estin állo), mas classifica o “evangelho” judaizante (o evangelho de Cristo mesclado com práticas judaicas [cf. At 15.1; Cl 2.16,17]) como héteros, radicalmente diferente do único e verdadeiro evangelho.[1] Portanto, Gálatas 1.6,7 pode ser lido mais ou menos assim: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho [de substância diferente], o qual não é outro [da mesma substância], senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”. Os gálatas estavam abandonando esse evangelho em favor de um diferente, um que proclamava a fé mais as obras da lei como o caminho de salvação.[2]

Segundo Robertson, encontramos algo semelhante a Gálatas 1.6,7 no texto de 2Coríntios 11.4[3]: “Se, na verdade, vindo alguém, prega outro [állos] Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente [héteros] que não tendes recebido, ou evangelho diferente [héteros] que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais”. O que, por sua vez, também acha seu complemento em Gálatas 1.8,9: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema”. Para Paulo, o evangelho de Jesus é único e incomparável!

Concluindo: Tenho em minhas mãos O Livro de Mórmon. Ele traz na capa o subtítulo: um outro testamento de Jesus Cristo. Com certeza, esse outro testamento de Jesus Cristo não é állos, mas héteros.[4]

Apêndice:

Quando Jesus diz em João 14.16: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”, o adjetivo “outro” de João 14.16 também é állos, isto é, um outro de mesma substância e natureza. Temos aí um bom argumento para refutar a tese das testemunhas de jeová contra a pessoa e divindade do Espírito Santo. Na obra “Let Your Name Be Sanctified”, está escrito: “O santo espírito, porém, não tem nome pessoal. A razão disso é que o santo espírito não é uma pessoa inteligente. Trata-se de uma força impessoal, invisível e ativa, que encontra sua fonte e seu abastecimento em Deus Jeová e que este emprega para executar a sua vontade”.[5]

As Escrituras atribuem ao Espírito Santo predicados da personalidade, como: inteligência (1Co 2.10); vontade (1Co 12.11) e descreve-o como pessoa divina com nomes divinos (Mt 28.19; At 5.3; 1Co 3.16; 2Co 3.17); obras divinas (Sl 104.30 – criação; Sl 139 – onipresença); honra divina (Mt 12.31; 2Co 13.13).

Em João 14.16 Jesus ensina que o Espírito Santo é da mesma natureza dele.

[1] A. T. Robertson. Word pictures in the New Testament: the epistles of Paul. Vol. IV. Grand Rapids: Baker Book House, 1931, p. 276,77; V. t. E. W. Burton. A critical and exegetical commentary: the epistle to the Galatians. Edinburgh: T & T Clark, 1977, p. 22,420-22. Para um ponto de vista diferente, consulte Richard N. Longnecker. Word biblical commentary: Galatians. Vol. 41. Nashiville: Thomas Nelson Publishers, 1990, p. 15.

[2] Cf. Guillermo Hendriksen. Comentário del Nuevo Testamento: Gálatas. Grand Rapids: SLC, 1984, p. 47.

[3] Robertson, op. cit., p. 276.

[4] Veja mais sobre os adjetivos állos e héteros em R. C. Trench. Synonyms of the New Testament. Grand Rapids: Baker Book House, 1989, p. 375-77; W. C. Taylor. Introdução ao estudo do Novo Testamento grego. 7ª ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1983, p. 295.

[5] Citado por J. K. Van Baalen. O caos das seitas: um estudo sobre os “ismos” modernos. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1986, p. 193.

Assista a mensagem que preguei na séde da AD – Madureira – RJ

Shalom!

Amados irmãos e amigos [as], seja abençoado com a exposição da Palavra de Deus. O tema da mensagem é: Ressurreição – A morte da morte.

Meus agradecimentos ao Rev. Abner Ferreira por tão honroso convite e o meu amigo Paulo Teixeira, por disponibilizar a mensagem no youtube.

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