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A imoralidade em Corinto – Os “malakoi” e os “arsenokoitai”

Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas (1Co 6.9)

A igreja de Corinto estava sendo influenciada pelo meio em que vivia em vez de influenciá-lo. A igreja foi colocada no mundo para influenciá-lo e não para ser influenciada por ele. Porém, na igreja de Corinto o mundo estava ditando normas e os rumos do comportamento da igreja. Em Corinto os crentes estavam sendo influenciados pela cosmovisão daqueles que viviam fora da igreja. A cidade de Corinto era cheia de vários partidos e também profundamente promíscua. Neste capítulo Paulo os exorta e mostra qual deveria ser o procedimento deles. Nesta reflexão trataremos do problema da imoralidade na igreja de Corinto.

A palavra para efeminado é malakoi que significa literalmente “suave, macio, feminino”. O efeminado é a parte passiva numa relação homossexual. A palavra para sodomitas é arsenokoitai, é o homossexual ativo. O estudioso David Prior, diz que essas duas palavras são referências a “parceiros respectivamente passivos e ativos na relação homossexual masculina”.

O estudioso do NT Dr. William Barclay faz uma descrição sombria da realidade do homossexualismo no mundo greco-romano:

O pecado do homossexualismo havia se expandido como uma infecção na vida grega, e mais tarde se propagou em Roma. Mesmo um homem notável quanto Sócrates o praticava: o diálogo de Platão O simpósio foi assinalado como uma das maiores obras sobre o amor; mas seu tema não era o amor natural, mas o antinatural. Quatorze dos quinze imperadores romanos praticavam esse vício. Quando Paulo escreveu esta carta, Nero era o imperador. Nero tomara a um jovem chamado Esporo e o castrara. Casara-se com ele em uma grande cerimônia e o levara para seu palácio em procissão e vivia com ele como se ele fosse uma esposa. Nero ainda casou-se com um homem chamado Pitágoras e o chamava seu esposo. Quando Nero morreu e Oto subiu ao trono, a primeira coisa que fez foi se apossar de Esporo. Muito mais tarde o nome do imperador Adriano associou-se para sempre com o de um jovem de Bitínia chamado Antonio. Viveu com ele inseparavelmente, e quando o jovem morreu, ele o deificou e cobriu o mundo com suas estátuas e imortalizou seu pecado, chamando a uma estrela com o seu nome. Esse vício, em especial, na época da Igreja primitiva, cobriu o mundo de vergonha; e existem poucas dúvidas de que foi esse pecado, uma das causas principais de sua degeneração, e da caída final de sua civilização.

Paulo diz à igreja: Vocês precisam fazer um diagnóstico na vida de vocês. Examinem e avaliem a vida de vocês, porque se vocês estão vivendo na prática desses pecados, vocês não herdarão o Reino de Deus.

À luz de 1Coríntios 6.12-20, extrairemos algumas preciosas lições. Em primeiro lugar, observaremos as duas premissas que sustentavam a permissividade dos coríntios (6.12,13).

a)  “Todas as coisas me são lícitas”. Na cidade de Corinto defendia-se uma liberdade total, irrestrita e incondicional. Eles estavam transformando a liberdade em libertinagem. Aquela igreja não tinha limites. Eles chegaram a aplaudir o pecado de incesto e se jactaram dessa posição permissiva. A lei que regia a vida deles era: É proibido proibir! Eles consideravam todas as coisas indistintamente como lícitas sem nenhuma restrição. Eles não suportavam restrições, leis ou proibições.  Este é o retrato da atual sociedade.

b)  “O alimento é para o estômago assim como o sexo é para o corpo”. A máxima da igreja de Corinto para incentivar a imoralidade da igreja era: “O alimento é para o estômago assim como o sexo é para o corpo”. Mas Paulo ensina: “Os alimentos são para o estômago, e o estômago para os alimentos; mas Deus destruirá tanto estes como aquele. Porém o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo” (6.13). Os coríntios pensavam que assim como o apetite é natural e o corpo precisa de alimento, também o sexo era um desejo natural e precisa ser satisfeito. Para eles uma pessoa não podia reprimir seus apetites sexuais. Eles entendiam que assim como o alimento é preparado para o estômago, o corpo era preparado para o sexo. Dessa maneira eles não poderiam ter quaisquer restrições. Paulo, então, os confronta. Mostra-lhes que eles estão errados. O alimento é para o estômago e o estômago é para o alimento. Porém, o corpo não é para o sexo desenfreado. O corpo é para o Senhor. O corpo é para o Senhor e não para a prostituição. O corpo é para o Senhor e não para  a impureza.

Em segundo lugar, Paulo fala das premissas verdadeiras que desafiam à santidade do sexo (6.12-20). Duas grandes verdades a serem destacadas

A primeira delas é o compromisso da Trindade com o nosso corpo. Isso é algo fantástico. Paulo diz que o próprio Deus está comprometido com o nosso corpo. Porque Deus criou nosso corpo, também o ressuscitará (6.12-14). A filosofia grega não dava nenhum valor ao corpo. O corpo era a prisão da alma. Por isso, os gregos pensavam que tudo aquilo que você faz com o corpo não conta. Paulo, rechaça a filosofia grega e diz que Deus criou o corpo. O corpo é tão importante para Deus que Ele vai ressuscitá-lo. Esse corpo tem origem maravilhosa, pois Deus o criou e terá um fim glorioso.

Paulo diz também que Jesus Cristo comprou e remiu o nosso corpo (6.15-18). Deus Pai criou o corpo e vai ressuscitá-lo. Jesus Cristo comprou o corpo e o redimiu. Esse corpo agora não pertence mais a você, pertence a Jesus Cristo. Seu corpo é um membro de Cristo.

Porém, Paulo conclui dizendo que o Espírito Santo habita nesse corpo (6.19). O nosso corpo é o templo vivo do Espírito Santo. Quando Paulo usa a figura do templo emprega a palavra naós, o Santo dos Santos, o lugar santíssimo onde a glória de Deus habitava. Ou seja, onde quer que vamos, somos portadores do Espírito Santo, templos em que apraz a Deus habitar!

A segunda verdade que Paulo destaca é o elevado propósito divino para o nosso corpo. Destacamos 3 fatos preciosos sobre o corpo:

a)   o propósito do corpo no Senhor. Paulo afirma: “[…] o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo” (6.13). O propósito de Deus ter lhe dado um corpo é para que você possa viver para Jesus. Servir a Jesus por intermédio do corpo.

b)  A ressurreição do corpo no Senhor (6.14). Para os coríntios, Deus não dava nenhuma importância ao corpo. O corpo era apenas a prisão da alma. No entanto, Deus valoriza o corpo. Deus criou o corpo e o ressuscitará.

c)  A habitação do corpo pelo Senhor (6.19). O seu corpo é santuário do Espírito. Tudo aquilo que não é digno do santuário de Deus não é digno do seu corpo. Nada que seja inconveniente no templo de Deus é decente no seu corpo. Somos a morada de Deus. O nosso corpo é lugar santíssimo, o Santo dos Santos, onde a glória de Deus se manifesta.

Nele, que nos criou, comprou e habita em nós

Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. 1Coríntios. Ed. Hagnos 2008

                          Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora

                          Barclay, William. I y II Coríntios. 1973

A Bíblia é a Palavra de Deus, desde que….

A  Bíblia é a Palavra de Deus, desde que:

  1. 1.  Não nos fale da criação. O mundo simplesmente aconteceu, e a evolução é um fato. Subordinando a Bíblia a esta teoria, tudo bem.
  2. 2.  Não nos fale de pecado e depravação da raça humana. Isso é medieval. As pessoas são boas. Precisam apenas desenvolver o seu potencial. O único pecado é a falta de amor.
  3. Não nos fale de igreja. Igreja já era. Podemos ser crentes sem os outros. O importante é a sinceridade. Vez por outra podemos ir à igreja, havendo tempo. A Bíblia não pode pedir compromisso.  Seguir a Jesus é questão íntima.
  4. Não nos ensine como viver. Submissão já era. Fidelidade conjugal é antinatural, porque os homens têm impulsos muito fortes. Manter um casamento com problemas é errado. Temos direito à felicidade. Tudo que impeça nossa felicidade é errado.
  5. Não nos ensine a criar filhos. Disciplina é um absurdo. Reprime. Cada criança deve construir sua realidade. Nenhuma realidade externa deve ser imposta à criança. Basta ler Piaget.
  6. Não combata homossexualismo. Ela deve ser reinterpretada neste tema. Há pessoas que não se aceitam, e querem ter um sexo que não têm. Elas podem ser preconceituosas contra sua situação real, mas a Bíblia não pode discordar delas. É preconceito.
  7. Não seja usada para aconselhar. Para isso há Freud, Jung, Adler, Mortimer, Erickson, etc. Só ignorantes pensam que a Bíblia tem respostas para a vida real e que sua linguagem assertiva seja válida.
  8. Não seja usada para formar pastores. Eles precisam aprender mais sociologia da religião que teologia bíblica e devem estudar a Bíblia por outra ótica que não seja como Palavra de Deus. Ela é produto de uma cultura e um livro como outro qualquer.
  9. Não forneça uma linha para formar pastores. A pedagogia de Paulo não é válida em nosso tempo. Há Paulo Freire e boas diretrizes do MEC.

10.  Não normatize o funcionamento da igreja. Igreja é empresa. Deve dar resultados, até lucro, e deve ser administrada por princípios gerenciais. Por que as cartas de Paulo, se temos Peter Drucker?

11.  Não seja usada para fomentar missões. Todas as religiões são boas, salvam, e não devemos incomodar outros com a idéia de que devem mudar de religião. Isso é imperialismo cultural.

12.  Não peça mudança de vida. Não se pode reprimir ninguém. As pessoas são como são, e tentar mudá-las é repressão.

13.  Não seja um absoluto. Há o livro de Mórmon, os de Hellen White e Allan Kardec, as palavras de homens e mulheres especiais com revelações que superam a Bíblia. E nosso coração nos diz o que fazer. O livro “A cabana” pode ensinar mais que ela.

A Bíblia é a Palavra de Deus para ajudar, animar e mostrar nossos direitos como filhos do Rei. Mas não pode nos dizer o que fazer e ditar normas. Afinal, somos livres em Cristo. Assim pensam muitos. Para sua perdição.

Pr Isaltino Gomes Coelho

Imperdível: Pastores Hereges!

Na?o se fazem mais hereges como antigamente. Pode parecer um absurdo o que vou dizer agora, mas e? a mais pura e ca?ndida verdade: os hereges de hoje na?o te?m mais a mesma hombridade que tinham os velhos arqui-inimigos da ortodoxia crista?. O mais engrac?ado e? que na?o estou dizendo nenhuma novidade. No ini?cio do se?culo XX, G. K. Chesterton ja? ironizava a picaretagem dessa figura surtada e carisma?tica do neo-herege. Se na?o me falhe a memo?ria, esse admira?vel ingle?s fanfarra?o certa vez disse algo mais ou menos assim:

No passado, o herege se orgulhava de na?o ser herege. Ou seja, ele odiava ser taxado de herege. Na verdade, gabava-se de ser um ortodoxo legi?timo, pois tinha a convicc?a?o de estar certo em sua compreensa?o doutrina?ria. Nenhuma tortura, por mais cruenta que fosse, poderia faze?-lo admitir que era um herege. Mas infelizmente um novo mundo surgiu, e com ele veio o neo-herege: uma personagem exce?ntrica, que vive dizendo, com distribuic?a?o aleato?ria de sorrisos, “Sou o herege da vez!”, e, e? claro, sempre correndo os olhos a? procura dos aplausos e bajulações. Assim, nessa atual conjuntura, a palavra “heresia” na?o somente significa estar provavelmente certo como praticamente agrega os qualificativos de lucidez e coragem a essa figura um tanto curiosa do neo-herege. Por incri?vel que parec?a, nesse novo contexto, a palavra “ortodoxia” na?o so? deixa de significar “estar certo”, mas denota justamente o contra?rio: os ortodoxos esta?o sempre errados.

Pois e?, pessoal, na?o se fazem mais hereges como Berenga?rio de Tours, Pedro de Bruis, Pedro Abelardo, Arnaldo de Brescia, Pedro Valdo e outros tantos “digni?ssimos” hereges do medievo escola?stico. Talvez seja esse o motivo que explica a saudade que sinto dos hereges do se?culo XI e XII, quando leio os hereges de hoje, sabe?! Ta? certo que e? uma saudade um tanto mo?rbida, concedo, mas voce? ha? de convir comigo que e? de certa forma uma saudade justifica?vel, principalmente, quando vemos os neo-hereges defendendo o atei?smo de forma “capital” e, ao mesmo tempo, se autoafirmando como pastores.

Pastores hereges. Que contradic?a?o dos termos, meu Deus! O pior e? que, como na?o bastasse o atei?smo pastoral, ainda temos de ouvir que “a decade?ncia do protestantismo na Europa, na verdade, e? a realizac?a?o do pro?prio protestantismo, i.e., a consumac?a?o do ideal protestante e? o esvaziamento de suas próprias igrejas”. E? o fim da picada! Ou seja, o objetivo do protestantismo e? tornar os crista?os cidada?os cada vez mais cidada?os, menos preocupados com a ortodoxia cristã e cada vez mais preocupados com a questa?o dos direitos humanos, da dignidade humana e do meio ambiente (como se essas coisas fossem antitéticas!). E o pior, meus caros, e? que o marco final dessa pseudoevoluc?a?o protestante atinge o cli?max com a pretensa alforria dos crista?os, i.e., a “desigrejac?a?o” dos que são oprimidos pelo Deus ti?tere e infantilizador da ortodoxia protestante.

Quanta pe?ssima heresia, Senhor! Perdoe-os, o? Pai santo, porque ja? na?o sabem mais fazer heresias como antigamente!

Jonas Madureira
P.s>> Parabenizo o nobre amigo Jonas, por tão belo texto!

O que aprendemos com a vida de Malco?

“Então Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco” (João 18.10).

Homem curioso. Famoso não por si, mas pela orelha. Não fosse ela, ninguém saberia que ele existiu.  Nada sabemos dele, além de que era servo do sumo sacerdote, e seu nome.  Malco é a forma helênica do hebraico Meleque, “rei”. A tradução de Chouraqui diz que sua orelha foi “decepada”. Parece ter havido uma pequena luta entre o grupo que veio prender Jesus, do qual ele fazia parte, e alguns discípulos. E eis sua história: na luta ele perde a orelha, Jesus a recompõe (conforme Lucas), e pronto. Só isso. Nada mais se fala dele.

Mas imaginemos algumas perguntas que poderiam ser feitas a ele:

1. Você foi prender um homem que era tido como criminoso. E dos perigosos, porque vocês foram armados. Ele não se defendeu, não lutou, não fugiu. Aceitou passivamente ser preso e pediu que liberassem os demais, já que procuravam por ele. Você não acha isso estranho?

2. Você e ele estavam em lados opostos. Eram adversários, tanto que um dos que estavam com ele feriu você. Ele interveio e até impediu coisas piores. Você não acha isso estranho?

3. Você teria dificuldades bem sérias com a orelha decepada. Sangraria muito, até chegar a um lugar aonde fosse medicado. Pegaria poeira e poderia infeccionar. Que você ficaria sem a orelha é certo. Ele ainda teve tempo para curar você. Você não acha isso estranho?

4. Você foi a última pessoa que recebeu um milagre dele. Você já tinha ouvido falar de alguém efetuar milagres para beneficiar os inimigos? Você não acha isso estranho?

5. Você foi o penúltimo que ele beneficiou. Na cruz ele ainda teve tempo de beneficiar um criminoso. Que zombava dele até poucos minutos atrás, antes de cair em si. As duas últimas pessoas que ele beneficiou foram adversários. Você não acha isso estranho?

6. Você sabe o nome disso, Malco? É GRAÇA!

7.  Pois é, Malco. E agora, o que fazer? Ficar indiferente? Isso seria rejeitar a graça. Rejeitar a graça é uma desgraça.

Essas perguntas aqui expostas seriam as mesmas perguntas que poderíamos encaminhar para muitas pessoas que são beneficiadas pelo Senhor Jesus, em nossos dias. Gente que é abençoada por ele. Alguém ora por essas pessoas e a graça de Jesus opera em suas vidas. Um pai ou uma mãe ora pelo filho, chora de joelhos, e a graça livra o filho de um desastre. Gente que não sabe (ou sabe erradamente) sobre Jesus é abençoada por causa de sua graça, que é sempre desconcertante e não obedece aos nossos parâmetros.

Quanta gente, como Malco, é agraciada pelo Senhor Jesus, mesmo sendo indiferente! Talvez o leitor! E nunca reconheceu isto!

Conheci um homem não crente que teve problemas com uma pessoa que lidava com demônios. Esta pessoa procurou um feiticeiro para fazer mal ao homem. O feiticeiro disse: “Estou impedido de tocar nesta pessoa porque seu filho ora por ele todos os dias. Há uma sombra protetora sobre ele”. Este homem foi impactado pelo testemunho do feiticeiro e se firmou de vez na fé. Os métodos de Deus não são convencionais. Além de graça, ele tem soberania: faz o que quer, quando quer, usa quem quer e não deve nada a ninguém por isso.

E aí, Malco do século 21? Já decidiu o que fazer?  Sugiro-lhe pensar no Salmo 116.12-14: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor. Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo”. Passe para o lado do homem que conserta orelhas dos que estão contra ele.

Pr Isaltino Gomes Coelho

“Oração de um demônio”

INTRODUÇÃO

“Oração de um demônio?”, perguntará alguém. “Demônios não oram!”. Se orar é falar com Deus Pai ou falar com Jesus, este orou. Além de orar, fez uma bonita afirmação teológica. E tinha convicção do que falava. Isto vai encaminhar nosso raciocínio. “A oração de um demônio” vai nos ajudar a entender o que oração não é, e como deve ser. Analisemos o texto.

1. ORAÇÃO NÃO SIGNIFICA APENAS FALAR COM A DIVINDADE

O demônio se dirigiu diretamente a Jesus (v. 24). Definimos orar como “falar com Deus”. Eis um demônio orando. Orar não é só dizer palavras. O demônio gritou. Gritar não significa orar. Qual nosso sentimento? Nossa atitude é de reverência, de temor, de submissão? O demônio falou com Jesus, mas sem submissão, sem amor, sem respeito. Há hoje quem determina ou declara a Deus o que ele tem que fazer. Orar é um ato espiritual, que demanda fé (Hb 11.6). E fé não é arroubo. É entrega, rendição, confiança absoluta. É mais sentimento que palavra.

2. ORAÇÃO NÃO SIGNIFICA APENAS FAZER AFIRMAÇÕES TEOLÓGICAS

Todos nós fazemos afirmações teológicas, mesmo não sendo teólogos. O demônio fez uma bonita afirmação: Jesus era o Santo de Deus e tinha vindo para destruí-lo. Disse o que 1João 3.8 diria anos depois. O demônio falou dentro do ensino bíblico. Podemos saber muitas coisas da Bíblia, da cultura geral, da vida cristã, fazer afirmações teológicas, e não orarmos. É preciso internalizar o que dizemos. A fé não vem dos lábios, mas vem do íntimo, do fundo da alma.  Lembremos de Jeremias 29.13.

3. ORAÇÃO NÃO SIGNIFICA APENAS TER MUITA CONVICÇÃO DO QUE SE FALA

Segundo Hebreus 11.6 devemos ter convicção quando nos aproximamos de Deus. Mas orar é mais que isto. O demônio tinha certeza: “Sei muito bem que é você”.  Há gente que tem muita certeza, muita fé, muita convicção. Mas é existencial ou cognitiva? Do coração ou apenas da cabeça? O demônio sabia e obedeceu à ordem de Jesus: vv. 25-26. Mas não mudou sua natureza. Pode-se obedecer por medo. Oração é mais amor que medo. É mais submissão amorosa que acatamento de ordem. Para isto é preciso uma convicção que mexa com a estrutura da pessoa. Não basta saber. É preciso viver o que se sabe.

CONCLUSÃO

Se o título parecia exótico, ficou claro pelo conteúdo o que se queria dizer. Quando orar, não fique apenas repetindo palavras. Ponha a alma, ponha o coração, ponha seus sentimentos. Renda-se a quem você ora. Não basta dizer que Jesus é o Santo de Deus. Ele deve ser o Santo de Deus na sua vida. Não basta dizer que ele é Senhor, mas sim que ele é seu Senhor. Oração é vida, mais que palavras. Ore com sua alma e com seus sentimentos.

 Pr Isaltino Gomes

MacArthur cita trechos de livros e refuta Rob Bell

Rob Bell: “Evangélico e ortodoxo até o tutano?” Dificilmente.

Rob Bell nos faz lembrar do jovem Rico em Marcos 10.17-27. Ele tem uma visão distorcida da bondade. Ele fala como se seu próprio padrão de bondade fosse a norma, e Bell até mesmo sugere que Deus não é bom, caso mande seu povo para o inferno.A resposta de Jesus ao jovem indagador (“Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus – v.18) diz que Deus somente é o padrão da verdadeira bondade, não nenhuma criatura – certamente não uma criatura caída.

O Jovem Rico não foi salvo, nem pode ser salva nenhuma pessoa que acha que suas preferências determinam o que é verdadeiramente bom. Esse tipo de arrogância reflete um egoísmo condenatório.

 

Em seus livros, sermões e vídeos, Rob Bell tem consistentemente promovido visões que são antitéticas ao cristianismo bíblico e hostis aos princípios evangélicos históricos.

Por exemplo, embora ele alegue “afirmar a fé cristã histórica, que inclui o nascimento virginal, a trindade e a inspiração da Bíblia” (Velvet Elvis, p. 26), Bell está claramente mais interessado em lançar dúvidas nas verdades fundamentais do cristianismo bíblico do que defendê-las.

Considere o que Bell diz na mesma página do livro Velvet Elvis:

E se amanhã alguém encontrar uma prova definitiva de que Jesus teve um pai real, terreno e biológico chamado Larry e os arqueólogos descobrissem o túmulo de Larry e extraíssem amostras de DNA e provassem sem sombras de dúvidas que o nascimento virginal foi apenas um pouco de mitologização do evangelho que os escritores fizeram para que alcançassem os seguidores de Mitra e das seitas dionísias que eram muito populares na época de Jesus, cujos deuses tiveram nascimentos virginais?  

Mas, e se, ao estudar a etimologia da palavra “virgem” você descobrisse que a palavra “virgem” no evangelho de Mateus, na verdade, veio do livro de Isaías e então você descobrisse que na língua hebraica, naquela época, a palavra “virgem” podia significar inúmeras coisas. E se descobrisse que no primeiro século “nascer de uma virgem” também fizesse referência a uma criança cuja mãe ficou grávida na primeira vez que teve relações sexuais?

Bell compara a fé cristã a um grande trampolim, com suas doutrinas cardinais (verdades que evangélicos historicamente julgaram essenciais) funcionando como as molas que sustentam a plataforma de salto. As molas individuais não são, de fato, importantes, Bell diz – incluindo o nascimento virginal:

E se a mola [nascimento virginal] fosse seriamente questionada? A pessoa poderia continuar saltando? A pessoa ainda amaria a Deus? Poderia ainda ser cristã? O caminho de Jesus ainda é a melhor maneira de viver? Ou todo o sistema se desfaz?… Se toda a fé desmoronar quando reexaminamos e repensamos uma mola, então, para começo de conversa, ela não era tão forte assim, era?”(p. 26-27)

Então, por um lado, em uma única frase, ele professa afirmar o nascimento virginal. Por outro lado (e na mesma página), ele gasta múltiplos parágrafos questionando a veracidade e importância de tal doutrina.

Este é o modus operandi do Rob Bell. Ele se intitula evangélico ao passo que simultaneamente minimiza os dogmas basilares da convicção evangélica.

Em luz disso, [o livro] Love Wins não deveria ser uma surpresa para ninguém. O livro é consistente com inúmeras coisas que Bell tem ensinado há algum tempo. Por exemplo:

• Ele freqüentemente tem adotado uma visão distorcida do inferno – uma em que o inferno não é um lugar literal onde almas más são punidas, mas mais um estado mental auto-induzido que pertence principalmente a esta vida.

Rob Bell, Entrevista Ooze (Julho de 2007): “Não sei porque como cristão você tenha que fazer tais afirmações declarativas. [Por que você iria] querer que o inferno fosse literal? Sou um pouco cético com alguém que advoga apaixonadamente um inferno literal, por que defender tal posição? Se for escolher causas, se for literalmente dizer que estes são os fatos, eu tenho que saber que pessoas arderão eternamente, isso é uma das coisas que você precisa se posicionar. Não entendo isso”.

Rob Bell, Sex God (“Deus do Sexo”), p.21–22: “Para a mente judaica o céu não é algo fixo, um local geográfico imutável em algum lugar fora deste mundo. O céu é a esfera onde as coisas são como Deus as intencionou… Agora, se há uma esfera onde as coisas são como Deus quer que elas sejam, então deve haver uma esfera onde as coisas não são como Deus quer que elas sejam. Onde as coisas não estão de acordo com a vontade de Deus. Onde as pessoas não são tratadas como plenamente humanas. Isso se chama inferno”

• O entendimento dele acerca do céu é ainda mais bizarro.

Rob Bell, Sex God (“Deus do Sexo”), p.168: “Se o sexo tem a ver com conexão, o que acontece quando todos estão conectados com todos?… O sexo é em sua maior, mais alegre e mais pura expressão um vislumbre do eterno? Estes momentos curtos de abandono e unidade e êxtase apenas alguns poucos segundos ou minutos de como as coisas serão eternamente? O sexo é um retrato do céu? Em 1 Coríntios 12 (sic), Paulo alegou ter tido uma visão do céu, e a expressão que ele utilizou para descrevê-la no grego é traduzida por “palavras inefáveis”. Ele escreveu que viu coisas que ao homem não é “lícito dizer”. Talvez seja por isso que as Escrituras sejam tão ambivalentes acerca de se uma pessoa é casada. Acerca de se uma pessoa está se relacionando sexualmente. Talvez Jesus sabia o que está por vir e sabia que seja lá o que experimentamos aqui é fraco para ser comparado ao que nos espera. Você anseia por isso? Pois esse é o centro da mensagem de Jesus. Um convite”.

• Bell também tem consistentemente promovido uma forma de universalismo. Por exemplo:

Rob Bell, [livro]Velvet Elvis, p. 137: “Então esta realidade, este perdão, esta reconciliação, é verdadeira para todos… O céu está repleto de pessoas perdoadas. O inferno está repleto de pessoas perdoadas. O céu está repleto de pessoas que Deus ama, por quem Jesus morreu. O inferno está repleto de pessoas perdoadas que Deus ama, por quem Jesus morreu. A diferença está em como escolhemos viver, que história escolhemos viver, que versão da realidade nós confiamos. A nossa, ou a de Deus.

Rob Bell e Don Golden, Jesus Wants to Save Christians (“Jesus Quer Salvar os Cristãos”), p.147: “Jesus é o representante de toda a família humana. Seu sangue cobre toda porta criada. Jesus salvará a tudo e a todos”.

Rob Bell, Entrevista Ooze (Julho de 2007): [Em resposta à pergunta: “Você crê em um inferno literal que é definido simplesmente como eterna separação de Deus?”] “Bem, há pessoas agora que estão seriamente separadas de Deus. Então eu presumo que Deus deixará espaço para as pessoas dizerem ‘não, eu não quero nada disso’. Minha pergunta seria; a graça vence ou é o coração humano mais forte que o amor ou a graça de Deus? Quem vence? A escuridão, pecado e dureza de coração vencem ou a o amor e a graça de Deus prevalecem?”

Rob Bell, [livro]Velvet Elvis, p.18: “Deus é maior que qualquer religião. Deus é maior que qualquer visão de mundo. Deus é maior que a fé cristã.

Então quando ele promove Love Wins com as palavras a seguir, por que nos surpreenderíamos?

Rob Bell, Vídeo Promocional de Love Wins (“O Amor Vence”): “E então há a pergunta por trás das perguntas, a pergunta real. Como Deus é? Pois milhões e milhões de pessoas foram ensinadas que a mensagem fundamental – o cerne do evangelho de Jesus – é que Deus enviará pessoas para o inferno, a menos que creiam em Jesus. E então, o que temos, sutilmente, algo repetido e ensinado é que Jesus te resgata de Deus. Mas que tipo de Deus é este que nós precisamos ser resgatados dEle? Como este Deus pode ser bom? Como este Deus pode ser confiável? E como isso, de alguma maneira, pode ser uma boa nova?” 

Ou quando ele sugere a possibilidade de salvação pós-morte, nós deveríamos nos chocar?   

Rob Bell, Love Wins (“O Amor Vence”), p. 107: [Haverá] “oportunidades infindáveis em período infindável de tempo para que as pessoas digam sim para Deus. No centro desta perspectiva está a crença de que, dado tempo suficiente, todos se tornarão para Deus e se encontrarão na alegria e paz da presença de Deus. O amor de Deus amolecerá todo coração endurecido e até mesmo ‘os pecadores mais depravados’, no fim, desistirão de sua resistência a se voltarão para Deus”.

Em nosso próximo post nesta série, analisaremos mais exemplos do ceticismo, heterodoxia e ensino distorcido do Bell, e penso que vocês verão ainda mais nitidamente o motivo pelo qual é espiritualmente perigoso questionar os ensinos bíblicos acerca do inferno. Quando uma pessoa começa a questionar a justiça de Deus na punição dos ímpios, praticamente todo ponto da verdade do evangelho é repentinamente colocada em risco.

E o ensino de Rob Bel fornece vívida prova disso.

John MacArthur
Pastor-Teacher

Tradução: Pr Wellington Mariano

Homofobia, um esclarecimento necessário

A palavra homofobia está na moda. No mundo inteiro discute-se a questão do homossexualismo. Em alguns países já se aprovou a lei do casamento gay. Aqui no Brasil, tramita no congresso um projeto de lei (PL 122/2006), que visa a criminalização daqueles que se posicionarem contra a prática homossexual. O assunto que estava adormecido, em virtude de firme posição evangélica contra o referido projeto de lei, mormente na efervescência da campanha política de 2010, ganhou novo fôlego com a nova proposta da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que pleiteia a reclusão de cinco anos, em regime fechado, para quem se posicionar publicamente contra o homossexualismo. Diante desse fato, quero propor algumas reflexões:

Em primeiro lugar, esse projeto de lei fere o mais sagrado dos direitos, que é a liberdade de consciência. Que os homossexuais têm direito garantido por lei de adotarem para si o estilo de vida que quiserem e fazer suas escolhas sexuais, ninguém questiona. O que não é cabível é nos obrigar, por força de lei, concordar com essa prática. Se os homossexuais têm liberdade de fazer suas escolhas, os heterossexuais têm o sagrado direito de pensar diferente, de serem diferentes e de expressarem livremente o seu posicionamento.

Em segundo lugar, esse projeto de lei cria uma classe privilegiada distinta das demais. O respeito ao foro íntimo e à liberdade de consciência é a base de uma sociedade justa enquanto a liberdade de expressão é a base da democracia. Não podemos amordaçar um povo sem produzir um regime totalitário, truculento e opressor. Não podemos impor um comportamento goela abaixo de uma nação nem ameaçar com os rigores da lei aqueles que pensam diferente. Nesse país se fala mal dos políticos, dos empresários, dos trabalhadores, dos religiosos, dos homens e das mulheres e só se criminaliza aqueles que discordam da prática homossexual? Onde está a igualdade de direitos? Onde está o sagrado direito da liberdade de consciência? Onde o preceito da justiça?

Em terceiro lugar, esse projeto de lei degrada os valores morais que devem reger a sociedade. O que estamos assistindo é uma inversão de valores. A questão vigente não é a tolerância ao homossexualismo, mas uma promoção dessa prática. Querem nos convencer de que a prática homossexual deve ser ensinada e adotada como uma opção sexual legítima e moralmente aceitável. Os meios de comunicação, influenciados pelos formadores de opinião dessa vertente, induzem as crianças e adolescentes a se renderem a esse estilo de vida, que diga de passagem, está na contramão dos castiços valores morais, que sempre regeram a família e a sociedade. O homossexualismo não é apenas uma prática condenada pelos preceitos de Deus, mas, também, é o fundo do poço da degradação moral de um povo (Rm 1.18-32).

Em quarto lugar, esse projeto de lei avilta os valores morais que devem reger a família. Deus criou o homem e a mulher (Gn 1.27). Ninguém nasce homossexual. Essa é uma prática aprendida que decorre de uma educação distorcida, de um abuso sofrido ou de uma escolha errada. Assim como ninguém nasce adúltero, de igual forma, ninguém nasce homossexual. Essa é uma escolha deliberada, que se transforma num hábito arraigado e num vício avassalador. Deus instituiu o casamento como uma união legal, legítima e santa entre um homem e uma mulher (Gn 2.24). A relação homossexual é vista na Palavra de Deus como abominação para o Senhor (Lv 18.22). A união homossexual é vista como um erro, uma torpeza, uma paixão infame, algo contrário à natureza (Rm 1.24-28). A Palavra de Deus diz que os homossexuais não herdarão o reino de Deus, a não ser que se arrependam dessa prática (1Co 6.9,10). Porém, aqueles que se convertem a Cristo e são santificados pelo Espírito Santo recebem uma nova mente, uma nova vida e o completo perdão divino (1Co 6.11).

Rev. Hernandes Dias Lopes

Páscoa no Antigo e Novo Testamento

 “Ish Séh Le-Veit-Avot, Séh La-Bait- “Cordeiro homem para a casa dos pais, um cordeiro para uma casa.” (Êxodo 12:3)

Algo impressionante e curioso aparece no versículo acima. Explicação: No Hebraico, o masculino é ZaHáRH (?????) que significa macho e  macho mesmo. No Sertão do Nordeste, quando nasce um menino, fala-se: “nasceu um menino-homem”. No Hebraico o feminino é NEKEVAH (???????), que quer dizer fêmea. Postas essas observações, o que impressiona em Êxodo 12:3 é que, o texto correto gramaticalmente, na lógica humana seria: “ISH ZAHÁRH” (????? ?????), ou seja, Cordeiro Macho. Entretanto, aparece no original Hebraico, ISH SÉH (????? ????) ou seja, ao pé da letra, Homem Cordeiro. Certamente, na soberania divina, tal colocação não é acidental e sim intencional! No evangelho de João, o profeta João, o Batista disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo – Hebraico: HINÉ SÉH HÁ-ELOIM HÁ-NOSSÉH HATÁT HÁ-OLAM.” Como é sabido, no Antigo Testamento, tudo apontava para o Novo Testamento, “BRITH HADASHÁH”, NOVA ALIANÇA (? ????? ???????/ He kainê diathêke/ a nova aliança, novo pacto 1 Corintios 11:25)                 

 “Feliz Páscoa”, “Comemoração da Páscoa” ou “Semana Santa”, são expressões correntes em nossos dias. A palavra “PÁSCOA”, significa “PASSAGEM” do hebraico, “péssarh” (??????). A instituição da páscoa, conforme Êxodo 12:1-14ss., foi um acontecimento histórico, real, ligado ao povo hebreu no contexto da sua grande libertação, liderado pelo homem de Deus, Moisés (Moshe – ???? ???), tirando o povo da escravidão do Egito.

 PÁSCOA (“péssarh” (??????) vem do verbo hebraico “LifsoáRH Al” – ? ??   ?? ?? ? ?? ??  (passar sobre – Al” – ? ?? , sobre), que significa, “SALTAR”, “PASSAR POR CIMA” ou “PASSAR POUPANDO” (poupando o povo da morte, mediante a aplicação do sangue do cordeiro nas vergas e umbreiras das portas das famílias israelitas), Êxodo 12:13.

A comemoração era feita de maneira festiva e um cordeiro macho, sem defeito, sem mancha alguma era sacrificado, imolado. Conveniente lembrar que muitos acontecimentos em o Antigo Testamento, apontavam para o Novo Testamento: O NOVO PACTO NO SANGUE DE JESUS CRISTO. Tudo apontava para Jesus, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, João 1:29.

 No Novo Testamento, lemos: “Alimpai-vos do fermento velho (pecado), para que sejais uma nova massa (nova criatura, II Corintios 5:17), assim como estais sem fermento. PORQUE – CRISTO NOSSA PÁSCOA, FOI SACRIFICADO POR NÓS”, I Corintios 5:7. A Páscoa Judaica foi transformada em Ceia do Senhor no Cristianismo, através do memorial pão e vinho, (I Corintios 11:23-30).

 PÁSCOA, significa “passagem”; lembra o êxodo, a saída do povo hebreu do Egito para Canaã. Em Deuteronômio 6:21 lemos: Então dirás a teu filho. “Éramos servos de Faraó no Egito, porém o Senhor nos tirou com mão forte do Egito”. Quer dizer literalmente: o povo foi arrancado da escravidão, do jugo escravizador. Ora, Cristo nos tirou das trevas do pecado; Cristo nos tirou do reino de Satanás (“Faraó velho”) e nos levou ao Reino da Luz. Assim é que podemos ler em Colossenses 1:13: “O qual (JESUS) nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Seu amor”.

 E a “estorinha” de coelho e coisas similares? Nada disto está de acordo com a Bíblia; e, ao contrário, isto está inserido no que disse o Paulo em II Timóteo 4:4: “E desviarão os  ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.

“FAÇAMOS FESTA” é a recomendação de I Corintios 5:7. Que tipo de festa glorifica o Senhor? Sabemos de antemão que o “Reino de Deus não é comida ou bebida, mas justiça, e paz e alegria no Espírito Santo”, Romanos 14:17. Portanto, a permanente comemoração cristã é com uma vida no altar do Senhor, sem rancor, mágoa, mau-humor (tudo isto é fermento velho) e com um coração perdoador, conciliador, e assim, festivamente, o mundo conhecerá que somos discípulos de Cristo, João 13:35 – Nisto todos conecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

Podemos dizer aos irmãos e amigos: “Feliz Páscoa com Cristo”.

PARA MEDITAR: 1º) “Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por  nós”, I Coríntios 5:7.

2º) “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos,  se vos amardes uns aos outros”, João 13:35.

Bp. Agnaldo Sacramento

                                                  

                                  

O Culto ao Nada

Neste semestre estou a ler a Bíblia na versão chamada Bíblia de Jerusalém. Gostei de Jeremias 19.4, assim traduzido : “Meu povo, contudo, esqueceu-se de mim! Eles oferecem incenso ao Nada…”. Judá estava cultuando o Nada, porque adorava a ídolos e todo culto que não seja ao Deus revelado nas Escrituras é culto ao Nada. Disse Paulo: “… o ídolo nada é no mundo…” (1Co 8.4). Há quem adora ao Nada porque adora deuses que fez para si.

Há muito culto ao Nada. São cultos centrados no homem. Visam levar as pessoas a se sentirem bem e serem estimuladas, recarregarem as baterias para mais uma semana de luta, etc. O homem é o foco do culto. Poucas coisas são tão sem nexo como “culto jovem”. Que é isto se não a declaração de que as pessoas são mais importantes no culto que o Cultuado? A ênfase hoje é no “adorador”. Por que não no Adorado? Porque as pessoas são mais importantes que Ele, porque o culto é programado para elas, porque a preocupação é atraí-las. A preocupação deve ser com a glória de Deus (confundida com barulho e mantras repetidos à exaustão). A glória de Deus se manifesta em vidas transformadas pelo evangelho de Jesus.

O alvo de muitos cultos não é a santidade de Deus, mas a felicidade do homem. São cultos antropocêntricos (o homem no centro), e não teocêntricos (Deus no centro). Culto ao Nada, porque voltado para o homem. Ouvi uma senhora dizer a outra, no mercado: “Não gostei do culto ontem”. O culto é para nos agradar ou para agradar a Deus? O prumo de um culto não é a estética do adorador, e sim a proclamação de “Que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação” (2Co 5.19).

Alguns se autodenominam “geração de adoradores”. Não. É uma geração de consumidores espirituais, que assimilou a filosofia de prazer do mundo, entronizando-se em sua vida. Tudo é ao seu gosto. Até o culto. Até Deus. Dirigi um estudo bíblico, num grupo de profissionais liberais, e alguém disse: “Gosto de pensar em Deus assim, ó…”, e nos brindou com uma série de banalidades espirituais. Disse-lhe que era irrelevante como ela gostava de pensar em Deus. O relevante era como Deus se manifestara na história, na Bíblia e em Jesus. Ela não podia moldar Deus ao seu gosto.

Quando somos o foco do culto cultuamos ao Nada. Pessoalmente detesto barulho. Não vejo como espiritualidade, e sim mau gosto. Mas há quem avalie o culto pelos decibéis. Mas não torne seu gosto em padrão. Como eu não torno meu gosto em padrão para os apreciadores da barulhada.

Quem cultuamos? Deus ou nós? Que procuramos no culto? Conhecer mais de Deus e da Bíblia ou sentir-nos bem, com o ego massageado? Cuidado para não cultuarmos o Nada!

Pr. Isaltino Gomes

Assista a mensagem: Os riscos de se vestir com um lençol

Shalom!

Amados irmãos, leitores [as], assistam a mensagem: Os riscos de se vestir com um lençol,  pregada no programa Aspecto Cristão que é transmitido nos finais de semana na TV Pólo na Baixada Santista.

Desde já expresso minha gratidão ao nobre Pr Carlos Roberto e sua digníssima esposa pela oportunidade concedida em expor a Palavra de Deus. O Eterno amplie a vossa tenda!

P.s >> Assistam a mensagem até o fim, pois a mesma, possui apenas 10 minutos. Seja edificado e abençoado!

Pr. Marcello de Oliveira
Aspecto Cristão TV – Programa 33



ASPECTO CRISTÃO TV
Programa 33 – 02.04.2011


Palavra de Mulher com Sarah Virgínia
PARA QUE NÃO ESQUEÇAMOS

Mensagem com o Pr. Marcello de Oliveira
OS RISCOS DE SE COBRIR COM UM LENÇOL
Marcos 14: 51 – 52

Música
CHORAR É PRECISO com Lília Paz