Os dons espirituais têm sido temas de acalorados debates na academia, na internet e principalmente nos blogs. Os dons espirituais não foram dados à igreja para projeção humana nem como aferidor da verdadeira espiritualidade. Os dons espirituais foram dados para a edificação do corpo de Cristo. Pelo exercício correto dos dons a igreja cresce de forma saudável. Os dons são recursos que o próprio Espírito de Deus concedeu à igreja para que ela pudesse ter um crescimento saudável e também suprir as necessidades dos seus membros.
Há pelo menos três posições em relação aos dons espirituais dentro da igreja:
- Os cessacionistas. São aqueles que crêem que os dons espirituais registrados em 1Coríntios 12 foram restritos aos tempos dos apóstolos. Para estes os dons não são contemporâneos e nem estão mais disponíveis na igreja contemporânea.
- Os ignorantes. São aqueles que não conhecem nada sobre os dons. Paulo orienta os coríntios para não serem ignorantes com respeito aos dons espirituais. Havia pessoas na igreja que ignorava esse assunto, e por isso, não podia utilizar a riqueza dessa provisão divina para a igreja.
- Os que crêem na atualidade dos dons espirituais. São aqueles que crêem que os mesmos dons espirituais concedidos pelo Espírito Santo no passado estão disponíveis para a igreja atualmente.
Amados, quem tem a última palavra? Nossos pressupostos, ou a infalível e inerrante Palavra de Deus? Partindo do princípio que a Palavra de Deus é a nossa regra de fé e prática, abordaremos a questão, afirmando que os dons espirituais não cessaram. Eles são contemporâneos e estão disponíveis para a edificação do corpo de Cristo.
Veja o que Paulo disse em 1 Coríntios 12.4-6:
Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Note que aqui, a Trindade está presente. No versículo 4, Paulo se refere ao Espírito Santo; no versículo 5, a palavra Kyrios refere-se ao Senhor Jesus Cristo e no versículo 6, Paulo refere-se ao Deus Pai. Pelo contexto, Paulo ensina a igreja que eles haviam abandonado aos ídolos mudos e agora estava seguindo uma nova direção: A direção do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Depois de ensinar a mudança de direção que a igreja deveria seguir, o apóstolo falará sobre a natureza dos dons espirituais. No mesmo texto de 1Co 12.4-6, Paulo fala de “dons”, de “serviços” e de “realizações”. Isso nos fala da natureza dos dons espirituais. Ou seja, os dons têm uma tríplice natureza.
1) Quanto à origem dos dons eles são chamados charismata. Paulo diz: “Ora os dons são diversos” (12.4). A palavra charismata vem de charis, graça. Assim, Paulo está falando da origem dos dons. O dom espiritual procede da graça de Deus. Ora se procede da graça de Deus, eles acabaram? Não! Se cessaram os dons, cessou-se a graça de Deus. Isto é impossível! Os dons são originados na graça de Deus e são ministrados, doados e distribuídos pelo Espírito Santo. A origem dos dons nunca está no homem, mas sempre na graça de Deus.
2) Quanto ao modo de atuar, o dom é diaconia. Paulo diz: “E também há diversidade nos serviços” (12.5). A palavra “serviços” no grego é diaconia. Isso se refere ao modo de atuação do dom que é prontidão para servir. Os dons são dados não para projeção pessoal, mas para o serviço. Deus nos dá dons para servirmos uns aos outros e não para nos exaltarmos nossas virtudes ou habilidades. A finalidade do dom espiritual não é autopromoção, mas a edificação do próximo.
3) Quanto à finalidade os dons são energémata. Paulo conclui: “E há diversidade nas realizações” (12.6). A palavra energémata vem de energia, de obras exteriores. É a energia (poder) de Deus operando nos cristãos e transbordando para a vida da comunidade. O dom espiritual é para ajudar alguém, fazer algo para alguém, trabalhar por alguém e realizar alguma coisa para alguém. Não é uma espiritualidade intimista e subjetiva. Ela é transbordante, edificante, relevante.
Eis uma preciosidade: Por que Jesus não transformou pedras em pães? Ele não poderia fazê-lo? Sim. Então, porque não o fez? Simples, milagres devem ser feitos e realizados em favor do próximo e nunca para benefício próprio!
Conclusão.
Os propósitos divinos para os dons são:
a) Os dons são dados a cada membro do corpo. Todos os cristãos, salvos por Jesus, têm pelo menos um dom. Isto não é uma palavra minha, são as Escrituras que afirmam esta verdade (cf 1Co 12.7). Cada membro do corpo de Cristo tem pelo menos um dom.
b) Os dons têm um propósito. Eles são dados visando a um fim proveitoso, ou seja, a edificação da igreja.
c) É o Espírito Santo que distribui soberanamente os dons. “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas as coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente” (12.11). Paulo está falando que é o Espírito Santo quem distribui os dons e também quem age eficazmente na vida daquele que exerce o dom. O homem é apenas um instrumento, mas o poder é do Espírito.
O apóstolo Paulo usou quatro verbos que ilustram a soberania de Deus na distribuição dos dons espirituais. O Espírito Santo distribui (12.11), Deus dispõe (12.18), Deus coordena (12.24) e Deus estabelece (12.28). Do começo ao fim Deus está no controle. Não há espaço para vaidades e autopromoção. Portanto, busquemos com excelência os melhores dons. Eles estão disponíveis nos celeiros celestiais.
Nele, que concede os dons para a sua igreja nos dias atuais
Pr Marcello Oliveira
Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo.
Lopes, Hernandes Dias. 1Coríntios. Ed. Hagnos
Rienecker, Fritz e Rogers, Cleon. Chave linguistica do NT. Ed. Vida Nova
Ótimo texto. Eu creio que os dons espirituais não cessaram por alguns motivos:
1 – Não vejo motivo para eles cessarem;
2 – Em Atos 2.39: “Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus, chamar”;
3 – Em 1 Ts 5.19: “Não apaguem o Espírito”;
4 – E pelos argumentos que foram apresentados no artigo.
Abraço e Paz do Senhor!
1 Coríntios 1:7 De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo,
Esperaremos então a volta do Senhor Jesus Cristo.
Agradeço ao Senhor pelo irmão que me ensinou esse versículo.
Os dons não cessaram.
1 Coríntios 1:5-7
5 Pois nele vocês foram enriquecidos em tudo,
em toda palavra e em todo conhecimento,
6 porque o testemunho de Cristo foi confirmado entre vocês,
7 de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual,
enquanto vocês aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado.
Aprendi mais um pouquinho. Obrigado Pr. Marcelo.
Aliás, também gostei muito do post “Quanto vale um Pastor”.
Shalom!
Na minha concepção, não cesaram, pois Jesus disse que todos que creriam (futuro) faria coisas maiores do que Ele o fez. Cura de enfermos, visões, profecias, discernimento, sabedoria não só os ministeriais.
Mas hoje em dia, as igrejas estão como que um verdadeiro “fast food” aonde os “vasos” escolhem o seu conteúdo e não aquilo que o Espírito tem a oferecer àqueles que mais se adequam à esses dons de serviço.
Com o don de profecia, por exemplo, não estaríamos preocupados com os acontecimentos atuais que tentam minar a ética evangélica. Mas há ouvidos para que se ouça, fariam o que o Espírito, consolador, ajudador, determinaria? É uma questão séria. Há quem busqe diligentemente pelos dons espirituiais? Quem bate a porta do Senhor para receber estes dons? Quem está apto a recebê-los e esntender que é para o uso na Igreja. Estamos prontos para exortação. Cremos que podemos curar, libertar e falar a Igreja o que Deus quer dela?
Portanto o que impede a utilização na obra é a própria inexistência de Fé por muitos, neste campo, pois Deus não está limitado a tempo e espaço. Suas mãos, por acaso estariam encolhidas?
Na verdade os dons espirituais estäo sumindo sim, mas, por falta de entendimento da palavra e intimidade com Deus.
Ele está de portas abertas para nos dar dons, porém temos que meditar na palavra e conversar com o Senhor para que näo venhamos usa-los de maneira errada ou achar que estamos fazendo aquilo que Deus manda.
Tirando que as pessoas mais se preocupam com dons que mais chamam atencäo como o de profecia visäo e revelaäo doque com aquele que Deus quer nos dar.
Na biblia diz que cada um tem seu don, don que por sua vez eé escolhido por Deus.
Achei ótimo esse post! e com ele consegui aprender algumas coisas tbm.
Creio que, por mais difícil que estejam os dias de hoje, os dons não cessaram. Eles também fazem parte da estrutura da igreja nos dias atuais.
Paz do Senhor
Sou um pastor de uma igreja tradicional, todavia não sou cessassionista, sou continuista. Sou continuista, mas não sou pentecostal. Creio na continuidade dos dos espirituais, mas não “pentecostalização” dos dons.
Quando vejo a experiencia e o ensino de muitas igrejas pentecostais sobre os dons, e os comparo com o ensino biblico, percebo que muitas práticas “carismaticas” modernas, não são encontradas na biblia.
Se algum irmão se interessar por um estudo biblico feito por um pastor tradicional continuísta, mas não pentecostal pode me mandar um email e terei prazer de repassa-lo.
wlss27.04@bol.com.br
Em Cristo
Pr. Wanderson
Shalom!
Pode me enviar meu irmão. Quero conhecer sua abordagem ref. aos dons espirituais. Aqui não rotulamos as pessoas, a ênfase é a Escritura. O texto em tela é uma abordagem bíblica e expositiva.
att, Pr Marcello
Pr Marcelo,
Excelente matéria.
Pr Wanderson,
Cresci em meio aos pentecostais e pastoreio uma igreja pentecostal, mas tenho reservas a certas práticas, exatamente por não terem fundamento bíblico, até escrevi um texto pequeno que aborda tais exageros (http://contraculturacrista.com.br/site/?p=512), portanto, gostaria de receber seu estudo, caso seja possível. Deus abençõe
Meu e-mail: wellingtonmariano@gmail.com
Os dons não cessaram, mas o que esta em processo de extinção é a busca daqueles que se dizem servos de Deus, o aprimoramento do dom que Deus concedeu à cada um.
Nos nossos simpósios de educação, fui preletora na sala de professores de jovens, este assunto foi abordado; percebi que as pessoas não estão preocupadas em saber o dom que tem e muito menos em aprimora-los.
Gostei muito do post.
abraços
Os tradicionais reclamam com razão que existe um abuso geral pentecostal em relação aos dons, entretanto, também, não acredito que isso seja necessariamente cessacionismo – apesar dele existir no círculo!
Para que essa ferramentaria de Deus tenha mais credibilidade, os pentecostais precisam serem mais prudentes! Mas como? Boa parte nada no mar da antiintelectualidade/analfabetismo teológico! É preciso que esses irmãos estudem melhor/mais a matéria!
Excêlente sintese, estou repassando às dezenas!
Abraços
souteologico.blogspot.com
Penso que os dons não cessaram pois o Espírito que em nós habita nos capacita a cumprirmos a vontade do Pai até a volta Cristo!
Que os dons não cessaram, sobre isso não pode haver dúvidas, visto que na Escritura, pela pena de Paulo, eles nos saltam aos olhos, sobejamente. Contudo, creio que seu correto exercício, bem como sua natureza é que estão em grande medida equivocados. Sou da Assembleia de Deus e por essa razão falo com propriedade: A grande maioria das Igrejas dizem crer em tais dons, e essa grande maioria o compreende de forma antibíblica incorrendo nos mesmos erros práticos dos Coríntios, ou ainda, em erros exponencialmente maiores do que os deles.
Eu sou continuísta, e abdico do termo pentecostal por julgá-lo por demais pretensioso. E creio que os pentecostais precisam urgentemente de uma reforma espiritual a ser levada aos seus corações por meio da pregação e estudo da palavra, pois através do mau exercício dos dons, bem como da ignorância sobre o assunto, os mesmos têm feito com que a doutrina dos dons seja mal compreendida.
Graça e Paz
Mizael Reis
A paz pastor Marcelo,
Achei ótimo esta postagem, visto que o assunto está sendo ensinado pelas lições Bíblicas deste trimestre. O assunto é muito vasto, riquissimo e muito importante, visto que muitas pessoas ignoram e outras extremizam os dons de Deus. Parabéns que Deus continue te abençoando!
A propósito, lí um excelente livro sobre o assunto. O título já diz tudo (é o mesmo do post) Cessaram os dons espirituais? do teólogo Wayne Grudem. Peguei emprestado de um amigo meu. já tentei comprá-lo , mas está esgotado. Alguém aí tem um pra vender?
Edinei
edinei.stott@gmail.com
Penso que não cessaram o problema é a banalização de alguns movimentos principalmente dos chamados pentecostais
concordo com vc meu irmão
oi Orlando perto de casa esta escrito no muro de uma escola o estudo é um escudo!
Algumas breves considerações, irmão.
Um bom estudo de caso para o bom debate é Hb 1.1-3 (texto que os cessacionistas gostam de citar). O problema inicial é entender como se deu a REVELAÇÃO nas Escrituras. Se ela foi progressiva ou não, esse é o ponto.
Não sou cessacionista no sentido colocado aqui no post. Acredito na contemporaneidade dos dons. Creio em milagres e até em profecias a lá A.T. e N.T. (se, de fato, Deus mandar), mas tenho dificuldades em ver nas profecias de hoje algum caráter revelacional, como se Deus estivesse transmitindo a alguns Suas verdades, e não a Sua Igreja
Marcelo,
Acredito que existem muitos cessacionistas incrédulos ou que no mínimo limitam o poder de Deus. Não me sinto a vontade com uma teologia dessas que pressupõe Deus não agir mais hoje de maneira sobrenatural. O propósito dos sinais pode ter mudado (e acredito que mudou) mas isso não implica na inexistência deles, a não ser que algum cessacionista tenha recebido alguma revelação adicional rs.
Também acredito que existem muitos irmãos pentecostais que fazem “brincadeiras carismáticas” (exibicionismo e não evangelismo) e tratam Marcos 16.17,18 como um testamento para demonstrar que denominações histórico-reformadas não crêem no Espírito Santo e assim alega-se uma espiritualidade com base somente no “fogo” do Espírito, esquecendo que o mesmo Espírito também é referido como uma singela e calma “pomba”.
Os dois lados falham, em minha opinião, e com isso tento apenas dizer que existem extremos onde a boa conversa sobre os carismas não pode beirar.
[…] Confira o estudo aqui […]
Prezado irmão, paz e graça! Sou Pastor de uma igreja reformada continuista (Igreja Reformada Carisma). Abaixo cito um texto que escrevi em meu Blog (coracaoreformado.blogspot.com) sobre esse tema:
A Continuidade dos Dons Revelacionais
Gostaria de, ainda que resumidamente, expor neste espaço o que entendo como fundamento de minha crença na continuidade dos dons revelacionais, em especial o dom de línguas e de profecia.
Meu objetivo não é trazer um estudo exaustivo sobre o assunto. Apenas desejo compartilhar minhas convicções a esse respeito com outros irmãos que tenham as mesmas convicções e também possibilitar um diálogo respeitável com outros que defendam uma opinião diversa da minha.
A principio creio ser de fundamental importância dizer que não creio na continuidade daquela inspiração recebida pelos escritores canônicos. Absolutamente não. A inspiração que eles tinham ao “registrarem” as revelações dadas por Deus eram totalmente isentas de qualquer resquício de erro. Ja as profecias hoje, apesar de terem origem na mesma fonte inspiradora (que é Deus), passam hoje por um canal não mais protegido de erros e confusões (nós).
Entendo que a inspiração recebida pelos Apóstolos e pelos outros escritores canônicos (como Lucas e Marcos), no momento em que ensinavam e escreviam, era infinitamente superior a que, mesmo naqueles tempos, recebiam as pessoas que haviam recebido o dom de profecia.
Note que os escritores canônicos não eram inerrantes o tempo todo, mas apenas quando recebiam e registravam as revelações recebidas por Deus. Eles eram isentos de qualquer possibilidade de erro apenas quando faziam esse registro. Certamente quando pregavam ou ensinavam (em ocasiões não registradas na Bíblia) não eram inspirados da mesma forma. Prova disso são a necessidade de haver concílios e debates na igreja afim de determinar o que deveria ser ensinado ao povo (At 11 e 15).
O que eu defendo aqui é a inspiração recebida pelos crentes do 1º século, não para escreverem a Bíblia, mas para receberem mensagens “destinadas a indivíduos” e a “igrejas locais” com o propósito de exortar, edificar e consolar uns aos outros (1 Co 14.3). Refiro-me aquela inspiração recebida por aqueles crentes que nunca escreveram nada das Escrituras, tais como as filhas de Felipe, Ágabo, Judas e Silas (At 11.27-28; At 15.32; At 21.29) ou mesmo aos que escreveram inspiradamente, porém em ocasiões distintas.
Concordo plenamente com os estudiosos cessacionistas quando dizem que a revelação autoritativa cessou no período apostólico. Mesmo quando era adepto do pentecostalismo eu ja defendia essa posição. Aliás, não conheço nenhum pentecostal sério que equipare as profecias de hoje com as Escrituras Canônicas. Alguns que caíram neste grave erro foram advertidos e posteriormente excluídos.
O que é importante entender sobre isso é que o propósito desses dons (linguas, profecia e interpretação das línguas) nunca foi o de “substituir” e nem o de “complementar” a Palavra Canônica. Mesmo quando o Cânon estava incompleto esses dons não tinham esse propósito. O único período em que o dom de profecia podia ser equiparado com o texto escrito (no caso a Toráh) era no AT. Neste período a palavra dos profetas (Assim diz o Senhor…) tinha um caráter autoritativo de que ninguém que tenha o dom de profecia hoje dispõe. Despreza-los era o mesmo que ignorar a Toráh.
E quanto a alguns dos textos mais usados para defender o cessacionismo (1 Co 13.10 e Hb 2. 4) vemos que esses argumentos não são irrefutáveis. Só pra citar um exemplo, basta dizer que o próprio Calvino (apesar de ser cessacionista) interpretava 1 Co 13.10 “o que é perfeito” como sendo uma referencia a Parousia. E quanto a Hb 2.4 basta compara-lo com outros textos escritos posteriormente e que citam os dons (exemplo: a Carta aos Hebreus foi escrita antes do ano 70 d.C e Apocalipse foi escrito por volta de 95 d.C, agora compare esses dois textos: Hb 2.4 e Ap 10.11, como pode o texto de Hebreus ser uma prova do cessacionismo antes do ano 70 d.C se em Apocalipse João ainda esta profetizando? e note que as profecias de João descritas em Ap 10. 11 seriam destinadas a indivíduos).
Finalizo essa postagem dizendo que respeito a posição dos cessacionistas, respeito de verdade. Meu propósito não é afrontá-los. Desejo apenas tentar fazer uma declaração de minha fé com o objetivo de ajudar a tantos outros que tenham dificuldade neste assunto.
Todas as opiniões (favoráveis ou não) serão bem vindas. Até peço aos que discordarem que, por favor, apontem as fragilidades de minhas interpretações. Quero aprender.
Um abraço fraterno!
graça e paz pastor marcelo! gostei do seu artigo.todo o debate sobre este tema , na minha concepição, gera polemica para aqueles que são extremos, já dizia o nosso reformador,Martinho lutero que o Diabo esta onde existe os extremos. voce observa que a maioria dos que tentan defender esta posição (cessacionista) são pessoas pelo fato de verem muito extremo no meio continuista( ou digo) no meio extremo pendecostal,querem cessar. mas contra fatos não ha argumentos. muitos textos foram citados e esclarecidos pelo rev. marcelo com bastante clareza. quando eu abordo alquem que esta com este pensamento cessacionista,eu mostro sempre para esta pessoa os textos de MC.16;17-18 1TESS.5;19-21 e EF.5:18.são testos que nos mostram com clareza a continuidade dos Dons.e não são livros históricos. que Ele continue nos abençoando e derramando seus Dons sobre nós.