O salmo 137 foi composto por um judeu exilado na Babilônia, que havia presenciado a brutalidade dos soldados caldeus, à época da captura de Jerusalém em 587 a.C. Ele contemplou aqueles monstros sem coração arrancar os bebês do colo de suas mães e bater a cabeça deles no muro mais próximo, rindo da perversidade que cometiam e pronunciando as blasfêmias mais grotescas contra o Deus de Israel enquanto praticavam aqueles atos bárbaros, sanguinolentos, de extrema impiedade. O desafio contra a soberania e honra do único e verdadeiro Deus, desafio que atiraram contra o Senhor ao mesmo tempo em que massacravam o povo eleito não poderia ficar sem resposta para sempre.
Sendo o guardião e implantador de sua lei moral, Deus poderia manifestar sua glória apenas trazendo uma vingança terrível sobre aqueles que haviam tratado com tanta crueldade seus cativos incapazes de opor resistência, e cujo Deus havia desprezado.
Portanto, o exilado que compôs esse salmo julgou-se totalmente justificado ao invocar o nome de Deus para que o Senhor infligisse sanções dentro de sua lei, e providenciasse punições apropriadas contra aqueles que perpetrassem tão horrendas atrocidades. Só assim o mundo pagão poderia aprender que existe Deus no céu e requer de todos os homens a obediência aos padrões básicos do que é certo e errado, os quais pesam sobre as consciências.
Precisavam aprender que a violência cometida contra o próximo com toda certeza se voltaria contra eles próprios. A única maneira de o mundo pagão aprender essa lição seria passando pela experiência das conseqüências aterradoras de tripudiar sobre as sanções da humanidade; que se fizesse a eles exatamente o que haviam realizado aos outros.
Chegaria o tempo em que os medos e persas vitoriosos tratariam os bebês babilônicos da mesma forma que os seus soldados fizeram com os recém-nascidos judeus, quando Judá foi levado ao exílio. As criancinhas babilônicas enfrentariam a mesma brutalidade infligida pelos soldados babilônicos aos bebês de outros povos. Só assim eles poderiam convencer-se da soberania e do poder do Deus dos hebreus.
Portanto, o motivo principal desta oração não é o desejo de vingança; antes, é a vontade que o Eterno se manifeste perante o mundo pagão, imerso em zombaria, destronando catastroficamente o poder caldeu que trouxera tão grande dor e aflição desnecessária nos dias da provação de Jerusalém.
Marcelo Oliveira
Fonte: Enciclopédia de Dif. Bíblicas do Dr. Gleason Archer, Ed. Vida.
Nada haver esta sua explicação. Deus não precisa de defensores de sua santidade, mas de testemunhas do seu amor.
Penso ser digna a explicação.
Acredito que Deus realmente agiu em favor daqueles que clamaram ao Senhor por Vingança.
Não é bonito ver que seu Inimigo seja vingado por Deus e exterminado, antes que Deus use de grande misericórdia, mas alguns não conhecem a Deus, se recusam conhecer a Deus, agem pérfidamente e como quem abomina a Deus e o que vem de Deus. A estes que agem dessa péssima forma, infelizmente, colherão da forma que plantaram diante de Deus.
E o que fizeram as criancinhas babilônias para merecer sofrerem uma atrocidade tão grande quanto a que os seus pais fizeram contra as crianças de Israel? Não é isso uma enorme injustiça?
Além disso, os judeus, como todos os povos antigos não ficavam atrás e parece que Jeová até incentivava que eles cometesse crueldades. Bastar ler Deuteronômio 20: 10 a 17. Ali o Deus bom e misericordioso incentiva os judeus a quando sitiarem uma cidade proporem a paz. Caso seja aceita eles devem tomar todos os bens (inclusive as mulheres que na época não passavam de mera propriedade masculina) e tornar a todos como servos subjugando-os igualzinho os egípcios fizeram com eles.
Mas se recusarem a paz generosamente oferecida então deveriam perecer todos pelo fio da espada, sem dó nem piedade.
É incrível como diante da fé cega toda a lógica e a racionalidade desaba como as muralhas de Jericó!