Dissecando Sofonias 3.9

 

???????? ????????? ??????????? ?????? ???????? ??????? ?????? ??????? ?????? ????????? ?????? ?????

Fonética: Ki az eh’pórH el amim safah brurar (vrurar) likróh kulam bê-shêm Ieovah leav’dó sheHem eHad

Algumas versões:

1. “Porque, então darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo espírito” (Almeida, Revista e Corrigida).

2. “Então,darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor e o sirvam de comum acordo” (Revista e Atualizada)

3. Então, farei que os povos parem de adorar ídolos e adorem somente a mim o Deus Eterno, e farei também que todos me obedeçam com a mesma dedicação(B. na Linguagem de Hoje).

4. “Sim, então darei aos povos lábios puros, para que todos possam invocar o nome de Iahweh e servi-lo sob um mesmo jugo” (A Bíblia de Jerusalém).  

5. “Farei então com que os povos voltem a conhecer uma língua pura com a qual todos possam invocar (do mesmo modo) o Nome do Eterno, para servi-lo com seus sentimentos unidos” (Bíblia Hebraica/Sefer).

 

Vocabulário do versículo:

Ki: porque, pois, que – ????

Az: então –    ????

eh’pórH – ?????????

– do verbo lahafórH  (?? ?? ?? ?? ??) transformar, inverter, cuja raiz/shóresh é  ?? ?? ??

Tem-se em Hebraico, partindo da raiz (hafarH) a expressão: hafarH olamot, que significa mover montanhas, fazer o possível e o impossível. Há de se observar que o versículo não tem de modo algum o verbo dar/latét!

el: para – ???

Amim: povos – ????????

safah: lábio, língua, idioma  – ??????

barur: puro, limpo, claro, selecionado, escolhido (? ??? ???)  brurar (vrurar):  – ????????

obs.: não confundir com “barurH”, final com a letra kaf final, que quer dizer bendito, bem-vindo, abençoado!

Likróh: chamar, exclamar, gritar, convidar – ???????

Kulam: todos – ??????

bê-shêm (bê: em, no) : em o nome, no nome – ???????

Ieovah: (que o Judeu não pronuncia e fala Adonai) – ??????

leav’dó: do verbo “laavód”: trabalhar; leav’dó, trabalhar só ou sozinho – ?????????

sheHem eHad: unanimemente, unanimemente juntos  – ????? ??????

Tradução sugerida:

Porque eu farei o máximo (o possível) para que todos os povos tenham uma língua pura (*) (o hebraico, cf: Isaías 19:18, a língua de Canaã), para que todos clamem pelo nome do Senhor, trabalhando somente para Ele, unanimemente, juntos (‘adorando somente a Deus’ como indica a versão na Linguagem de Hoje, do meu saudoso Profº Dr. Werner Kaschel).

(*) língua pura, inteligente, pois, na verdade, o hebraico é uma língua lógica e não inclinada a mudanças semânticas! (hoje, a língua universal é praticamente o inglês, o que é uma decorrência da benção do evangelho (em Abraão) – Gênesis 12:3b nos USA; mas, no Milênio, será o Hebraico!)

Observação:

O contexto da citação de ????????? ????????????? (Tisfania ben-kúshi/Sofonias filho de cushi;  ????????, kúshi = negro, etíope); portanto, o nosso querido profeta “Obama” aponta para o Reino Milenar, quando toda terra se encherá da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar, conforme Habacuque 2:14.

Ps.: A maioria das traduções se apóia no verbo DAR; todavia, não há mínima justificativa para tal! Observa-se também, que algumas versões não exploraram o suficiente, o verbo laavod ( ???? ?? ??) trabalhar, trabalhar como escravo, cultuar, adorar – servir a Deus.

 Dr. Agnaldo Sacramento

11 Responses to Dissecando Sofonias 3.9

  1. Leonardo disse:

    A idéia de uma mini-exegese é ótima. Contudo, é preciso haver alguns cuidados que foram desconsiderados na tradução, por exemplo com relação à tradução ?????? ???????? (sâfâh verûrâh).

    Não foi levado em consideração o contexto histórico das expressões e também a qualidade da ação dos verbos presentes no texto. Considero uma análise simplificada do texto hebraico. Particularmente não acredito que poderia ser considerada uma exegese.

    A interpretação escatológica possui traços de alegorismo, pois o texto é claro em expressar uma profecia de dupla-referência.

    Shalom ve lehitraot

  2. Wellington disse:

    Muito boa a Exegese.

    O Davar Elohim é uma excelente onte de consulta.

    Aprendo muito aqui.

    Parabens.

  3. Daladier Lima disse:

    Não sou especialista em hebraico, conheço o básico, mas as regras de uma exêgese, com os verbos e substantivos, por exemplo, sem flexão devem ser seguidos. Outrossim, torço o nariz para determinadas santificações a respeito de Israel. Que o hebraico foi o instrumento sacro do texto divino não há dúvida, mas daí ao destaque do texto…, é como ignorar que quando Abraão saiu de Ur dos Caldeus não a falava! Aliás, seria preciso “despi-la” de todas as transformações semânticas que sofreu ao longo dos anos. Essa de Obama veio mistificar ainda mais o que se pretendia um estudo sério. Desculpe, prezado Pr. Marcelo, mas o Dr. Agnaldo foi infeliz na tentativa.

  4. Obrigada, mestre!

    Mais um esclarecimento precioso que nos ajuda a interpretar melhor a Bíblia.

    Que bênção!

    Em Cristo.

    ECC

  5. Nobre pastor Marcelo,
    É sempre um deleite ler suas brilhantes postagens. Prossiga, pois todos
    nós, que amamos o Livro dos livros – carecemos sempre de ferramentas
    para o desempenho do santo Ministério.

    Pastor Marcos Antonio

  6. maisa campos loli disse:

    Obrigada por me enviar tão valiosas informações sobre a palavra de Deus.

  7. Graça e paz!

    Não tenho conhecimentos sobre o idioma original, mas meditando acerca do versículo, considero-o aplicável nã apenas à era escatológica como a um momento de conversão do povo. Também não saberia definir qual a melhor tradução e acho que todas elas nos ajudam a conhecer as 70 faces da mensagem em hebraico.

    “… para que o sirvam com um mesmo espírito”

    Entendo que esta unidade nós a vemos no Pentecostes de Atos 2 que é o oposto da Torre de Babel de Gênesis 11.

    Apesar da Igreja não viver permanentemente um Pentecostes, visto que muitas são as distrações do presente, experimentamos nesta terra momentos da glória vindoura quando decidimos caminhar unidos com o propósito do Eterno.

  8. Marcello de Oliveira disse:

    Shalom!

    Meu irmão, que assertiva é esta: “conhecer as 70 faces da mensagem em hebraico”. Sinceramente, desconheço tal afirmação!

    att, Pr Marcello

  9. Ze´ev Hashalom disse:

    É como eu sempre digo: “Tentar simplicar o ensino e aprendizado das línguas originais da Bíblia (o Hebraico, o Aramaico e o Grego) é uma tarefa extremamente complicada”, principalmente hoje em dia, quando há tantos critérios discutíveis até no domínio das transliterações… Posso até parecer exclusivista, mas quando me deparo com algumas transliterações do Hebraico, sinto cada vez mais que algo tão distante do Hebraico também está prestes a se apresentar… He he he he… Sendo assim, sou adepto de que a Transliteração Técnica — na melhor das hipóteses — deva ser tolerada o mínimo possível, haja vista que não há consenso entre os hebraístas, aramaístas e helenistas sobre os critérios mais adequados a serem adotados nas mais diversas propostas de transliterações; ainda que elas pretendam ser “mais simples e condizentes com a realidade das diferenciações fonéticas, facilitando assim o processo de enisno e aprendizado de qualquer idioma no globo terrestre”… Aproveito o ensejo para dizer que assino totalmente em baixo do que o Great Fellow Leonardo comentou acerca da “dissecação” de Sofonias 3:9 feita pelo Brother Agnaldo Sacramento.

    ???? , ???? ??? ?? ?? ??

    ??? ?????

  10. Erike Couto disse:

    Olá Marcello,

    Teve alguns posts atrás que eram até interessantes sobre algumas passagens no original e jogos de palavras hebraicos. Mas esta última postagem sua realmente não foi feliz! É muito estranha esta “divinização” da língua hebraica feita pelo Pr. Agnaldo Sacramento. Ela é colocada, neste estudo, como se fosse uma língua perfeita, “não inclinada a mudanças semânticas” (?) e, neste trecho, como tendo um papel escatológico. Perfeita a língua hebraica nunca foi, não é e nunca será – ela tem estruturas belíssimas, mas tão belas quanto as do Sânscrito, por exemplo. Ela sofreu mudanças semânticas sim e rejeitar isso é rejeitar até mesmo as diferenças entre palavras dentro dos próprios períodos bíblicos, como o da escrita do Pentateuco e o dos Profetas. E, por fim, em nenhum lugar da Bíblia, nem muito menos neste, há alguma referência à língua hebraica como sendo usada num futuro escatológico. O texto fala simplesmente que teremos uma linguagem clara e simples para invocar o nome do Senhor no futuro de forma unânime. Dizer que esta invocação dependerá do hebraico é ir de encontro à própria mensagem do Novo Testamento, de espalhamento das Boas Novas pelos quatro cantos da Terra e da quebra de barreiras linguísticas e étnicas em Cristo, como ocorreu em Pentecostes de Atos. O hebraico é a língua da revelação das Escrituras, veículo que Deus utilizou para que conhecêssemos o que Ele desejou para o Seu povo e para nós. Mas ela só foi um veículo e, como qualquer estudante de línguística sabe, ela sofreu alterações durante o tempo. Ela não foi a língua de Adão, Noé etc, pois nem sequer havia o hebraico na época deles. Havia, sim, línguas cananéias em formação, derivadas do tronco semita, que provavelmente Abraão aprendeu depois que saiu da Mesopotâmia para Canaã. Mas, quem conhece o árabe e o aramaico, por exemplo, sabe que eles tem vários elementos antigos – como algumas letras, sons, raízes primitivas etc – que o hebraico já tinha perdido bem antes de qualquer trecho das Escrituras chegar a existir nesta língua. Isso que ocorreu com o hebraico nada mais foi que resultado de uma “evolução” natural que ele sofreu!
    Por isso concordo com o irmão Daladier Lima acima: ignorar estes fatos é forçar a barra demais sobre a língua hebraica e sobre a hermenêutica o texto. Pode até ser bela, e romanceada, esta interpretação acima, bem ao estilo dos midrashim judaicos. Mas ele tirou o trecho do contexto, força a exegese e ainda espiritualiza as coisas.

    Abraços!

  11. Ze´ev Hashalom disse:

    Olá, Erike Couto !

    Parabenizo vc por ter feito uma excelente crítica construtiva acerca de uma

    tendència muito equivocada entre muitos evangélicos, a qual consiste em

    acreditar que as Línguas Originais da Bíblia [o Aramaico, o Grego e — de

    um modo especial — o Hebraico] sejam “línguas sagradas”, porquanto são

    os “instrumentais língüísticos” para se transmitir à humanidade a Palavra de

    D-uis… Há uma difrença muito grande entre ” se enfatizar a importância de se

    estudar os ‘originais’ da Palavra do Eterno: o hebraico, o aramaico e o

    grego, tendo em vista uma melhor compreensão das perícopes a serem

    estudadas” e “a necessidade de se espiritualizar esse estudo,

    chegando-se ao equívoco de crer, dizer e ensinar que essas três línguas

    sejam mais divinas, espirituais, precisas etc. somente porque são as

    ‘línguas originais da Bíblia’… Tal equívoco consiste, obviamente, em um

    desconhecimento [ou desprezo] das noções elementares dos Príncipos

    advogados por uma Ciência que é relativamente moderna: a Língüística,

    a qual surgiu para provar que “não existe uma língua que seja, de fato,

    superior ou inferior à outra, mas sim que seja “diferente”, inclusive quando

    ela faça parte do mesma ‘família língüística’, como é o caso do Português

    e o Espanhol, o Russo e o Ucraniano, o Aramaico e o Hebraico, o Alemão e

    o Holandês etc.

    Um forte abraço.

    Z H P L K S II .

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