Depois de referir-se à sua volta, com grande poder e glória, a fim de julgar o mundo em justiça (Mt 16.27), o Senhor Jesus disse:
“Em verdade vos digo que alguns há dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino” (Mt 16.28)
Com essas palavras, aparentemente o Senhor se referia a alguma fase preliminar de sua volta, em vez do período final, o clímax do seu retorno, que será sua vinda com os gloriosos anjos do Senhor. Essa manifestação preliminar aconteceria antes da morte de alguns daqueles que ali estavam ouvindo sua voz. Há três prováveis cumprimentos do texto em tela:
O primeiro cumprimento possível teria sido a gloriosa transfiguração no cume do monte, descrita em Mateus 17.1-8, quando Moisés e Elias apareceram a Jesus e com ele falaram sobre sua morte e ressurreição (cf. Lc 9.31). Em certo sentido, Jesus apareceu a Pedro, Tiago e João em sua glória celestial, como Fundador do reino de Deus. Mas à vista da principal ênfase estar na sua partida (êxodo) em vez de seu retorno, esse acontecimento dificilmente poderia ser o cumprimento que o Senhor tinha em mente.
O segundo cumprimento possível teria ocorrido por ocasião da poderosa descida do Espírito Santo, sobre a Igreja, por ocasião do Pentecoste (At 2.2-4). Jesus havia prometido a seus discípulos, durante seu discurso no cenáculo, que não os deixaria órfãos (cf. Jo 14.18). O Senhor disse isto logo após lhes haver falado da iminente concessão do Espírito Santo. É evidente, então, que Jesus desejava dizer que haveria de voltar para eles como a terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. No versículo 23 ele acrescentou esta confirmação adicional:
“Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (grifo nosso). Visto que foi por ocasião do Pentecoste que o Espírito Santo veio com poder sobrenatural, sobre os quase 120 discípulos que estavam orando juntos, e manifestou-lhes o dom de línguas como que de fogo sobre suas cabeças e a capacidade de proclamar o Evangelho, é evidente que Cristo voltou para seus seguidores no Pentecoste mediante o Espírito Santo. Assim é que o Senhor não deixou seus discípulos órfãos, mas verdadeiramente voltou para eles.
Uma terceira possibilidade de cumprimento pode ser o acontecimento de 70 d.C., quando o templo em Jerusalém, que deixaria de ser necessário, foi destruído pelos romanos, sob o comando do general Tito. A própria cidade, que deixaria de ser santa, e rejeitara a Cristo em 30 d.C., clamando pela morte dele na cruz – foi totalmente demolida. No sentido de que a profecia de Jesus sobre a destruição de Jerusalém foi cumprida (Mt 24.2; Mc 13.2; Lc 19.43,44), poder-se-ia dizer que Ele voltou para aplicar o julgamento sobre a cidade que havia presenciado seu assassinato judicial. Mas neste caso dificilmente se poderia afirmar que o esplendor da glória de Cristo foi revelado, ou o poder iminente de seus santos anjos; sua glória e poder manifestaram-se indiretamente quando o Espírito Santo foi derramado, no Pentecoste. Portanto, destruição de Jerusalém é menos provável como cumprimento, do que o dia da descida do Espírito Santo.
Pastor Marcelo, Paz de Cristo Jesus, tudo bem? Vou falar de um assunto que não tem muito haver com o acima descrito, desculpe é que não encontrei seu e-mail, gostaria de sua ajuda,
A palavra Kadosh pode ser aplicada a Deus ? Teria como me mostrar alguns versiculos que ela aparece ?
Desde já agradeço. Deus abençoe!
Boa tarde Pastor, conheci seu site numa resposta que o irmão deu ao Professor Gaspar, ao ler sua perspectiva acerca da passagem de Mateus achei salutar mencionar uma passagem que acredito trazer um pouco mais de luz sobre a passagem de Mt 16:28. No texto de 2 Pe 1:16-18 o apóstolo Pedro menciona no verso 16 "quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois fomos testemunhas oculares da sua majestade" ( grifo meu ), e Pedro conclui a declaração fazendo referência ao "monte santo" no verso 18, indicando o episódio da transfiguração.
Olá pastor, gostaria que o senhor explicasse melhor quando diz que Jesus (sendo a segunda), viria como a terceira pessoa da Trindade. Um abraço!
De fato a descida do Espírito Santo não pode ter uma relação direta com isso, mas a possibilidade da revelação de João na ilha de Patmos é enorme desde que, nós a interpretemos da seguinte maneira:quando Jesus fala que muitos não provariam a morte sem que vejam vir o filho do homem (Ele mesmo ou Filho de Davi),mas Ele não determina que esse “vejam vir” seja de fato o cumprimento propriamente dito, mas sim uma visão. É bom fazermos uma ressalva de que embora alguns textos apócrifos como os da biblioteca copta de Nag Hammad não são reconhecidos enquanto escritura sagrada, não podemos negar a possibilidade dos textos ; O Apocalipse de Pedro (que inclusive foi usado nos primeiros séculos), O Apocalipse de Tomé ou até mesmo O Apocalipse de Paulo – não deixarem João sozinho nessa questão. Os primeiros movimentos milenaristas revelaram algumas personagens que também garatiram ter tido essa experiência.
boa.noite .Jesus acerta na destuição do .templo da grande tribulaçao dos cristaoes daquela epoca.mas ai tudo fica confuso,quanto a sua volta.?.(que te importa ,que eu queira que essse viva ate que eu volte.disse de joao ,o Senhor.)e joao tava vivo em ptmos e viu,em visao,.
Trazendo pra nossa realidade de cada um
Alguns daqueles que estavam lá voltarão antes Dele e cumprirāo a profecia. Isso mesmo a reencarnação está comprovada.
A terceira opção é a mais provável porém menos comercial, pois se a profecia já se cumpriu os templos atuais se esvaziariam e deixaria de arrecadar milhões, então nesse caso é melhor ter os templos lotados à espera da volta de Cristo.