INTRODUÇÃO
Rode significa “rosa”, em grego (rhode). Era doméstica na casa de Maria, mãe de João Marcos (vv. 12-13). Na igreja primitiva havia gente de posses, e com escravos gregos. Marcos era primo de Barnabé, outro irmão de posses, na igreja (Cl 4.10). Maria e Barnabé eram parentes. Barnabé era judeu cipriota (At 4.36), nascido, então, em Chipre. A família veio de fora, para Jerusalém. E Rode veio com ela. Assim a encontramos com os primeiros cristãos, ex-judeus. Ela, gentia, estava com eles. Havia uma grande mobilidade das pessoas, na época, o que facilitou a expansão do evangelho. Pensemos em um pouco em Rode, uma cristã comum, mas como todo cristão deve ser, uma pessoa marcante.
1. DE FORA, MAS ENTROU
Rode era gentia. Mas estava com a igreja. Não se diz explicitamente que era convertida, mas estava com os convertidos. Escravo não descansava, trabalhava enquanto os donos estavam acordados. Não se diz que ela estava orando, mas ela conhecia Pedro, e sabia o motivo das orações. É justo supor que fosse cristã. Alegrou-se em ver Pedro (v. 14). A palavra grega significa “comovida”. Era de fora, gentia, mas abraçou a fé cristã. Bom ensino: a graça de Deus é para todos e quem a conhece deve abraçá-la. E deve se comover com as bênçãos de Deus. Deus não faz acepção de pessoas e escravos e crianças (gente sem valor) podem desfrutar da graça e serem instrumentos de Deus.
2. NÃO SE ABATEU COM A DESCRENÇA
Crentes curiosos: pedem algo a Deus, que responde, e eles não crêem (vv. 5, 15-16). Muitos de nós agimos assim! Rode não se deixou levar por questões racionalistas ou teológicas, muito menos com o descrédito para com ela (v. 15). Havia uma crença judaica de que cada pessoa tinha um anjo da guarda, parecido com a pessoa. Rode não quer saber de crença popular, mas viu que Deus responde a oração. Outro ensino: creia nas respostas de Deus. Não diga “Que coincidência!”, nem ore descrendo. Resposta de oração não depende de conhecimento, mas de Deus, que age como quer. Devemos crer no que Deus faz, sem desanimar diante das pessoas.
3. SAIU DE CENA
Não se lê mais nada de Rode. Simplesmente foi um acessório, dentro do contexto geral da revelação. Não se tornou grande vulto pelo que aconteceu. Muitos crentes querem ser “figurões” porque algo lhes aconteceu ou porque foram usados. Rode cumpriu seu papel. Entrou e saiu dele. Ela não era o tema central. O fundamental no texto é que Deus responde orações e age pelo seu povo. As pessoas são secundárias. Outro ensino: nada de culto à personalidade. Deus não nos deve nada. Alguém pode ser instrumento de Deus, mas a glória é dele, e não do instrumento.
CONCLUSÃO
Rode deveria ser uma adolescente, pois os criados eram alforriados quando passavam de um tempo determinado de serviço. Deus usa pessoas de todas as idades. Não importa a sua idade, você pode ser um instrumento para dar boas notícias a alguém. Deus usa pessoas de todas as camadas sociais. O rico Barnabé, a rica Maria e a escrava Rode. E outra mensagem: a igreja é para todos, quer ricos quer pobres. Deus não faz acepção de pessoas.
Isaltino Gomes
Graça e paz!
Pr. Marcelo,
Pude tirar belos ensinos do texto. Deus usa e salva a todos, independente de raça, cor e posição social.
Os púlpitos estão cada vez mais cheios de figurões, como o Sr. disse no texto "Alguém pode ser instrumento de Deus, mas a glória é dele, e não do instrumento."
"Porque dele e por ele e para ele, são todas as coisas, glória, pois, a ele eternamente. Amém." Romanos 11.36
Em Cristo,
André Gonçalves
Boa colocação, feita sobre a vida do moça.
Outra pessoa a quem eu admiro, a criada de naamã.