Aborto, o grito dos que não nasceram

Aborto é crime, e crime com requinte de crueldade. É impedir o mais sagrado dos direitos, o direito de nascer, o direito à vida. A questão do aborto sempre esteve no topo da lista das grandes discussões políticas e religiosas em nossa nação. É um assunto solene, que merece nossa atenção. Não devemos ser frívolos em sua análise. O aborto sempre foi e ainda é assunto de debates entre juristas e legisladores; é tema da ética cristã que exige posicionamento claro da igreja. Algumas perguntas precisam ser feitas no trato dessa matéria: Quando começa a vida? Quem tem o direito de decidir sobre a interrupção da vida? Não queremos, neste fórum, discutir aqueles casos de exceção, nos quais a medicina e a ética cristã precisam fazer uma escolha entre a vida da mãe ou do nascituro. Queremos, sim, alertar contra a prática indiscriminada e irresponsável do aborto, fruto muitas vezes de uma conduta em desalinho com a ética cristã. Embora seja matéria de discussão, é consenso geral que a vida começa com a fecundação. Desde a concepção, todos os componentes da vida já estão presentes para o seu pleno desenvolvimento. Na perspectiva bíblica, Deus é o autor da vida e Ele mesmo formou nosso interior e nos teceu de maneira maravilhosa no ventre da nossa mãe (cf. Sl 139.15,16).  1.  O aborto é um assassinato – A lei de Deus é enfaticamente clara: “Não matarás” (Ex 20.13). Deus é o autor da vida e só Ele tem autoridade para tirá-la (1Sm 2.6). Os assassinos não herdarão o reino de Deus (Ap 21.8). O aborto é a eliminação de uma vida. É um assassinato. Não podemos eliminar aqueles que julgamos indesejáveis. Aqueles que incorrem nesse crime poderão até escapar da lei dos homens, mas não serão inocentados diante do tribunal de Deus. 2.  O aborto é um assassinato com requinte de crueldade – O aborto não é apenas um assassinato, mas um assassinato com requinte de crueldade. É matar um indefeso, incapaz de proteger-se. É tirar uma vida que não tem sequer o direito de erguer a voz e clamar por socorro. Quem dera se os milhões de crianças que não chegaram a nascer pudessem gritar aos ouvidos do mundo! Ficaríamos estarrecidos diante dessa barbárie. Ficamos chocados com o Holocausto, pois 6 milhões de judeus foram mortos nos campos de concentração e nos paredões de fuzilamento, dentre os quais 1,5 milhão de crianças. O aborto é um crime com vários agravantes, pois, não raro, a criança em formação é envenenada, esquartejada e sugada do ventre como se fosse um objeto desprezível.   3.  O aborto é uma prática que precisa ser combatida com tenacidade – Não podemos ser incoerentes a ponto de defender a prática do aborto em nome dos direitos humanos. O maior de todos os direitos é o direito à vida. O aborto é um atentado contra o mais sagrado dos direitos, o direito de nascer, crescer e viver. Devemos erguer nossa voz em favor daqueles cuja voz está sendo calada no próprio ventre materno. Que o Eterno tenha misericórdia daqueles que favorecem ou praticam tamanha crueldade! Precisamos dizer não ao aborto. Precisamos de coragem para nos posicionarmos com inabálavel firmeza em favor da vida. Concluo com a frase magistral de Henry Miller: “Não conheço crime maior que este – matar aquele que luta para nascer”. Hernandes D. Lopes Adaptado por Marcelo de Oliveira

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