Category Archives: Estudos Bíblicos

Uma mulher anônima

INTRODUÇÃO

A Bíblia não cita o nome da esposa de Ló. Segundo a tradição hebraica era Edite. Bíblia: anônima. Esclarecedor. Não ter nome é ser pessoa opaca. Em Rute: o personagem que deveria comprar o terreno de Elimeleque e não o faz, é chamado de “Fulano” (Rt 4.1). “Edite” é a mulher que jogou a vida fora. Conhecemos a história. Fiquemos com as partes que dizem respeito à sua atitude. E que nos admoestam. Em que ela nos ensina?

1. A TRISTEZA DE NÃO CRER NA ADVERTÊNCIA DIVINA – Gênesis 19.14-16

Os genros pensaram que Ló estava brincando. Dela, nada se diz. Somente ele creu na advertência divina. Mas mesmo assim, se demorou. Se ela levasse a sério, tê-lo-ia ajudado e teria ido com ele. Tudo indica que a família de Ló não cria. Incluindo aí a esposa. Esta é a lição: vira o que Deus fizera (Gn 19.10) e não levara a sério. Há crentes que não levam Deus a sério. Não levar Deus a sério é problemático. Vida cristã não são apenas bênçãos. Há exigências. E devem ser acatadas.

2. A TRISTEZA DE DESOBEDECER À ORDEM EXPRESSA DE DEUS – Gênesis 19.17, 26

“Estátua”. O hebraico é nisab, “pilar”, “pilastra”. Talvez tenha sido soterrada por um bloco de sal, liberado pelas explosões vulcânicas. Um texto aramaico diz que ela era natural de Sidom e quis ver o que acontecia com sua região. Não se livrou do passado. Não olhou o futuro que Deus lhe oferecia. Lembra o crente que tem saudades do mundo e não olha para o futuro que Deus lhe dá.  Não tenha saudade de onde Deus o tirou. Olhe para o futuro e suas promessas. A ordem de Deus é para frente; não para o passado.

3.  A TRISTEZA DE VIR A SER MODELO DO DESCUIDO ESPIRITUAL – Lucas 17.28-32

Jesus a usou como exemplo de pessoa imprudente e espiritualmente descuidada. É um modelo negativo. Não devemos ser negligentes com nossa vida espiritual. Nem apaixonados por este mundo. Ele e suas paixões passam, e só sobrevivem os fiéis: 1João 2.17. O autor de Hebreus recomenda nunca recuar: Hebreus 10.38-39. Elias advertiu Israel sobre coxear entre dois pensamentos: 1Reis 18.21, e Jesus disse que não podemos servir a dois senhores (Mt 6.24).

CONCLUSÃO

A mulher de Ló nos lembra um dos hinos do CC: “Tão perto do reino, mas sem salvação”. Chegou a sair de Sodoma, mas morreu no meio do caminho. Como os hebreus, que saíram do Egito e morreram no deserto. Quanta gente começa a caminhada e não a conclui! A mulher de Ló é solene admoestação: nada de olhar para trás! Deus tem um futuro glorioso para nós, e não uma morte pelo meio do caminho.

Pr. Isaltino Gomes

Síndrome de Raquel – Jr 31.15

 Síndrome é um conjunto de sintomas que caracterizam uma doença, física ou psicológica.  Usa-se, figuradamente, como sinônimo de características de uma situação ou momento. Dito isto, vamos ao texto. Raquel é Jerusalém. Jeremias vê a cidade como uma mulher chorando a morte dos filhos. Jerusalém chorando a morte de seus filhos e dos que iriam para o cativeiro. A cidade-mulher não quereria consolo. Os filhos não existiam mais.

É neste sentido que uso a palavra síndrome. Há pessoas que não querem consolo. Parecem sofrer de vitimismo. Já lidei com tantas ovelhas assim! Por mais que se mostre na Bíblia que Deus está no controle, por mais terno e amigo que se seja, por mais que se ore, a pessoa faz questão de cultivar sua dor. Quer ser vista como uma coitadinha, como uma sofredora. Quer piedade e não conforto. O sofrimento é uma necessidade para essas pessoas porque então todos ficam com peninha, não a censuram, não a criticam. A dor é uma proteção para elas.

Síndrome de Raquel é aquela atitude do crente que gosta de chorar miséria e alardear a necessidade de compaixão. É a atitude do crente que espera que todos se compadeçam dele. Crentes assim, além de evidentemente doentes, são um problema para o pastor. Alugam-no. São vampiros emocionais. Sugam toda a energia do pastor, sempre esperando atenção especial, mais que qualquer outro. Tive uma ovelha que era um vampiro emocional. Todos os dias eu devia lhe dedicar uma hora do meu tempo. Eu era o melhor pastor do mundo. Mas um dia precisei atender um irmão que perdera a esposa e logo depois perdera a mãe. Não pude dispensar atenção ao vampiro. Foi um deus-nos-acuda. Passei a ser o pior pastor do mundo. Aliás, muitos membros de igreja são assim. Quando o pastor se recusa a ser manipulado ou usado por elas, torna-se uma pessoa horrorosa.

Todos sofremos. Raquel, a cidade-mulher, sofria. Mas Deus fizera uma promessa: “Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz do choro, e das lágrimas os teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, e eles voltarão da terra do inimigo” (Jr 31.16). Deus diz para Raquel parar de chorar. Ele aceita o choro, mas não aceita a recusa do conforto.

Não ame a sua dor. Não seja um vampiro emocional do seu pastor ou da sua igreja. Por maior que seja seu sofrimento, Deus está atento, e diz para aceitar o consolo. Quer consertar sua vida. Não o impeça. É sua ordem que os pastores consolem o povo: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalém, e bradai-lhe que já a sua malícia é acabada, que a sua iniqüidade está expiada e que já recebeu em dobro da mão do Senhor, por todos os seus pecados” (Is 40.1-2). Aceite o conforto, enxugue as lágrimas e, em vez da tática do vitimismo, adote a tática do “Recebi em dobro e está na hora de refazer a vida”.

Síndrome de Raquel, não! Levantar a cabeça e recompor a vida, sim! Os eternamente queixosos afugentam as pessoas ao seu redor. E, o que é pior, afugentam a própria vida. Vamos viver!

Pr Isaltino Gomes

O “Outro Evangelho” – Gl 1.6,7

A passagem bíblica de Gálatas 1.6,7 parece não estar muito clara na língua portuguesa: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”. A tradução adotada aqui é a da ARA (Almeida Revista e Atualizada), mas o mesmo acontece nas demais versões em português que traduzem “para outro evangelho, o qual não é outro”. Afinal, o “outro evangelho” é ou não é outro?

Em português o adjetivo “outro” é “outro”, e nada mais, ou seja, sempre expressa o sentido de diverso ou diferente do primeiro. No grego temos állos e héteros. O adjetivo héteros é o outro de natureza diferente ou contrária ao verdadeiro; enquanto állos é o outro de mesma substância e qualidade do verdadeiro. É como se Paulo dissesse aos gálatas: “Vocês estão mudando para um evangelho que não é da mesma natureza do evangelho de Cristo”.

Este modo de interpretar Gálatas 1.6,7 não é novo. A. T. Robertson (1863-1934), um grande erudito do Novo Testamento, insistia na distinção onde Paulo não admite dois evangelhos lícitos e toleráveis (ouk estin állo), mas classifica o “evangelho” judaizante (o evangelho de Cristo mesclado com práticas judaicas [cf. At 15.1; Cl 2.16,17]) como héteros, radicalmente diferente do único e verdadeiro evangelho.[1] Portanto, Gálatas 1.6,7 pode ser lido mais ou menos assim: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho [de substância diferente], o qual não é outro [da mesma substância], senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”. Os gálatas estavam abandonando esse evangelho em favor de um diferente, um que proclamava a fé mais as obras da lei como o caminho de salvação.[2]

Segundo Robertson, encontramos algo semelhante a Gálatas 1.6,7 no texto de 2Coríntios 11.4[3]: “Se, na verdade, vindo alguém, prega outro [állos] Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente [héteros] que não tendes recebido, ou evangelho diferente [héteros] que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais”. O que, por sua vez, também acha seu complemento em Gálatas 1.8,9: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema”. Para Paulo, o evangelho de Jesus é único e incomparável!

Concluindo: Tenho em minhas mãos O Livro de Mórmon. Ele traz na capa o subtítulo: um outro testamento de Jesus Cristo. Com certeza, esse outro testamento de Jesus Cristo não é állos, mas héteros.[4]

Apêndice:

Quando Jesus diz em João 14.16: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”, o adjetivo “outro” de João 14.16 também é állos, isto é, um outro de mesma substância e natureza. Temos aí um bom argumento para refutar a tese das testemunhas de jeová contra a pessoa e divindade do Espírito Santo. Na obra “Let Your Name Be Sanctified”, está escrito: “O santo espírito, porém, não tem nome pessoal. A razão disso é que o santo espírito não é uma pessoa inteligente. Trata-se de uma força impessoal, invisível e ativa, que encontra sua fonte e seu abastecimento em Deus Jeová e que este emprega para executar a sua vontade”.[5]

As Escrituras atribuem ao Espírito Santo predicados da personalidade, como: inteligência (1Co 2.10); vontade (1Co 12.11) e descreve-o como pessoa divina com nomes divinos (Mt 28.19; At 5.3; 1Co 3.16; 2Co 3.17); obras divinas (Sl 104.30 – criação; Sl 139 – onipresença); honra divina (Mt 12.31; 2Co 13.13).

Em João 14.16 Jesus ensina que o Espírito Santo é da mesma natureza dele.

[1] A. T. Robertson. Word pictures in the New Testament: the epistles of Paul. Vol. IV. Grand Rapids: Baker Book House, 1931, p. 276,77; V. t. E. W. Burton. A critical and exegetical commentary: the epistle to the Galatians. Edinburgh: T & T Clark, 1977, p. 22,420-22. Para um ponto de vista diferente, consulte Richard N. Longnecker. Word biblical commentary: Galatians. Vol. 41. Nashiville: Thomas Nelson Publishers, 1990, p. 15.

[2] Cf. Guillermo Hendriksen. Comentário del Nuevo Testamento: Gálatas. Grand Rapids: SLC, 1984, p. 47.

[3] Robertson, op. cit., p. 276.

[4] Veja mais sobre os adjetivos állos e héteros em R. C. Trench. Synonyms of the New Testament. Grand Rapids: Baker Book House, 1989, p. 375-77; W. C. Taylor. Introdução ao estudo do Novo Testamento grego. 7ª ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1983, p. 295.

[5] Citado por J. K. Van Baalen. O caos das seitas: um estudo sobre os “ismos” modernos. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1986, p. 193.

Josias – “Uma lição de vida”

INTRODUÇÃO

Josias é um dos grandes reis de Judá, o reino do Sul. Seu nome significa “Iah concede”. Seu nascimento foi predito trezentos anos antes, com seu nome citado, em 1Reis 13.2. Filho de Amom, um rei ímpio. Neto de Manasses, o pior rei de Judá. Mostra que caráter e moral não são genéticos, mas decididos pela pessoa. E que não há maldição hereditária. Cada pessoa traça seu caminho, faz suas opções e é responsável por elas. Liderou um grande avivamento em Jerusalém, a capital, e em Judá, o país. Sua morte foi uma comoção nacional: 2Crônicas 35.24-27. O que Josias nos ensina?

1. QUE PODEMOS SER GRANDES MESMO SEM APOIO DA FAMÍLIA

Ficou órfão aos 8 anos. O pai foi ruim; o avô, péssimo. Sem apoio da família. Seu nome significa “Iah sustenta”. Iahweh foi seu sustento. Cabe aqui o Salmo 27.10. É conveniente culparmos os outros pelos nossos fracassos. Mas nós fazemos a nossa vida. Josias decidiu que ia ser fiel a Deus: 2Crônicas 34.2. Nós podemos fazer as coisas certas mesmo sem apoio.

2. QUE O CARÁTER DE UMA MÃE VALE MUITO PARA UM FILHO MESMO QUANDO O PAI NÃO PRESTA

Sem meias palavras: o pai e o avô de Josias foram calamitosos. Mas sua mãe se chamava Jedida (2Rs 22.1-2). Significa “amada de Iah”. Em Reis, logo após a apresentação de sua mãe vem a descrição de seu caráter. Estava ligado à fé materna e não à ganância do pai. A mãe cristã é responsável pela formação do caráter de seus filhos. Os pais não devem falhar. Ajudará mais aos filhos. Mas o valor de uma mãe piedosa não pode ser ignorado: 2Timóteo 1.5.

3.  QUE O TEMPO DE BUSCAR A DEUS É NA JUVENTUDE

Teve uma profunda conversão aos 16 anos e com 20 anos liderou um avivamento em Judá (2Cr 34.3). É desalentadora a futilidade de tantos jovens crentes! E é desorientada a igreja que acha vai atrair jovens lhes dando o que mundo dá. Seu avivamento foi tão forte que passou para o apóstata reino do Norte, Israel (2Cr 34.6-7). Aos 20 anos ele marcou dois países com sua fé. Que os jovens pensem em Eclesiastes 11.9-10 e 12.1.

4. QUE A MATURIDADE É TEMPO DE SERVIR A DEUS

Com 26 anos mandou restaurar o templo, destruído por seu avô e por seu pai (2Cr 34.8). O tempo não o enfraqueceu. Ouviu a leitura do livro (Deuteronômio) achado nas ruínas do templo, se humilhou: 2Crônicas 34.18-21. É bom lembrar de Deus na juventude e ficar com ele na maturidade. Sua espiritualidade continuou: 2Crônicas 34.29-33.

CONCLUSÃO

Josias é uma lição de vida. Assumiu o reinado como criança, numa época de violência e de terror. Por toda a vida mostrou uma fidelidade impressionante a Deus. Como há homens chamados Josias em nossas igrejas! Este é um tributo do fiel: ter bom nome. Judas arruinou um nome tão bonito! Saulo recuperou o nome que Saul perdeu. Levante seu nome! Faça sua história com Deus!

Estarei na RIT hoje à noite! Assista AO VIVO!

Amados irmãos, amigos [as], permitindo o Eterno, estarei hoje à noite na RIT (Rede Internacional de Televisão) no programa: VEJAM  SÓ

Desde já expresso minha gratidão ao Rev. Éber Cocarelli, diretor do programa pelo honroso convite formulado para que eu participe deste programa.

Neste programa debateremos a temática:

Por que os demônios saíam com uma só palavra de Jesus ou dos apóstolos e hoje a libertação é tão prolongada?

Terei a grata satisfação de debater com o Rev. Fernando Almeida, capelão da Universidade Presbiteriana Mackenzie.  

O programa começa as 22h10, sendo que a transmissão é ao VIVO para todo o Brasil.  Você assistirá pelos seguintes canais:

CANAL   40 UHF

6 SKY,

12 NET,

1140

INTERNET:    www.vejamso.com.br –

 

 

Afinal, Acazias começou a reinar com 42 ou 22 anos?

Os escribas estavam sujeitos a cometer dois erros de redação. Um deles dizia a respeito aos nomes próprios e o outro relacionava-se aos números. Realmente, desejaríamos que o Espírito Santo restringisse todos os copistas das Escrituras ao longo dos séculos, impedindo-os de cometer erros de qualquer natureza. No entanto, uma cópia isenta de falha exigiria um milagre e Deus não quis que a divulgação de sua Palavra percorresse esse caminho.

Está além da capacidade de qualquer pessoa impedir todo e qualquer lapso da caneta ao copiar página após página de qualquer livro – sagrado ou secular. No entanto, podemos ter certeza de que o manuscrito original de cada livro da Bíblia, tendo sido inspirado diretamente por Deus, estava isento de todo erro.

Também é verdade que nenhuma variação comprovada nas cópias dos manuscritos originais que chegaram até nós altera alguma doutrina da Bíblia. Nesse ponto, pelo menos, o Espírito Santo exerce sua forte influência restritiva, ao supervisionar a tarefa de transmissão do texto.

Esses dois exemplos de discrepância numérica relacionam-se com a dezena dos números mencionados. Em 2 Crônicas 22.2 Acazias teria 42;  em 2Rs 8.26, apenas 22. Felizmente dispomos de informações adicionais no texto bíblico os quais nos mostram que o número correto é 22.  Em 2Rs 8.17 diz-nos que o pai de Acazias, Jorão, filho de Acabe, tinha 32 anos quando se tornou rei, vindo a falecer oito anos mais tarde, aos 40. Portanto, Acazias não poderia ter 42 à época em que seu pai morreu, aos 40!

O caso de Joaquim é semelhante. Sua idade ao ascender ao trono nos é fornecida por 2Crônicas 36.9,10: 8 anos, embora 2Crônicas 24.8 nos informa que tinha 18 anos. Há informações suficientes no contexto para convencer-nos de que 8 é o número errado, e 18, o certo. Em outras palavras, Joaquim reinou apenas três meses; no entanto, ele já era adulto e podia ser responsabilizado; “fez o que era mau aos olhos do Senhor” e por isso foi julgado.

Observe-se que em todos os casos é o número da dezena que varia. No de Acazias, temos 42 num relato e 22 no outro. No de Joaquim é 8 contra 18.

Pr Marcelo Oliveira

 

 

Pr Marcelo, pregará na AD Madureira – Assista ao vivo!

Shalom!

Amados irmãos e amigos [as], com o favor de Deus, estarei na séde das AD de Madureira no RJ, neste domingo dia 24/07/11  pregando a Palavra do Eterno. 

Expresso minha gratidão ao Rev. Abner Ferreira por tão honroso convite.  Esta igreja histórica foi  fundada pelo nobre Pr. Paulo Leivas Macalão, um dos grandes pioneiros das AD do Brasil e autor de inúmeros hinos da Harpa Cristã.

Você poderá assistir AO VIVO o culto pela internet a partir das 18h00 deste domingo.

Acesse: http://www.admadureira.com.br/ – clique em TRANSMISSÃO ON-LINE.

Divulgue em seus sites, blogs e para todos os seus contatos.

Um abraço, Pr Marcello Oliveira

Participe e concorra a Edição Especial da Revista Apologética!

Shalom!

Amados irmãos e amigos [as], sortearei 1 exemplar da nova edição da Revista Apologética Cristã.

Esta edição especial trata da questão do desafio da igreja diante do movimento gay.  Nomes como: Augustus Nicodemos, Natanael Rinaldi, Norman Geisler, William L. Craig, entre outros é o time que compõe esta seleta revista.

Abaixo os critérios para que você possa concorrer a 1 exemplar da melhor revista Apologética do Brasil:

1) Insira seu nome completo e a cidade que você reside.

2) Responda a questão: “Onde lemos na Bíblia de uma bola rolando no AT”? A resposta deverá ser enviada para o e-mail: evmarcello.olliver@gmail.com

3) As respostas que forem inseridas no site serão desconsideradas. No campo dos comentários insira apenas seu nome completo e sua cidade.

Deus vos abençõe!

Pr Marcelo Oliveira

SÉLA- HAMARH’LEKOT- ????? ?????????????

01- Cada um de nós, por certo, habituou-se, desde a infância, a amar Davi e as lindas histórias a ele relacionadas. Somos, na verdade, admiradores dos grandes personagens bíblicos como José, Josué, Calebe, Moisés e muitos outros homens de Deus. Entre as muitas lições que deles temos para nós, entretanto, não desconhecemos, certamente, o treinamento de fé  que Deus tinha para cada um desses valorosos homens.

02- Vinha Davi sofrendo perseguição doentia do rei Saul por quem tinha muito respeito. E, à luz de I Samuel 23:14 a 29, ficou numa situação insustentável tal o cerco montado pelo rei Saul e seu exército. Fora Davi denunciado pelos zifeus, pois a tendência de “fofocar” é antiga e insaciável por parte de quem se presta a isso. Não é em vão que diz Levítico 19: 16 “Não andarás como mexeriqueiro entre os teus povos”.  Além disso, quem desse tal contribuição, localizando o jovem Davi, seria muito recompensado e bem-visto perante o rei: os filhos de Zife foram até tidos como benditos pelos lábios de Saul por fornecerem a notícia do esconderijo de Davi (v 21).

03- Aproximando-se Saul e seu exército de Davi e de seus homens bem como de mulheres e crianças e, sendo o local um penhasco e sem possibilidade de fugas, não havia alternativa para Davi, a julgar por uma ótica humana, a não ser cair nas mãos de Saul. No dizer de MESQUITA, “Davi estava cercado e só um milagre o salvaria porque nem lugar havia para uma retirada”. Diz o verso 26: “E Saul ia desta banda do monte, e Davi e os seus homens da outra banda do monte. E sucedeu que Davi se apressou a escapar de Saul; este, porém, e os seus homens cercaram Davi e os seus homens para lançar mão deles.

Com efeito, diz o douto Mestre F. VITOLS, no rodapé da Bíblia Vida Nova: “Pedra de Escape, duas interpretações: a primeira, em que o verbo hebraico (halaq) é traduzido por “ser liso”, (que escapa); a segunda, em que o verbo é traduzido por “dividir”, “separar”. O verbo halaq, com sentido de “escape”, aparece uma só vez na” Bíblia” (?????halak:  liso, sem pelo; verbo ???????– leHalêk: dividir, repartir – ALS).  

04- Pela situação difícil armada para Davi, não havia mesmo escape. Mas eis que o milagre surge estando Davi na iminência de ser capturado, vivo ou morto; foi mesmo uma providência de Deus, pois veio um mensageiro de Saul dizendo: “Apressa-te, e vem, porque os filisteus com ímpeto entraram na terra”, (v 27). Tal acontecimento fez que Saul voltasse imediatamente ao encontro dos filisteus e em defesa do seu povo.

Registra a versão corrigida, no final do verso 28: “por esta razão aquele lugar se chamou SÉLA HAMARH’LEKOT”  – ????? ????????????? (Pedra de Escape).

A versão atualizada diz: “Por esta razão aquele lugar se chamou PEDRA DE ESCAPE”.

05- Quando falamos “SÉLA- HAMARH’LEKOT” – ????? ?????????????, expressamos o livramento de Davi numa hora tão oportuna. Na verdade, Deus tem o seu livramento para conosco também nas diversas circunstâncias pelas quais passamos ou haveremos de passar. Às vezes, ouvimos alguém dizer: “Já não agüento mais”, “Não mais suporto” ou “Não sei o que fazer”. Podemos chegar à compreensão de que tal atitude retrata tão somente um desabafo ou tentativa de expressar tudo de uma determinada situação. No entanto, sabemos de antemão, por exemplo, que Deus não nos deixará ser tentado (ou provado) em algo que possa ir além de nossas forças: I Coríntios 10:13.

Confrontar II Crônicas 20:12.

06- Sim, “Deus dará o escape” afirma o verso citado. Sabemos, também, que Deus tem propósitos de treinamento de fé para cada um de seus filhos. É bom lembrar e considerar, por exemplo, que os treinamentos de fé de JACÓ e de JÓ foram diferentes. Aquele reconhece, “em resposta à indagação a Faraó quanto aos dias dos anos da tua vida,” que “poucos e maus foram os dias da minha vida,” Gênesis 47: 8-9. De fato, teve Jacó uma vida atribulada desde a sua juventude, fugindo de diante do seu irmão Esaú, enfrentando a rivalidade do sogro e, além de outros incidentes, o que seus filhos fizeram: “Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal entre os cananeus e perizeus”. Gênesis 34:30. E como isso não bastasse, estava convicto o velho Jacó que desceria à sepultura em tristeza, em face da suposta morte do seu amado filho José, Gênesis 37:34-36. Mas Deus tinha um fim maravilhoso apesar de tantas circunstâncias adversas para Jacó: Gênesis 45: 28 e 46:30. Confrontar Jeremias 29:11. Quanto a Jó, ele foi inteira e diretamente provado no físico, nos bens materiais, na sua integridade moral e na espiritual. Sua esposa entrou logo em desespero e, dando maligno conselho a Jó, ele a vê tão somente agindo como “doida”, Jó 2: 9-10. Finalmente, na hora ou no momento de Deus, “O Senhor virou o cativeiro de Jó”, Capítulo 42: 10.

07- Muitas vezes, não entendemos realmente o propósito de Deus através de uma ou várias provações e, na verdade, há cristão que tem uma vida do começo ao fim marcada pela tribulação; tais cristãos são verdadeiros tesouros em vaso de barro, II Coríntios 4:7.

O próprio Davi, afora sua juventude inicial até matar Golias, teve uma vida sossegada. A partir daí, sua vida é pura tribulação, exemplo vivo que têm enriquecido muitos!

08- Diz o musicólogo, BILL H. ICHTER,Certas pessoas há que são o alvo preferido das tragédias e aflições. Muitas vezes, a marca de um crente fiel e leal está na maneira como enfrenta essas adversidades”.  (Se os Hinos Falassem. Vol. I C.P.B. – págs. 25-28). Cita, ainda, o fato relacionado ao jovem JOSEPH SCRIVEN, o consagrado autor do hino 155 do Cantor Cristão, “O Grande Amigo” que, originariamente, tem como título, “Orai Sem Cessar”. Na véspera do seu casamento, sua noiva, uma jovem irlandesa, morreu tragicamente afogada. No segundo noivado, com Eliza Roche, “Antes de contraírem matrimônio, ficou tuberculosa, vindo a falecer dessa enfermidade. Era, então, Joseph Scriven, um homem marcado pela tragédia e, através das cicatrizes abertas na sua alma jovem, ferida de amor, de paixão e saudade da amada, tem enriquecido a vida de milhares em todo mundo e “depois de morto ainda fala” quando se expressa: “Em Jesus amigo temos, mais chegado que um irmão”. Isso foi muito real em sua vida!

09- O profeta Habacuque, em situação de angústia e sem alternativa, assim se expressou: “Porque, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação”, Habacuque 3: 17-18.

Que possamos entender, com a graça de Deus, a natureza das lutas, angústias e dificuldades pelas quais passamos, pois no dizer de Pedro é “para que a prova da nossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor e honra e glória, na revelação de Jesus Cristo”, I Pedro 1: 7.

10- Um dia, cedo ou mais tarde, haveremos, também, de erigir nosso monumento “SÉLA- HAMARH’LEKOT” – ????? ?????????????, a nossa “Pedra de Escape” (????? – sela = pedra, rocha, penhasco), proclamando, em atitude de fé, maturidade e experiência adquirida ao longo dos anos, o nosso livramento por parte de Senhor em toda a nossa carreira cristã; e, quem sabe, diremos as mesmas palavras do patriarca Jacó: “O Deus que me sustentou desde que eu nasci até este dia, o anjo que me livrou de todo o mal”, Gênesis 48: 15-16.

Bp. Agnaldo Sacramento

 

 

Dorcas, uma mulher amável e amada

INTRODUÇÃO

Tabita, no aramaico, e Dorcas, no grego, significam “gazela”. Os dois nomes indicam que esta mulher tinha trânsito em duas culturas. Sua ressurreição é uma das sete da Bíblia, incluindo a de Jesus. As outras foram efetuadas por Elias (1Rs 17.22), Eliseu (2Rs 4.35), Jesus (Mc 5.42, Lc 7.14, Jo 11.44) e Paulo (At 20.10). Dorcas é um modelo não apenas para mulheres, mas para todos os crentes em geral. Vejamos algumas marcas de sua vida.

1. PRIMEIRA MARCA – UMA MULHER AMOROSA

“Cheia de boas obras e esmolas que fazia” (v. 36, VR), ou “usava todo o seu tempo fazendo o bem e ajudando os pobres” (LH). Costurava “vestidos e túnicas” (v. 39). As palavras indicam as roupas de baixo e vestidos. Costureira de mão cheia e completa. Ela fazia o bem. Era conhecida por ajudar. Usava seu talento para ajudar os outros. O que fazemos para os outros com nossa vida? Nossos talentos servem a Deus ou só a nós?

2. SEGUNDA MARCA – UMA MULHER AMADA

Conseqüência. Quem é amoroso é amado. Sua morte causou comoção (v. 39). Pedro se deslocou de Lida para Jope. Quem ama é amado. Muitos pedem amor e reclamam que ninguém os ama. Amor é recíproco. Temos se damos. Ela deu. Teve. O nome indica beleza física. Bonita no caráter. Quem quer ser amado cultive a beleza do caráter, não só a física. Muitos malham em academia e fazem plásticas. Beleza do corpo. E do caráter?  É difícil amar uma pessoa feia por dentro. Amamos? Bonitos por dentro?

3. TERCEIRA MARCA – UMA MULHER CRISTÃ

A raiz de tudo: era uma cristã. Tinha visão correta da vida: amar ao Senhor e ser útil. É a única “discípula”, em todo o Novo Testamento. O título tinha o sentido de pessoa especial no evangelho. Teve reconhecimento da igreja. Foi útil na vida. Foi útil na morte (uniu as mulheres ao redor de si) e foi útil na ressuscitação: “muitos creram no Senhor” (v. 42). Isto é o melhor exemplo de um cristão dedicado: sua vida é útil em todos os sentidos. Temos vidas úteis?

CONCLUSÃO

Muitos pensam em vida cristã como receber bênçãos de Deus. Ou fazer barulho no culto. É ter uma vida de utilidade, que leve as pessoas a nos amarem pelo nosso caráter. É ser “cheio de boas obras”. É ser discípulo, aquele que está sempre aprendendo de Jesus. Dorcas, a gazela, era bonita no nome e no caráter. Uma exortação para todos nós, homens e mulheres. Sejamos amáveis para sermos amados. E sejamos úteis porque isto enriquece a vida.

Pr Isaltino Gomes