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O Martelo dos Macabeus

O que teria acontecido se o helenismo tivesse permanecido como uma opção voluntária? Estranhamente, o anti-semitismo às vezes é uma benção disfarçada. Em 175 da Era Comum, Antiocus Epifanes tornou-se rei da Síria. Com o objetivo de unificar seu reinado, ordenou que todos os moradores estavam obrigados a seguir a cultura e a religião grega.

Antiocus foi particularmente severo em Israel, onde proibiu o cumprimento do Shabat, das leias de Cashrut e da circuncisão; quem o desrespeitasse seria condenado à morte. Ele profanou o Templo ao sacrificar porcos sobre o altar e colocar uma estátua de Zeus dentro dele. Isso passou dos limites até mesmo para aqueles judeus que há muito tempo haviam assimilado a cultura grega.

Por isso, o sacerdote judeu (os líderes religiosos da época eram conhecidos como sacerdotes) Matatias e seus cinco filhos lideraram uma rebelião contra aqueles que mancharam a reputação do Templo. “Quem for por Deus que me siga”, gritou Matatias. Milagrosamente, conseguiu arregimentar tantos seguidores que acabou derrotando um império. Sua família era conhecida como a família dos macabeus, que em hebraico significa martelo.

O nome era um tributo à força de seus integrantes, especialmente o filho que provou ser o mais ousado e corajoso – Judas Macabeu.

Além de significar martelo, o nome macabeu é um acrônimo das palavras hebraicas:  Mi El Camochá Baelim Há Shem ? Quem é entre os poderosos como TU, Eterno? A força dos macabeus veio da sua dedicação ao Eterno.

 Que este exemplo dos macabeus, possa nos mover a não aceitarmos a assimilação de muitas mentiras, heresias que percorrem muitas igrejas evangélicas do nosso país.

Nele, Pr Marcelo

Pela fé Raabe, a meretriz

Hebreus 11 é a galeria dos heróis da fé, cita apenas duas mulheres pelo nome: Sara, a esposa de Abraão (v. 11) e Raabe, uma meretriz de Jericó (v. 31). Sara era uma mulher temente a Deus, esposa do fundador do povo hebreu , e Deus usou seu corpo consagrado para dar à luz Isaque. Raabe, por sua vez, era uma gentia ímpia que adorava a deuses estranhos e vendia seu corpo. Em termos humanos, Sara e Raabe não tinham nada em comum. Mas do ponto de vista divino, Sara e Raabe compartilhavam a coisa mais importante da vida: as duas exercitaram a fé salvadora no verdadeiro Deus vivo.

Porém, a Bíblia vai ainda mais longe e relaciona Raabe ao Messias! Ao ler a genealogia de Jesus Cristo em Mateus 1, encontramos o nome de Raabe na mesma lista (v. 5) que os nomes de Jacó, Davi e de outras pessoas famosas da linhagem messiânica. Sem dúvida ela percorreu um longo caminho de prostituta pagã a antepassada do Messias.

Neste ensaio, gostaria de chamar a sua atenção para a fé de Raabe. Surge a intrigante pergunta: Como pode uma meretriz ter fé? É possível? Como era a fé de Raabe?

1. Uma fé corajosa (Js 2.1-7)

Tanto Hebreus 11.31 quanto Tiago 2.25 mostram que Raabe havia depositado sua fé no Deus Eterno antes de os espias chegarem a Jericó. Jericó era uma das “cidades estados” de Canaã, cada uma delas governada por um rei (cf. Js 12.9-24). A cidade ocupava cerca de 8 ou 9 acres, e há evidências arqueológicas de que era protegida por uma muralha dupla, cada parte separada da outra por uma distância de cinco metros. A casa de Raabe ficava nessa muralha (Js 2.15).

Quarenta anos antes, Moisés havia enviado doze espias a Canaã, e somente dois deles haviam apresentado um relato favorável (Nm 13). Josué enviou dois homens para espiar a terra e, especialmente, para obter informações sobre Jericó. Queria descobrir como os habitantes da cidade estavam reagindo à chegada do povo de Israel. De que modo os dois espias entraram na cidade sem ser imediatamente reconhecidos como forasteiros? Como encontraram Raabe? Ao ver esses acontecimentos se desenrolando, somos compelidos a crer na providência divina. Raabe era a única pessoa em Jericó que cria no Deus de Israel, e Deus levou os espias até ela.

É impressionante como Deus, em sua graça, usa pessoas que, a nosso ver, jamais poderia servi-lo (1 Co 1.27-29). Raabe colocou sua vida em perigo ao receber os espias e escondê-los, mas esse fato, em si, mostra sua fé no Senhor. É impossível ocultar a fé salvadora pó muito tempo. Uma vez que aqueles dois homens representavam o povo de Deus, ela não teve medo de ajudá-los. Se o rei tivesse descoberto a dissimulação de Raabe, ela teria sido executada como traidora.

2. Uma fé confiante (Js 2.8-11) –

A fé vale tanto quanto aquilo que se crê. Há quem creia na fé e pense que pelo simples fato de crer pode fazer maravilhas. Outros crêem em mentiras, o que na verdade não é fé, mas sim superstição.

Dr. Martyn Lloyd-Jones disse: “A fé manifesta-se em toda a personalidade”. A verdadeira fé salvadora não é apenas uma proeza resultante do esforço intelectual pelo qual nos convencemos de que algo é verdade, quando não o é. A verdadeira fé salvadora envolve “toda nossa personalidade”: a mente é instruída, as emoções são estimuladas e a vontade age em obediência a Deus.  

 Veja isto exemplificado na vida de Raabe: Ela sabia que Jeová era o Deus verdadeiro [a mente]; ela temeu por si mesma e sua família quando soube das grandes maravilhas que ele havia realizado [as emoções] e ela recebeu os espias e implorou pela salvação de sua família [vontade]. Portanto, toda a personalidade deve estar envolvida, caso o contrário, não se trata de uma fé salvadora conforme descrita na Bíblia.

Quando disse: “Bem sei que o Senhor vos deu esta terra” (Js 2.9), Raabe demonstrou mais fé do que aqueles dez espias quarenta anos antes. Sua fé baseava em fatos e não apenas em sentimentos, pois ela ouviu falar dos grandes milagres que Deus havia realizado, a começar pela divisão das águas do mar Vermelho no êxodo.

“Porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra” (Js 2.11). Uma confissão de fé tremenda, vindo dos lábios de uma mulher cuja vida havia sido cativa da idolatria pagã! Raabe creu no único Deus e não no panteão de deuses que habitavam os templos pagãos. Creu que Ele era um Deus pessoal  (“vosso Deus”), que agiria em favor daqueles que confiavam nele.

E para você leitor [a], o seu Deus é apenas Deus dos céus, ou também o Deus de toda a terra?  Para muitos cristãos, Deus é Deus apenas dos céus e não da terra!  Ele manda em cima, mas não interfere embaixo. O Deus de Raabe, era Deus nos céus e Deus de toda a terra. Aleluia!  Raabe creu num Deus grande e tremendo!

Nele, que é Deus dos céus e Deus de toda a terra

Pr Marcelo Oliveira

Abraão aos 99 anos e……

1. Quando Abrão estava com noventa e nove anos de idade, o SENHOR lhe apareceu e disse: Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e multiplicarei muitíssimo a tua descendência. Abrão prostrou-se, rosto em terra e Deus lhe disse: De minha parte, esta é a minha aliança contigo.

2. A Bíblia ensina a diferença entre eternidade e tempo. A eternidade aponta para Deus. O tempo, para os homens.

3. Várias vezes a Bíblia menciona épocas, idades e períodos de tempo na vida de seus personagens. Isto sempre nos oferece material para estudo.

4. Lemos em Gn 17 que quando Abraão estava com noventa e nove anos, Deus lhe apareceu mais uma vez e, como sempre, em caráter especial.

5.  Noventa e nove anos é uma ocasião ímpar na vida do ser humano. A maioria absoluta dos moradores da Terra jamais a alcança.

6. Noventa e nove anos levam o homem a refletir tanto sobre o que já passou, quanto sobre a próxima eventual surpresa, que vem a ser atingir um século de existência.

7.  Espera-se de quem completa cem anos um exuberante exemplo de vida. Houve tempo bastante para aprender, para refletir, para crescer, para ser sábio e prudente, lutador e herói.

8.  Aos noventa e nove anos Deus renova Seu pacto com Abraão. Deus nunca nos abandona, independentemente da idade que tenhamos.

9.  No versículo primeiro, Deus faz 3 declarações: uma sobre Si mesmo e as outras duas dirigidas a Abraão: Eu sou o Deus todo-poderoso; ande segundo a minha vontade e seja íntegro.

10.  Chegar ao centenário sem atentar para o poder de Deus é algo inadmissível. Chegar ao centenário com orgulho, como se fosse resultado do merecimento e esforço próprios, é profundamente lamentável. Se Abraão houvesse aproveitado os 99 anos para celebrar com triunfalismo suas conquistas, seu crescimento e seu invejável patrimônio, provavelmente não teria merecido a bênção do pacto divino.

11.  Deus lhe disse: anda segundo a minha vontade, ou anda na minha presença. O centenário de Abraão era para ser comemorado com humildade, com adoração, com piedade. Sem orgulho, sem soberba, sem divisões familiares, sem intrigas entre os cuidadores de seu rebanho. Centenário deve ser comemorado com união, com amor, com reconciliação e com justiça.

12.  O centenário deveria ser festejado na presença de Deus e não na dos poderosos da Terra. Na verdade, os poderosos da Terra não o são. Muito menos o próprio Abraão. Deus disse: EU SOU PODEROSO. O poder de Abraão nasceu nas mãos de Deus. O crescimento de Abraão foi obra de Deus. Abraão era pai de Ismael e de Isaque, mas Deus é o Pai de Abraão.

13.   Aos noventa e nove anos de idade, véspera do centenário, Abraão ouviu de Deus a recomendação: seja íntegro, ou perfeito.

14.  A tenda de Abraão, como amigo de Deus, tem de ser tenda de integridade. Lugar de mãos limpas. Habitação de gente pura. Os cem anos de Abraão deveriam ser comemorados em clima de santidade, de gratidão, de integridade, de perfeição e de piedade.

15.  Os servos de Abraão são também (e primeiramente) servos de Deus. Devem viver unidos. Não como tribos, mas como família. Não em política, mas em amor. Não dividindo, mas somando. Não agredindo, mas abençoando. Não competindo, mas apoiando. Não atacando, mas socorrendo.

16..  Aos noventa e nove anos de idade, preparando-se para comemorar o seu centenário, Abraão, ao ouvir a voz de Deus, prostrou-se em terra. Desde a primeira vez que ouviu a voz do Eterno, Abraão jamais perdeu sua sensibilidade espiritual. Vinte e quatro anos depois, ainda está pronto para se prostrar. Devemos andar de cabeça erguida diante dos homens, mas prostrados diante de Deus.

17.  Aos cem anos de idade, Abraão nunca dependeu dos favores dos governantes das terras por onde passou. Nunca fez alianças com satanistas nem com guerrilheiros. Nunca foi abençoado por eles. Ele é que e quem os abençoava.. Ao invés de se deliciar com as gordas verbas dos faraós e abimeleques, Abraão amava comer o fruto de seu trabalho, e como resultado é citado 3 vezes na Escritura como amigo de Deus.

18.  Os filhos de Abraão sempre acertam quando o imitam. Afinal, todos somos seus filhos na fé. Que o sejamos de tal maneira que, a exemplo do pai, Deus possa e queira dizer de cada filho: É meu amigo, como foi Abraão. Aos noventa e nove anos. E sempre.

Pr. Geziel Gomes

As 4 vindas de Deus

Muitas pessoas estão perturbadas com a aparente distância de Deus. Ele parece estar longe, indiferente, e ser irreal. Elas clamam como Jó :”Se tão somente eu soubesse onde encontrá-lo!” (Jó 23.3)

É essa imagem do Deus ausente que João reduz a cacos. No prólogo do seu Evangelho, ele escreve acerca das três vindas de Deus ao mundo em Cristo.

Vejamos:

 Primeiramente, Ele estava vindo ao mundo. É um grande erro supor que a primeira vez que Deus veio ao mundo foi quando nasceu nele. Não, Ele fez o mundo e nunca o deixou. Ele é “a verdadeira luz, que ilumina todos os homens” (Jo 1.9). Assim, muito antes de ter vindo, Ele estava vindo, dando a todos vida e luz.  Desse modo, tudo o que é belo, bom e verdadeiro no mundo atribuímos a Jesus Cristo. As pessoas podem não saber, pois Ele normalmente se preserva incógnito, mas Ele é “a luz de todos os homens” (Jo 1.4). Nenhum ser humano está mergulhado na escuridão completa.

Em segundo lugar, Ele veio ao mundo. “Veio para o que era seu” (Jo 1.11). Aquele que estava vindo para todas as pessoas agora veio para um povo particular. Aquele que havia vindo incógnito agora veio como uma pessoa, aberta e publicamente. A Palavra eterna se tornara um ser humano. A tragédia é que o mundo não o reconheceu.

Em terceiro lugar, Ele ainda vem. Ele vem agora através do Espírito. E aqueles que o recebem, aos que crêem em seu nome, ele dá o direito de se tornarem filhos de Deus, nascidos de Deus (Jo 1.12).

Embora João não mencione aqui no capítulo 1, uma quarta vinda poderia ser acrescentada. Mais adiante, ele registra a promessa de Jesus: “Voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (Jo 14.3).

Assim, eis as quatro vindas de Deus. Ele estava vindo continuamente como a luz e a vida dos seres humanos. Ele veio no primeiro Natal. Ele ainda vem, esperando que o recebamos, e virá no último dia.

Nele e para a glória Dele,

Pr Marcello Oliveira

Bibliografia:  Carson, D.A. O Comentário de João. Shedd Publicações

                          Stott, John. A Bíblia Toda, Ano Todo. Ed. Ultimato

As 4 espécies – 4 tipos de judeus

A Torá ordena o judeu na Festa dos Tabernáculos (Sucót) a sair de sua casa para morar em uma cabana. Além disso, os judeus devem cumprir outro mandamento muito importante: dentro da Sucá (cabana), devem segurar quatro espécies diferentes de plantas que crescem em Israel.

“E no primeiro dia tomarei para vós ramos de árvores formosas (Etróg – Cidra), folhas de palmeira (Luláv), ramos de árvores frondosas (Hadás – Murta) e salgueiros de ribeiras (Aravá – Salgueiro); e vos alegrareis perante o Senhor por sete dias (Lv 23.40)”.  grifo nosso

Segundo a rica cultura judaica os diferentes tipos de árvores representam os tipos de judeus e conseqüentemente os tipos de cristãos que existem. Os rabinos explicam que as pessoas que se assemelham ao Etróg (cidra) possuem sabor e fragrância. Ou seja, elas se preocupam em estudar as Escrituras (sabor) bem como colocam em prática aquilo que aprenderam (fragrância).

Já as pessoas que se preocupam apenas em estudar a Torá, mas não dão importância para a prática do estudo, são comparadas ao Luláv (Palmeira), que possui sabor, mas não exala a fragrância.

O Hadás (Murta) é comparada a pessoa que se esforça para praticar as Escrituras, todavia não deseja se aprofundar no Estudo das Escrituras. Sendo assim, ela tem fragrância, mas não tem sabor (Escritura).

Finalmente, existe o Aravá (Salgueiro), que não possui sabor nem fragrância, ou seja, esta pessoa não se preocupa em estudar as Escrituras nem tão pouco praticá-la.

Aprofundando neste elucidativo artigo, os rabinos aludiram que cada espécie, também pode representar uma parte do nosso corpo. O etróg (Cidra) é como o coração – O Eterno busca em nós um coração puro e sincero (Cf. Sl 51.10). O Luláv é como a espinha dorsal – responsável por nos manter de pé e em movimento, assim como a Palavra de Deus provê a estabilidade para as nossas vidas (cf. Is 33.6).

O Hadás (Murta) é como os olhos – devemos vigiar com nossos olhos, pois eles são a lâmpada do corpo (cf. Mt 6.22,23). O Aravá (salgueiro) são como nossos lábios – devemos vigiar em nossas palavras e pedirmos ao Eterno que santifique nossos lábios como fez com Isaías (cf. Pv 10.31; 13.3; Lc 6.45; Ef 4.29).

Na entrada triunfal de Yeshua em Jerusalém vemos o povo proclamando-o como rei, agitando ramos de árvores formosas! (Mt 21.8).

Prezado leitor [a], a quem você se assemelha:

  • Ao Etróg –  que tem sabor (Escritura)  e fragrância (prática)
  • Ao Luláv – que tem sabor, mas não tem fragrância
  • Ao Hadás – que não tem sabor, mas tem fragrância
  • Ao Aravá – que não tem nem sabor nem fragrância

Nele, que é a Palavra e viveu de forma tão prática que nos inspirou a imitar seu exemplo,

Pr Marcelo de Oliveira

A família como símbolo da Trindade

Cada pessoa humana carrega em todo o seu ser e em seu agir os traços das três Pessoas divinas. Toda pessoa humana nasce de uma família. Já aqui se mostram sinais da presença do Deus triuno. Deus é comunhão e comunidade de Pessoas. Ora, a família se constrói sobre a comunhão e sobre o amor. Ela é a primeira expressão da comunidade humana.

Em cada família completa e normal temos a ver com três elementos: o pai, a mãe e a criança. Há diversidade de pessoas. O pai, em nossa cultura, é a expressão do amor objetivado no trabalho, na construção do lar e na segurança. A mãe é, em nossa percepção, o amor gerador e protetor da vida, a intimidade da casa e o aconchego. Pai e mãe se entrelaçam no amor, no mútuo reconhecimento e admiração, na mesma tarefa de levar avante a família.

Eles convivem sob o mesmo teto, compartilham das mesmas preocupações e comungam das mesmas alegrias. A expressão da comunhão e do reconhecimento mútuo é a criança que nasce. Ela une os dois. Faz que o marido e a mulher se transformem em pai e mãe. Ambos saem de si e se concentram numa realidade para além deles e que é fruto do relacionamento amoroso entre eles: a criança.

Na família temos uma imagem, das mais ricas, da Santíssima Trindade. Primeiramente existem os três elementos: pai-mãe-criança. Em seguida há a distinção das pessoas. Uma não é a outra. Cada qual tem a sua autonomia e sua tarefa própria. Entretanto, estão relacionados por laços vitais e fortes, como o amor. Há uma só comunhão de vida. Por isso, permanecendo os três, formam uma só família.

A unidade da família é semelhante àquela da Santíssima Trindade. A unidade é expressão do amor, da saída de cada Pessoa na direção da outra, da comunhão da mesma vida. Há o reconhecimento entre pai e mãe, como, de forma semelhante, existe entre o Pai e o Filho. A criança une pai e mãe. De forma análoga, o Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, une o Pai e o Filho. Por isso se diz que o Espírito Santo é amor unitivo. Ele é a Pessoa divina que une as Pessoas eternas e as pessoas humanas.

Para que o seja o sacramento da Trindade, a família humana precisa buscar sua perfeição. Historicamente a família vem marcada também pelo pecado e pela desunião. Mas sempre que a família procura se orientar pela busca da integração e pela vivência conseqüente do amor, ela se faz um sinal do Deus triuno dentro da história.

Quem lê entenda!

Nele, onde está a comunhão dos três, não a solidão do Um

Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia:Bowman, JR. Robert M. Por que devo crer na Trindade.
Boff, Leonardo. A Santíssima Trindade. Ed. Vozes
Soares, Esequias. Respostas Bíblicas as Testemunhas de Jeová.

Deus é Luz, o que isso significa?

Uma das grandes declarações da Bíblia é: Deus é luz (1 Jo 1.5). Deus é luz em sua autorrevelação ao homem. Deus é amor em sua obra de salvação redentora. A síntese do ensino de Jesus acerca de Deus é que Ele é luz. A luz ilumina, aquece, purifica e alastra. Ela traz conhecimento da verdade e resplandece nas trevas da ignorância. O que isto pode nos ensinar?

Primeiro, Deus é luz no sentido de que é da sua natureza revelar-se. Só conhecemos a Deus porque Ele se revelou. É de sua natureza revelar-se, assim como a propriedade da luz é brilhar. Dizer que Deus é luz significa que não há nenhuma coisa secreta, furtiva e encoberta ao seu redor. Deus quer que os homens o vejam e o conheçam.
Deus se revelou na criação, na consciência, nas Escrituras e em Jesus, o verbo encarnado. O conhecimento de Deus não é um privilégio apenas de um grupo seleto e iluminados pelos mistérios do gnosticismo, mas é franqueado a todos que contemplam seu Filho, a luz do mundo.

Segundo, Deus é luz no sentido de sua perfeição moral absoluta. Deus é santo e puro. Não há mácula em seu caráter. Ele é imaculado. Ele é puríssimo em seu ser, em suas palavras e em suas obras. Na há trevas que ocultam algum mal secreto em Deus nem sombra de alguma coisa que tema essa luz. O apóstolo João diz que não há Nele treva alguma.

Terceiro, Deus é luz no sentido de que nada pode ficar oculto aos seus olhos. Deus é luz e habita em luz inacessível (1 Tm 6.16). A luz penetra nas trevas e as trevas não podem prevalecer contra ela. Deus é onisciente e para Ele luz e trevas são a mesma coisa. Ele a tudo vê, a todos sonda e nada escapa do seu conhecimento. A luz penetra nas trevas e as dissipa. É impossível esconder-se de Deus, seja nos confins da terra, seja nas profundezas do mar.

Quarto, Deus é luz no sentido de que não há Nele treva nenhuma. Nos escritos de João, trevas têm uma conotação moral. Trata-se da vida sem Cristo (Jo 8.12). As trevas e a luz são inimigas irreconciliáveis (Jo 1.5). As trevas expressam a ignorância da vida à parte de Cristo (Jo 12.35,46). As trevas significam a imoralidade da vida sem Cristo (Jo 3.19). As trevas apontam para o desamor e o ódio (I Jo 2.9-11). Aquele que é puro em seu ser e santo em suas obras não pode tolerar as trevas nem ter comunhão com aqueles que vivem nas trevas.

Portanto saia das trevas, e venha para a Luz, que é Jesus!

Nele, que disse ser a Luz do mundo e nos convida a seguirmos seus passos

Pr Marcelo Oliveira