Evangelização, uma tarefa de conseqüências eternas

“Não dizeis vós faltarem quatro meses para a colheita? Mas eu vos digo: Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita” (Jo 4.35)

O propósito de Deus é o evangelho todo, pregado por toda a igreja, em todo o mundo, a cada criatura. A visão de Deus é o mundo todo, o método de Deus é a igreja toda, e o tempo de Deus é agora. A evangelização é uma tarefa imperativa, intransferível e impostergável.   A evangelização é uma tarefa inacabada e de conseqüências eternas. Em Jo 4.31-35, Jesus nos dá três princípios sobre a evangelização como uma tarefa de conseqüências eternas.

1.  Precisamos ter visão (Jo 4.35)

“… Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita”.

Precisamos ter visão de que o homem sem Cristo está perdido. Desde o ateu ao religioso, do doutor ao analfabeto, dos homens das grandes metrópoles ao homem do campo. Precisamos ter visão de que as falsas religiões proliferam celeremente como um rastilho de pólvora. Nos últimos 50 anos, o islamismo cresceu 500%; o hinduísmo, 161%; o budismo, 147%; e o cristianismo, só 47%.

Precisamos ter a visão de que oportunidades não aproveitadas hoje podem se tornar portas fechadas amanhã. Precisamos ter visão de que na mesma medida de que a igreja evangélica patina no cumprimento da sua  missão, cresce de forma assustadora um evangelho híbrido, heterodoxo e sincrético, que distorce a verdade e sonega ao povo o Pão da Vida. Precisamos ter a visão de que a ignorância não é um caminho alternativo para o céu, uma vez que aqueles que sem lei pecam, sem lei perecerão (Rm 2.12). 

A mulher samaritana abandonou seu cântaro e correu à cidade para proclamar que havia encontrado o Messias. A cidade foi impactada com sua palavra. Quando a multidão veio ao encontro de Jesus, Ele disse para seus discípulos: “Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita” (Jo 4.35)

 2.  Precisamos ter urgência (Jo 4.34)

“Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e completar a sua obra”. Jesus estava com fome, mas tinha algo mais urgente para fazer do que se alimentar. Seu propósito era dar a água da vida à mulher samaritana. Precisamos ter a mesma urgência de Jesus.

O que nos impede de evangelizar não é tanto falta de método, mas falta de paixão. Precisamos clamar como Raquel: “Dá-nos filhos, senão morrerei” (Gn 30.1). Precisamos chorar como John Knox: “Dá-me a Escócia para Jesus, senão eu morro”. Precisamos clamar como Paulo: “… E ai de mim, se não anunciar o evangelho!”  (1Co 9.16).

Muitas vezes, ouvimos a Palavra de Deus, freqüentamos a EBD anos e mais anos, fazemos treinamento e até participamos de congressos, todavia, não atravessamos a rua para falar de Jesus ao nosso vizinho. É tempo de falarmos de Cristo, e isso com um profundo senso de urgência.

 3.  Precisamos ter compromisso (Jo 4.35)

“… os campos já estão prontos para a colheita”. Um campo maduro para a ceifa exige do agricultor o compromisso de uma ação imediata. A evangelização é uma ordem, e não uma opção. È um mandamento, e não uma recomendação.

A evangelização só pode ser feita pela igreja. Nenhuma outra instituição na terra pode cumprir essa tarefa. A igreja é o método de Deus. Se a igreja falhar, Deus não tem outro método. Se o ímpio morrer na sua impiedade, Deus cobrará de nós o seu sangue.

A evangelização não pode esperar. Ela é impostergável. Se não ganharmos para Cristo esta geração, nesta geração, teremos fracassado vertiginosamente.

Pense Nisso: “Uma igreja que não evangeliza, precisa ser evangelizada”  Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. Mensagens Selecionadas. Ed. Hagnos

                          Carson, D.A. O comentário de João. Shedd publicações

                          Hendriksen, William. João. Ed. Cultura Cristã

9 Responses to Evangelização, uma tarefa de conseqüências eternas

  1. walter filho disse:

    Conheci um rapaz esse ano que financeiramente é bem sucedido, possui um emprego que dá a ele uma certa popularidade na sociedade, é super intelectual cursou faculdade de filosofia, leu até o alcorão, mas havia algo dentro dele que estava faltando para ser realmente feliz. Detalhe importante: A Bíblia era o único livro dos milhares que ele leu que ele não conseguia ler! Ou seja, uma alma clamando, sedenta por Jesus!

    E o tipo de alma que um evangelho distorcido, que prega apenas vida financeira não vai fazer diferença nenhuma, apenas o evangelho verdadeiro que apresenta o Cristo Salvador pessoal pode ajudá-lo.

    Romper as quatro paredes do templo, anunciar a Cristo, deixar o egoismo de buscar apenas para si mesmo, pensar nas almas que estão se perdendo sem Cristo, isso tudo, deve nos inquietar 24 horas por dia.

    Que nos todos irmãos, frequentadores deste blog, que lemos essa mensagem de hoje, percebamos o despertamento de Deus para nos e que ao invés de apenas comentarmos quanto a urgencia dessa missão, pratiquemos e sejamos os disceminadores dessa, que não é uma “nova idéia”, mas uma missão antiga que a igreja tem.

    Parabéns pelo alerta Pr Marcello,

    Shalom,
    Walter Filho

  2. A Paz do Senhor

    Tomei liberdade novamente de republicar essa mensagem no meu blog. Uma necessidade que o Espírito sempre nos ministra.

    Que o Senhor seja cada vez mais em sua vida!

  3. Graça e paz!

    Como disse por algumas vezes um pastor aqui da minha cidade, “é preciso evangelizar os crentes”…

    A verdade é que muitso de nós falam dos textos e das passagens do Evangelho e nem sempre conhecemos no íntimo o significado da graciosa Mensagem. Logo, acabamos passando só doutrinas e que às vezes são até contrárias ao sentido do Evangelho.

    Compartilho que a maneira de comunciar o Evcangelho nem sempre será verbal (Jesus não se expressava apenas com palavras, mas também com gestos, sentimentos e atitudes).

    De fato “uma igreja que não evangeliza, precisa ser evangelizada” e aí eu ainda acrescento que pior do que o crescimento do islamismo, do hinduísmo, do budismo, do espiritusmo e de outras religiões é a propagação errada do Evangelho de Cristo, o que acaba sendo mais uma religião. É quando assistimos pregadores substituindo a Mensagem simples da graça por uma teologia de prosperidade, ou um moralismo hipócrita que não inclui mas exclui, ou por belas palavras de auto-ajuda que não trazem uma vida em Deus, ou que tolera (e até incentiva) a abominável idolatria, seja esta a imagens, ou ao dinheiro, ou aos cantores gospel (nada contra o Gospel).

    Sim. As igrejas precisam ser evangelizadas. Seus frequentadores precisam entender que converter-se ao Evangelho de Cristo não é adotar uma cultura ou moda evangélica capaz de mudar apenas os hábitos exteriores pela adoção de um novo estilo gospelizado mas que se mostra distanciado da cruz.

    Eu acredito, irmãos que, quando realmente aprendermos a viver o Evangelho e sermos de fato uma família espiritual, o nosso comportamento será capaz de atrair as pessoas para Cristo. Elas ouvirão nas nossas e perceberão que lhes anunciamos algo que produz vida e não apenas o convite para que elas se tornem membros de mais uma congregação cristã por aí existente. E aí não será o discurso eloquente, a melhor demonstração do pensamento lógico ou a repetição de palavras, mas a ação do Espírito revelada através de pessoas que exalam Vida e são capazes de perceber o próximo, entendendo a dor do outro, sentindo a mesma compaixão de Jesus, dando uma real e confortadora atenção a quem encontramos pelo caminho.

    Fica aí uma reflexão: até que ponto nós conhecemos intimamente o Evangelho?

  4. Marcello de Oliveira disse:

    Grato por seu comentário. Que este comentário seja uma verdade cristalina na sua vida. Em qual nível está o seu conhecimento do Evangelho? O que o irmão tem feito para que a palavra da cruz, seja a maior mensagem de nossas igrejas? Pense sobre isto meu irmão.

    Volte sempre!

    Pr Marcello

  5. Graça e paz, meu irmão. Cada vez que me auto-avalio, vejo o quanto ainda preciso conhecer intimamente o significado da Mensagem do Evangelho. A cada dia Deus nos dá vinho novo e o odre de ontem já está envelhecido… Talvez nem possamos fabricar o odre e eu sinto que de fato nós precisamos é estar dispostos a ser quebrados pela fermentação do novo vinho afim de que Deus faça de nós a cada dia o odre adequado. E o comentário que fiz aplica-se a mim também pois quando critico a Igreja também faço parte dela e compartilho de sua omissão.

    Respondendo a outra pergunta, mano, posso dizer que mesmo eu tendo participado de eventos, realizado visitas, pregado algumas vezes, etc, o que faço é incapaz de justificar-me e nem sempre tais obras são capazes de refletir a Mensagem da cruz pois, se não tiver amor, nada serei. Assim, dentro do pouco trabalho que faço e debaixo de inúmeras limitações pessoais e que a própria vida impõe, tenho percebido o quanto sou carecedor da graça para que a Palavra produza em mim a Vida de Deus e então eu possa compartilhá-la verdadeiramente. Minha maior luta acaba sendo no final das contas contra a minha religiosidade.

    Deus abençoe o irmão!

  6. cristina disse:

    Parabéns pelo comentário, devido a minha nova conversão já percebi que realmente até crentes mais antigos ainda têm esta visão.

    Deus o abençõe

  7. Obrigado pelo incentivo, Cristina!

    Eu diria que não podemos deixar que nos tornemos “crentes antigos” (no sentido de nos tornarmos um velho espiritual, não no nosso tempo de caminha espiritual ou de maturidade).

    Cada manhã nos trás um novo dia para vivermos o nosso novo nascimento.

    Deus te abençoe também, querida!

  8. ulisses disse:

    palavra show de bola , parabens

  9. joao netto disse:

    A paz do senhor jesus esta e uma mensagem muito rica em conhecimento alem de ser motivadora

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