Category Archives: Estudos Bíblicos

Chegou o novo livro!

Shalom!

Amados irmãos, amigos [as], meu novo livro: PARA QUEM GOSTA DE PÉROLAS, escrito em parceria com o Pr Geziel Gomes e o prefácio do nobre Pr Antonio Gilberto, estará disponível para o envio a partir desta quarta-feira dia 22/12/10.

Não perca esta excelente oportunidade  de adquirir este livro com o preço especial do lançamento de R$ 28,90.

Confio no Eterno que este livro abençoará e edificará a vida de todos os leitores que o adquirirem. Divulgue para seus amigos, irmãos e pastores.

Você pode adquirir, efetuando o depósito:

BANCO ITAÚ

AG 0027  —- C/C 18699-8 —- Nome: Marcelo Oliveira

P.s>>> Feito o depósito me comunique no e-mail: evmarcello.olliver@gmail.com  e envie seu endereço completo (sem erros) que o livro será enviado.

Um abraço, Pr Marcello

Evangelização, uma tarefa de conseqüências eternas

“Não dizeis vós faltarem quatro meses para a colheita? Mas eu vos digo: Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita” (Jo 4.35)

O propósito de Deus é o evangelho todo, pregado por toda a igreja, em todo o mundo, a cada criatura. A visão de Deus é o mundo todo, o método de Deus é a igreja toda, e o tempo de Deus é agora. A evangelização é uma tarefa imperativa, intransferível e impostergável.   A evangelização é uma tarefa inacabada e de conseqüências eternas. Em Jo 4.31-35, Jesus nos dá três princípios sobre a evangelização como uma tarefa de conseqüências eternas.

1.  Precisamos ter visão (Jo 4.35)

“… Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita”.

Precisamos ter visão de que o homem sem Cristo está perdido. Desde o ateu ao religioso, do doutor ao analfabeto, dos homens das grandes metrópoles ao homem do campo. Precisamos ter visão de que as falsas religiões proliferam celeremente como um rastilho de pólvora. Nos últimos 50 anos, o islamismo cresceu 500%; o hinduísmo, 161%; o budismo, 147%; e o cristianismo, só 47%.

Precisamos ter a visão de que oportunidades não aproveitadas hoje podem se tornar portas fechadas amanhã. Precisamos ter visão de que na mesma medida de que a igreja evangélica patina no cumprimento da sua  missão, cresce de forma assustadora um evangelho híbrido, heterodoxo e sincrético, que distorce a verdade e sonega ao povo o Pão da Vida. Precisamos ter a visão de que a ignorância não é um caminho alternativo para o céu, uma vez que aqueles que sem lei pecam, sem lei perecerão (Rm 2.12). 

A mulher samaritana abandonou seu cântaro e correu à cidade para proclamar que havia encontrado o Messias. A cidade foi impactada com sua palavra. Quando a multidão veio ao encontro de Jesus, Ele disse para seus discípulos: “Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita” (Jo 4.35)

 2.  Precisamos ter urgência (Jo 4.34)

“Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e completar a sua obra”. Jesus estava com fome, mas tinha algo mais urgente para fazer do que se alimentar. Seu propósito era dar a água da vida à mulher samaritana. Precisamos ter a mesma urgência de Jesus.

O que nos impede de evangelizar não é tanto falta de método, mas falta de paixão. Precisamos clamar como Raquel: “Dá-nos filhos, senão morrerei” (Gn 30.1). Precisamos chorar como John Knox: “Dá-me a Escócia para Jesus, senão eu morro”. Precisamos clamar como Paulo: “… E ai de mim, se não anunciar o evangelho!”  (1Co 9.16).

Muitas vezes, ouvimos a Palavra de Deus, freqüentamos a EBD anos e mais anos, fazemos treinamento e até participamos de congressos, todavia, não atravessamos a rua para falar de Jesus ao nosso vizinho. É tempo de falarmos de Cristo, e isso com um profundo senso de urgência.

 3.  Precisamos ter compromisso (Jo 4.35)

“… os campos já estão prontos para a colheita”. Um campo maduro para a ceifa exige do agricultor o compromisso de uma ação imediata. A evangelização é uma ordem, e não uma opção. È um mandamento, e não uma recomendação.

A evangelização só pode ser feita pela igreja. Nenhuma outra instituição na terra pode cumprir essa tarefa. A igreja é o método de Deus. Se a igreja falhar, Deus não tem outro método. Se o ímpio morrer na sua impiedade, Deus cobrará de nós o seu sangue.

A evangelização não pode esperar. Ela é impostergável. Se não ganharmos para Cristo esta geração, nesta geração, teremos fracassado vertiginosamente.

Pense Nisso: “Uma igreja que não evangeliza, precisa ser evangelizada”  Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. Mensagens Selecionadas. Ed. Hagnos

                          Carson, D.A. O comentário de João. Shedd publicações

                          Hendriksen, William. João. Ed. Cultura Cristã

A radiografia de uma sociedade doente

Introdução


O livro de Habacuque é o oitavo dos profetas menores. Ainda que o livro esteja distante de nós mais de 2.500 anos, sua mensagem é atual, relevante e impactante. Os tempos mudaram, mas o homem é o mesmo. Ele ainda é prisioneiro das mesmas ambições, dos mesmos pecados, das mesmas loucuras.

Habacuque profetiza num tempo em que sua nação, o reino de Judá, estava à beira de um colapso. Porque retardou o seu arrependimento e não aprendeu com os erros de seus irmãos do Reino do Norte, que foram levados cativos pela Assíria em 722 a.C, entrariam inevitavelmente no caminho do juízo. O profeta Habacuque é informado que Deus usaria os babilônios (caldeus), mais ímpios ainda, como vara de julgamento para Judá. Ora, como pode o Deus santo e reto usar um instrumento vil para punir o próprio povo de Sua aliança? Este era o drama do profeta Habacuque.

Em Habacuque 1.2-4 o profeta traça um perfil da sociedade doente de Judá. Seu diagnóstico é sombrio. Veremos 5 marcas desta sociedade doente:

1) Uma sociedade doente é saturada de violência (Hc 1.2) –

A palavra “violência” é usada aqui para sumariar o tipo de mundo que o profeta estava observando. A violência em Judá tinha se infiltrado no palácio, nos tribunais, nos mercados e nas ruas.

Ainda hoje, a violência cresce. Estamos vivendo numa sociedade sem Deus, sem princípios, sem justiça. Homens perversos e sanguinários agem ao arrepio da lei, desafiando o Estado de direito, semeando terror e insegurança. O narcotráfico se fortalece a cada dia, e já são, um poder paralelo, estimulando o vício, espalhando o crime e matando aqueles que se levantam para lhes impor resistência.

Os homens de bem estão vivendo acuados, trancados em casa com fortes esquemas de segurança, enquanto bandidos vivem à solta espalhando ameaça e terror. Estes, mesmo que ainda presos, conseguem comandar o crime organizado de dentro dos presídios. As autoridades sentem-se impotentes, e a população, insegura. Portanto, a mensagem do profeta Habacuque é um mapa da situação contemporânea. Habacuque está vivo, e sua voz ainda ecoa!

2) Uma sociedade doente é marcada pelo domínio opressor dos fortes sobre os fracos (Hc 1.3)
Habacuque viu a opressão prevalecer em Judá. Ele disse: “Por que […] me fazes ver a opressão?…” (1.3). Opressão é o domínio truculento do forte sobre o fraco. Opressão é fruto de um sistema corrompido em que as forças do mal se juntam para roubar do pobre, para espoliar o fraco, negando-lhe o direito e amordaçando-lhe a voz. A iniqüidade e a opressão andavam de mãos atadas. Esses males não estavam apenas medrando nos bastidores, mas desfilando nas ruas.

“Os ricos fazem tudo pelos pobres, menos descer de suas costas”. (Leon Tolstoi)

3) Uma sociedade doente é onde estão presente os sinais visíveis de destruição (1.3)

O profeta prossegue: “…Pois a destruição e a violência estão diante de mim…”. A destruição dos valores, dos marcos, dos absolutos e dos princípios que regem a família, a igreja e a sociedade desembocam inevitavelmente em desastre. O caos da sociedade é resultado do abandono da lei de Deus. O povo tapou os ouvidos à voz de Deus. Trocaram o Deus Eterno para prostrar-se diante de ídolos mudos.

A Palavra de Deus foi abandonada. Deixaram de praticar a justiça para entregar-se a toda sorte de violência e opressão, burlando as leis, corrompendo os tribunais, comprando juízes corruptos para esmagarem o pobre, espoliando seus bens.

4) Uma sociedade doente é marcada por relacionamentos quebrados (Hc 1.3)

Habacuque diagnostica dois graves problemas na área dos relacionamentos no meio do seu povo:

a) havia contendas entre as pessoas. O profeta diz: “[…] há contendas …” (Hc 1.3). Contenda é uma tensão relacional. É uma relação quebrada pela desavença. É uma disputa sem acordo. É um interesse egoísta que busca prevalecer sempre. É uma indisposição absoluta de caminhar na direção da reconciliação. Contenda é a incapacidade de olhar para a vida na perspectiva do outro, de pensar no bem do outro, de enxergar o direito do outro e de perdoar o outro.

b) Havia litígio entre as pessoas. Habacuque conclui: “… e o litígio suscita” (Hc 1.3). A sociedade de Judá estava dividida por várias facções, e esses diferentes grupos devoravam uns aos outros. Esses litígios provocavam distúrbios na sociedade, enfraqueciam a família e minavam a vida doméstica, política e religiosa da nação.

O povo não só suscitava contendas, mas não encontrava caminho de solução senão perante os magistrados. O clima entre as pessoas era de guerra, de competição. Nesses litígios, os fortes sempre prevaleciam sobre os fracos; os ricos sempre recebiam sentenças favoráveis sobre os pobres.

5) Uma sociedade doente é marcada por um poder judiciário impotente ou corrompido (Hc 1.4 b)

Habacuque diz: “[…] a justiça nunca se manifesta…” (1.4). A justiça nos tribunais era uma piada, porquanto o dinheiro, e não a justiça, determinava o resultado dos julgamentos e os decretos dos reis. Esta não se manifestava por duas razões: por fraqueza dos magistrados ou por conveniência deles com os esquemas de opressão. Naquele tempo, Judá estava sendo governada por homens maus. Quando a liderança se corrompe, o povo geme.

A certeza da impunidade é um poderoso estímulo para o transgressor. É esta a razão moral pela qual o crime deve ser punido. E é por isso que um cristão não se compactua com o mal. Ser conivente é estimular o erro. Naqueles dias, não havia mais verdade objetiva e final em Judá. Mera coincidência com nossos dias? O pragmatismo e o utilitarismo prevaleciam. Os injustos eram peritos no seu poder de enganar e roubar os justos e inocentes.

Atentemos para o profeta Habacuque, pois sua voz cruza o tempo e o espaço, atravessa as fronteiras e chega até nós, uma sociedade enferma, que precisa urgentemente voltar ao Deus Eterno, Criador e Senhor de toda a História.

Pr Marcelo de Oliveira

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora
Lopes, Hernandes Dias. Habacuque. Ed. Hagnos
Coelho Filho, Isaltino Gomes. Habacuque: nosso contemporâneo

Quem é que detém o anticristo – 2 Ts 2.6,7

O anticristo escatológico ainda não se manifestou porque sua aparição está sendo impedida por ALGO (2 Ts 2.6) e por ALGUÉM (2 Ts 2.7). O apóstolo Paulo diz: “E, agora, sabeis o que detém, para que seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém” (2 Ts 2.6,7 – grifos do autor)

Convém observar que, em 2 Tessalonicenses 2.6, Paulo refere-se ao repressor de modo neutro (“o que o detém”), enquanto em 2 Tessalonicenses 2.7, usa o gênero masculino (“aquele que agora o detém”).

A palavra grega kairós, traduzida por “ocasião oportuna”, revela-nos que o anticristo só aparecerá no momento certo, ou seja, no momento determinado por Deus. Warren Wiersbe diz que assim como houve uma “plenitude do tempo” para a vinda de Cristo (Gl 4.4), também haverá uma “plenitude do tempo” para o surgimento do anticristo e nada acontecerá fora do cronograma divino.

O que é esse ALGO? Quem é esse ALGUÉM? Agostinho era da opinião que é impossível definir esses elementos restringidores. Outros escritores pensam que Paulo está se referindo aqui ao Espírito Santo, uma vez que Ele pode ser descrito tanto no gênero masculino quanto no neutro (Jo 14.16,17; 16.13) e também Ele é apontado como Aquele que restringia as forças do mal no AT.  O estudioso Howard Marshall, por sua vez, é da opinião que Deus é quem está por trás da ação adiadora da manifestação do homem da iniqüidade.

A maioria dos estudiosos, entende que o ALGO  é a lei  e que o ALGUÉM é aquele que faz a lei se cumprir. É por isso que o anticristo vai surgir no período de grande apostasia, ou seja, da grande rebelião, quando os homens não suportarão leis, normas nem absolutos. Então, eles facilmente se entregarão ao homem da ilegalidade, o filho da perdição.

Nele, Pr Marcelo

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. Ed. Hagnos

Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora

Marshall, Howard. 1 e 2 Tessalonicenses: Introdução e comentário. Ed. Vida Nova.

O Estado é ministro de Deus?

A função de autoridade governamental constituída é trabalhar como ministro de Deus para o bem, isto é, para a segurança, ordem e a paz da sociedade (Rm 13:3,4). Esse serviço ou ministério estatal para o nosso bem deve, de acordo com o Apóstolo Paulo, ser implementado de duas maneiras importantes e fundamentais:

1) Castigar o mal (13:3,4). O Estado recebe de Deus uma responsabilidade e uma função explicitamente proibidas às igrejas cristãs (Rm 12:17-19). As igrejas cristãs não têm chamado e autoridade para multar, prender, castigar ou executar criminosos, assassinos e estupradores. Mas o que Deus proíbe às igrejas ele ordena ao Estado fazê-lo. Os governantes (presidente, comandantes militares, prefeitos, delegados de polícia, etc.) devem ser austeros no combate ao mal, pois liberdade sem restrição resulta em anarquia. O governo não pode ser complacente com os crimes, com o mal, com a anarquia, com as forças desintegradoras que tentam anarquizar a sociedade. O governo não pode agir com frouxidão no castigo dos crimes. Ele precisa punir exemplarmente os promotores do mal. Tem de reagir com rigor e firmeza contra toda forma de violência, crime e suborno (Gn 9:6; Pv 17:11,15; 20:8,26; 24:24; Rm 13:4).

2) Elogiar os cidadãos que fazem boas obras (Rm 13:3,4). O objetivo do governo não é substituir a família e a igreja nos seus papéis importantes de bem-estar social, nem substituir os cidadãos em sua liberdade e chamado divino de amar o próximo. O papel do governo é elogiar aqueles que fazem o bem.

Como diz Mary Pride em seu livro De Volta Ao Lar: “O versículo não diz absolutamente nada sobre o governante fazendo o bem, nem nas próprias palavras nem no contexto. O versículo anterior nos diz que o governante nos elogiará se nós fizermos o que é bom. Por que? Porque ele é servo de Deus para nós em favor do bem. A responsabilidade do governante é estabelecer uma atmosfera na qual as boas obras de cada pessoa sejam incentivadas e as más ações sejam reprimidas. Obviamente, se o governante começar a sentir que é dever dele fazer todas as boas ações, ele não vai querer elogiar as boas ações dos cidadãos. Além disso, ele fará tudo o que puder para reprimi-las, já que as boas ações dos cidadãos estarão rivalizando com os planos do governo e usurpando sua autoridade. Essa sempre foi a situação dos países socialistas [como a ex-União Soviética], cujas leis proibiam as instituições de caridade particulares. A afirmação de que o governante é servo de Deus para nos fazer o bem, através das entidades de assistência social do governo, não tem base bíblica, pois esse tipo de raciocínio contradiz tanto o texto quanto o contexto de Romanos 13:4”.

 Quando o governo muda o foco e quer ser o Supremo Benfeitor, ele tira mais impostos dos cidadãos, que ficam com muito menos de seu próprio dinheiro para fazerem caridade e ajudarem os necessitados. A enorme e exagerada carga de impostos, cobrada sob a desculpa de ajudar os pobres, provoca um grande sangramento dos recursos das famílias, escoando em grande parte para os bolsos, cuecas e cofres de governantes corruptos. Enquanto isso, a função fundamental de o Estado dar segurança à sociedade fica à deriva.

No caso específico do governo brasileiro, como é que ele conseguirá enfrentar a macabra pena de morte aplicada anualmente pelos criminosos em mais de 50 mil vítimas brasileiras? Não pode, pois ele está ocupado demais competindo com as famílias e igrejas na oferta de caridade. Governo brasileiro como terror para os bandidos? Nem sonhando.

O desempenho do governo brasileiro está bem distante da responsabilidade que o Apóstolo Paulo aponta no Novo Testamento: “Visto que a autoridade é ministro de Deus (ênfase nossa) para seu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada (ênfase nossa); pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal (ênfase nossa). É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência”. (Rm 13:4,5).

A palavra grega para espada, ???????? (machaira), é usada por Paulo aqui como símbolo de punição capital, que é a pena mais elevada e compatível com o crime mais elevado, que é tirar injustificadamente uma vida humana inocente.

Tal postura nada tinha a ver com legalismo, pois Paulo não estava falando sobre espada nas mãos da igreja, mas nas mãos de quem competia: o Estado. Como o melhor intérprete da missão, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, Paulo sabia perfeitamente separar o papel da igreja (oferecer a compaixão e misericórdia de Deus, que é parte integral do caráter amoroso de Deus) e o papel do Estado (aplicar punições, que é parte integral do caráter justo de Deus).

Ele combatia o legalismo dentro da igreja como nenhum outro apóstolo, de modo que se algum novo ensino instruísse que era missão da igreja aplicar multas, prisão, castigos ou pena capital em criminosos, ele o refutaria como legalismo, pois a igreja jamais pode usurpar ou substituir o Estado em sua missão.

De forma semelhante, ele jamais aceitaria um ensino que defendesse o Estado usurpando ou substituindo a igreja em sua missão e ministério de misericórdia e transformação (também chamada de “reabilitação”) de pecadores.

Portanto, como profundo conhecedor dos Evangelhos, o que Paulo faz em Romanos 13 não é oferecer sua opinião pessoal, mas descrever o rigoroso chamado anticriminal do governo tal qual deve ser, de acordo com a vontade de Deus. Seja qual for o país — Império Romano, Israel, Brasil, EUA, etc. —, todo governo tem ordens divinas de impor punição e retribuição à altura dos crimes cometidos, usando inclusive a aplicação de força e meios letais.

Em sua função, o papel do Estado é ser, nas palavras do Apóstolo Paulo, terror para as más ações: assassinatos, estupros, sequestros, pedofilia, etc. Assim como Deus não tolera o mal, também as autoridades devem ter pulso forte para combatê-lo. Quando o Estado impõe aos malfeitores punições de acordo com o merecimento de seus crimes, está agindo como servo de Deus, executando sobre eles a ira divina (Rm 13:4).

A diferença é clara. A igreja é chamada para mostrar a misericórdia, o amor e a compaixão de Jesus Cristo a toda a sociedade, inclusive ministrando cura e libertação. O chamado da igreja também inclui a importante responsabilidade de dar educação às suas congregações.

Mas o Estado é chamado a mostrar a ira de Deus sobre os malfeitores e elogiar os que fazem o bem. Portanto, grande é a distância de atuação entre esses dois diferentes ministros de Deus, embora misericórdia e justiça sejam componentes completamente unidos no caráter de Deus.

O que o Estado não pode fazer, a igreja deve fazer. O que a igreja não pode fazer, o Estado deve fazer.

Ao falar sobre o Estado e seu direito de executar malfeitores culpados de cometerem o mais elevado ato de violência contra a inviolabilidade, valor e sacralidade da vida humana, Paulo não estava se referindo a um Israel teocrático, que nem existia mais na época. Evidentemente, ele estava falando do Império Romano, um governo que aplicava amplamente a pena de morte. Suas palavras confirmavam e corrigiam o papel do Estado. Confirmavam o papel do Estado como executor de assassinos e outros indivíduos de igual periculosidade.  E corrigiam mostrando que a execução não é um direito ilimitável, isto é, o Estado não tem autorização de Deus para executar toda e qualquer pessoa. Apenas criminosos de alta periculosidade.

Tal compreensão hoje é importante, quando vemos governos comunistas e islâmicos executando homens e mulheres pelo “crime” de se converterem a Cristo. Já na Europa, que se orgulha de não mais aplicar a pena capital em assassinos e outros criminosos perigosos, há uma ampla aplicação dessa pena em inocentes, mediante práticas de aborto, infanticídio e eutanásia. São literalmente milhões de vidas inocentes perecendo sob o peso de uma pena capital 100% injusta imposta pelo Estado.

No Brasil, que se orgulha igualmente de não ter pena capital para criminosos assassinos, o governo não só tolera que mais de 50 mil brasileiros inocentes sofram a pena de morte, muitas vezes sob tortura e crueldade, nas mãos de criminosos, mas também está trabalhando para seguir o padrão europeu de aplicação dessa pena em bebês em gestação, doentes, deficientes e idosos, mediante a aprovação de leis de aborto e eutanásia.

O que fazer nesse cenário onde o Estado mostra misericórdia para quem deveria punir e mata quem precisa de proteção e misericórdia? Como servos de Deus, devemos orar pelos governantes (1Tm 2.1,2), para que cumpram sua missão. Devemos honrá-los, obedecer-lhes e pagar-lhes impostos para sustentá-los em seu papel de dar segurança contra os malfeitores. Mas devemos também confrontá-los se eles se desviarem de seu chamado fundamental, pois quer saibam ou não, eles governam debaixo do próprio governo de Deus e o representam.

Servos de Deus como o Apóstolo Paulo são a consciência do Estado e seus governantes, alertando-os sempre que perderem o rumo da sua caminhada.

Pr Marcello de Oliveira em parceria com Julio Severo

A pena capital é bíblica ?

A instrução sobre a pena capital (Gn 9.5,6) é inserida no arcabouço da promessa do Senhor (Gn 8.20-22) e da aliança (Gn 9.8-17), que é ministrada a toda a humanidade para preservar toda a vida humana. Nesse contexto, a legislação para se executar a pena capital pertence a todo o povo (Gn 9.5,6). A pena capital se fundamenta na verdade de que todos os seres humanos portam a imagem de Deus, separando-os do resto das criaturas vivas. “Ninguém pode ser injurioso para com seu irmão sem ferir a Deus mesmo.” A ofensa em si não é contra o homicida, nem sua família, nem a sociedade em geral (obviamente ela os impacta também), mas é contra Deus.

Tão valiosa é a vida humana como a portadora da imagem de Deus, que este estipula compensação para se derramar a vida de seu sangue, não só do homicida, mas inclusive dos animais. O principio de lex talionis (isto é, vida por vida) fica esclarecido nos mandamentos divinos dados ao povo pactual relativos ao homicídio (Nm 35.16-21) e no ensino de Paulo sobre o cristão e o Estado. No caso do homicídio involuntário, os culpados são consignados a cidades de refúgio, não penitenciarias, até a morte do sumo sacerdote (Nm 35.22-28). Não obstante, no caso de homicídio, impõe-se a pena capital. 

No Novo Testamento, os cristãos não devem vingar-se por qualquer malfeito recebido, mas devem dar lugar à ira de Deus para vingá-lo (Rm 12.19). Deus, por sua vez, designa o governo civil como seu ministro, um vingador para executar a ira sobre quem pratica o mal (Rm 13.4). O Senhor e Rei supremo arma a autoridade civil com a espada, instrumento de morte, para o castigo dos malfeitores. A legislação, “quem derrama o sangue do homem, pelo homem se derramará seu sangue”  fornece a evidência que a autoridade civil, como ministra de Deus, tem  a responsabilidade de executar a pena capital por uma ofensa capital.

Esta é uma obrigação, não uma opção. Três vezes Deus diz: “pedirei contas” (Gn 9.5). O sangue derramado pelo homicida deve ser tratado da mesma forma. Investe o culpado com sua poluição (Nm 35.33; Sl 106.38) e assegura sua expiação pela morte do homicida (cf. Gn 9.6; 1Rs 2.32) ou pela expiação (cf. Dt 21.7-9). O sumo sacerdote deve morrer antes que o culpado por homicídio involuntário se vá livre. Se o sangue não for compensado pela pena capital ou expiado por ela, ele traz o juízo do Senhor sobre a terra (Dt 19.13; 2Sm 21; 1Rs 2.9,31-33).

A lei protege cuidadosamente o inocente. Deve haver pelo menos duas ou três testemunhas para convencer uma pessoa de crime (Dt 19.15). Além disso, se uma testemunha cometer perjúrio, então os juízes que julgam o caso farão com o perjuro o que este pretendia fazer com o acusado, inclusive vida por vida (Dt 19.16-21). Além disso, as testemunhas devem ser envolvidas na execução (Dt 17.2,7).

Todavia, o homicida que realmente se arrepende do crime deve achar misericórdia (Pv 28.13). Embora Davi cometesse um adultério e mandado matar a Urias, ele achou perdão com base nos sublimes atributos da graça de Deus, em seu amor infalível e em sua terna misericórdia (2Sm 12.13,14; Sl 51).

Nele, Pr Marcello Oliveira

Academia Evangélica de Letras do Brasil

Shalom!

Amados irmãos [as], por graça e bondade de Deus fui aprovado na Comissão de Admissão da AELB (Academia Evangélica de Letras do Brasil).  Quero louvar ao Eterno por me capacitar e me honrar para que eu conseguisse entrar nesta magna casa.

Nesta sexta feira dia 22/10/10, estarei tomando posse como membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil.  Quero agradecer a todos os irmãos, amigos e companheiros que sempre visitam este site, me apoiando, com palavras e oração, e comentando meus textos. Minha sincera gratidão!

P.s >>> Clique no banner acima e visualize o convite da Academia.

Nele e para a Glória Dele, Pr Marcello de Oliveira

O evangelho de Gênesis

Calma caro leitor [a], não precisa esfregar os olhos para ver se leu direito: é isso mesmo! Temos um evangelho em Gênesis.

Você deve estar perguntado: Mas no livro do Gênesis um evangelho?  Impossível!  Gênesis trata da criação dos céus e da terra, da vegetação, dos luminares e do homem.

O “Segredo”

 O nome em hebraico é algo profundo e revelador. No nome está implícito algumas verdades relacionadas ao caráter e a vida da pessoa. Poderia dar alguns exemplos: Nabal, que significa louco, néscio. Isaque, riso. Davi, amado. Salomão, pacífico.  Olhando a vida destes personagens bíblicos, veremos facetas e detalhes de suas vidas que estão relacionados [in] diretamente com o significado dos seus nomes.

Vamos atentar para a genealogia de Adão a Noé (Gn 5):

Adam –> Seth –> Enosh –> Kenan –> Mahalalel –>Yared –> Enoch –> Methuselah –> Lamech –> Noah

Nome  Significado
Adam Homem
Seth Apontado
Enosh Mortal
Kenan Aflição, Sofrimento
Mahalalel O Elohim Bendito
Yared Descerá
Enoch Ensinando, Ensinamento
Methuselah Sua morte trará
Lamech O Desesperado
Noah Conforto, Descanso

 

A frase formada é fascinante, impactante, brilhante:

“[Ao] Homem é Apontada Mortal Aflição, [Mas] o Elohim Bendito descerá Ensinando [que] sua Morte Trará ao Desesperado [O] Conforto, Descanso.

 

É por isso que a cultura judaica é fascinante. Há coisas que podemos até rejeitar, mas há outras, como esta pérola acima, que nos faz pensar e meditar quão profundo são os mistérios da Palavra de Deus.

Não é nada cabalístico!  Pense, estude, e tire suas próprias conclusões. Quem lê, entenda!

Autor: Sha’ul  Bentsion

Adaptado por: Pr Marcelo Oliveira.

Ronaldo Lidório e os Konkombas

Shalom!

Quero convidar a todos os irmãos a assistirem este vídeo com atenção.  O Pr Ronaldo Lidório tem sido um instrumento vivo nas mãos de Deus. Como é triste saber que poucas pessoas conhecem o trabalho deste servo do Senhor.  Óh Deus levante outros “Ronaldos”  neste país, para abalarem o mundo com o evangelho da graça de Deus.

Ronaldo e sua esposa Rossana, fizeram um lindo trabalho em Gana, onde plantaram muitas igrejas,  muitas vidas libertas da feitiçaria, milagres que confirmaram a pregação do Evangelho.  Ainda mais, a tradução do NT, para a língua dos konkombas, um lindo e profundo trabalho de 7 anos!

Ronaldo Lidório e os Líderes Konkombas Makandá e Labuer na Rede TV

Convite especial!

Shalom!

Amados amigos e leitores [as] deste site, neste sábado dia 04/09/2010 estarei na cidade de Osasco – SP, pregando e lançando meu novo livro: Reflexões sobre a vida de Paulo, que foi prefaciado pelo Pr Luis Sayão, teólogo, hebraísta e coordenador geral da Bíblia NVI.

Venha estar comigo!

O culto será realizado na Igreja Redenção de Osasco, situada na Av. Caetano Campos, nº 34 – esquina com a Rua Julio Mesquita.  Esta rua é bem conhecida e de fácil localização.

Permitindo o Eterno estarei lá a partir das 19h30.

Será uma alegria encontrar os irmãos e amigos que acessam meu site neste dia!  Te espero lá!

Pr Marcello Oliveira