Category Archives: Estudos Bíblicos

Sinais de um genuíno Avivamento

O ano de 1904 foi um tempo de intensa visitação do céu. Deus derramou copiosamente do seu Espírito, especialmente no país de Gales. Nessa ocasião, Deus usou um jovem chamado Evan Roberts. Um certo dia, ele entrou no gabinete do seu pastor e o viu com o rosto em terra, clamando:“Senhor, dobra-me, dobra-me”

Evan Roberts saiu do gabinete pastoral impressionado e comovido. E passou, a partir deste dia, a clamar a Deus por um avivamento em sua vida. Começou a buscar a Deus com intensidade. Um grupo de jovens se junta a ele. Logo depois, a notícia se espalhou e toda a igreja estava reunida buscando a Deus em oração. Uma sede imensa por Deus tomou conta da cidade. As reuniões de oração avançavam madrugadas adentro.
Naqueles dias, o sopro do Espírito se espalhou por várias cidades do país. Milhares de pessoas foram atraídos a Cristo de modo irresistível. Os estádios de futebol ficaram vazios nos domingos. Os prostíbulos começaram a fechar as portas. As boates se esvaziaram porque todos estavam sedentos das coisas do céu. Em apenas seis meses, cerca de cem mil pessoas foram salvas. 

Todos os avivamentos que a história já testemunhou foram marcados por evidências inconfundíveis e por sinas inequívocos. Sem essas marcas, não se pode verificar um verdadeiro avivamento. Esses sinais são:

1) Uma profunda sede de estudar a Palavra de Deus

O primeiro sinal do avivamento é a volta do povo de Deus à Palavra. Os crentes passam a ter fome e sede de Deus e, por isso, recorrem à Bíblia com avidez. Passam a ter deleite e prazer no estudo da Palavra. Abandonam o descaso e a negligência, no que tange a meditação da Palavra e à obediência a ela. As Escrituras tornam-se doces como o mel.
O verdadeiro avivamento é fundamentado na Palavra, originado e limitado por ela. Ele tem na Bíblia sua base, sua fonte, sua motivação, seu limite e seus propósitos. Infelizmente, o termo avivamento vem sendo usado de forma equivocada por muitas igrejas. Várias pessoas o confundem com uma liturgia animada, com um culto festivo, com músicas movimentadas. Outros, confundem avivamento, com uma multidão de pessoas. Outros ainda, confundem avivamento com milagres. Todavia, o avivamento não pode ser medido por esses sinais. Sem a centralidade das Escrituras, este não passa de misticismo. Sem compromisso com a verdade, ele é agitação humana. A igreja não faz avivamento. A igreja só pode içar suas velas aos ventos do avivamento. O verdadeiro avivamento é obra exclusiva do Espírito Santo de Deus.

2) Uma profunda necessidade de oração

 

Todo avivamento é marcado pela oração, muita oração. Hoje falamos muito em oração, mas oramos pouco. Temos grandes tratados teológicos sobre oração, mas não oramos. Pregamos sobre oração, mas não oramos. Quando estamos em um avivamento a igreja é acordada de sua letargia e começa a ter prazer na oração. Essa passa ser uma necessidade imperativa, intransferível e impostergável. Nada mais é tão importante quanto uma reunião de oração. Prezado leitor [a], as reuniões de oração em muitas igrejas estão morrendo! Queremos festa, barulho, agitação, “louvorzão”, mas nada de oração! O povo de Deus precisa dobrar os joelhos e buscar a face do Todo-poderoso.
Nossa oração deixa de ser fria, formal, mecânica, árida, para ser um derramamento da alma no altar, uma entrega sem reservas da vida ao Senhor. A oração passa a ser regada pelas lágrimas e ungida pelo Espírito Santo. Ela se torna ousada, fervorosa, viva e cheia de vigor espiritual. 

3) Uma profunda busca de santidade
O avivamento começa com a convicção do pecado, a confissão dele e seu abandono, bem como com a busca da santidade. O avivamento traz purificação, mudança de vida e arrependimento genuíno. Ele começa não com alegria, mas com tristeza; não co riso, mas com lágrimas, quebrantamento e humilhação na presença do Deus Santo. O avivamento desperta no cristão um desejo profundo de santidade, de pureza e de retidão. Se os crentes ainda têm prazer nas coisas do mundo e vivem acariciando o pecado, o avivamento é impedido.
Nossa oração é para que o Espírito Santo sopre sobre nós e nos vivifique, santifique e avive nossa vida para a glória de Deus. A igreja brasileira precisa experimentar essa sede de santidade. Precisamos nos voltar para Deus de todo o coração, com oração e jejum, com pranto e com choro, rasgando não as nossas vestes, mas nosso coração. Deus quer uma volta para Ele com sinceridade, com profundidade e diligência.
E você, meu irmão [a], deseja esse avivamento? Está disposto a pagar o preço? Continuemos, então, a buscá-lo sem trégua e sem retroceder e o Eterno nos visitará! Aleluia!
Pr Hernandes Dias Lopes

A Cruz, luz que ilumina a história

O texto de Apocalipse 5 é uma visão magnífica de toda criação prostrada diante de Deus e de seu Cristo e é realmente espantoso que o Cordeiro esteja ligado ao ocupante do trono como alguém que partilha o lugar com Ele e recebe igual louvor.

Mas o texto nos provoca algumas perguntas. Por que Jesus Cristo é a única pessoa digna de abrir e explicar o rolo? O que há no Cordeiro de Deus que faz dele o único qualificado para interpretá-lo? É evidente que é por ter sido morto e por aquilo que obteve com sua morte. Mas o que há na cruz que a torna a chave da história?

1) Em primeiro lugar, a cruz ilumina a história porque fala da vitória.

O motivo pelo qual o Cordeiro era digno de abrir o rolo é que Ele havia triunfado (Ap. 5.5). Este mesmo verbo foi usado na conclusão de cada uma das sete cartas às igrejas. Por exemplo, “Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono” (Ap. 3.21). Assim, a cruz é representada no Novo Testamento como vitória, e não derrota; como triunfo, não tragédia. Pois, como escreveu Paulo, sobre a cruz de Cristo destronou e desarmou os principados e potestades do mal, triunfando sobre eles na cruz (Cl. 2.15).

Essa é a grande verdade do Cristo Vencedor, que a igreja às vezes tem esquecido. O primeiro motivo pelo qual só o Cordeiro pode interpretar a história com todo o seu mal é que Ele triunfou sobre o mal na cruz.


2) Em segundo lugar, a cruz ilumina a história porque fala da redenção.

O uso repetido do título “o Cordeiro” fazia os leitores judeus lembrarem-se de imediato da Páscoa. Pois assim como o cordeiro da Páscoa foi sacrificado, seu sangue espargido e o povo poupado, assim também Cristo nossa Páscoa foi sacrificado por nós, para que pudéssemos ser redimidos e celebrar a festa da redenção. Desse modo, a história apresenta uma trama dupla. Há a história do mundo ( a ascensão e queda dos impérios) e há a história da salvação (a história do povo remido por Deus). Além disso, atrevemo-nos a dizer que aquela só é explicável à luz desta; que o que Deus está fazendo no cenário da história do mundo é para convocar todas as nações um povo para si; e que só a cruz torna isso possível.

3) Em terceiro lugar, a cruz ilumina a história porque fala do sofrimento.

Os sofrimentos de Cristo, ainda que singulares em seu significado redentor, foram mesmo assim o protótipo dos sofrimentos do povo de Deus. Porque Ele sofreu, seu povo é chamado para sofrer. Porque Ele foi para a cruz, Ele nos chama a tomar nossa cruz e segui-lo. Assim, João passa do Cordeiro morto (Ap. 5) para a alma dos mártires, mortos por causa de seu testemunho fiel (no Ap. 6). Desse modo, os que são chamados para sofrer por Cristo, aqueles cujos sofrimentos são tão difíceis de compreender e suportar, aprendem a vê-los à luz dos sofrimentos de Cristo. Por isso, tenho que concordar com C.S. Lewis: Deus sussurra em nossos prazeres, mas grita em nossas dores. O sofrimento é o megafone de Deus”.


4) Em quarto lugar, a cruz ilumina a história porque fala da fraqueza e, especificamente, poder por meio da fraqueza.

Esse paradoxo é visto em sua mais dramática forma em Cristo e na cruz, na visão de João em Apocalipse 4 e 5, pois no centro do trono de Deus (símbolo do poder) posta-se um Cordeiro morto (símbolo da fraqueza). Em outras palavras, o poder por meio da fraqueza, dramatizado em Deus na cruz e o Cordeiro no trono, está situado no coração da realidade última, até do mistério do próprio Deus Onipotente.

Concluo com o texto de Paulo: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co 2.2) Amém!

Bibliografia: Stott, John. O Incomparável Cristo. Editora ABU.

Dr. D.A. Carson – ilustre professor

Foto: Dr. D.A. Carson e Pr Marcelo

Amados irmãos[as], por bondade de Deus participei na segunda-feira de uma palestra com o Dr. D.A. CArson um dos maiores estudiosos do mundo em Novo Testamento.

D.A. Carson, falou sobre como entendermos as citações do A.T no contexto do N.T, abordando o texto de Hebreus 1.5, trabalhando de forma magistral o conceito de filiação no A.T e seu uso no N.T.

Ensinou os irmãos[as] presentes como pregar sobre o texto de Hebreus 1.5 , explicando qual o sentido da expressão “Tu és meu Filho, hoje te gerei”. O autor aos Hebreus no Cap. 1 quer mostrar a superioridade de Cristo sobre os anjos. Portanto, surge a pergunta: “Em que sentido Jesus é maior que os anjos”?

Como profundo exegeta, explicou a “velha” e esquecida lei de uma boa interpretação: texto sem o contexto, vira pretexto. Portanto, disse ele que devemos ver como a expressão “filho de Deus” é usada no A.T e ver a relação dela no N.T

Por exemplo:

Em Jó 1.6: “os filhos de Deus” – são os anjos

Em Oséias 11.1 : “Do Egito chamei meu filho” aqui se refere a Israel como nação

Em II Sm 7.14: “Eu lhe serei por pai, ele será por filho”aqui trata de Salomão [filho de Davi] e não de Cristo! Porque se continuarmos a leitura do texto, veremos a advertência que se ele [Salomão] transgredir, será castigado com vara de homens, e com açoites de filhos de homens [vs 14]. Se dissermos no texto citado que o filho é Cristo, teremos um sério problema! Porque Cristo nunca pecou e transgrediu os mandamentos do Pai!

Já o texto de II Sm 7.16 é escatológico, falando que o trono de Davi será firme para sempre.

Um detalhe interessante que Dr. D.A. Carson abordou foi que o Salmos 110 é o texto mais citado no Novo Testamento, mais citado que o próprio Is 53. Enfim, uma aula magnífica para aqueles que verdadeiramente são amantes da Palavra e de uma exegese sadia que respeita o texto dentro do seu contexto.

Volto sua atenção para a pergunta que fiz acima: “Em que sentido Jesus é maior que os anjos” ?

Eis o esboço:

1) Jesus é maior que os anjos porque ele é o descedente legal do trono de Davi – Hb 1.5

2) Deus é aquele que o aponta como sacerdote – Hb 5.5

3) Deus o ressuscitou dos mortos, vindicando sua morte e sacríficio na cruz – At 13.33

Para aqueles que não conseguiram ouvir a excepcional palestra do Dr. D.A. Carson, ele estará pregando na 25º Conferência da Editora Fiel. Você pode assisti-lo on-line do seu PC e ver a profundidade exegética deste homem de Deus.

Visite: www.editorafiel.com.br Lá você verá os horários que ele falará, e terá o privilégio de aprender muito de graça!

Sobre D.A. Carson:

– É professor pesquisador do Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School, em Illinois

– É mestre em Divindade no Central Baptist Seminary, em Toronto

– É Ph.D em Novo Testamento pela Universidade de Cambrigde

– Escreveu e editou mais de 45 livros, dentre os quais destaco alguns para meus nobres leitores [as]:

Os perigos da Interpretação Bíblica – Edições Vida Nova

Do Shabbath para o Dia do Senhor – Editora Cultura Cristã

O Comentário de João – Shedd Publicações

E o mais novo livro que tive a honra de receber autografado:

A Cruz e o ministério cristão – Editora Fiel

um abraço, Pr Marcelo de Oliveira

P.s Meus agradecimentos ao amigo e irmão, Gutierres Siqueira do blog: http://teologiapentecostal.blogspot.com/ que também esteve presente na palestra e tirou esta foto com o Dr. D.A Carson. Sem dúvida, uma honra mui grande!

A manifestação da graça de Deus – conclusão

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=29RUkR08Ua8]

A manifestação da graça de Deus – Parte [5]

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=t1YrIwwHVqQ]

A manifestação da graça de Deus – Parte [4]

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=fO-WddhRTBI]

A manifestação da graça de Deus – Parte [3]

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=rftRHzBBqFs]

Vídeo: A manifestação da graça de Deus

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=NWYJjPm6UfE]

Timóteo, um obreiro de excelência


*Foto ilustrativa: Apóstolo Paulo escreve a seu filho na fé, o amado Timóteo

Quando Paulo retornou a Derbe e Listra, encontrou um jovem chamado Timóteo, este jovem foi instruído nas Escrituras desde a infância por sua mãe Eunice e sua avó Loide (2 Tm. 1.5; 3.14,15). Timóteo foi convertido a Cristo pelo ministério do apóstolo Paulo (1 Tm 1.2). Este jovem vem a se tornar um dos maiores colaboradores de Paulo no ministério. Timóteo cresceu sob a égide da Palavra de Deus. Seu caráter era aprovado, pois os irmãos de Listra como de Icônio davam bom testemunho deste jovem (At. 16.2).

Ao percorremos as epístolas paulinas, destacaremos alguns atributos desse jovem ministro que até hoje nos inspira a seguir seu exemplo.

1) Timóteo, um cooperador (Fp 2.19,23).

Timóteo era filho na fé do apóstolo Paulo (1 Tm 1.2), cooperador de Paulo (Rm 16.21) e mensageiro de Paulo às igrejas (1 Co 4.17; 16.10; 1 Ts 3.6). Ele esteve preso com Paulo em Roma (Fp. 1.1; Hb. 13.23). Além de cuidar dos interesses de Cristo (Fp 2.21) e da igreja de Cristo (Fp 2.20).

2) Timóteo, um homem singular (Fp 2.20 a).

Havia muitos cooperadores de Paulo, mas Timóteo ocupava um lugar especial no coração do veterano apóstolo. Ele era um homem singular pela sua obediência e submissão a Cristo e ao apóstolo como um filho a um pai. Ele tinha o mesmo sentimento de Paulo. A palavra grega isopsychos, que significa “igual sentimento” só aparece aqui em todo o Novo Testamento. Esta palavra significa “da mesma alma”. Esse termo foi usado no A.T como “meu igual” e “meu íntimo amigo” (Sl. 55.13, LXX).

3) Timóteo, um homem que cuida dos interesses dos outros (Fp 2.20 b).

Timóteo aprendeu o principio ensinado por Paulo de buscar os interesses dos outros (Fp 2.4). Esse mesmo principio foi exemplificado por Cristo (Fp 2.5) e pelo próprio apóstolo Paulo (Fp 2.17). Timóteo, de igual modo, vive de forma altruísta, pois o centro de sua atenção não está em si mesmo, mas na igreja de Deus. Ele não busca riqueza nem promoção pessoal. Não está no ministério em busca de vantagens; ele tem um alvo: cuidar dos interesses da igreja.

4) Timóteo, um homem que cuida dos interesses de Cristo (Fp 2.21).

Só existem dois estilos de vida: aqueles que vivem para si mesmos (Fp 2.21) e aqueles que vivem para Cristo (Fp 1.21). Estamos em Filipenses 1.21 ou então estaremos em Filipenses 2.21. Timóteo queria cuidar dos interesses de Cristo, e não dos seus. Sua vida estava centrada em Cristo (Fp 2.21) e nos irmãos (Fp 2.20 b), e não no seu próprio eu (Fp 2.21).

5) Timóteo, um homem de caráter provado (Fp 2.22).

Timóteo tinha bom testemunho antes de acompanhar à Paulo em sua viagem missionária (At. 16.1,2) e, agora, quando Paulo está para lhe passar o bastão, como continuador da sua obra, este dá testemunho de ele continua tendo um caráter provado (Fp 2.22). É lamentável que muitos líderes religiosos que são grandes em fama e riqueza sejam anões em caráter. Vivemos uma crise de integridade avassaladora no meio evangélico. Precisamos urgentemente de homens íntegros, provados e aprovados, que sejam modelo do rebanho.

Onde estão os líderes como Timóteo? Você é um Timóteo? Minha oração é que surjam novos “Timóteos” que sejam verdadeiros exemplos para nossa geração. Amém.


Pr Marcelo de Oliveira

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo.

                              Lopes, Hernandes Dias. Filipenses. Ed. Hagnos

As crianças e o reino de Deus –

As crianças têm lugar de destaque no reino de Deus. Em Marcos 10.13-16, vemos três maneiras de lidar com as crianças. Há aqueles que trazem as crianças a Jesus (Mc 10.13). As crianças não vieram; elas foram trazidas. Devemos ser facilitadores, e não obstáculos para as crianças virem a Cristo. Há também aqueles que impedem as crianças de chegarem a Cristo (Mc 10.13). Os discípulos de Cristo demonstraram dureza de coração e falta de visão ao tentarem impedir as crianças de se aproximarem de Cristo, mesmo depois de Jesus ter ensinado claramente sobre o assunto (Mc 9.36,37). Finalmente, há aqueles que abençoam as crianças (Mc 10.16). O texto em tela (Mc 10.13-16) ensina-nos algumas verdades, como veremos a seguir:

1. Um encorajamento para levarmos as crianças a Jesus (Mc 10.14).

Jesus disse: “…. deixai as crianças virem a mim e não as impeçais, porque o reino de Deus é dos que são como elas” (Mc 10.14). Jesus demonstra amor às crianças. Ele diz que quem recebe uma criança em seu nome é o mesmo que receber a ele próprio (Mc 9.36,37). Por outro lado, Jesus afirmava que fazer uma criança tropeçar é uma atitude gravíssima (Mc 9.42). Agora, Jesus acolhe as crianças, toma-as em seus braços, impõe as mãos sobre elas e as abençoa (Mc 10.16). Devemos levar nossos filhos a Cristo. Os braços de Jesus estão sempre abertos para acolher as crianças. A igreja deve sempre estar de portas abertas para acolher as crianças. Devemos ser facilitadores para as crianças chegarem aos pés do Salvador. Quando uma criança se converte a Cristo, muitas lágrimas, decepções e escolhas erradas são evitadas.

2. Uma reprovação de Jesus aos que estorvam as crianças de ir a Ele (Mc 10.14).

Jesus ficou indignado com seus discípulos, quando estes passaram a repreender aqueles que traziam as crianças (Mc 10.14). Ficou indignado quando viu que os discípulos afastaram as pessoas em vez de trazê-las a ele. Este é o único lugar nos evangelhos no qual Jesus dirige sua indignação aos discípulos, exatamente quando eles demonstram preconceito para com as crianças. Jesus fica indignado quando identifica o pecado do preconceito na igreja. As crianças não apenas podiam e deviam ir a Cristo, mas elas eram exemplo para as demais pessoas. Jesus disse: “Em verdade vos digo que qualquer pessoa que não receber o reino de Deus como uma criança, jamais entrará nele” (Mc 10.15). Todas as vezes que ignoramos as crianças ou criamos obstáculos para que elas se acheguem ao Salvador, estamos debaixo da sua severa repreensão.

3. Uma revelação maravilhosa acerca das crianças (Mc 10.14)

Jesus é enfático, quando afirma: “… porque o reino de Deus é dos que são como elas” (Mc 10.14). Com isso, Jesus não quis dizer que as crianças são inocentes. O pecado original atingiu toda a raça. As crianças nascem em pecado (Sl. 51.5) e tem um coração inclinado para o mal (Pv 22.15). Jesus também não quis dizer que as crianças estão salvas pelo simples fato de serem crianças. O que Ele quis dizer é que as crianças vão a Ele como total confiança. Elas crêem e confiam. Elas se entregam e descansam. Jesus está dizendo que o reino de Deus não pertence aos que se consideram dignos, mas é um presente para os que são tais como crianças, isto é, humildes e dependentes.

4. Um elogio singular e uma atitude abençoadora às crianças (Mc 10.15,16).

Jesus disse: “Em verdade vos digo que qualquer pessoa que não receber o reino de Deus como uma criança, jamais entrará nele”. As crianças não foram apenas recebidas por Cristo, mas também elogiadas por Ele como exemplo para os adultos. As crianças demonstram uma fé genuína. Elas confiam sem racionalizações. Descansam sem temor. Entregam-se sem reservas. Não devem ser impedidas de ir à Cristo; pelo contrário, devem ser colocadas como modelo para os demais.

Jesus não apenas acolhe as crianças e repreende os discípulos, mas toma as crianças em seus braços, impõe sobre elas as suas mãos e as abençoa. Jesus via as crianças como filhas da promessa, como herança de Deus, como alvos do seu amor e como exemplo para todos os que desejam entrar no seu reino. Jesus indignou-se com a atitude preconceituosa dos discípulos, acolheu as crianças e disse que elas são modelos para os adultos. As Escrituras são enfáticas em nos dizer que nossos filhos são herança do Senhor (Sl 127.3). Portanto, devemos criá-los na disciplina e temor do Senhor (Ef. 6.4).

Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora.
Lopes, Hernandes Dias. Mensagens Selecionadas. Ed. Hagnos
.