Pr Walter Brunelli lançará Teologia Sistemática Pentecostal

SHALOM! É com grande alegria que comunico os nobres leitores deste blog, que meu amigo Pr. Walter Brunelli,  lançará uma Teologia para Pentecostais, (Uma Teologia Sistemática e Expandida).  Uma obra que vem Leia Mais »

Pérolas da carta de Paulo à Filemon

A carta de Paulo a Filemon é a mais breve entre as cartas que formam a coletânea paulina e consiste apenas em 335 palavras no grego original. É pequeno no tamanho e Leia Mais »

Onesíforo, um bálsamo na vida de Paulo

Paulo havia exortado Timóteo a guardar o evangelho, pois diante da perseguição, muitos cristãos abandonariam o evangelho. Ao longo de 2º Timóteo, Paulo encoraja Timóteo a não se envergonhar do evangelho nesse Leia Mais »

Uma curiosidade inédita sobre Jonas

Para compreendermos o significado dos acontecimentos do livro de Jonas capítulo 3 é necessário saber que os ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humano e parte peixe. Eles acreditavam que ele tinha Leia Mais »

Afinal, quem é o cavaleiro branco de Apocalipse 6?

A adoração descrita em Apocalipse 4 e 5 é um preparativo para a ira descrita em Apocalipse 6 a 19. Pode parecer estranho adoração e julgamento andarem juntos, mas isso se deve Leia Mais »

Joana – mantenedora de Cristo

INTRODUÇÃO

Joana é o feminino de João. Significa “Iahweh mostrou favor” ou “Iahweh é gracioso”. Jesus mostrou favor e foi gracioso para com ela. Curou-a de alguma enfermidade. Seu marido era alto funcionário de Herodes, que era inimigo de Jesus, mas a graça do Salvador é para todos. Pobres e ricos, de baixa ou alta posição, e trabalhem onde trabalhem. Vejamos nossa personagem de hoje, a mulher que recebeu o favor de Jesus, e comprometeu sua vida com ele. São marcas que também devemos ter.

 

1. UMA MULHER CURADA POR CRISTO

Lucas 8.2. Não se diz qual foi a enfermidade. Ou se foi um caso de endemoninhamento. Segundo uma tradição antiga, ela e o marido são o casal mostrado em João 4.46-54. Jesus teria cobrado deles o compromisso (v. 48). Agora eles creram. Era o segundo milagre (Jo 4.54). Lição de Joana: quem foi agraciado por Jesus deve segui-lo. Joana: “Iahweh é gracioso”. Cuza: “modesto”. Ela responde à graça. Ele mostra o caráter que o nome expressa. Um casal nos bastidores. Há gente que ama os holofotes. Eles não.

2. UMA MULHER TESTEMUNHANDO DE CRISTO

Cuza: “alto funcionário” (Lc 8.3). Palavra grega traduzida em Mateus 20.8 como “administrador”. Erro da Igreja: só pregar para pobres. Ricos e bem situados também precisam de Jesus. Erros dos crentes bem situados: medo de testemunhar, como Nicodemos. Não tiveram medo. Atos 13.1: irmão de criação de Herodes era mestre na igreja. Influência do casal? História: Cuza perdeu posto no palácio, com seu testemunho. Queremos festa, não compromisso. Lição: testemunhar de Jesus mesmo que nos custe.

3. UMA MULHER MANTENEDORA DE CRISTO

Ela investiu em Cristo: Lucas 8.3. Seguia-o desde a Galiléia. Quem cozinhava? Quem lavava? Quem fazia as tarefas que competiam às mulheres? Quem os mantinha financeiramente? Mantinham Jesus com recursos e trabalho. Ele não tinha ocupação secular, e o um grupo que o acompanhava comia, bebia e se vestia. Isto é o reino de Deus. Quem foi tocado por Cristo serve a Cristo. Uns com a vida, outros com bens. Muitos hoje dão o louvor. É mais fácil que dar os bens. Mas ambos são necessários.

CONCLUSÃO

Joana é o vulto de hoje. Mas seu marido a acompanha. Um casal que pagou o preço de seguir a Cristo. Ambos perderam posição no palácio. Ganharam o reino. Ganharam um nome na história. Não perderam. Ganharam. Quem se compromete com Cristo sempre ganha.

Pr Isaltino Gomes Coelho

O “Outro Evangelho” – Gl 1.6,7

A passagem bíblica de Gálatas 1.6,7 parece não estar muito clara na língua portuguesa: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”. A tradução adotada aqui é a da ARA (Almeida Revista e Atualizada), mas o mesmo acontece nas demais versões em português que traduzem “para outro evangelho, o qual não é outro”. Afinal, o “outro evangelho” é ou não é outro?

Em português o adjetivo “outro” é “outro”, e nada mais, ou seja, sempre expressa o sentido de diverso ou diferente do primeiro. No grego temos állos e héteros. O adjetivo héteros é o outro de natureza diferente ou contrária ao verdadeiro; enquanto állos é o outro de mesma substância e qualidade do verdadeiro. É como se Paulo dissesse aos gálatas: “Vocês estão mudando para um evangelho que não é da mesma natureza do evangelho de Cristo”.

Este modo de interpretar Gálatas 1.6,7 não é novo. A. T. Robertson (1863-1934), um grande erudito do Novo Testamento, insistia na distinção onde Paulo não admite dois evangelhos lícitos e toleráveis (ouk estin állo), mas classifica o “evangelho” judaizante (o evangelho de Cristo mesclado com práticas judaicas [cf. At 15.1; Cl 2.16,17]) como héteros, radicalmente diferente do único e verdadeiro evangelho.[1] Portanto, Gálatas 1.6,7 pode ser lido mais ou menos assim: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho [de substância diferente], o qual não é outro [da mesma substância], senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”. Os gálatas estavam abandonando esse evangelho em favor de um diferente, um que proclamava a fé mais as obras da lei como o caminho de salvação.[2]

Segundo Robertson, encontramos algo semelhante a Gálatas 1.6,7 no texto de 2Coríntios 11.4[3]: “Se, na verdade, vindo alguém, prega outro [állos] Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente [héteros] que não tendes recebido, ou evangelho diferente [héteros] que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais”. O que, por sua vez, também acha seu complemento em Gálatas 1.8,9: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema”. Para Paulo, o evangelho de Jesus é único e incomparável!

Concluindo: Tenho em minhas mãos O Livro de Mórmon. Ele traz na capa o subtítulo: um outro testamento de Jesus Cristo. Com certeza, esse outro testamento de Jesus Cristo não é állos, mas héteros.[4]

Apêndice:

Quando Jesus diz em João 14.16: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”, o adjetivo “outro” de João 14.16 também é állos, isto é, um outro de mesma substância e natureza. Temos aí um bom argumento para refutar a tese das testemunhas de jeová contra a pessoa e divindade do Espírito Santo. Na obra “Let Your Name Be Sanctified”, está escrito: “O santo espírito, porém, não tem nome pessoal. A razão disso é que o santo espírito não é uma pessoa inteligente. Trata-se de uma força impessoal, invisível e ativa, que encontra sua fonte e seu abastecimento em Deus Jeová e que este emprega para executar a sua vontade”.[5]

As Escrituras atribuem ao Espírito Santo predicados da personalidade, como: inteligência (1Co 2.10); vontade (1Co 12.11) e descreve-o como pessoa divina com nomes divinos (Mt 28.19; At 5.3; 1Co 3.16; 2Co 3.17); obras divinas (Sl 104.30 – criação; Sl 139 – onipresença); honra divina (Mt 12.31; 2Co 13.13).

Em João 14.16 Jesus ensina que o Espírito Santo é da mesma natureza dele.

[1] A. T. Robertson. Word pictures in the New Testament: the epistles of Paul. Vol. IV. Grand Rapids: Baker Book House, 1931, p. 276,77; V. t. E. W. Burton. A critical and exegetical commentary: the epistle to the Galatians. Edinburgh: T & T Clark, 1977, p. 22,420-22. Para um ponto de vista diferente, consulte Richard N. Longnecker. Word biblical commentary: Galatians. Vol. 41. Nashiville: Thomas Nelson Publishers, 1990, p. 15.

[2] Cf. Guillermo Hendriksen. Comentário del Nuevo Testamento: Gálatas. Grand Rapids: SLC, 1984, p. 47.

[3] Robertson, op. cit., p. 276.

[4] Veja mais sobre os adjetivos állos e héteros em R. C. Trench. Synonyms of the New Testament. Grand Rapids: Baker Book House, 1989, p. 375-77; W. C. Taylor. Introdução ao estudo do Novo Testamento grego. 7ª ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1983, p. 295.

[5] Citado por J. K. Van Baalen. O caos das seitas: um estudo sobre os “ismos” modernos. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1986, p. 193.

Assista a mensagem que preguei na séde da AD – Madureira – RJ

Shalom!

Amados irmãos e amigos [as], seja abençoado com a exposição da Palavra de Deus. O tema da mensagem é: Ressurreição – A morte da morte.

Meus agradecimentos ao Rev. Abner Ferreira por tão honroso convite e o meu amigo Paulo Teixeira, por disponibilizar a mensagem no youtube.

Se você foi abençoado com a exposição da Palavra, deixe seu comentário.

 

 

Josias – “Uma lição de vida”

INTRODUÇÃO

Josias é um dos grandes reis de Judá, o reino do Sul. Seu nome significa “Iah concede”. Seu nascimento foi predito trezentos anos antes, com seu nome citado, em 1Reis 13.2. Filho de Amom, um rei ímpio. Neto de Manasses, o pior rei de Judá. Mostra que caráter e moral não são genéticos, mas decididos pela pessoa. E que não há maldição hereditária. Cada pessoa traça seu caminho, faz suas opções e é responsável por elas. Liderou um grande avivamento em Jerusalém, a capital, e em Judá, o país. Sua morte foi uma comoção nacional: 2Crônicas 35.24-27. O que Josias nos ensina?

1. QUE PODEMOS SER GRANDES MESMO SEM APOIO DA FAMÍLIA

Ficou órfão aos 8 anos. O pai foi ruim; o avô, péssimo. Sem apoio da família. Seu nome significa “Iah sustenta”. Iahweh foi seu sustento. Cabe aqui o Salmo 27.10. É conveniente culparmos os outros pelos nossos fracassos. Mas nós fazemos a nossa vida. Josias decidiu que ia ser fiel a Deus: 2Crônicas 34.2. Nós podemos fazer as coisas certas mesmo sem apoio.

2. QUE O CARÁTER DE UMA MÃE VALE MUITO PARA UM FILHO MESMO QUANDO O PAI NÃO PRESTA

Sem meias palavras: o pai e o avô de Josias foram calamitosos. Mas sua mãe se chamava Jedida (2Rs 22.1-2). Significa “amada de Iah”. Em Reis, logo após a apresentação de sua mãe vem a descrição de seu caráter. Estava ligado à fé materna e não à ganância do pai. A mãe cristã é responsável pela formação do caráter de seus filhos. Os pais não devem falhar. Ajudará mais aos filhos. Mas o valor de uma mãe piedosa não pode ser ignorado: 2Timóteo 1.5.

3.  QUE O TEMPO DE BUSCAR A DEUS É NA JUVENTUDE

Teve uma profunda conversão aos 16 anos e com 20 anos liderou um avivamento em Judá (2Cr 34.3). É desalentadora a futilidade de tantos jovens crentes! E é desorientada a igreja que acha vai atrair jovens lhes dando o que mundo dá. Seu avivamento foi tão forte que passou para o apóstata reino do Norte, Israel (2Cr 34.6-7). Aos 20 anos ele marcou dois países com sua fé. Que os jovens pensem em Eclesiastes 11.9-10 e 12.1.

4. QUE A MATURIDADE É TEMPO DE SERVIR A DEUS

Com 26 anos mandou restaurar o templo, destruído por seu avô e por seu pai (2Cr 34.8). O tempo não o enfraqueceu. Ouviu a leitura do livro (Deuteronômio) achado nas ruínas do templo, se humilhou: 2Crônicas 34.18-21. É bom lembrar de Deus na juventude e ficar com ele na maturidade. Sua espiritualidade continuou: 2Crônicas 34.29-33.

CONCLUSÃO

Josias é uma lição de vida. Assumiu o reinado como criança, numa época de violência e de terror. Por toda a vida mostrou uma fidelidade impressionante a Deus. Como há homens chamados Josias em nossas igrejas! Este é um tributo do fiel: ter bom nome. Judas arruinou um nome tão bonito! Saulo recuperou o nome que Saul perdeu. Levante seu nome! Faça sua história com Deus!

Água transformada em vinho – Um milagre ou um truque?

As grandes talhas de pedra continham água que seria usada para lavagem cerimonial de mãos e, talvez, encher o tanque para o banho ritual, o mikvê. A lei rabínica especificava que a água para esse banho devia ser “água viva”, ou seja, água corrente. Porém, água de chuva coletada era considerada suficiente na Galiléia, onde os rabinos eram bem menos rígidos com relação a estas questões do que na Judéia. A escolha destas talhas por Jesus foi uma das primeiras indicações da hostilidade de Cristo à constante adição à lei escrita de Deus feita pelos rabinos na época (cf. Mt 15.9).

O que ocorreu depois foi um milagre inquestionável. É impossível que o milagre realizado por Jesus tenha sido um truque. Foram os servos que cumpriram as ordens de Jesus e encheram vasos com a água das talhas. Os servos obedeceram às instruções de Jesus e levaram os vasos cheios ao mestre-sala, que era responsável pela mistura e distribuição do vinho. Quando o mestre-sala afirmou que o vinho era muito melhor do que o anteriormente servido, os servos perceberam. E os discípulos perceberam que Jesus transformara águaem vinho. Hávárias coisas a serem observadas sobre esse milagre:

1)     O milagre foi da “velha criação”.  Há uma harmonia entre o milagre de Jesus e o que acontece na natureza. É normal que a água caia do céu, seja absorvida pelas raízes da videira, transportado para as uvas, e depois espremido das uvas maduras como “novo vinho”. O que Jesus fez não foi contrário a esse processo natural, mas estava em harmonia com ele.

A diferença é que Jesus transformou água em vinho sem o agente da videira – e fez isso instantaneamente, sem o tempo necessário para a transformação normal. Não damos valor aos “processos naturais” deste mundo, por isso não vemos a mão de Deus no que realmente é milagre.

2)  O milagre foi um sinal (Jo 2.11) – A palavra grega usada aqui para “sinal” é semeion, que ocorre 77 vezes no Novo Testamento. É usada para identificar um ato que exige o exercício de poder sobrenatural. Sinais bíblicos são considerados sobrenaturais pelos observadores. Eles autenticam quem faz o sinal como pessoa enviada por Deus.

3)  O milagre foi feito sem encantamento ou palavras mágicas. O povo do mundo bíblico recorria à magia ou aos encantamentos para exercer algum controle sobre seu ambiente. Um mágico teria feito uma grande exibição com sua tentativa de transformar águaem vinho. Teriadeclarado nomes de anjos e de demônios e os teria invocado para fazer a vontade dele. Em comparação, Jesus assistiu em silêncio aos servos seguirem suas instruções e depois simplesmente aguardou enquanto o mestre-sala provara o vinho. O poder de Jesus para fazer milagres não estava no seu domínio da magia mas na sua própria pessoa.

4) O milagre manifestou a glória de Deus (Jo 2.11) – Nas Escrituras, a glória de Deus é associada à sua revelação. A demonstração da glória de Deus nas Escrituras está intimamente ligada aos atos de Deus no nosso universo.  Na introdução do evangelho de João, João escreve que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória, glória como do Unigênito do Pai”(Jo 1.14). Os milagres de Jesus deixaram claro que Deus estava agindo neste mundo novamente. A realidade de quem era Jesus  começou a se revelar nesse primeiro milagre. A cada milagre, a divindade de Cristo brilhava mais e mais, até que a ressurreição eliminou qualquer dúvida. Jesus é Deus encarnado em forma humana.

5) O milagre desenvolveu a confiança dos discípulos de Jesus (Jo 2.11) – Dois discípulos ouviram João identificar Jesus como Filho de Deus (Jo 1.34). Encontraram os outros e relataram animados: “Achamos o Messias!”(Jo 1.41). Outro, Natanael, foi convencido ao falar com o próprio Jesus (Jo 1.47-51). Esses homens já acreditavam em Jesus, pelo menos na medida em que conheciam. O que o milagre em Cana fez para eles foi aprofundar sua fé existente, em vez de criar uma fé que ainda não existia.

Nele, que ainda realiza milagres

Pr Marcelo de Oliveira

 

 

 

23 anos de trabalho infrutífero!

“Por um período de vinte e três anos, desde o décimo terceiro ano de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, a palavra do SENHOR tem vindo a mim, e eu a tenho anunciado a vós insistentemente. Mas vós não me tendes dado ouvidos” – Jeremias 25.3 (Almeida Século 21).

Algumas expressões mostram o peso da acusação neste versículo. “A palavra do Senhor”, “vinte e três anos”, “vindo a mim”, “tenho anunciado”, “não me tendes dado ouvidos”. Como o povo de Deus ouve a palavra de Deus por 23 anos e se recusa a cumpri-la? Há milhares de crentes assim! Há igrejas inteiras em que a vida social prevalece sobre a palavra de Deus, e a vontade de donos da igreja prevalece sobre a vontade de Deus! A fala de Jeremias e o que observamos hoje comprovam como o coração humano é duro e pecaminoso! E a facilidade com que tornamos os negócios de Deus uma extensão dos nossos, e como tornamos o relacionamento com Deus em atividade social! Quantos membros de igreja querem mesmo ouvir a voz de Deus, e não apenas receber seu amparo e promessas?

Imagino Jeremias numa ordem de pastores, hoje. A teologia do sucesso ensina que o bom pastorado é aquele em que a igreja está cheia de figurões, a receita cresce, todo mundo está feliz, o pastor é um “paizão”, há muito louvor e muita reunião social: o futebol dos jovens, os chazinhos das senhoras e reuniões absolutamente dispensáveis que nada acrescentam, mas que fazem bem, porque dão a idéia de ser uma igreja ativa. Jeremias diria que ninguém estava satisfeito com ele (os donos do poder religioso não estavam mesmo) e ninguém queria ouvir seus sermões. Até desejaram matá-lo. “Tsc, tsc, tsc”, diria um colega. “Você precisa participar das conferências promovidas pela Igreja bajuladora e ouvir as mensagens do Dr. Sorriso Colgate e sua esposa Amo vocês, rebanho maravilhoso! Veria as novas técnicas de agradar o povão. O povão quer é festa, Pr. Jeremias! Que palavra de Deus, o que!”.

Imagino a frustração de Jeremias. Quase um quarto de século sem obter fruto e uma coleção de desafetos e perseguições. Bem, ele reclamou bastante de Deus…

Só que Jeremias estava certo, o povão estava errado, como também o profeta Sorriso Colgate e sua esposa Amo vocês, rebanho maravilhoso! Deus anunciou o que faria: “Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca mais dirão: Vive o Senhor, que tirou os filhos de Israel da terra do Egito; mas: Vive o Senhor, que tirou e que trouxe a linhagem da casa de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e eles habitarão na sua terra. Quanto aos profetas. O meu coração está quebrantado dentro de mim; todos os meus ossos estremecem; sou como um homem embriagado, e como um homem vencido do vinho, por causa do Senhor, e por causa das suas santas palavras. Pois a terra está cheia de adúlteros; por causa da maldição a terra chora, e os pastos do deserto se secam. A sua carreira é má, e a sua força não é reta. Porque tanto o profeta como o sacerdote são profanos; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor. Portanto o seu caminho lhes será como veredas escorregadias na escuridão; serão empurrados e cairão nele; porque trarei sobre eles mal, o ano mesmo da sua punição, diz o Senhor” (Jr 23.7-12).

Respeitosamente, com temor diante de Deus: colega pastor, não procure a popularidade, mas a fidelidade ao Senhor e sua Palavra. Rebanho de Deus: seja dócil para ouvir a palavra do Senhor, submeter-se a ela e corrigir a vida. Há festas e reuniões em demasia, e santidade e seriedade de vida em escassez. É hora de mudar. Os resultados da postura errada são muito duros.

Pr. Isaltino Gomes

O novo calvinismo, os dons e o batismo infantil

Por Wellington Mariano

Acredito que grande parte dos leitores cristãos interessados em teologia e assuntos eclesiásticos já deve ter lido algum artigo que trate do assunto. Há quem defenda que o novo calvinismo não existe[1], há quem diga o contrário, mas não sendo este o propósito deste artigo, quero aproveitar o tema para discutir algumas tendências do novo calvinismo, a saber, sua posição em relação aos dons e batismo infantil.

Segundo a revista  Time, os líderes do neocalvinismo são os pastores John Piper, Mark Driscoll e Albert Mohler[2]. Mas qual a posição desses líderes em relação aos dons e o batismo infantil?  

Os artigos, em sua maioria, apontam o pastor John Piper como o líder do movimento, assim, portanto, saber o que ele pensa a esse respeito é importante. Piper, como a maioria dos pastores batistas, é contrário ao pedobatismo[3] e acredita na contemporaneidade dos dons[4], ou seja, crê que todos os dons são válidos para os dias atuais.

Mark Driscoll, assim como Piper, também é contra o batismo infantil[5] e acredita na contemporaneidade dos dons, aliás, ele mesmo escreveu que uma das características do novo calvinismo é o fato do movimento não ser cessacionista[6].

Albert Mohler, presidente do Southern Baptist Theological Seminary, assim como Piper e Driscoll, também é contra o batismo infantil[7], mas diverge destes quanto à contemporaneidade dos dons, não acreditando que todos os dons sejam para os dias atuais[8].     

Embora o artigo da Times tenha colocado estes três pastores como os líderes do movimento neocalvinista, vemos em muitos outros lugares outros pastores influentes também sendo citados como pilares do movimento, e alguns destes pastores são: Mark Dever, Joshua Harris e C. J. Mahaney. O que tais pastores pensam acerca dos dois pontos em questão?

Mark Dever é contra o batismo infantil[9]. Em se tratando dos dons disse que não é cessacionista na teologia, mas na prática. Disse também, citando o livro de D. A. Carson, Showing the Spirit, que foram os reformadores que passaram a fazer distinção entre dons e dons, e isso em reação ao que viram como excessos dos católicos[10].   

Joshua Harris é contra o batismo[11] infantil e é continuista[12].

C. J. Mahaney é continuista[13] e embora eu não tenha encontrado uma citação direta dele sendo a favor ou contra o batismo infantil, as duas igrejas e/ou ministérios que ele está ou esteve associado, Covenant Life Church e Sovereign Grace Ministries[14], não favorecem o batismo infantil.  

Concluímos, portanto, que se consideramos os líderes do neocalvinismo apontados pelo artigo da Time, o futuro do movimento caminha para ser continuista e contrário ao batismo infantil. O mesmo podemos dizer da segunda lista de pastores, pois o prognóstico se mantém.   

Dentre os líderes neocalvinistas que acreditam na contemporaneidade dos dons estão: John Piper, Mark Driscoll, Josh Harris e C. J. Mahaney.

Na lista dos líderes neocalvinistas contrários ao batismo infantil estão John Piper, Mark Driscoll, Al Mohler, Josh Harris e Mark Dever.      

Ao Amoroso Soberano Deus!



Estarei na RIT hoje à noite! Assista AO VIVO!

Amados irmãos, amigos [as], permitindo o Eterno, estarei hoje à noite na RIT (Rede Internacional de Televisão) no programa: VEJAM  SÓ

Desde já expresso minha gratidão ao Rev. Éber Cocarelli, diretor do programa pelo honroso convite formulado para que eu participe deste programa.

Neste programa debateremos a temática:

Por que os demônios saíam com uma só palavra de Jesus ou dos apóstolos e hoje a libertação é tão prolongada?

Terei a grata satisfação de debater com o Rev. Fernando Almeida, capelão da Universidade Presbiteriana Mackenzie.  

O programa começa as 22h10, sendo que a transmissão é ao VIVO para todo o Brasil.  Você assistirá pelos seguintes canais:

CANAL   40 UHF

6 SKY,

12 NET,

1140

INTERNET:    www.vejamso.com.br –

 

 

Artigo publicado no Mensageiro da Paz!

Meus sinceros agradecimentos ao meu amigo, Pr Silas Daniel, editor-chefe do setor de jornalismo da CPAD. Para mim é uma honra, bem como um privilégio escrever no conceituado jornal Mensageiro da Paz, orgão oficial da CGADB. O artigo foi publicado na edição de Agosto na pág. 16.  Abaixo uma parte do artigo. Não deixe de ler, compre o jornal e seja abençoado [a] !

                               

 O dilúvio e o épico de Gilgamesh

A Mesopotâmia (que é a combinação das tradições suméria e acádica) nos legou três importantes relatos de dilúvio (Gênesis Eridu, Gilgamesh e Atrahasis).  Em outras palavras, parece que o dilúvio foi uma tradição bem atestada na Mesopotâmia antiga. Apesar do fato de que o herói do dilúvio (o equivalente a Noé no texto bíblico) tinha um nome diferente nessas composições (Ziusudra, Utnapishtim e Atrahasis), a história basicamente continua a mesma, ainda que o relato mais completo esteja no épico de Gilgamesh. O épico de Gilgamesh é com certeza a mais conhecida das antigas composições mesopotâmicas, embora não cite nenhum relato da criação, sua história do dilúvio é aquela com as mais relevantes semelhanças com o relato bíblico do dilúvio. Mas Gilgamesh apenas narra o dilúvio no contexto de um enredo maior que tentaremos resumir neste ensaio. Gilgamesh é o rei de Uruk e no início do conto ele é bem impopular entre os seus súditos. Como conseqüência, eles vão se queixar ao deus Anu, o qual responde, criando Enkidu. Este iria, presumivelmente, ser rival de Gilgamesh e distraí-lo para que deixasse de lado seu comportamento opressivo com os cidadãos de Uruk. Ele é um homem primevo que aprecia a companhia dos animais do campo. Todavia, isto não atende aos interesses do povo, de modo que enviam uma prostituta para fora da cidade com o objetivo de “civilizar” Enkidu. A prostituta tem sucesso tem sucessoem seduzir Enkidu, e com relutância consegue leva-lo até Uruk. Uma vez ali, Enkidu se encontra com Gilgamesh, e eles lutam. Em meio à luta ambos se tornam amigos e embarcam juntos numa série de feitos. Entre outras aventuras, derrotam Huwawa, o protetor da floresta de cedros do Líbano. Durante este período a capacidade e a beleza de Gilgamesh atraem a deusa Ishtar, que propõe casar com ele. Gilgamesh a rejeita, o que faz com que ela procure o pai, o deus Anu, em busca de vingança. Anu não deseja matar Gilgamesh, mas, em vez disso, o castiga matando Enkidu. Gilgamesh é bastante tocado pela morte de Enkidu, não apenas porque é seu amigo, mas também, ao que parece, porque a morte de Enkidu o confronta com sua própria mortalidade. È justamente esta indagação que o leva até Utnapishtim, visto que  Utnapishtim é o único ser humano a não experimentar a morte. A pergunta de Gilgamesh a Utnapishtim sobre por que ele não morreu é o que leva este último a relatar sua experiência com o dilúvio (tábua 11 do épico). Respondendo a Gilgamesh, Utnapishtim narra o tempo em que os deuses decidiram trazer um dilúvio contra a humanidade. O deus Ea, se comunicou com seus devotos e lhe disse para construir uma embarcação que transportaria os moradores da terra em meio à devastação causada pelo dilúvio. As dimensões dessa arca foram as de um grande cubo. Tendo terminado de construir a arca em apenas sete dias, Utnapishtim carregou a arca com provisões, mas, o mais importante ainda, também levou sua família e animais dentro. Quando todos estavam seguros dentro da embarcação, chuvas terríveis começaram. Até os deuses “ficaram assustados com o dilúvio”. A tempestade durou sete dias, e a embarcação veio a parar sobre o monte Nimush. A essa altura Utnapishtim soltou algumas aves em seqüência – duas pombas e, em seguida, uma andorinha – para ver se a terra firme já tinha aparecido. O “truque” deu certo com a última ave, e desembarcaram. Sua primeira providência foi oferecer um sacrifício, o que foi um grande prazer aos deuses, que estavam esfomeados devido à falta de atenção dispensada pelos seres humanos. Nesta altura, você deve estar se perguntado: Qual é a relação e as diferenças entre o dilúvio e o épico de Gilgamesh?  Não podemos negar as semelhanças entre o épico de Gilgamesh e o relato bíblico do dilúvio. De outro lado, claras diferenças vêm à tona, quando comparamos os relatos. Tal qual Enlil, Yaweh decide usar uma inundação catastrófica para trazer juízo sobre suas criaturas. No entanto, o que os motiva é uma diferença muito importante. Enlil estava cansado do “barulho” da humanidade, provavelmente como resultado da superpopulação. A motivação bíblica para o dilúvio foi moral (Gn 6.5) e não uma questão de inconveniência causada à divindade.  A dimensão moral está ausente na versão mesopotâmica.  Em vários pontos da história existem diferenças em meio às semelhanças. As duas histórias registram a construção do barco, a duração do dilúvio, a entrada de animais e outros seres humanos, mas os detalhes são diferentes. Para ilustrar um episódio que é parecido mas ao mesmo tempo extremamente diferente, podemos comparar os dois relatos da oferta de sacrifícios. A semelhança é que nos dois casos o “herói” do dilúvio oferece sacrifícios ao seu Deus ou deuses como o primeiro ato depois de desembarcar. No entanto, a descrição da reação dos deuses no relato mesopotâmico é radicalmente diferente do relato bíblico. Afinal, os deuses mesopotâmicos dependiam de sacrifício oferecido pelos humanos para se alimentarem. Talvez a semelhança mais notável entre os dois relatos seja o emprego de aves para determinar se as águas do dilúvio haviam ou não baixado. De acordo com o texto bíblico de Gn 8.6-12, Noé enviou um corvo e depois uma pomba. No épico de Gilgamesh a arca veio a pousar sobre o monte Nimush, e, depois que passaram seis dias, lemos o seguinte relatório: Quando chegou o sétimo dia, Soltei uma pomba para que se fosse, A pomba foi e voltou, Não apareceu nenhum lugar para pousar, então retornou. Soltei uma andorinha para que se fosse, Não apareceu nenhum lugar para pousar, então retornou. Soltei um corvo para que se fosse, O corvo partiu, viu o baixar das águas, Comeu, voou em círculos, não retornou. Pr Marcelo Oliveira P.s>> Leia a conclusão deste artigo na Pág 16 da Edição de Agosto.

Os dentes dos filhos x dentes dos pais

Naqueles dias não dirão mais: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que embotaram? Pelo contrário, cada um morrerá por sua própria iniqüidade; os dentes de todo aquele que comer uvas verdes é que se embotarão” – Jeremias 31.19-30 (Almeida Século 21)

Ávidos por novidades, buscando destaque e atenção pelo inusitado, pregadores criaram uma doutrina que o cristianismo, em dois mil anos, nunca suspeitou haver: maldição hereditária. Aliás, o que tem de gente reinventando o evangelho é terrível. Como a competição é grande, as idéias mais esdrúxulas aparecem. Com esta, a pessoa, mesmo convertida, carrega uma maldição proferida por alguém, e precisa de uma reza forte para quebrar a maldição. O sangue de Jesus perdeu o poder, ou só funciona quando manipulado por alguém…

Deus diz que haveria um tempo em que ninguém sofreria a ação dos antepassados. Se os pais chupassem uvas verdes, os dentes dos filhos não embotariam. Os dentes dos pais, sim. Os dos filhos, que não chuparam, não. Quando seria isto? Logo a seguir, após esta declaração, Deus anuncia a nova aliança (Jr 31.31-34), a que faria por meio de Jesus Cristo (Mt 26.28). Na nova aliança, a responsabilidade é pessoal. Pai não transfere culpa, filho não herda culpa.

Deus repetiu isto por Ezequiel: “Que quereis vós dizer, citando na terra de Israel este provérbio: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz o Senhor Deus, não se vos permite mais usar deste provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.” (Ez 18.2-4). O título do capítulo 18 de Ezequiel é “A responsabilidade é pessoal”

Não há salvação hereditária. Não há condenação hereditária. Não há maldição hereditária. Não há bênção hereditária. Cada pessoa  responde por si, diante de Deus. E não faz sentido o Cristo de alguns, tão fraco que sua obra não tem poder de cancelar maldições na vida da pessoa. Vemos uma incongruência hoje: um Cristo fraco e demônios fortes. A obra de Cristo é incompleta sem a oração do pastor. É ele quem quebra as maldições.

Quem está em Cristo é nova criatura (2Co 5.17). Seu passado morreu. O seguidor de Jesus não tem passado. O sangue de Jesus o aboliu! Saudades do tempo em que, ao invés de só cantar “Quero te louvar!”, cantávamos hinos com substância, como “O sangue de Jesus me lavou, me lavou…” e “Há poder, sim, força sem igual. Só no sangue de Jesus!”. Cantávamos o poder de Jesus. Quando alguém se converte, o sangue de Jesus o cobre, perdoa e elimina seu passado, dá-lhe nova vida. Pouco importa o poder de Satanás, seus asseclas e a força de suas maldições. O crente tem Jesus! E como diz 1João 4.4: “Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo”. Sou habitação da Trindade e ela é maior que Satanás.

O que meu pai fez, não importa. O que meu avô fez, não importa. Importa o que eu faço. Como uso minha vida e como me porto diante de Deus. E conto com a ajuda do Espírito Santo para saber que chupar uvas verdes faz mal aos meus dentes. Se meus antepassados chuparam, o problema foi deles. Não caiu sobre mim. Se, desafortunadamente, eu as chupar, meus dentes sofrerão. Mas os de meus filhos, não.

O evangelho deixa claro: Cada um de nós responde por si diante de Deus. Cuide dos seus dentes. Não chupe uvas verdes e não culpe os seus pais pelos seus dentes embotados.

Pr Isaltino Gomes Coelho