Pr Walter Brunelli lançará Teologia Sistemática Pentecostal

SHALOM! É com grande alegria que comunico os nobres leitores deste blog, que meu amigo Pr. Walter Brunelli,  lançará uma Teologia para Pentecostais, (Uma Teologia Sistemática e Expandida).  Uma obra que vem Leia Mais »

Pérolas da carta de Paulo à Filemon

A carta de Paulo a Filemon é a mais breve entre as cartas que formam a coletânea paulina e consiste apenas em 335 palavras no grego original. É pequeno no tamanho e Leia Mais »

Onesíforo, um bálsamo na vida de Paulo

Paulo havia exortado Timóteo a guardar o evangelho, pois diante da perseguição, muitos cristãos abandonariam o evangelho. Ao longo de 2º Timóteo, Paulo encoraja Timóteo a não se envergonhar do evangelho nesse Leia Mais »

Uma curiosidade inédita sobre Jonas

Para compreendermos o significado dos acontecimentos do livro de Jonas capítulo 3 é necessário saber que os ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humano e parte peixe. Eles acreditavam que ele tinha Leia Mais »

Afinal, quem é o cavaleiro branco de Apocalipse 6?

A adoração descrita em Apocalipse 4 e 5 é um preparativo para a ira descrita em Apocalipse 6 a 19. Pode parecer estranho adoração e julgamento andarem juntos, mas isso se deve Leia Mais »

Assista a mensagem: Os riscos de se vestir com um lençol

Shalom!

Amados irmãos, leitores [as], assistam a mensagem: Os riscos de se vestir com um lençol,  pregada no programa Aspecto Cristão que é transmitido nos finais de semana na TV Pólo na Baixada Santista.

Desde já expresso minha gratidão ao nobre Pr Carlos Roberto e sua digníssima esposa pela oportunidade concedida em expor a Palavra de Deus. O Eterno amplie a vossa tenda!

P.s >> Assistam a mensagem até o fim, pois a mesma, possui apenas 10 minutos. Seja edificado e abençoado!

Pr. Marcello de Oliveira
Aspecto Cristão TV – Programa 33



ASPECTO CRISTÃO TV
Programa 33 – 02.04.2011


Palavra de Mulher com Sarah Virgínia
PARA QUE NÃO ESQUEÇAMOS

Mensagem com o Pr. Marcello de Oliveira
OS RISCOS DE SE COBRIR COM UM LENÇOL
Marcos 14: 51 – 52

Música
CHORAR É PRECISO com Lília Paz

Pr Ednilson C. de Abreu

Shalom!

Amados e distintos leitores [as] deste site, é com muita alegria e consideração que indico para todos nós, o ótimo site do amado Pr Ednilson C. de Abreu, pastor da Igreja Batista no Estado do Espírito Santo.

O blog dele é:   www.gracaparahoje.com

Recomendo com muita estima. Divulguem em seus sites, para seus amigos e em vossas igrejas.

Um abraço, Pr Marcelo

Se Deus é bom, por que existe o mal?

Talvez você já ouviu falar do “Problema do Mal”. A expressão se refere à mais difícil pergunta da história da teologia cristã: Se Deus é onipotente e bondade, por que ele permite a existência do mal e do sofrimento? Afinal, o que quer a expressão “Problema do Mal”? Antes de tudo, é importante reconhecermos que o mal não é necessariamente um problema no sentido filosófico do termo. O conceito de problema pode ser invertido aqui. Por exemplo, uma perspectiva pessimista e ateísta que afirma a realidade do mal como experiência básica da realidade e nega o divino e o bem, teria de enfrentar o “problema do bem”. Explicando melhor: “se o universo não tem propósito e é absurdo (como sugerem alguns existencialistas ateus, por exemplo), como explicar a experiência do belo, do inefável e do prazer”? Não seria esse um grande problema filosófico? Como disse o famoso biblista autraliano Francis I. Andersen: “A rigor, a desgraça humana, ou o mal em todas as suas formas, é um problema somente para a pessoa que crê num Deus único, onipotente e todo amoroso”. Isso significa que outras religiões e filosofia não enfrentam um dilema, no sentido de terem de explicar a existência do mal. Mesmo assim, o mal ainda permanece um problema para todos os sistemas de pensamento por causa da questão do sofrimento.

A tentativa cristã de lidar com esse tripé “Deus todo-poderoso”, “Deus todo-amoroso” e “existência do mal”, mostrando que a despeito do mal, Deus continua justo, bom e poderoso foi historicamente denominada Teodicéia. A palavra foi cunhada em 1710 pelo filósofo alemão Gottfried Leibnitz (1646-1716). Seu sentido é “justificação de Deus” (do grego theós “Deus” e dikê “justiça”). A dificuldade do problema foi bem definida pelo filósofo escocês David Hume (1711-1776) numa retomada do antigo filósofo grego Epicuro (341-270 a.C.). Conforme escreveu David Hume: “As antigas perguntas de Epicuro permanecem sem resposta. Quer ele (Deus) impedir o mal, mas não é capaz de fazê-lo? Então ele é impotente (i.e, não é onipotente). Pode ele fazê-lo, mas não o deseja? Então ele é malévolo. Não é ele tanto poderoso como o deseja fazê-lo? De onde, pois, procede o mal?

O problema do mal também é discutido e compartilhado pelo judaísmo e islamismo. A importância da discussão na tradição judaica foi expressa por Nachmânides quando se referiu ao problema do mal como “a questão mais difícil que se encontra tanto na raiz da fé quanto da apostasia, com a qual estudiosos de todas as épocas, povos e línguas têm lutado”.

 Historicamente, na tentativa de construir-se essa explicação que procura manter a justiça de Deus diante do mal, vários tipos básicos de teodicéia foram elaborados. Os principais tipos respondem ao problema assim:

A Teoria do Livre-arbítrio

              É a posição clássica das religiões monoteístas. Ela afirma que Deus permite o mal e o utiliza para fins bons. Deus permite o mal para produzir um bem maior. Nunca foi elaborada solução mais razoável e esperançosa do que a judaico-cristã. Para explicar a origem do mal, afirma-se que o mal sempre seria uma possibilidade, visto que Deus criou seres dotados de vontade livre. E para que fossem de fato livres, e não máquinas, tais seres sempre teriam a possibilidade de optar contra a vontade de Deus, dando assim origem ao mal. Portanto, a única saída para a impossibilidade plena do mal seria a inexistência de seres pessoais livres, o que nos daria um universo mecanicista, composto de seres impessoais, destituídos de arbítrio. Os defensores dessa posição ainda argumentam que Deus apenas permite o mal, o que é diferente de ser autor direto do mal, por razões e finalidades boas que não compreendemos plenamente agora. Evidentemente, a força desses argumentos depende de suas pressuposições. O argumento teísta clássico afirma que o mal pode ter início no bem, embora isto nunca seja de modo essencial. Não há derivação essencial do bem para o mal. Isso é compreensível, pois segundo o teísmo clássico o mal não existe enquanto substância, conforme mostrou Agostinho, ou seja, o mal não possui existência plena. É como a ferrugem que atinge o ferro. Não existe um ferro totalmente enferrujado, pois esse deixaria de existir. Assim como a ferrugem existe em função do ferro como elemento parasita e destruidor, também o mal só existe em função do bem.

A Teoria Pedagógica

 

Numa teodicéia pedagógica o enfoque é deslocado da origem do mal e é colocado principalmente nos possíveis bons resultados da experiência do sofrimento. A idéia é que a experiência do sofrimento (mal) é um benefício indispensável para o desenvolvimento das capacidades humanas, do contrário a humanidade permaneceria eternamente na infância. Argumenta-se, por exemplo, que um pouco de sofrimento aumenta a nossa própria satisfação com a vida e que um sofrimento maior e mais intenso desenvolve em nós uma maior profundidade de caráter e de compaixão. Além disso esta posição enfatiza a realidade de que vivemos em um mundo regulado por leis naturais e que boa parte do mal existente no mundo decorre da atuação destas leis. Deveria Deus ter criado um mundo desprovido de ordem natural para satisfazer a vontade de cada um? Isso seria bom? Todavia, há duas grandes dificuldades aqui: 1) nem sempre o sofrimento produz maturidade e aprendizado. Muitas vezes o que fica é ódio e amargura; 2) em alguns casos não há muito o que aprender e o preço pago é muito alto. Quando milhares de pessoas morrem em uma guerra, devemos perguntar: que tipo de pedagogia é essa que mata seus próprios alunos?

A Teoria Escatológica

 

Uma teodicéia escatológica diz que há esperança para o problema, pois ela está baseada na convicção de que a vida transcende a morte e que justiça e injustiça receberão sua devida recompensa. As perspectivas variam desde uma esperança entre o inaugurar de uma nova história humana por meio da ressurreição ou ainda como uma vida em um reino celestial após a morte. O futuro tem a resposta e a solução do que acontece no presente. Apesar de essa ser uma das esperanças mais enfatizadas pelas religiões monoteístas, muitos descartam esta possibilidade e questionam que tipo de reparação pode haver pela desgraça atual. Alguém que teve sua família arruinada e assassinada repentinamente pode de fato ter tal sofrimento “reparado”? Será possível isso?

A Teoria da Teodicéia Protelada

             

 É uma postura de expectativa e fé em Deus a despeito do mal. A fé na soberania e bondade finais de Deus espera a compreensão de todas as questões. A diferença entre essa teodicéia e a teodicéia escatológica é a seguinte: na teodicéia protelada espera-se mais uma compreensão do que uma compensação final do mal. Argumenta-se que as limitações humanas e a tremenda distância que separa Deus do homem não nos permitem conhecer as razões da permissão do mal agora. Deve-se destacar ainda que tal posição também é diferente da idéia que sugere ser impossível avaliar o comportamento de Deus.

A Teoria da  Teodicéia de Comunhão

             

Para muitos, a experiência do sofrimento leva o homem a encontrar motivos para romper com o divino. Essa é, por exemplo, a fonte do ateísmo, do agnosticismo e do antagonismo religioso. A Teodicéia de Comunhão enfatiza que Deus é principalmente percebido e conhecido no sofrimento. O Deus verdadeiro é aquele que se compadece. É o Deus que sofre com suas criaturas e que, de certa forma, é vítima do  mal,  juntamente com elas. Esta teodicéia não explica o sofrimento imerecido. Todavia, transforma a visão sobre o sofrimento, pois o sofrer por um propósito justo é fazer a vontade de Deus e torná-lo conhecido. O sofrimento é a grande oportunidade para Deus e o homem entrarem em comunhão e colaboração. O sofrimento é transcendido e aquilo que parecia ser o pior é visto como a ocasião da mais intensa experiência religiosa.

A Rejeição da Resposta Cristã

No panorama da história, muitas correntes de pensamento apresentaram soluções alternativas para o problema, sem a intenção de justificar a Deus. Vamos apresentar um resumo daquelas posições filosóficas que tratam o problema do mal com um enfoque distinto do teísmo ou da teodicéia. As diversas propostas de resolução das relações entre o divino e o mal serão delineadas, destacando os seus principais representantes.

Alguns Negam a Existência do Mal

  

O Mal é visto como ilusão. Essa perspectiva é encontrada em conceitos monistas e panteístas. A tensão entre Deus e o mal é resolvida pela negação do mal. A cosmovisão hindu (ensinos Vedanta), Zenão (336-274 a.C.) e Spinoza (1632-1677) são exemplos desta perspectiva. Spinoza, por exemplo, chega a afirmar que o mundo parece cheio de mal apenas porque é visto de uma perspectiva humana estreita e errônea. Da perspectiva divina, porém, o mundo forma um todo necessário e perfeito. A dificuldade dessa posição é provar que os sentidos não merecem confiança alguma, visto que eles apontam para a realidade objetiva do mal. Além disso, os defensores dessa perspectiva precisam responder por que tal “ilusão” é tão comum e se mostra persistente na história humana? Que conhecimentos nos levam a tal conclusão? Seria tal conclusão uma ilusão também?

Alguns Negam a Existência de Deus

  Essa é a perspectiva do ateísmo. É a negação da realidade de Deus. Os ateus opõem-se diretamente aos “ilusionistas”. Afirmam a realidade do mal com base nos sentidos e negam a realidade de Deus, cuja existência é incompatível com o mal. O pensamento ateísta sistematizado desenvolveu-se nos últimos dois séculos de história da filosofia ocidental, fruto do racionalismo. Os principais argumentos ateístas são: 1) Deus e o mal são mutuamente excludentes: se o mal existe, logo Deus não pode existir; 2) Se Deus existisse, ele não seria Deus propriamente dito, pois carece de bondade por permitir o mal; 3) Se Deus existisse ele não seria Deus propriamente dito, pois carece de poder visto que permite o mal.

  Essa perspectiva é encontrada no budismo que pressupõe uma alienação entre o homem e o universo. O universo é impessoal e opera por causa e efeito. Não existe a figura de Deus, o sofrimento decorre da vontade humana e a sua solução se dá de maneira individual e existencial. Por isso o budista anseia pelo estado impessoal no nirvana. Esse pessimismo também encontra exemplos no pensamento grego clássico. Hegesias de Cirenaica ensinava ser a vida sem valor e que o único bem, que nunca seria alcançado, seria o prazer. Todavia esse pessimismo não marca o pensamento helênico propriamente dito que, de modo geral, acreditava na vitória sobre o mal por meio da virtude e da sabedoria.

   É no pensamento europeu contemporâneo que encontraremos um exemplos dessa posição: Arthur Schopenhauer (1788-1860). Há também filósofos existencialistas ateus que enfatizam o absurdo da realidade, vendo o homem como um ser sem saída. Os principais são Jean Paul Sartre (1905-1980) e Albert Camus (1913-1960), famoso por sua obra “A Peste”. Schopenhauer cria que a realidade última é a cega vontade irracional de viver que a todos impulsiona. Tal vontade transcendental é essencialmente má, particularmente pelo fato de haver criado o nosso corpo com desejos que não podem ser satisfeitos. O sofrimento é causado pelo desejo incessante que nunca pode ser plenamente atendido. A dor e a ilusão são inevitáveis. A maior tragédia humana é o fato de ter o homem nascido.

  Entre o pensamento judaico-cristão e as alegações ateístas têm surgido propostas problemáticas e incompletes que merecem ser mencionadas.

  1. Negação da bondade de Deus. Deus pode ser poderoso, mas é visto como mau e comprometido com a desgraça e o sofrimento.
  2. Negação do poder de intervenção de Deus. O bem não tem poder infinito sobre o mal. Essa é a posição deísta, da teologia do processo e do teísmo aberto. Fundamenta-se na realidade da persistência do mal. O bem parece não ter poder para destruí-lo.
  3. Negação do poder original de Deus. Deus foi obrigado a criar um mundo mau. Deus, sendo limitado, tinha necessidade de criar um mundo e não pode impedir que este fosse mau.
  4. Negação da onisciência divina. Deus não podia prever o mal. Deus é criador, e justo, mas não é plenamente onisciente.
  5. Negação da imanência divina. Deus não pode ser avaliado pelos nossos padrões morais. Desse modo não é necessário defender sua conduta. Suas ações estão numa esfera de atuação que não podemos julgar.

 

A verdade é que o Problema do Mal permanece como a questão mais difícil da história da teologia. As outras tentativas de resolve-lo parecem apenas tê-lo complicado ainda mais. A esperança cristã continua afirmando uma mistura das teodicéias aqui apresentadas. Mas a sua essência ecoa por toda a história: Deus permite o mal e o utiliza para fins bons, e Deus permite o mal para produzir um bem maior. Por isso, vivemos pela fé e sempre na esperança.

Autor: Pr. Luis A.T. Sayão

Godêr Gadêr e Máfguia – Ez 22.30

GODÊR GADÊR E MÁFGUIA  aparecem em Ezequiel 22:30 e em Isaías 59:16 apontando para a figura do intercessor embora o termo mais usual na nossa língua seja de origem latina: interceder, “INTERCEDERE”, inter(entre)+cedere (passar), trazendo a idéia de abrir passagem para alguém, protegendo-o ou suplicando a seu favor. Tem-se, também, no hebraico, a raíz “PAGA” (egp), do verbo ‘Lífgoa’(ewgpl): atacar, ferir, pedir, implorar, rogar. No grego, o vocábulo ????????? – entinkáno (Atos 25:24; Hebreus 7:25; Romanos 8:27,34), em seu sentido histórico, significa ter audiência com o rei para, objetivamente, apresentar-lhe uma petição, um pedido específico em favor de alguém; nos papiros, é o nome dado às petições forenses. Thayer diz que essa palavra grega apresenta, ainda, o sentido de “iluminar uma pessoa ou uma coisa” (tem-se também ?????????? /paráklétos – defensor, advogado, intercessor: João 14:16; I João 2:1).

01.   O versículo de Ezequiel diz: “E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei (22:30). A primeira parte em hebraico diz: (??????????? ????? ????? ????????????? ??????? ????????? ??????? ?????? ???????  – fonética: “Va-avaKêsh mê-hêm ish ‘GODÊR GADÊR’ vê-omed ba-pérets lefanai bê-ad há-árets…”)

Literalmente, “Godêr Gadêr” ????????????? significando: construtor de cerca, de muralha. Sim, pessoas habilidosas nessa área colocar-se-iam em prontidão e ação no conserto de “pérets”, de abertura, de fendas no muro ou cerca de proteção. Aqui, é interessante observar que o vocábulo “PÉRETS” (??????) aponta para brecha, abertura, desgraça, sinistro, fluxo.

02.   O versículo de Isaías diz: “E viu (Deus) que ninguém havia e maravilhou-se (????????????? (ishtômem) ficou atônito – Crabitree) de que não houvesse um intercessor…” (59:16-a).

Diz o hebraico ???????? ????????? ????? ??????????????? ???? ???? ?????????? – fonética: “Va-irê ki-êinn ish va-ishtomêm, ki êinn MÁFGUIA… O vocábulo máfguia, em hebraico, tem a força e a expressão de ‘implorante’, ‘insistente’.

Na verdade, poucos são, hoje, os intercessores nos círculos evangélicos! Há, em abundância, murmuradores, atrapalhadores, palpitadores e muitos que causam dores, mas poucos sãos os INTERCESSORES! São inúmeras as recomendações bíblicas para que façamos intercessões, como I Timóteo 2:1; II Coríntios 1:11;  Filipenses 1:29;  Salmo 122:6; Isaías 62:6; Efésios 6:18; I Samuel 12:23; Atos 12:5; Daniel 9:13-19 e muitos outros.

03.   Um exemplo clássico e histórico de intercessão está no primeiro capítulo de Neemias. O versículo 4 diz: “Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, de dia e de noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que PECAMOS contra Ti; também EU e a casa de meu pai pecamos”.

04.   A figura do intercessor, do “Máfguia, (??????????) do ‘implorante’, do ‘insistente’, daquele apontado também por Jesus em Lucas 18:1: “Do dever de orar sempre e nunca desfalecer”, é uma pessoa solidária e de muita sensibilidade espiritual. A exemplo de Neemias, é uma pessoa de visão, de uma elevada inclusão espiritual de corpo, de grupo, de responsabilidade, de compromisso. Tem-se a sensação de que o ‘Máfguia’, o intercessor, veste, literalmente, a camisa daquele por quem está intercedendo! Exatamente isso, vemos em Neemias quando diz: “pecamos contra Ti” (nós!). Ele não disse: “Deus, este povo pecou contra Ti!” De maneira mais objetiva diz: “também eu” pequei: “eu e a casa de meu pai pecamos”.  Como dissesse: Sou igualmente responsável  pelo pecado do meu próximo, do meu irmão!

05.   A propósito, o texto de Gênesis 4:9, em hebraico diz:

 ????????? ?????? ????????? ??? ????? ??????? ????????? ??? ?????????? ???????? ????? ??????? – fonética: “Va-iomer ló iadatí há-shomer aHí anoHí”. Quando Caim foi indagado sobre o seu irmão Abel, disse ”Eu não sabia que eu sou o guarda do meu irmão”. Normalmente, quase todos os redimidos mantêm João 3:16 de cor; quando se pergunta, no entanto, quem tem na memória I João 3:16, poucos se manifestam. No primeiro versículo, Jesus morreu por nós e, no segundo, somos convidados, se possível, a dar a vida, a morrer por nosso irmão!

06.  Finalmente, vemos a figura maior do intercessor, JESUS, bem como a do ESPÍRITO SANTO! Ele carregou os nossos pecados e tudo que havia sobre nós jogou sobre si. Ele se fez pecado por nós (II Coríntios 5:21). E a carta aos Hebreus sintetiza tudo em poucas palavras: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder (???????????entinkáein) por eles.” (Hebreus 7:25). E o “Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8:26b).

alsacramento@uol.com.br  –  ABC-Paulista

(*) O autor é Presidente do Ministério Internacional Shalom – ABC, membro da Academia de Letras da Grande

São Paulo e Professor de Hebraico Bíblico e Grego na FABC.

Revista Apologética Cristã

Shalom!

Recomendo com muita alegria a excelente revista – Apologética Cristã.  Você que deseja aumentar seu conhecimento bíblico e teológico não pode deixar de assinar esta revista.

A nova edição terá um artigo de um dos maiores apologistas do mundo: Dr Ravi Zacharias, além disso, você terá artigos do  Rev. Augustus Nicodemos, Pr Natanael Rinaldi, e o editor deste site.

Você pode efetuar sua assinatura pelo site:

www.revistaapologetica.com.br

Nele, Pr Marcello

As 5 hipóteses sobre a Estrela de Belém

A palavra áster, do grego (como afirmam os exegetas), podendo designar estrela, outro astro qualquer ou fenômeno luminoso, abre margem para cinco hipóteses que podem ser formuladas em relação à Estrela de Belém.

De forma sucinta apresentaremos essas cinco hipóteses:

Primeira hipótese:

O sinal luminoso, visto no céu de Belém, pelos magos, consistiu na conjunção de dois planetas – Júpiter e Saturno. Poderia ocorrer uma conjunção planetária tríplice: Mercúrio, Júpiter e Saturno. E neste caso, o brilho aparente do conjunto seria maior. Essa hipótese, admitida pelo astrônomo alemão J. Kepler, é denominada hipótese Kepleriana, ou ainda, hipótese de Kepler.

Segunda hipótese:

A suposta estrela que atraiu a atenção dos magos era o planeta Vênus (Estrela Vésper) que, em certo período, é visto com brilho excepcional logo depois do pôr do Sol. Vênus, na sua fase de Estrela Vésper é também chamada estrela Pastor. Sendo a hipótese mais poética e, certamente, a mais simples, é a mais fraca de todas. Essa hipótese é chamada hipótese naturalista.

Terceira hipótese:

Acreditam alguns comentadores que o astro citado por Mateus (Mt 2.2), não era propriamente uma estrela, mas sim um cometa. E quem sabe não foi o próprio cometa de Halley? Essa hipótese é atribuída a Orígenes (202-254), escritor cristão e foi recentemente apreciada pelo padre Lagrange. Tendo em vista o autor que a sugeriu, podemos, portanto, denomina-la hipótese de Orígenes.

Quarta hipótese:

Uma estrela do tipo que os astrônomos denominam Estrela Nova, aparecida na época do nascimento de Cristo, teria impressionado os astrólogos do Oriente e levado os magos até Belém. Essa Nova cintilou durante alguns dias e depois, desapareceu para sempre. Essa hipótese é denominada hipótese racionalista.

Quinta hipótese:

A quinta e última hipótese é a seguinte: a chamada Estrela dos Magos, foi um sinal luminoso que, pela vontade soberana de Deus, brilhou no céu da Palestina. Temos assim, a chamada hipótese do Sinal Milagroso.

Nele, o El Mistáter

Pr Marcelo Oliveira

Eugene Peterson: Jesus condenaria Rob Bell ?

Por Timothy Dalrymple

Foi um prazer falar com o experiente Eugene Peterson em uma conferência sobre Fé e Tecnologia na semana passada. Peterson é mais conhecido por sua tradução da Bíblia em linguagem simples chamada The Message (“A Mensagem”), que vendeu milhões de cópias, mas ele também é reconhecido por seus inúmeros trabalhos sobre discipulado e teologia espiritual. Ele é Professor Emérito de Teologia Espiritual na Recent College. 

Eu conversei com o Sr. Petterson acerca de suas memórias, The Pastor, (“O Pastor”), e anseio publicar tais comentários. Mas eu também lhe pedi para que comentasse sobre o nosso livro em destaque, acerca de Love Wins (“O Amor Vence”) sobre a controvérsia “infernal”. Peterson escreveu uma sinopse na contracapa que diz: “Não é fácil desenvolver uma imaginação bíblica que abarque o abrangente e eterno trabalho de Cristo… Rob Bell vai longe ao nos ajudar a adquirir tal imaginação – sem um traço de sentimentalidade débil e sem comprometer um centímetro da convicção evangélica”.   

O que você pensa a respeito do livro do Rob Bell e a controvérsia que ele suscitou? O que te levou a endossar o livro?

O Rob Bell e qualquer outra pessoa que for batizada é meu irmão ou irmã. Nós temos formas diferentes de analisar as coisas, mas todos nós fazemos parte do reino de Deus.  E eu não acho que irmãos e irmãs no reino devam brigar. Para mim tal atitude mostra uma má educação familiar.

Não concordo com tudo o que o Rob Bell diz. Mas penso que tais coisas valem a pena ser ditas. Eu acho que ele dá voz a todo um mundo evangélico que, se as pessoas escutarem, fará com que elas sejam mais cautelosas contra julgamentos pessoais prematuros, contra julgamentos dogmáticos feitos às pressas. Não gosto quando as pessoas usam o inferno e a ira de Deus como armas uns contra os outros.

Eu sabia que as pessoas me criticariam por endossar o livro. Eu escrevi o endosso, pois gostaria que as pessoas o ouvissem. Ele pode não estar certo, mas ele está fazendo algo válido. Há muita polarização na igreja evangélica e isso sim é um verdadeiro escândalo. Temos de aprender a conversar uns com os outros e escutar uns aos outros de maneira civilizada. 

Os evangélicos precisam reavaliar nossas doutrinas do céu e condenação?

Sim, eu realmente creio que elas precisam ser reavaliadas. Elas precisam ser um pouco mais bíblicas e não fora de contexto. 

Mas as pessoas que estão contra o Rob Bell não reavaliarão coisa nenhuma. Eles têm um teste de tornassol para quem é e quem não é cristão. Mas não é isso o significado de viver em comunidade.

Lutero disse que nós deveríamos ler a Bíblia inteira em termos do que conduz a Cristo. Tudo deve ser interpretado por intermédio de Cristo. Bem, se você fizer isso, o resultado será esta religião da graça e perdão. As únicas pessoas que Jesus ameaça são os fariseus. Mas todos os demais recebem um tratamento generoso. Há muito pouco de Cristo e pouquíssimo de Jesus nestas pessoas contendendo com Rob Bell.

Tradução: Pr Wellington Mariano

Tomás de Aquino e a vaca que voava

Contam que Tomás de Aquino encontrava-se em sua sala, no convento de São Jaques, curvado sobre obscuros manuscritos medievais, quando de repente, um frade entra na sala e exclama:

– Venha ver, irmão Tomás, venha ver uma vaca voando!

Tranquilamente, o grande doutor da igreja ergue-se do banco, deixou a sala e, vindo para o átrio do mosteiro, pôs-se a olhar o céu, colocando as mãos sobre os olhos fatigados do estudo.  Ao vê-lo assim, o frade jovial desatou a rir com intensidade.

– Ora, irmão Tomás, então sois tão crédulo a ponto de acreditardes que uma vaca pudesse voar?

– Por que não, meu amigo? Tornou o santo.

E com a mesma simplicidade e rara sabedoria disse:

– Eu prefiro admitir uma vaca voar a acreditar que um religioso pudesse mentir.

Att, Pr Marcelo

ZACARIAS, BEREQUIAS, IDO E “SAF-RAAL”

BaHodesh  há-shemíni bish’nat shetâim lê-Dariavêsh haiá devar-Ieovah él ZeHariah Ben-BereHiah, bên-Ido há-navi lemor” –  No 8º mês do 2º ano de Dario (reinado), veio a Palavra do Senhor a Zacarias, filho de Berequias, neto de Ido, o profeta, dizendo (Zacarias 1:1).

 A chave, o resumo do livro, está neste versículo. Como é sabido, o livro de Zacarias é eminentemente escatológico e colocá-lo-ia entre Daniel e Apocalipse nas cenas dos acontecimentos finais.

 Zacarias, profeta e sacerdote levita, é apontado por Neemias (12:16) como um dos sacerdotes que vieram com Zorobabel (Zerubavel) do cativeiro babilônico para Jerusalém. O povo, mesmo voltando do cativeiro, continuava incrédulo, profano e rebelde contra Deus e o seu profeta, Zacarias, do qual Jesus fala em Mateus 25:35: “Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de “BereHia”, que matastes entre o santuário e o altar.” (Obs.: a destruição de Jerusalém no ano 70 e o holocausto (1939-45), certamente fizeram parte dessa profecia!). Ps.: Há ref. também, do Zacarias de 2 Crôn. 24:20-22 (filho de Joiada).     

 Mas, a aliança de Deus com os Patriarcas sempre foi recorrente e o será eternamente (Salmo 105:8-11; Jeremias 31:35-37). Assim é que a ‘leitura’ inicial do livro de Zacarias vem por força do seu primeiro versículo: ZEHARIA (o neto) quer dizer lembrar; BereHia (o pai) fala de bênção, promessa, aliança e Ido (o avô(**) indica tempo designado, transmitindo a seguinte mensagem: O Deus Eterno, o Senhor, jamais esquecerá da sua bênção, da sua promessa, da sua ALIANÇA para com Israel e, no tempo designado, Deus fará acontecer a sua promessa  para Israel! Assim, também, Deus se lembra de nós, da sua promessa que há de acontecer no seu tempo designado!

 Jerusalém é o foco das atenções mundiais e das constantes disputas entre árabes e israelenses. Em Zacarias 2:5, Deus promete ser um muro de fogo (‘Homat ésh’, v.9, em hebraico) para Jerusalém e Deus mesmo será a Glória de Israel! E, no versículo 8, diz: “Depois da Glória, Ele me enviou às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho (‘Bavat einó’)”.

 “SAF-RAAL” (Zacarias 12:2). Textos expressivos da Bíblia falam do cerco final de Jerusalém por todas as Nações da terra! Zacarias 12:3 diz: “Farei de Jerusalém uma pedra pesada (évenn maamassá) para todos os povos… e ajuntar-se-ão contra Jerusalém todas as Nações da terra”.

 Haverá intervenção final do próprio Deus em favor de Jerusalém (a cidade do Grande Rei, Jesus – Mateus 5:35), o  que  ocorrerá no final  da  Batalha  de  Armagedom  (Apocalipse 19:11-21, l6:12; Daniel 11:40, 11:27; Joel  3:14, 3:12, 14).  E, literalmente, Jerusalém tornar-se-á uma ‘caneca de Veneno’ (SAF-RAAL), uma taça de veneno para todos os povos da terra. Tem-se o arsenal nuclear de Israel no deserto de Néguev (Sul), em Dimona, para aquilo que o próprio Estado de Israel imagina ser, também, a “Operação Sansão” (Sansão, na hora da sua morte, disse em Juízes 16:30a: “Morra  eu  com  os filisteus”!)  E, curiosamente, Isaías 15:9 cita ‘Dimon’: “As águas de  Dimom  estão  cheias de sangue, porque ainda acrescentarei mais a Dimom”.

  Deus está no controle! Quando os Reinos do Norte – Ezequiel 38-39 (Rússia e aliados) e o Reino do Sul – Daniel 11:40 ( Estados Unidos e aliados) e os Reis do Oriente (China e aliados, Apocalipse 16:12) e o 4º  Império Mundial (Roma ressurreta – Daniel  cap. 2 e 7,  pelo bloco  da  União Européia – antigo Império Romano)  marcharem para aniquilar o povo Judeu, ocorrerá o que está escrito, entre  outros textos, em Mateus 24:30 –“Aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos  da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com  poder e grande glória”. E cumprir-se-ão Zacarias 12:10, Zacarias 14:4 e Apocalipse 1:8.  Diz Ezequiel 37:28:  “As Nações saberão que Eu Sou o Senhor que santifico a Israel…” Ato contínuo, será estabelecido o Milênio após o julgamento das Nações – Joel 3:2 e 14.

Dr. Agnaldo Sacramento

A oração do Pai Nosso na teologia relacional

Pai nosso que estás nos céus, esvaziado seja teu nome. Venha talvez o teu reino, seja feita talvez a tua vontade, quem sabe na terra como às vezes é feita no céu.

O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Surpresa! Nós todos queríamos bolo ao invés do pão. E perdoa as nossas dívidas sem expiação, assim como nós perdoamos teus jogos e a tua especulação.

E procure não nos deixar cair em tentação, mas livra-nos do mal como era a tua suposição. Pois teu pode ser o reino e algum poder e grande parte da tua glória, por hoje, visto que não sabes o que será o amanhã. Amém.

Amado leitor [a], você concorda com esta oração?  Deixe seu comentário!

Fonte: Revista Fides Reformata IX, Nº 2 (2004).

Pr Marcello de Oliveira