Category Archives: Reflexões

Debate na RIT sobre dons espirituais

Shalom!

Convido a todos os irmãos para assistirem o debate que participei na RIT sobre:

Os dons espirituais de 1 Co 12 cessaram? 

Morte da filha de Ben Witherington

Tendo recentemente passado pela devastadora experiência da perda de nossa linda filha de 34 anos, morte esta completamente inesperada, resultante de uma embolia pulmonar, eu estava resoluto desde o primeiro dia (11 de janeiro, quando ela foi encontrada morta em sua casa em Durham, Carolina do Norte) a estar aberto a toda e qualquer coisa positiva que pudesse ser obtida da experiência. Eu me seguro firmemente na promessa de Romanos 8.28 de que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus…”.

O primeiro ponto que foi imediatamente confirmado em meu coração foi teológico: Não foi Deus quem matou minha filha. Deus não é o autor do mal. Deus não acaba a vida de doces crianças com embolias pulmonares.  Embolias pulmonares são oriundas da queda do homem e a natureza caída deste mundo.

Um dos principais motivos pelo qual eu não sou calvinista e não creio em tais predestinações da mão de Deus é (1) porque eu penso ser impossível acreditar que eu seja mais misericordioso ou compassivo do que Deus. Depois (2) o retrato bíblico de Deus é que ele é pura luz e amor santo; nele não há trevas, nada alem de luz e amor.  (3) As palavras “O Senhor me deu e Ele mesmo tomou”, extraídas dos lábios de Jó, não são boa teologia. Tal afirmação é teologia ruim. De acordo com Jó 1, não foi Deus, mas o Diabo quem tirou as vidas dos filhos de Jó, saúde e riqueza. Deus permitiu que acontecesse, mas quando Jó proferiu estas palavras, conforme vemos o desenrolar da historia, ele ainda não estava iluminado acerca da verdadeira natureza da origem de sua calamidade e que a vontade de Deus para sua vida – era para o bem e não para o mal.

Então, para mim, o inicio do bom sofrimento começa com a premissa de um Deus bom. Caso contrário, tudo o que foi dito acima é falso.  Se Deus é todo-poderoso e malévolo, então já não há consolo a ser encontrado em Deus. Se Deus é o autor do pecado, mal, sofrimento, a queda e a morte, então a Bíblia não faz sentido quando nos diz que (1) Deus não tenta a ninguém, que (2) a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas tenha vida eterna e que (3) a morte é inimiga de Deus e da humanidade, e que Jesus, que é vida, veio para aboli-la e destruí-la.

“Ele veio para que tenhamos vida e vida cm abundancia”. Se existem promessas em que eu me apoio, ao passo que choro por minha doce filha Christy, é nesta promessa, não na lamentável desculpa e no frio consolo de que “Deus fez, mas nos não sabemos o porquê”.  Não. Mil vezes não! Deus e sua vontade são sempre e unicamente para o que é bom e verdadeiro, bonito, amável e santo.

Enquanto olhava fixamente para minha filha no caixão – ela que nada se parecia com ela mesma naquela situação – eu estava tão grato pelo fato de que o Deus da ressurreição tinha um plano melhor para ela do que o gélido consolo de que “é a vontade de Deus”. Creio em um Deus cujo Sim para a vida é mais alto quando que oNão para a morte – não porque Deus goste de manter antinomias como a vida e morte juntas em algum tipo de unidade misteriosa, mas porque Deus está nas trincheiras conosco, lutando os mesmos males que combatemos neste mundo, tais como doença, deterioração, morte, sofrimento, tristeza e pecado.

Não é por acaso que Ele é chamado de o Médico dos Médicos.  Ele fez o juramento de Hipocrates: “Jamais causar dano ou mal a ninguém”

 

Ben Witherington é um erudito bíblico. É professor de Novo Testamento para Estudos de Doutorado na Asbury Theological Seminary e também  faz parte do corpo  docente de doutorado na St. Andrews University na Escócia.  É mestre em Divindade pelo Gordon-Conwell Theological Seminary e Ph.D. pela University of Durham na England. Ele é agora considerado um dos mais importantes eruditos bíblicos do mundo, e é um membro eleito do famoso e reconhecido SNTS, uma sociedade dedicada aos estudos do Novo Testamento.Escreveu mais de 40 livros, sendo que muitos deles são utilizados como material de referencia nas melhores instituições bíblicas estrangeiras e também brasileiras.

 

Tradução: Wellington Mariano

Fonte:  : http://www.patheos.com/blogs/bibleandculture/2012/01/24/good-grief-soundings-part-one/

A torre de Babel

“Assim o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade” (Gênesis 11.8)

Aparentemente, esta torre, trata-se de um zigurate, ou seja, uma enorme pirâmide babilônica com terraços em toda a volta. As escavações arqueológicas encontraram várias construções desse tipo, sendo a mais antiga datada do terceiro milênio antes de Cristo.

O que teria desagrado a Deus em relação à torre de Babel? Afinal, o avanço tecnológico se deve ao gênio inventivo dos seres humanos, criados à imagem de Deus. O que estaria de errando então? O erro está na motivação egoísta de seus construtores.

Primeiramente, eles são culpados por terem desobedecido a Deus. Deus havia deixado uma ordem aos seres humanos: “Encham e subjugam a terra”. Essa ordem foi repetida após o dilúvio (Gn 1.28, 9.1). Os descendentes de Noé inicialmente obedeceram, mas quando alcançaram a planície da Mesopotâmia, “ali se fixaram” (Gn 11.2). Em vez de explorar a terra e desenvolver todo o seu potencial, eles se acomodaram e preferiram ficar ali, em segurança. O mundo sofre até hoje as conseqüências dessa desobediência. Ainda não resolvemos o problema da energia nem inventamos uma maneira mais barata de dessalinizar a água do mar para irrigar os desertos e alimentar os famintos.

Segundo, a construção da torre foi um ato de arrogância de seus construtores. “Nosso nome será famoso”, eles disseram,  “e não seremos espalhados pela face da terra”, pois vamos construir “uma cidade, com uma torre que alcance os céus” (Gn 11.4). Insatisfeitos em permanecer dentro dos limites terrenos, eles desejavam chegar ao céu, a morada de Deus. Assim, ao longo das Escrituras, a Babilônia simboliza essa arrogância insolente que os gregos costumavam chamar de hubris. Trata-se da própria essência do pecado.

Não é de admirar que o juízo de Deus tenha caído sobre eles. Primeiro, Deus fez com que eles se espalhassem por toda terra, obrigando-os a fazer o que deveria ter feito voluntariamente. Segundo, para eles se dispersassem, Deus confundiu suas línguas. A língua é algo vivo, dinâmico, sujeito a mudanças; pode provocar uma separação entre comunidades de línguas diferentes, e ao mesmo tempo causar mudanças de linguagem nas comunidades isoladas.

A história de Babel se contrapõe ao episódio ocorrido no grande dia de Pentecoste, quando as pessoas de todas as nações do mundo ouviram falar das maravilhas de Deus, cada um em sua própria língua.

Marcelo Oliveira

Bibliografia: Stott, John. A Bíblia Toda, Ano todo. Editora Ultimato

Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora

Quem é responsável pela morte de Jesus?

Quem foi o responsável pela morte de Jesus? Nós cristãos somos acusados de anti-semitismo porque alega-se tentamos fixar a culpa nos judeus, especialmente seus líderes. A responsabilidade pela crucificação de Jesus, no entanto, é muito mais abrangente; não se limita a apenas um grupo de pessoas.

Os evangelistas deixam claro que Judas, os sacerdotes, Pilatos, a multidão e os soldados, todos desempenharam um papel significativo no drama. Além disso, sugere-se em cada caso mais de um motivo. Judas foi movido pela ganância; os sacerdotes, pela inveja; Pilatos, pelo medo; a multidão, pela histeria; e os soldados, pela obrigação insensível. Reconhecemos a mesma mistura de pecados em nós.

O mesmo verbo grego é usado em cada etapa. A palavra grega paradidômi, que pode significar entregar, liberar, desistir ou mesmo trair. Judas entregou Jesus aos sacerdotes. Estes o entregaram a Pilatos, que o entregou à vontade da multidão, que, por sua vez, o entregou para que fosse crucificado.

Mas esse é apenas o lado humano da história. Jesus insistiu que sua morte era um ato voluntário de sua parte, de modo que Ele se entregou a ela: “Ninguém tira a minha vida, mas eu a dou por minha espontânea vontade” (Jo 10.18). E em algumas passagens o verbo paradidômi reaparece. Por exemplo, “o Filho de Deus… me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20). Entretanto, há ainda mais uma perspectiva a ser considerada, a saber, a ação de Deus, o Pai ao entregar seu Filho à morte. Por exemplo, Deus é descrito como “aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós” (Rm 8.32).

Finalmente, há uma passagem em que os aspectos divinos e humanos da morte de Jesus são considerados juntos. Pedro pregou: “Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz” (At 2.23).

Neste texto a morte de Jesus é atribuída de igual modo ao propósito de Deus e à perversidade dos homens. Não se faz tentativa alguma no sentido de equacionar o paradoxo. Ambas as declarações são verdadeiras.

Marcelo Oliveira

Bibliografia: Wiersbe. Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora.

Stott, John. A Bíblia Toda, Ano Todo. Ed. Ultimato.

A perigosa influência da televisão no séc XXI

Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim. (Salmos 101.3) 

A televisão trouxe inúmeros benefícios à sociedade. A comunicação tornou-se precisa, ágil e global. Ela encurtou as distâncias, democratizou a informação e abriu os canais do conhecimento para todos, em todos os lugares do mundo. Não obstante os grandes benefícios trazidos por ela, ela, também, pode tornar-se um grande perigo para a sociedade.

Temos percebido sua poderosa influência, quando mal usada, torna-se extremamente perigosa. A TV brasileira está em decadência. Os valores morais estão sendo pisoteados. As banalidades infiltram-se em milhões de lares todos os dias. A vergonha, a imoralidade, a violência, a falta de respeito são ingredientes para alavancar a audiência.

O renomado teólogo e escritor John Stott, no seu livro Eu creio na pregação, alerta sobre alguns perigos da televisão:

  1. A preguiça mental – A televisão tende a tornar as pessoas mentalmente preguiçosas. Ela atrai, seduz e vicia e manipula as pessoas. É surpreendente a quantidade de tempo que as pessoas passam diante da televisão. Em média as pessoas gastam de três a cinco horas por dia diante da televisão. A televisão torna-se um vício, e esse vicio leva as pessoas a se tornarem passivas. Elas deixam de pensar e  tornam-se preguiçosas mentalmente. A televisão tende a destruir nas pessoas a capacidade da crítica intelectual, produzindo nelas uma verdadeira flacidez mental.

 

  1. A exaustão emocional – A televisão tende a tornar as pessoas emocionalmente insensíveis. As tragédias do mundo inteiro são despejadas dentro da nossa casa, e não tempos tempo para analisarmos todas essas coisas. No afã de mostrar a realidade, a televisão torna-se formadora de opinião, induzindo as pessoas às mesmas práticas que ela divulga. A violência e a imoralidade andam juntas na televisão. Dessa forma, ela não apenas retrata o que existe na sociedade, mas torna-se uma mestra dessas nulidades.

 

  1. A confusão psicológica – A televisão tende a tornar as pessoas psicologicamente confusas. Ideias, conceitos , valores e filosofias tende são despejados diante das pessoas, e muitas vezes elas não têm o discernimento necessário para filtrar o que é certo e errado. A perda do sendo crítico e a incapacidade de avaliar o que está por trás da propagandas, das telenovelas, dos filmes e até mesmo de alguns documentários e noticiários produzem uma confusão psicológica de graves conseqüências.

 

  1. A desorientação moral – A televisão tende a deixar as pessoas em desordem moral. A vastas maioria dos programas, especialmente aqueles que dão mais ibope, estão lotados de valores éticos e morais distorcidos e até mesmo nocivos para a família. A violência veiculada na televisão é uma verdadeira escola do crime. A telenovelas fazem apologia da infidelidade conjugal. Os valores morais absolutos são tripudiados, e a flacidez moral é enaltecida. Aqueles que se viciam na televisão alienam-se dentro de casa, matam a comunicação familiar e intoxicam com conceitos liberais e permissivos que conspiram contra a família e provocam verdadeira confusão moral.

 

  1. O esfriamento espiritual – A televisão tende a deixar as pessoas apáticas espiritualmente. Muitas pessoas trocam o culto devocional pela televisão. As mulheres amam as novelas. A tela cheia de cor e brilho ocupa o lugar da oração e da Palavra de Deus. A comunhão com Deus e com a família é substituída pelo vicio da televisão.

 

O Eterno nos ajude a discernimos os tempos de frouxidão e liberalismo moral que estamos vivendo.

Marcelo de Oliveira

Bibliografia:  STOTT, John. Eu creio na pregação. Editora Vida

LOPES, Hernandes Dias. Mensagens Selecionadas. Ed. Hagnos

 

 

Corvo ou Pomba?

“No fim de quarenta dias, Noé abriu a janela que havia feito na barca e soltou um corvo, que ficou voando de um lado para outro, esperando que a terra secasse. Depois Noé soltou uma pomba a fim de ver se a terra já estava seca; mas a pomba não achou lugar para pousar porque a terra ainda estava toda coberta de água. Aí Noé estendeu a mão, pegou a pomba e a pôs dentro da barca. Noé esperou mais sete dias e soltou a pomba de novo. Ela voltou à tardinha, trazendo no bico uma folha verde de oliveira. Assim Noé ficou sabendo que a água havia baixado” (Gênesis 8.6-11)

O dilúvio é a antítese da criação. A criação fez do caos um cosmos. O dilúvio fez do cosmos um caos. A criação é ação de Deus. O dilúvio é reação de Deus. A criação é obra da graça. O dilúvio é obra do juízo. Findo o dilúvio, Noé envia um corvo para, por meio dele, sondar o ambiente. O corvo, sendo carnívoro, evidentemente encontrou corpos flutuando na água. Ninguém os sepultara. Neles pousava, deles se alimentava e até que terra se secasse, voava de um lado para o outro. Isto é, retornava à arca à noite para dormir. A pomba não pousa sobre cadáveres, e retornou a Noé. Depois de uma semana trouxe uma folha de oliveira. Por isso, esta é o símbolo da paz.

 

No Oriente, o corvo estava ligado a artes mágicas.  É verdade que conforme 1Reis 17.2-7 corvos alimentaram Elias. Porque Deus quis assim. Mas no geral, sua figura se relacionava ao mal. Eram considerados imundos (Nm 11.15) e fazem parte da categoria de “aves de rapina”, que em Gênesis 15.11 simbolizam as forças do mal que queriam interromper o processo de aliança em Abraão e Iahweh.

A pomba é um animal puro, usado nos sacrifícios, servindo, assim, ao culto a Deus. Em Cânticos 1.15 e 4.1, é empregada como símbolo de pureza. Era oferecida em sacrifício no ato de purificação da mulher que dera à luz (Lv 12.6 e 14.22). Não é de estranhar que, no nascimento de um novo mundo, uma pomba se faça presente. E que a pomba seja o símbolo do Espírito Santo: “Logo que foi batizado, Jesus saiu da água. O céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre ele” (Mt 3.16).

Há pessoas tipo corvo. Nutrem-se do pútrido, do mal, não portam boas notícias, e apenas se preocupam consigo. O corvo se alimentava dos cadáveres e retornava ao teto da arca para dormir. Ela só lhe servia para isso. O corvo quer benefícios e cuida apenas de sua vidinha. Há pessoas tipo pomba. Elas são puras. Elas são conectadas ao culto. Elas trazem boas notícias. O corvo cuida de si. A pomba é útil. O corvo é símbolo do mal. A pomba se liga ao culto.

Infelizmente há crentes corvos e felizmente há crentes pombas. Há aqueles que enxergam tão-somente suas necessidades, esvoaçam de um lugar para o outro, desfrutam os benefícios, mas nada acrescentam de positivo à experiência dos outros. São os corvos. São a presença do mal na vida da igreja. Aliás, impressiona como o mal se faz presente na vida da igreja. Por vezes, na vida de mestres. E de teólogos! Dinesh D’Souza, em “A verdade sobre o cristianismo” menciona os cristãos de teologia liberal, que “assumiram uma espécie de missão contrária: em vez de serem os missionários da Igreja para mundo, eles se tornaram os missionários do mundo para a Igreja” (p. 23). Triste verdade! E há os que atacam e combatem a igreja com um vigor que não têm para evangelizar! São corvos.

Há os crentes pombas! Graciosos, portadores de boas notícias, enriquecedores da experiência alheia! São puros e estão ligados ao ato de ação de graças e ao ato de purificação. O Espírito Santo enche a vida deles. São crentes cujas vidas demonstram vivência de culto! Graças a Deus porque são muitos e têm mantido a obra de Deus de pé.

Corvo ou pomba? Peço a Deus que me ajude a ser uma pomba, e nunca um corvo. E que Deus, em sua graça, faça de você um cristão pomba, nunca um cristão corvo! Corvo, não; pomba, sim!

Pr Isaltino Gomes

 

O último sábado e o 1º domingo de Lucas

Neste semestre estou a ler a Bíblia, novamente, na Linguagem de Hoje. Nestes dias concluí Lucas. Notei como ele mostra Jesus em conflito com a liderança judaica e com os grandes temas do judaísmo. Ele se atrita com os fariseus e exibe absoluto desinteresse pela guarda do sábado. Mais de uma vez Lucas o mostra transgredindo o sábado, bezerro de ouro do judaísmo e de seitas cristãs.  O templo, o sábado e as festas judaicas não o atraíam.

A última menção de Lucas ao sábado é em 23.56: “E no sábado elas descansaram, conforme a Lei manda”. No versículo seguinte, surge outro dia: “No domingo bem cedo…” (24.1). É quando o mundo vai mudar. Jesus ressuscitou. E segue: “Naquele mesmo dia…” (24.13). E outra aparição dominical de Jesus (“Enquanto estavam contando isso, Jesus apareceu…”- 24.36). O último sábado de Lucas é um dia de tristeza. O domingo é o dia de alegria. Desde então, o domingo é o dia do Senhor, guardado pela igreja. Ela se reunia neste dia para celebrar a ceia (At 20.7) e separava as ofertas (1Co 16.2). “O Didaqué”, obra cristã datada do primeiro século, espécie de catecismo da igreja primitiva, exorta os cristãos a se reunirem no domingo (Didaqué 14.1). Não é verdade que Constantino mudou o dia de culto e forçou as igrejas a aceitá-lo. Tal afirmação é ignorância histórica e má fé. Ao adotar o cristianismo, Constantino oficializou na esfera civil o que os cristãos haviam feito na esfera religiosa. O domingo é marca cristã.

A guarda do domingo não sucedeu por causa de Constantino. Na epístola aos Magnesianos (datada do ano 107), Inácio de Antioquia declarou, em 9.1: “Assim os que andavam na velha ordem das coisas chegaram à novidade da esperança, não mais observando o sábado, mas vivendo segundo o dia do Senhor”. Os adventistas fazem grande alarido pelo sábado, devido ao ensino da Sra. White. Segundo um ex-adventista, a assembléia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Dallas, Texas, EUA (em 1980), declarou-a como “inspirada no mesmo sentido em que o são os profetas da Bíblia” e que, “como mensageira do Senhor, seus escritos são uma continuação e fonte autorizada de verdade…”. Eles seguem sua papisa.

O domingo é o dia do Senhor. Não é dia de churrascos, de idas a pesqueiros, sítios e banhos. É  dia para ser dedicado à adoração comunitária, ao congraçamento com os irmãos. Não é para gastar em deleites, mas para uso na obra de Deus. Voltaire, pensador francês, combatedor do cristianismo, disse: ”Para destruir o cristianismo é preciso destruir primeiramente o domingo”. Algumas seitas combatem o domingo, mas alguns cristãos destroem-no com sua conduta no domingo.

O domingo não é seu, meu irmão. É o dia do Senhor. Use-o para o Senhor. Congregue-se, sirva, regozije-se com os irmãos. Não o profane.

Pr Isaltino Gomes

Os três nomes de Paulo

Se Paulo nasceu cidadão romano (At 22.27), seu pai já deve ter sido cidadão romano. A cidadania romana originalmente era restrita a nativos livres da cidade de Roma, mas, à medida que o controle romano da Itália e das terras do Mediterrâneo se ampliava, a cidadania era conferida a várias outras pessoas, de certas províncias seletas, que não eram romanos por nascimento.

Todavia, como uma família judaica de Tarso veio a adquirir esta distinção excepcional? Os membros desta família, na opinião geral, não eram judeus assimilados que se adaptavam ao estilo de vida gentio; isto se pode deduzir da afirmação de Paulo de ser “hebreu de hebreus” (Fp 3.5). Só não sabemos como ele obteve a cidadania romana. A Cilícia caiu na esfera de comando de mais de um general romano no primeiro século a.C – Pompeu e Antonio, por exemplo – e a concessão de cidadania para pessoas aprovadas estava incluída na autoridade geral (imperium) concedida a estes generais, por lei. Podemos presumir que o pai, o avô ou até o bisavô de Paulo prestou algum serviço especial à causa romana.

Como cidadão romano, Paulo tinha três nomes: prenome (praenomen), nome da família (nomen gentile) e nome adicional (cognomen). Destes, conhecemos apenas seu cognomen, Paullus. Se soubéssemos seu nomen gentile, poderíamos ter algum indício das circunstâncias em que a família adquiriu a cidadania, já que novos cidadãos costumavam adotar o nome da família do seu patrono – mas não temos nenhuma indicação neste sentido. O cognomen Paullus pode ter sido escolhido por causa da sua assonância com seu nome judaico Saulo (Sha’ul, em hebraico), que, no Novo Testamento grego, às vezes é escrito Saoul, mas, com mais freqüência, Saulos, de modo a rimar com o grego Paulos.

Por onde quer que fosse em todo o Império Romano, um cidadão romano podia fazer uso de todos os direitos e privilégios garantidos pela lei romana, além de ser responsável por todas as obrigações civis que a lei romana impunha. Os direitos e privilégios de um cidadão estavam redigidos em uma longa sequencia de decretos – dos quais a compilação mais recente é a Lei Juliana sobre o uso público da força (Lex Iulia de ui publica) – que remonta tradicionalmente à Lei Valeriana (Lex Valeria) promulgada na criação da república (509 a.C). Estes direitos e privilégios incluíam um julgamento público justo para o cidadão acusado de algum crime, a isenção de certas infames de punição e proteção contra uma execução sumária. Quem não fosse cidadão romano não podia exigir legalmente nenhum destes privilégios.

Marcelo Oliveira

 

Bibliografia: WIERSBE, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora

OLIVEIRA, Marcelo. Reflexões sobre a vida de Paulo. Ed. Arte Literária

BRUCE, F.F. Paulo, o apóstolo da graça. Shedd Publicações.

Em 24h, 25 profecias cumpriram-se em Jesus Cristo

 Do ano 1.000 ao ano 500 a.C., durante cinco séculos, portanto, os profetas do Antigo Testamento falaram sobre vários acontecimentos que ocorreriam na vida do Messias. Tudo o que eles profetizaram em um período tão longo e em uma época tão distante, cumpriu-se em Jesus Cristo, no curto período de 24 horas!

Não havia como diversos homens, em um espaço de tempo de 500 anos, muitos deles não tendo conhecido uns aos outros, e vivendo em épocas diferentes, terem combinado e profetizado fatos minuciosos e interligados, e estes fatos, por uma simples casualidade, terem-se cumprido em Jesus Cristo.
Não.  NÃO HOUVE CASUALIDADE! As profecias cumpriram-se em Jesus Cristo porquê ele é o Salvador, o Messias que havia de vir. Nenhum outro homem na história teve sua vida, morte e – fato inédito – sua ressurreição previstos com tantos anos de antecedência, e com tanta riqueza de detalhes.
E o mais assombroso e extraordinário é que ESSAS PROFECIAS SÓ TIVERAM O SEU CUMPRIMENTO EM ÚNICA PESSOA EM TODA A HISTÓRIA DA HUMANIDADE: JESUS CRISTO.

1a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA TRAÍDO POR UM AMIGO 
Cerca de 1.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, o salmista Davi escreveu: “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar” (Salmo 41.9). Trata-se de uma profecia que teria o seu comprimento na traição de Judas a Jesus Cristo.
No Salmo 55, versículos 12 a 14, o salmista Davi torna a falar sobre essa traição: “Com efeito, não é inimigo que me afronta: se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia que se exalta contra mim: pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro, e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos, e íamos com a multidão à casa de Deus.” Esse amigo foi Judas, traidor de Jesus.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele grande turba com espada e cacetes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. Ora, o traidor lhes havia dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse prendei-o. E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus, e o prenderam.” (Veja também Mateus 10.4; João 13.21).

2a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA VENDIDO POR 30 MOEDAS DE PRATA
Tendo iniciado o seu ministério profético 520 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, o profeta Zacarias, inspirado pelo Espírito Santo, assim escreveu (Zc 11.12) na parábola do bom pastor (Jesus): “Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário, trinta moedas de prata.”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Jesus Cristo foi vendido aos seus inimigos por Judas Iscariotes pelo preço de 30 moedas de prata: “Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata” (Mateus 26.15).

3a. PROFECIA: AS 30 MOEDAS SERIAM LANÇADAS NO TEMPLO
Zacarias também profetizou sobre o que seria feito com esse dinheiro: “…Tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor” (Zacarias 11.13b).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Foi o que Judas fez: “Então Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se” (Mateus 27.5).

4a. PROFECIA: COM AS 30 MOEDAS SERIA COMPRADO O CAMPO DO OLEIRO
Devemos observar que, segundo o profeta Zacarias, as moedas foram “lançadas ao oleiro”. Ora, segundo a concepção judaica, o oleiro era aquele profissional que criava artigos de pouco valor. Jesus Cristo seria vendido por um preço humilhante, e a desprezível quantia seria arrojada na Casa do Senhor, aos pés de um oleiro.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
O dinheiro pelo qual Judas vendeu Jesus foi empregado em algo que tinha relação com um oleiro. Vejamos o texto bíblico: “E os principais sacerdotes, tomando as moedas disseram: Não é licito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue. E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro para cemitério de forasteiros” (Mateus 27.6,7).

5a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA ABANDONADO POR SEUS DISCÍPULOS
A prisão e morte de Jesus, e sua imediata consequência sobre o estado de ânimo dos discípulos, também foram profetizados por Zacarias (Zacarias 13.7b): “…fere o pastor, e as ovelhas ficarão distantes…”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Jesus sabia que seria abandonado: “Então Jesus lhes disse: Esta noite todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas” (Mateus 26.31). Mateus e Marcos registraram o cumprimento dessa profecia. Mateus 26.56: “Tudo isto, porém, aconteceu, para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então os discípulos todos, deixando-o, fugiram.” Marcos 14.50: “Então, deixando-o, todos fugiram.”

6a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA ACUSADO POR FALSAS TESTEMUNHAS
Mil anos antes do nascimento do Messias, Davi escreveu: “Levantam-se iníquas testemunhas, e me argúem de coisas que eu não sei” (Salmo 35.11).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas afinal, compareceram duas, afirmando: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias (Mateus 26.59-61).

7a. PROFECIA: O MESSIAS FICARIA MUDO DIANTE DOS SEUS ACUSADORES
Esta profecia demorou mais de 700 anos para se cumprir. Se não tivesse sido inspirado pelo Espírito Santo, como o profeta Isaías poderia ter predito um acontecimento que só se concretizaria mais de 700 anos depois dele o haver profetizado? Isaías 53.7: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca…”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Então lhe perguntou Pilatos: “Não ouves quantas acusações te fazem? Jesus não respondeu uma palavra, vindo com isto admirar-se grandemente o governador” (Mateus 27.12-14).

8a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA AÇOITADO E FERIDO
Tanto Isaías como Zacarias profetizaram sobre as agressões físicas que o Messias sofreria: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.5).
“Se alguém lhe disser: Que feridas são essas nos teus braços? Responderá ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos meus amigos” (Zacarias 13.6).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Então Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado” (Mateus 27.26).

9a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA ESBOFETEADO E CUSPIDO
Agora são Isaías e Miquéias os autores dessa profecia: “Ofereci as costas aos que me feriram, e as faces aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam” (Isaías 50.6).
Ao profetizar sobre o nascimento e rejeição do Rei dos reis, Miquéias escreveu: “Agora ajunta-te em tropas, ó filhas de tropas; por-se-á sítio contra nós: ferirão com a vara e foice ao juiz de Israel” (Miquéias 5.1).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Então uns cuspiam-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam…” (Mateus 26.67). Veja também Lc 22.63.

10a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA ESCARNECIDO
Cerca de mil anos antes desse fato acontecer, o salmista Davi escreveu sobre ele: “Todos os que me veem zombam de mim; afrouxam os lábios e mexem a cabeça: Confiou no Senhor! Livre-o ele, salve-o, pois nele tem prazer” (Salmo 22.7,8).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“De igual modo os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, (Mateus 27.41-43. Veja também João 19.2,3).

11a. PROFECIA: SUAS MÃOS E PÉS SERIAM FURADOS
Tanto o salmista Davi como o profeta Zacarias profetizaram sobre este suplício: “…traspassaram-me as mãos e os pés” (Salmo 22.16b). Foi o próprio Senhor Jesus quem falou nesta passagem profética do livro de Zacarias: “E sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; olharão para mim, a quem traspassaram” (Zacarias 12.10a).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
A crucificação de Jesus foi executada segundo o costume romano: suas mãos e pés foram pregados no madeiro através de longos e grandes cravos: “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram…” (Lucas 23.33).
Observe-se que as marcas dos cravos foi a prova que Tomé pediu para crer que Jesus havia realmente ressuscitado (João 20.25-28).

12a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA CRUCIFICADO ENTRE MALFEITORES
“…foi contado com os transgressores, contudo, levou sobre si o pecado de muitos…” (Isaías 53.12b).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“E foram crucificados com Ele dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda” (Mateus 27.38. Veja também Marcos 15.27,28).

13a. PROFECIA: O MESSIAS INTERCEDERIA PELOS SEUS ALGOZES
“…levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu” (Isaías 53.12c).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Ele intercedeu na cruz por aqueles que o maltratavam, e no Céu continua a interceder por nós (Hebreus 9.24; 1 João 2.1). Ele pediu ao Pai que perdoasse seus algozes: “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem…” (Lucas 23.34a).

14a. PROFECIA: SEUS AMIGOS O CONTEMPLARIAM DE LONGE
“Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga; e os meus parentes ficam de longe” (Salmo 38.11).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Enquanto os inimigos de Jesus o cercavam e lhe infligiam suplícios, seus amigos, temendo ser presos, passaram a acompanhar à distancia o desenrolar dos fatos: “Entretanto, todos os conhecidos de Jesus, e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia, permaneceram a contemplar de longe estas coisas” (Lucas 23.49).

15a. PROFECIA: O POVO O REPROVARIA COM UM GESTO DE CABEÇA
“Tornei-me para eles objeto de opróbrio; quando me veem meneiam a cabeça” (Salmo 109.25)

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Esse gesto é característico de quem desdenha ou acredita que, para um determinado caso ou pessoa, não há mais esperança: tudo está perdido. Era isto o que pensavam as pessoas que passavam diante de Jesus crucificado: “Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça…” (Mateus 27.39).

16a. PROFECIA: ELE ATRAIRIA A CURIOSIDADE PÚBLICA
É outra profecia contida neste grandioso salmo messiânico escrito por Davi: “Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim” (Salmo 22.17).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“O povo estava ali e a tudo observava…” (Lucas 23.35a.).

17a. SUAS VESTES SERIAM PARTIDAS E SORTEADAS
Pareceria uma contradição repartir as vestes de alguém, e ao mesmo tempo lançar sorte sobre elas, conforme está no grande salmo messiânico de Davi: “Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica deitam sorte” (Salmo 22.18). Mas veremos que isto ocorreu no caso de Jesus.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Os soldados, pois, quando crucificaram a Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sorte sobre ela para ver a quem caberá…” (João 19.23,24a).

18a. PROFECIA: ELE SENTIRIA SEDE
No Salmo 69, versículo 21, o salmista escreveu: “…e na minha sede me deram a beber vinagre…” no Salmo 22, versículo 15, a situação de terrível sede é claríssima: “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca…”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“…Jesus…disse: Tenho sede!” (João 19.28).

19a. PROFECIA: SER-LHE-IAM OFERECIDOS VINAGRE E FEL
“Por alimento me deram fel, e na minha sede me deram a beber vinagre” (Salmo 69.21).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lhe chegaram à boca” (João 19.29). Em Mateus 27.34 vemos que além do vinagre (vinho) misturam fel.

20a. PROFECIA: ELE SE SENTIRIA ABANDONADO POR DEUS
É o primeiro versículo do salmo 22: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?…”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lema sabactâni, que quer dizer: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mateus 27.46).

21a. PROFECIA: ELE ENTREGARIA SEU ESPÍRITO A DEUS
Esta é outra profecia de Davi: “Nas tuas mãos entrego meu espírito…” (Salmo 31.5a).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Então Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou” (Lucas 23.46).

22a. PROFECIA: SEUS OSSOS NÃO SERIAM QUEBRADOS
“Preserva-lhe todos os ossos, nenhum deles sequer será quebrado” (Salmo 34.20). Cerca de 1000 anos antes do nascimento do Messias, Deus inspirara estas palavras a Davi.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro e ao outro que com ele tinha sido crucificado; chegando-se porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas” (João 19.32,33).

23a. PROFECIA: UMA LANÇA FERIRIA O SEU CORAÇÃO
Na edição Revista e Corrigida da Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida, assim está escrito na parte b do versículo 14 do Salmo 22: “…O meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas”.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
O coração do nosso Salvador Jesus Cristo foi atingido pela lança do soldado romano. Todos os médicos e estudiosos da Bíblia se apóiam no fato de Jesus ter sido atingido de lado, e do ferimento ter saído sangue e água: Sinal de rompimento das cavidades cardíacas: “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19.34).

24a. PROFECIA: HAVERIA TREVAS SOBRE A TERRA
O profeta Amós viveu em uma época distante quase 800 anos da época em que Jesus Cristo seria crucificado. Mas ele profetizou um curioso acontecimento que ocorreu no dia da crucificação de Cristo: “Sucederá que naquele dia, diz o Senhor Deus, farei que o sol se ponha ao meio dia, e entenebrecerei a terra em dia claro” (Amós 8.9).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas sobre a terra” (Mateus 27.45).
Do nascer do sol ao seu ocaso, os judeus contavam 12 horas. A hora sexta correspondia, portanto, ao meio dia, e a hora nona, às três da tarde.

25a. PROFECIA: SEU CORPO SERIA COLOCADO NA SEPULTURA DE UM HOMEM RICO
“Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte…” (Is 53.9a).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lho fosse entregue. E José, tomando o corpo envolveu-o num pano limpo de linho, e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou” (Mateus 27.57-60).
Eis as 25 principais profecias cujo cumprimento iniciou-se a partir da traição de Jesus por Judas, e se estendeu até o sepultamento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo no túmulo emprestado por José de Arimatéia. Mas Jesus Cristo não ficou no túmulo. Ele ressuscitou, e inaugurou esta esperança para todos os que creem nele: Um dia nós, os que tivermos morrido com Ele, ressuscitaremos em um corpo glorioso, semelhante ao seu!

Pr. Jefferson Magno Costa

Eu decreto!

Shalom!

Eu, Marcelo Oliveira, decreto para o ano de 2012:

1) Eu decreto a falência da teologia da prosperidade

2) Eu decreto que a idolatria gospel acabará

3) Eu decreto que o misticismo e o paganismo sairá de nossos púlpitos

4) Eu decreto que o show gospel que invade nossas igrejas não prosperará

5) Eu decreto que a “politicalha suja” dos bastidores evangélicos que promove alguns e elimina outros terminará

6) Eu decreto que este ano não será o ano de Abraão, Isaque e Jacó.

7) Eu decreto que os “avivalistas” parem de manipular o povo com suas mensagens.

8) Eu decreto que as rosas ungidas, sal grosso, “água benta”, campanha dos empresários sairão de nossas liturgias

9) Eu decreto que este ano não será ano apostólico,  nem de mantos de patriarcas, ou qualquer bizarrice igual à esta.

10) Eu decreto a falência da síndrome de Laodicéia,  e voltemos ao primeiro amor.

São estes meus decretos para o ano de 2012. Tenha liberdade de deixar seus comentários!

Marcelo Oliveira

P.s>> Aviso aos leitores – o título do artigo é retórico. Usei a palavra “decreto” no sentido de ironia, pois estou convicto que quem ordena tudo é o GRANDE EU SOU.