Pr Walter Brunelli lançará Teologia Sistemática Pentecostal

SHALOM! É com grande alegria que comunico os nobres leitores deste blog, que meu amigo Pr. Walter Brunelli,  lançará uma Teologia para Pentecostais, (Uma Teologia Sistemática e Expandida).  Uma obra que vem Leia Mais »

Pérolas da carta de Paulo à Filemon

A carta de Paulo a Filemon é a mais breve entre as cartas que formam a coletânea paulina e consiste apenas em 335 palavras no grego original. É pequeno no tamanho e Leia Mais »

Onesíforo, um bálsamo na vida de Paulo

Paulo havia exortado Timóteo a guardar o evangelho, pois diante da perseguição, muitos cristãos abandonariam o evangelho. Ao longo de 2º Timóteo, Paulo encoraja Timóteo a não se envergonhar do evangelho nesse Leia Mais »

Uma curiosidade inédita sobre Jonas

Para compreendermos o significado dos acontecimentos do livro de Jonas capítulo 3 é necessário saber que os ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humano e parte peixe. Eles acreditavam que ele tinha Leia Mais »

Afinal, quem é o cavaleiro branco de Apocalipse 6?

A adoração descrita em Apocalipse 4 e 5 é um preparativo para a ira descrita em Apocalipse 6 a 19. Pode parecer estranho adoração e julgamento andarem juntos, mas isso se deve Leia Mais »

“TETÉLESTAI” – Está consumado!

Introdução

Atualmente não gostamos de contemplar o horror da cruz; por isso nós a enfeitamos e quase a deixamos bela. Transformamos a cruz numa linda jóia cheia de brilhantes e pedras preciosas. Devemos lembrar, que para suas vítimas, a crucificação significava vergonha, tortura, uma morte lenta e agonizante. No momento em que pessoas se vêem confrontadas com a morte, muitas perdem suas máscaras e tornam-se verdadeiras.

A história registra as últimas palavras de grandes homens:

DAVID HUME, o ateu, gritou: “Estou nas chamas!” Seu desespero foi uma cena terrível.

HOBBES, um filósofo inglês: “Estou diante de um terrível salto nas trevas.”

GOETHE: “Mais luz!”

NIETZSCHE: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.”

JESUS CRISTO: “Está consumado.”

Esta foi a sexta palavra que Jesus disse na cruz, está registrada em Jo 19.30. Quando comparamos os registros do Evangelho, descobrimos que Ele gritou em voz alta: “Está consumado!”. Esta declaração não foi o gemido de um homem derrotado, mas o grito triunfante da vitória do Filho de Deus, nosso Salvador. Aos trinta e três anos, a maioria das pessoas costuma afirmar: “É o começo”. Mas, nessa mesma idade, Jesus dizia: “Está consumado!” Ele não disse: “Estou acabado”. Não se tratava do lamento de uma vítima vencida pelas circunstâncias, mas o grito de um vencedor derrotando todos os seus adversários. Na língua grega, o significado destas palavras é: “Está consumado, permanece consumado e estará sempre consumado”.

“Tetélestai”Um termo familiar

Embora esta palavra não seja conhecida de muitas pessoas dos dias atuais, ela era familiar quando o Senhor Jesus ministrava na terra. Os arqueólogos descobriram diversos documentos gregos antigos que continham esta expressão. Quando o Espírito Santo inspirou os escritores do N.T, guiou-os para usarem uma linguagem comum do povo dos dias de Jesus. E esta expressão: “Está consumado” fazia parte da vida diária das pessoas. Vamos explorar estas palavras que eram usadas por alguns indivíduos daquela época, e assim, entender melhor o que significa as palavras de Jesus na cruz.

Servos

Os servos e escravos usavam esta palavra sempre que terminavam um trabalho e levavam o fato ao conhecimento de seus senhores. O servo dizia: “Tetélestai” – Terminei a tarefa que me deste para fazer”. Isto significa que o serviço fora feito como o senhor determinara e na hora que estabelecera.

Jesus Cristo é o Servo santo de Deus (Fp. 2.5-11). O profeta Isaías o descreveu como o servo sofredor de Deus (Is. 42.1-4; 49.1-6; 50.4-9; 52.13 – 53.12). O Dr. John Stott lança luz sobre este tema quando diz que nos textos acima, temos quatro cânticos conhecidos como Cânticos do Servo. Em seus primeiros sermões, registrados no livro de Atos, Pedro se refere a Jesus como “servo” por quatro vezes. Os quatro Cânticos do Servo oferecem diferentes imagens do servo do Senhor. No primeiro, (Is. 42.1-4) o servo é retratado com um mestre, ensinando com mansidão, dotado do Espírito e alcançando os povos. No segundo, (Is 49.1-6) o servo é retratado como um evangelista. A ênfase agora está nas nações distantes. No terceiro, o servo é retratado como um discípulo (Is. 50.4-9), pois é evidente que não se pode ensinar sem primeiro ouvir e aprender. É por esta razão que Iavé desperta o ouvido do seu servo “manhã após manhã” (v. 4). Ele primeiro precisa abrir seu ouvido antes de abrir a boca, mesmo que o que ele aprenda ou ensine seja impopular ou provoque perseguição. Por fim, o servo é retratado como o Salvador sofredor (Is. 52.13 – 53.12), aquele que (falando profeticamente) foi ferido pelas nossas iniqüidades e carregou em seu corpo os nossos pecados.

Jesus Cristo veio à terra como servo por ter uma obra especial a fazer. “Consumei a obra que me confiaste para fazer” (Jo. 17.4). Quando os seus discípulos estavam discutindo sobre qual deles era o maior, Jesus censurou-lhes o egoísmo, dizendo: “Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve” (Lc. 22.27). Ele tomou até o lugar de servo e lavou os pés deles (Jo. 13.1-17), mas seu maior ato de serviço foi quando morreu por eles e por nós na cruz.

Sacerdotes

Os sacerdotes gregos também usavam esta palavra. Sempre que os adoradores levavam ao templo sacrifícios dedicados ao deus ou deusa que adoravam, os sacerdotes tinham de examinar o animal para certificar-se de que era perfeito. Se o sacrifício fosse aceitável, o sacerdote dizia: “Tetélestai – não tem defeito”. Os sacerdotes judeus seguiam um procedimento similar no templo e usavam o equivalente hebreu ou aramaico deste termo. Era importante que o sacrifício fosse perfeito.
Jesus Cristo é o sacrifício perfeito e imaculado de Deus. O Cordeiro de Deus que morreu para tirar o pecado do mundo (Jo. 1.29). Como sabemos que Cristo é um sacrifício perfeito? Deus Pai afirmou isso. Quando o Senhor Jesus foi batizado, o Pai falou do céu, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt. 3.17). Com estas palavras, Deus Pai colocou o selo da aprovação sobre Deus Filho. A seguir, Deus, o Espírito Santo, desceu como pomba e pousou sobre Jesus, acrescentando assim seu testemunho ao do Pai (Mt. 3.16).
Os inimigos de Cristo tiveram que admitir que Ele “foi” irrepreensível, pois se viram obrigados a alugar mentirosos para dar falso testemunho d’Ele em seu julgamento. Nenhum dos apóstolos jamais disse: “ouvi Jesus contar uma mentira”, ou “vimos Jesus cometer um pecado”. Ele é o Salvador perfeito, o Cordeiro de Deus “sem mancha e sem mácula” (I Pe. 1.19).
Pilatos, o governador romano, admitiu: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc. 23.4). Até o traidor Judas confessou: “Pequei, traindo sangue inocente” (Mt. 27.4). Todos os que conheceram a Jesus podiam dizer: “Tetélestai! – Ele é o sacrifício perfeito, impecável”.

Artistas

Quando um artista ou escritor completava seu trabalho, eles davam um passo para trás, contemplavam a obra, e diziam: “Tetélestai! – está pronto. Isso significava que a morte de Jesus na cruz “completa o quadro” que Deus estava pintando, a história que vinha escrevendo havia séculos.
Para a pessoa que não conhece a Jesus Cristo, o A.T. será algo muito difícil e sombrio de se entender. No A.T. você encontra cerimônias, símbolos e profecias que não parecem ajustar-se a um padrão lógico. O A.T. é um livro de muitas cerimônias não explicadas e profecias que se cumpririam no futuro. Portanto, você não consegue a “chave hermenêutica” até que
conheça a Jesus Cristo. A menos que você conheça a Jesus, o A.T. é como andar numa galeria de pintura com as luzes apagadas. Quando Jesus veio ao mundo, Ele completou o quadro e acendeu as luzes! Na sua vida, morte, ressurreição e ascensão, Jesus cumpriu os símbolos, profecias, e explica o significado da “pintura” que estava sendo confeccionada pelo Pai.
O evangelho de Lucas, no capítulo 24, ilustra esta verdade. Dois discípulos desanimados estão andando pela estrada de Emaús, discutindo a morte de Cristo e tentando descobrir o que ela significava. De repente, o Cristo ressurreto se junta a eles e os discípulos lhe contam sobre suas esperanças desfeitas e mentes confusas. Então, Jesus lhes disse: “Ó néscios e tardos de coração para crer tudo que os profetas disseram!” (Lc. 24.25). Depois, começando com Moisés e todos os profetas, o Senhor falou sobre as Escrituras do A.T. e explicou o panorama geral. Ele acendeu as luzes. Sua obra no Calvário havia completado o quadro, de modo que o grande plano da salvação de Deus estava agora claro para todos. Hoje podemos ler o A.T. e ver este quadro maravilhoso, embora ainda haja certas dificuldades e coisas difíceis de entender. Por causa da obra consumada de Jesus na cruz, podemos ver a tela completa pintada por Deus.

Mercadores

“Tetélestai” era uma palavra usada por servos, sacerdotes e artistas, mas os mercadores também a empregavam. Para eles, o termo significava “a dívida está completamente paga”. Se você comprasse algo “a prazo”, quando fizesse o último pagamento, o negociante lhe daria um recibo com a palavra “tetelestai”, ou seja, “quitado”. O débito fora totalmente pago.
Os pecadores incrédulos têm uma dívida com Deus e não podem pagar a conta. Por terem quebrado a lei de Deus, estão falidos e impossibilitados de quitar essa dívida. Mas Jesus pagou-a quando morreu na cruz. É isso que “tetélestai” significa: a divida foi paga, ela permanece paga e estará paga para sempre (Cl. 2.14-15). Nossa dívida com Deus era infinita. Jamais poderíamos saldá-la. Todos estamos aquém das exigências da lei. Ela requer perfeição, e nós somos imperfeitos. Nada que seja contaminado pode entrar no céu (Ap. 21.27).
Contudo, o que não podíamos fazer, Jesus fez por nós. Em Cristo, ficamos quites com a lei de Deus; as demandas da justiça divina foram satisfeitas. O sangue de Jesus nos justificou. Agora já não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Jesus se fez pecado por nós para que fôssemos feitos justiça de Deus.

Conclusão

“Tetélestai” era uma palavra familiar, dita por um salvador fiel sobre uma obra consumada. Quando Ele gritou a palavra, isso significou que todas as profecias do A.T. referentes à sua obra na cruz estavam então cumpridas e terminadas. A partir de Gênesis 3.15, Deus prometera que um Salvador derrotaria Satanás. Todos os retratos de Cristo existentes nos rituais e objetos do tabernáculo, do ministério sacerdotal e do sistema sacrificial estavam completamente terminados e cumpridos. Os símbolos e profecias do A.T. foram cumpridos. O véu do templo se rasgou em dois, e o homem pôde então entrar na presença de Deus. O caminho da salvação foi aberto.
“Está consumado” significa que a Lei da Antiga Aliança estava terminada. Não vivemos mais sob a escravidão da lei; em vez disso, vivemos na liberdade da graça de Deus (Rm. 6.15). A palavra importante do Evangelho não é “faça”, mas “está feito”. A obra da redenção terminou. Amém!

Pr Marcelo de Oliveira

Bibliografia: Stott, John. A Bíblia Toda, Ano Todo. Editora Ultimato

Poder através da fraqueza – I Co 1.23-31 e I Co 2.1-4

Introdução –

A Carta de Paulo aos coríntios é uma carta relevante, e altamente contemporânea para os cristãos do nosso tempo. Estudar esta carta é fazer um diagnóstico da igreja atual – é colocar um grande espelho diante de nós mesmos . O apóstolo Paulo plantou a igreja de Corinto no final da 2º viagem missionária . Nesta cidade Paulo passou 18 meses pregando a Palavra de Deus – At 18.11 e nesse tempo, ele gerou esses cristãos em cristo – I Co 4.15 . Depois disso, Paulo foi para a cidade de Éfeso, na Ásia menor. De lá mandou esta carta para igreja de Corinto . Na verdade esta não foi a 1º carta que Paulo escreveu aos coríntios . Ele escreveu outra carta, porém, não temos conhecimento do seu paradeiro. Ele faz menção desta carta em I Co 5.9

Por que Paulo resolveu plantar uma igreja em Corinto ?

>> Paulo era um missionário estrategista. Corinto era uma das maiores e mais importantes cidades do mundo , como também Roma, Éfeso, Alexandria .

>> Razão geográfica – esta cidade ficava bem próxima a Atenas , a capital intelectual do mundo. Banhada por 2 mares : Egeu e Jônico – lá estava um dos mais importantes portos da época , o porto de Cencréia. Então, esta cidade recebia gente de todos as partes do mundo. Culturas diferentes, intercâmbio cultural ocorriam nesta cidade. Por isso, evangelizar Corinto era plano estratégico, pois a partir de Corinto o evangelho poderia se espalhar e alcançar o mundo se sua época .

>> Razão cultural – Corinto era também uma cidade importantíssima na área dos esportes. Lá havia a prática dos jogos ístmicos ( de 3 em 3 anos) , sendo somente superada pelos jogos olímpicos de Atenas . O mundo inteiro era atraído para lá para a prática esportiva. Na sua visão missionária Paulo não subestimava os jovens. Se Paulo vivesse hoje, ele encontraria meios de influenciar a juventude que vibra com o esporte. Ele buscaria meios de entrar com o Evangelho nos estádios, quadras, teatros, autódromos etc . Paulo fazia exegese tanto da Escritura , quanto da cidade .

>> Razão Moral – Embora Corinto fosse uma cidade acentuadamente intelectual , era ao mesmo tempo profundamente depravada moralmente. David Prior diz que, como a maioria dos portos marítimos , Corinto se tornou tão próspera quanta licenciosa. Talvez Corinto tenha ganhado a fama de ser uma das cidades mais depravadas da história antiga. A palavra Korinthiazesthai [grego] , viver como um “corintio”, chegou a ser parte do idioma grego, e significava viver bêbado e na corrupção moral .

Hoje vivemos em uma sociedade que adora o poder. Isto não é nada novo. A cobiça pelo poder tem caracterizado sempre o ser humano. Foi precisamente esta ambição que conduziu a queda de Adão e Eva , já que Satanás os tentou a desobedecer a Deus em troca de lhes dar poder. Esta sede de poder se expressa hoje em 3 ambições humanas : ambição pelo dinheiro, pela fama, pela influência. Esta cobiça está em todos os âmbitos : política, relações familiares, negócios e , lamentavelmente também aparece na igreja – na luta pelo poder eclesiástico, em disputas de denominações , no exercício da liderança, e em organizações para – eclesiásticas que pretendem converter-se em impérios mundiais .

Se formos honestos, descobriremos que esta sede de poder chega ao púlpito. O púlpito é um lugar extremamente perigoso para qualquer filho de Adão. O ilustre político inglês disse : “ O poder é mais intoxicante que a bebida e mais vicioso que as drogas. Ainda no séc XIX este político inglês que se opôs veementemente à decisão do Concílio Vaticano I de atribuir a infalibilidade ao papa disse : “ O poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente “ .

O poder do Espírito Santo , também deveria nos preocupar no nosso meio . Por que queremos receber este poder ? Este poder é para testemunhar, viver em santidade, para vivermos em humildade ? Ou reflete o desejo egoísta de exaltar nossa pessoa, ampliar nossa influência e , impressionar e manipular os outros ? Nossa única preocupação deveria ser a majestade absoluta do Senhor Jesus, e a honra de seu reino . O próprio Cristo não se aferrou ao poder que legitimamente lhe pertencia. Se Ele renunciou o poder, devemos fazer o mesmo. Marcos 10.42-45

Foi o filósofo alemão Nietzche que construiu todo um sistema sobre a premissa do poder. Queria um mundo dominado por governadores autoritários e opressores – no qual não havia lugar para seres fracos e débeis . Seu ideal era o super-homem. Nietzche adorava o poder e depreciava a Jesus por sua fraqueza. Ele que disse : “ O evangelho morreu na cruz” . Mas para nós, a cruz é o poder do evangelho, a nossa vitória, nossa justificação e salvação ! Não temos outra glória, a não ser a Cruz de Cristo – Gl 6.14 –

Ao contrário, o modelo que Cristo pôs diante de nós foi um menino. Por isso o tema desta mensagem : Poder na fraqueza . A fragilidade humana é o terreno no qual se manifesta o poder divino .

1 ) O poder de Deus se manifesta na fraqueza da mensagem : A Cruz

Deus mostra sua sabedoria através da loucura da cruz. É na cruz, com toda a sua fraqueza , que Deus demonstra seu poder. Paulo nos versos 22-25 faz referência à perspectiva que tanto os judeus como os gentios tinham da cruz .

Os judeus pediam sinais e milagres. Esperavam um Messias político que expulsasse as legiões romanas e restaurasse a soberania do povo de Israel. Cada vez que um líder “ revolucionário” dizia ser o Messias anunciado, os judeus lhe pediam sinais de poder . Por isso, uma e outra vez, faziam a Jesus essa pergunta : Quais são os sinais que fazes para que te creiamos ? Mt 16.1 e Mc 8.11 – os judeus esperavam poder, não fraqueza. O Cristo crucificado era um tropeço para as expectativas judias , que imaginavam um líder cavalgando a frente de um poderoso exército . O que lhes oferecia o evangelho ? O Nazareno crucificado , um verdadeiro insulto ao orgulho nacional. Como podia o Messias de Deus terminar sua vida crucificado , condenado por seus compatriotas e ainda debaixo da maldição de Deus – Dt 21.23

Os gregos por sua parte , esperavam demonstrações de sabedoria. Estavam treinados para escutarem cada nova teoria e comprovar se era lógica a argumentação. Se para os judeus a cruz era expressão de fraqueza, para os gentios era loucura . Para os gregos e romanos a crucificação era o método de execução mais humilhante . Cícero, o grande orador romano disse : “ a cruz não só era alheia ao corpo de um romano, senão para sua mente, olhos e ouvidos” . Para ele, a cruz era algo tão horroroso que o cidadão romano não devia presenciar , falar e imaginar , alguém sendo crucificado.

Em contraste com a percepção da cruz que tinham tanto os judeus como os gregos, Deus fez da cruz , o meio para mostrar sua sabedoria e poder . Cristo é o poder e sabedoria de Deus ! Aleluia – I Co 1.24-25 Para aqueles que Deus chamou, a cruz não é fraqueza, mas poder . Não é loucura, mas sabedoria. Por meio dela , Deus tornou possível a salvação dos pecadores. Por meio dela somos livres da escravidão do pecado, livres da culpa, livres do juízo de Deus . Por meio dela, somos reconciliados com Deus.

Havia em cera igreja um pregador muito alto, homem de grande estatura, que dominicalmente se levantava para pregar. Atrás do púlpito ficava um vitral muito lindo, onde tinha uma
cruz desenhada. Num culto especial, a igreja convidou outro pregador, este com estatura mediana para aquela festividade da igreja. Quando o pastor da igreja se levantava as pessoas não conseguiam ver o vitral com a cruz. Mas nesse dia, com o novo pregador, os cristãos viram a beleza da cruz estampada no vitral atrás do púlpito. De repente, uma menininha chamou a atenção de sua mãe, dizendo : “ Mamãe onde está aquele pregador que quando se levanta a gente não poder ver a cruz” ? A pergunta daquela menina ecoa em nossos dias. Há um grande perigo do pregador se levantar e impedir que as pessoas vejam a cruz de Jesus . Muitos pregadores estão escondendo a cruz, em suas mensagens . Que Deus levante , homens e mulheres , que não tenham outra mensagem a não ser a cruz. Que não tenham outra alegria, a não ser a cruz. Que não tenham outro alvo, a não ser a cruz. Que não tenham outra bandeira, a não ser a cruz de Cristo !

2 ) O Poder de Deus se manifesta na fraqueza dos cristãos – I Co 1.26-31

Deus não escolheu mostrar seu poder na fraqueza da mensagem ( cruz) , mas na fraqueza de quem recebe a mensagem – vs 26 -27 . Não há evidência de sabedoria e poder entre os convertidos ali. São termos fortes que Paulo usa : louca, frágil, vis, desprezíveis – mas é nessa classe de gente havia atuado o poder de Deus .

A estratégia divina não mudou. Deus segue escolhendo o que para o mundo “ não é” para desfazer o que tem pretensão de ser algo. E nos versos seguintes , Paulo explica porque o Eterno fez assim : Para que ninguém se glorie. Todo crédito pertence a Deus. Por Ele, e só por Ele, Jesus Cristo é para nós sabedoria, justificação, santificação e redenção.

Justificação (passado) – Por Jesus , estamos em harmonia com Deus.

Santificação ( presente) – Através do processo diário , nos separamos deste mundo, de seus pecados, e nos aproximamos de Deus .

Redenção – futuro – a redenção de nossos corpos , à glória futura .

Estas três realidades são evidência do poder de Deus em nós por meio de Cristo. Em outras palavras, Cristo é a demonstração do poder de Deus nestes três fatos que se cumprem , respectivamente, no passado, presente, e futuro . Em nenhum sentido podemos atribuir estas realidades a algum mérito nosso. Tudo se deve a graça de Deus, através de Cristo na cruz .

3 ) Poder de Deus na fraqueza de quem prega – I Co 2.1-5

Deus elegeu a fraqueza e a loucura da cruz para nos salvar, e só os que se reconhecem fracos e débeis podem receber a mensagem da salvação. Agora o apóstolo agrega que o mensageiro do evangelho não tem poder senão em sua fraqueza . É importante ressaltarmos que fraqueza aqui , não significa pecado, ou algo semelhante. Paulo quer dizer que a sublimidade do evangelho é tão grande , a mensagem é tão poderosa , que ele não veio com ufanismo e autoconfiança para pregar esta mensagem , mas sim com temor , e grande temor – I Co 2.3

Esta confissão de fraqueza não é típica de nossos pregadores. Afinal, os pregadores de hoje são poderosos, famosos, lotam estádios ……… e qual deles demonstraria sinal de fraqueza ? Que paradoxo com o apóstolo Paulo.

Mas em sua fraqueza , Paulo recordava e recorria ao poder de Deus.

Cada apresentação do evangelho envolve um encontro de poder entre Cristo e Satanás. E em cada conversão se demonstra o poder superior de Jesus Cristo ! Isto é possível porque o Espírito Santo toma nossas palavras, pronunciadas com fraqueza , e com seu poder leva à mente, coração e consciência dos que escutam, para que possam reconhecer a verdade e crê ! Aprendemos aqui, que somente o Espírito que traz a conversão aos pecadores ! Somente ele revela a Palavra , e trabalha nos corações para que sejam tocados pela grandeza do Evangelho .

Conclusão – Temos uma mensagem apresentada em uma cruz que expressa fraqueza. Esta mensagem é proclamada por pregadores fracos, cheios de temor e tremor. E é recebida por pessoas fracas, desprezadas pelo mundo. Agora, o principio do PODER NA FRAQUEZA , alcança sua máxima expressão na pessoa de Cristo. Sendo Deus, não se aferrou a sua condição; pelo contrário, se esvaziou do seu poder e sua glória, e se humilhou para nos salvar . Depois de ser batizado por João, o Batista , Jesus foi tentado pelo diabo no deserto da Judéia. Ali, o diabo lhe ofereceu poder, Jesus Cristo o repeliu. Caminhou com firmeza e se dirigiu a Jerusalém e se entregou voluntariamente à máxima expressão de fraqueza e humilhação : a morte na cruz . Por isso , Deus o exaltou a mais alta honra .

Se acompanharmos a João no Cap 4 e 5 do Apocalipse, veremos uma porta aberta no céu. A primeira coisa que se vê desta porta aberta é um trono, símbolo do poder e soberania. È o trono do Grande Deus. O apóstolo João, continua descrevendo a visão e algo nos enche de assombro. No trono não somente reconhece a Deus em toda sua grandeza , há ali um Cordeiro “ como sido imolado” . Se o trono é símbolo de poder, o Cordeiro tosquiado e sacrificado, é símbolo de fraqueza. Em outras palavras, ali, no trono de Deus, reina o poder através da fraqueza. Para sempre seja Louvado o nome de Jesus ! Amém.

Pr Marcello de Oliveira.

Bibliografia : Lopes, Hernandes Dias. I Coríntios. Editora Hagnos. 2008
Stott, John. A Bíblia Toda, Ano Todo. Editora Ultimato. 2007

Gaio, Diótrefes, Demétrio – III Jo

Introdução

É interessante fazer um contraste entre a segunda e a terceira epístolas de João. A segunda carta de João adverte a “senhora eleita” sobre os falsos mestres de fora, mas adverte a Gaio sobre os líderes ditadores dentro da congregação.

Os falsos mestres na segunda carta de João valiam-se do amor para negar a verdade, enquanto Diótrefes apelava para a verdade, sem amor algum, e ataca os irmãos. A Bíblia nos ensina a andar “em verdade e amor” (II Jo 3) e dizer a verdade em amor (Ef 4.15).

Esta carta fala sobre três homens: Gaio, Diótrefes e Demétrio (v. 1, 9, 12). Na igreja visível há salvos e perdidos. Há cristãos genuínos e cristãos falsos. Há os que amam a Deus e buscam a sua glória e aqueles que amam a si mesmos e estão interessados apenas na sua própria glória. Onde há pessoas, há problemas, mas também há a possibilidade de resolução dos problemas.

Consideremos agora os três homens desta carta, observando o perfil de cada um:

I.Gaio, um encorajador – vs. 1-8

1. Um homem amado

O apóstolo João o chama de “amado” por três vezes (vs. 1, 2, 5). É pouco provável que esse fosse um tratamento formal. Ele era um homem especial. Gaio era o tipo de pessoa que atraía as pessoas por sua bondade, generosidade e amabilidade.

2. Um homem de vida espiritual saudável – vs. 2

O texto nos indica que Gaio não estava bem de saúde, e o apóstolo orava por sua restauração (vs. 2). É possível ser pobre materialmente e ser rico espiritualmente. É possível estar doente corporeamente e ser saudável espiritualmente. Isto é uma “tacada” nos adeptos da teologia da prosperidade, que enfatizam que o cristão não pode ter doença, padecer fisicamente. Aprendemos aqui que Gaio tinha a capacidade de cuidar do rebanho do Senhor.

Há muitos pastores (líderes) doentes emocionalmente no exercício da liderança. Deveriam estar sendo pastoreados, mas estão pastoreando. O ministério tem suas complexidades e exige obreiros bem resolvidos e saudáveis emocionalmente. O pastor (líder) lida com muitos problemas e, se ele não for uma pessoa centrada e equilibrada, pode gerar muitos conflitos e problemas no seu ministério. Gaio era um homem sadio espiritualmente, equilibrado, por isso poderia exercer a liderança na igreja.

3. Um homem de bom testemunho – vs. 3,4

Gaio era reconhecido como um homem que obedecia a Palavra de Deus e andava na verdade. As pessoas que iam visitar João davam bom testemunho do exemplo de Gaio. Será que as pessoas que nos conhecem podem dar bom testemunho a nosso respeito?
Às vezes ficamos desconfortados quando alguém pergunta: “Fulano de tal é da sua igreja? Ou: Eu conheço um dos seus membros muito bem.”

O que levou Gaio a dar um bom testemunho? A Verdade de Deus! A verdade estava nele e o havia capacitado a andar em obediência à vontade de Deus. Gaio leu a Palavra, meditou na Palavra, deleitou-se na Palavra e praticou a Palavra em sua vida diária. O que é a digestão para o corpo, a meditação é para a alma· Gaio andava na verdade e isso trouxe grande alegria a João (v. 4). Não havia dicotomia entre a profissão de fé e a prática.

4.Um homem abençoador – vs. 5-8

Gaio era um cooperador da verdade – Ou seja, ele ajudava as pessoas a fazer a obra de Deus. Você faz a obra com os pés, indo; com as suas mãos contribuindo; com os seus lábios falando e orando. Gaio abriu seu coração, seu bolso e seu lar para acolher os pregadores da Palavra de Deus.

A segunda carta alerta para o perigo de exercer a hospitalidade com os falsos mestres (v. 7-11). A terceira carta alerta para a necessidade de hospedar e receber os pregadores fiéis da Palavra de Deus (v. 5-8). Gaio era um encorajador não apenas para os domésticos da sua comunidade, mas também com os estrangeiros (Hb. 13.2).

Gaio não abriu apenas seu lar, mas ele também abriu seu coração e seu bolso para dar ajuda financeira aos seus hóspedes que pregavam a Palavra de Deus. Ele dava suporte financeiro para que outras pessoas fizessem a obra de Deus (I Co 16.6; Tt. 3.13). Nossa fé deve ser expressa por obras (Tg 2.14-16) e nosso amor por ajuda e não por palavras apenas (I Jo 3.16-18).Qual é a motivação para essa prática de amor de Gaio?

1) Dar suporte aos servos de Deus honra a Deus (v. 6) – Nós nos assemelhamos a Deus quando nos sacrificamos para servir aos outros. Devemos viver do modo digno de Deus para o seu inteiro agrado. Servir aos servos de Cristo é servir a Cristo (Mt. 10.40; 25.34-40).
2) Dar suporte aos servos de Deus é um testemunho aos perdidos (v. 7) – Jesus ensinou claramente que os servos de Deus merecem suporte financeiro (Lc. 10.7), mas esse suporte não dever vir dos incrédulos, mas do povo de Deus .

II. Diótrefes, o ditador – vs. 9,10

1.Amante dos holofotes – vs. 10

Há muitas igrejas que têm membros que insistem em ser “manda-chuvas”, e fazer tudo a seu modo. Mas, na maioria das vezes, é o pastor que assume poderes ditatoriais e se esquece que a palavra ministro significa “servo”. Em outras ocasiões, é um presbítero, diácono ou talvez um membro de longa data da igreja que pensa ter “direitos adquiridos por tempo de serviço”.

A motivação de Diótrefes era o orgulho. Os motivos que governavam a conduta de Diótrefes não eram teológicos, sociais ou sequer eclesiásticos, mas morais. Ele estava ávido por posição e poder. Ele não tinha dado ouvido às advertências de Jesus contra a ambição e desejo de domínio (Mc. 10.42-45; 1 Pe. 5.3).

Diótrefes queria ser o centro das atenções. Ele era um daqueles que parava em frente ao espelho e dizia: “Quão grande és tu”. Ele era o oposto de João, o batista que disse: “Convém que ele [Jesus] cresça e que eu diminua” (Jo. 3.30). O orgulho e a soberba são pecados intoleráveis para Deus. Na igreja de Cristo todos estamos nivelados no mesmo patamar: somos servos. Não há espaço para donos, para chefes, ”caciques espirituais” para buscar aplausos de homens. Diótrefes era um líder ditador. Ele impunha sua liderança pela força e pela intimidação. Sua vontade era lei. Ninguém podia ocupar o seu espaço. Cada pessoa que chegava na igreja era uma ameaça à sua liderança. Por isso, ele não dava acolhida a João.

2.Diótrefes mentiu sobre o apóstolo João – vs. 10 a

As palavras e obras más emanam do maligno. Ele trazia falsas e vazias acusações contra João. Seu prazer era atentar contra a honra daqueles que eram ameaça ao seu orgulho e à sua posição de liderança. O texto no verso 10 diz: “……. proferindo contra nós palavras maliciosas”. O que Diótrefes dizia a respeito de João era totalmente absurdo, e, no entanto, alguns gostavam de ouvir esse tipo de conversa e estavam dispostos a acreditar em tais mentiras! Além disso, Diótrefes falava mal de João pelas costas, quando João não estava presente para se defender. Será que você está na igreja de Diótrefes? Quantas pessoas maliciosas no nosso meio, que são especialistas em fofocas, mentiras, divisões. Estes são discípulos de Diótrefes.

Os cristãos devem ter cuidado para não acreditar em tudo o que lêem ou ouvem sobre os servos de Deus, especialmente os que exercem um ministério a
mplo e estão em destaque. Da próxima vez que alguém quiser falar com você, pergunte a esta pessoa se isto que ele (a) irá falar passou pelas três peneiras:

Um rapaz procurou certo sábio e disse que precisava falar sobre uma outra pessoa. Erguendo os olhos do livro que lia, o sábio perguntou:- O que você deseja falar-me já passou pelas três peneiras?- Três peneiras? Retrucou o rapaz, curioso.- Sim! Respondeu o sábio. A primeira peneira é a verdade. O que você quer conversar comigo a respeito dos outros é um fato, ou você ouviu alguém falar? Caso seja algo que tenha apenas ouvido alguém falar, vamos encerrar o assunto por aqui mesmo.- No entanto, sendo fato, devemos passar então pela segunda peneira – a bondade. O que você vai contar é algo de bom? Ajuda a construir o caminho, a fama do próximo? – Se o assunto é realmente coisa boa, ainda assim temos a terceira peneira – a necessidade. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Pode melhorar a qualidade de vida das pessoas?- E o sábio concluiu: Se passar pelas três peneiras, conte, estou pronto a ouvir, pois neste caso eu, você e nossos irmãos nos beneficiaremos. Todavia, se for reprovado em pelo menos uma peneira, esqueça tudo e encerre o assunto. Será uma fofoca que servirá apenas para envenenar o ambiente e levar rancor e discórdia entre irmãos e amigos.Três Peneiras: 1. É Verdade? (Ef. 4.25) 2. Vai ajudar a pessoa de quem falamos? (Ef. 4.29) 3. É preciso saber, ou seja, vai ajudar outros? (Ef. 4.29)

3.Diótrefes disciplinou os que discordavam dele – vs. 10 c

“….. e os expulsa da igreja”. Os membros da igreja que receberam os cooperadores de João foram expulsos da igreja! Diótrefes não tinha nem autoridade nem base bíblica para expulsar as pessoas da igreja. A disciplina que ele praticava era abusiva. As pessoas eram disciplinadas não porque haviam desobedecido a Palavra de Deus, mas porque haviam desobedecido a uma ordem autoritária dele.

A disciplina bíblica não é uma arma nas mãos de um ditador para proteger a si mesmo. A disciplina é uma ferramenta para uma congregação usar para promover a pureza e glorificar a Deus. A igreja não é uma delegacia. Ela não trata as pessoas com chibata. A disciplina deve ser exercida com amor.Os ditadores na igreja são perigosos. Eles julgam e condenam todos aqueles que discordam deles. Eles lutam não pela glória de Deus, mas pela projeção dos seus próprios nomes. E você leitor (a) é um Diótrefes? Ou faz parte da igreja que há um Diótrefes?

Não é difícil reconhecer os “ditadores” da igreja. Eles gostam de falar a respeito de si mesmos e do que “fazem para o Senhor”. Também têm o costume de julgar e condenar os que discordam deles. São especialistas em rotular outros cristãos e classificá-los em categorias rígidas segundo suas próprias intenções. O mais triste é que esses “ditadores” são cristãos que acreditam, de fato, estar servindo a Deus e exaltando o nome de Jesus.

III. Demétrio, um exemplo – vs. 11-15

1.Demétrio, um homem digno de ser imitado – vs. 11

De acordo com o dicionário, um exemplo é: “um ideal, um modelo, algo digno de ser imitado”. Demétrio era um cristão exemplar.

Quando um líder anda com Deus e vive de forma irrepreensível, ele é digno de ser imitado (Fp. 3.17; 1 Co 11.1). Ele tornou-se modelo, padrão, referencial. As pessoas estão olhando para nós. Eles estão nos copiando. Que tipo de crente estamos sendo? Estamos influenciando para o bem ou para o mal? Não se pode ver Deus, mas é possível vê-lo operando na vida dos seus filhos. A vida piedosa e o serviço consagrado de um cristão sempre servem de encorajamento e de estímulo. O escritor aos Hebreus diz: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb. 10.24)

2. Demétrio, um homem de bom testemunho dentro e fora da igreja – vs. 12

Todos os membros da igreja conheciam Demétrio, amavam Demétrio e agradeciam a Deus pela sua consistente vida e ministério. Sua vida era exemplo para os membros da igreja. Os de fora da igreja também lhe davam bom testemunho. Sua vida era coerente. Sua vida familiar, financeira, profissional era coerente com o seu testemunho. Será que as pessoas podem falar da mesma forma de nós?

3.Demétrio, um homem que tem bom testemunho da própria verdade – v. 12

Como Gaio, ele andou na verdade e obedeceu a verdade. A genuinidade cristã de Demétrio não precisava da prova dos homens; era provada por si mesma. A verdade que ele professa estava encarnada nele. Isso não significa que era perfeito, mas sim que levavam uma vida coerente, procurando honrar ao Senhor.

Tanto a igreja quanto a Palavra davam testemunho da vida cristã de Demétrio, e agora , o apóstolo fazem o mesmo, isto significa que Demétrio teria problemas com o “ditador” Diótrefes. O apóstolo amado sabia por experiência própria e não se envergonhava de confessar que Demétrio era um homem de Deus.

Minha oração é que Deus levante mais pessoas como Gaio e Demétrio, e menos como Diótrefes. Amém!

Marcelo de Oliveira

Bibliografia: Wiersbe, Warren . Comentário Bíblico. Volume II

LOPES, Hernandes Dias. I,II, III João. Editora Hagnos.

STOTT, John, 1, 2 e 3 João. Edições Vida Nova