Category Archives: Reflexões

Uma preciosidade: Agostinho e o Natal

 

O Criador do homem virou homem para que, Ele, Soberano das estrelas, pudesse ser nutrido no seio materno; para que Ele,O Pão, pudesse ter fome; para que Ele, A Fonte pudesse ter sede; para que Ele, A Luz, pudesse dormir; para que Ele, O Caminho, pudesse cansar da jornada; para que Ele, A Verdade, pudesse ser acusado por falsas testemunhos; para que Ele, O Juiz dos vivos e mortos, pudesse ser julgado por um juiz mortal; para que Ele, A Justiça, pudesse ser condenado pelos injustos; para que Ele, A Disciplina, pudesse ser acoitado por chicotes; para que Ele, A Fundação, pudesse ser suspenso numa cruz; para que A Coragempudesse ser enfraquecido; para que Segurança pudesse ser ferida; para que A Vida pudesse morrer.
Para agüentar estas e outras vergonhas por nós, para nos libertar, criaturas indignas, Aquele que existiu como Filho de Deus antes de todos os tempos, sem começo, aceitou virar o Filho do Homem nestes tempos. Ele fez isso, embora Aquele que se submeteu a tamanha maldade por nossa causa nenhuma mal fez e embora nós, beneficiados por tanta bondade às suas mãos, fizemos nada para merecer estes benefícios. –

 

O que falar desta preciosidade? Pense e reflita o que Jesus fez por você! 

Agostinho, Sermões das Estações Litúrgicas

O presente que Billy Graham ganhou no NATAL

 

No livro Crescendo na fé com Billy Graham, Grady Wilson escreveu o capítulo “Uma lágrima corajosa”. Ele conta que foi com Billy Graham à Coréia, em 1951, e lá foram a um hospital cirúrgico para visitar enfermos. Um soldado fora ferido nas costas e estava deitado de bruços. Billy deitou-se de costas no chão, para poder falar-lhe, e perguntou ao rapaz se ele queria que Billy orasse por ele. O soldado aquiesceu, e Billy Graham orou por ele. Finda a oração, o rapaz disse: “Obrigado e feliz natal, senhor Graham”, e chorou. Uma lágrima caiu na bochecha do evangelista. Do lado de fora, Graham disse a Grady Wilson: “Esta lágrima é o melhor presente de natal que eu ganhei”.

Neste natal haverá gente em hospitais, em velórios, no desemprego, na orfandade ou viuvez recente. Pais não darão presentes a seus filhos por falta de recursos (Papai Noel não se dá bem com pobres). Pessoas passarão o natal na fila do SUS. Nas grandes cidades alguns o passarão dormindo nas calçadas ou revirando lixo em busca de algo para comer. Chocante? Deprimente demais para constar de uma pastoral no dia do natal? Bem, somos cristãos, não somos? É justo pensarmos no nosso bem-estar e conforto, raiando ao desperdício, enquanto pessoas sofrem?

Haverá lágrimas de dor, de pessoas sofredoras. A dor não pára no natal. Pelo contrário, o natal a agrava. Mas haverá lágrimas de gratidão, como a do soldado por quem Billy Graham orou. Após ler esta história, eu me comovi. Decidi que nada compraria para mim, mas investiria o que comigo gastaria com alguém necessitado. Não estou apregoando virtude, mas estou contando até com vergonha, porque deveria ter pensado nisto antes. Foi preciso que o Espírito me incomodasse, mostrando meu egoísmo. Pequei, sendo egoísta, pensando apenas em mim e nos que amo, e que sempre têm algo. Deus me perdoe pela minha mesquinhez. Mas gostaria que alguém fosse abençoado por mim.

Neste natal, presenteie um necessitado. Billy Graham recebeu uma lágrima de presente. Se ele fosse tão pequeno como eu, iria se guardar para passar o natal com sua família, e não na Coréia, num hospital. Faça alguém feliz. Será um grande presente que você se dará, se tiver espírito cristão.

Pr Isaltino Gomes

Derrotando Amalek

 

Através das gerações, os judeus tiveram uma longa lista de inimigos. Os antigos egipcíos os escravizaram, os babilônios destruíram o templo, os grego-sírios  empenharam-se em substituir o judaísmo pelo helenismo e os romanos destruíram o segundo templo, exilando-os da terra que o Eterno havia prometido a seus pais, Jerusalém. Mas, dentre todos os seus inimigos, um deles é incomparável e sobressai em sua malignidade – aquele cujo ódio pelo povo judeu não encontrou paralelos. Seu nome é Amalek.

 

A Torá, cuja autoria é divina e que nos ensina a reverenciar a vida, a amar nossos semelhantes e não odiar nossos inimigos – nem mesmo os egipcíos que cruelmente os escravizaram – é categórica e implacável em se tratando de Amalek. “Lembra-te do que fez Amalek em teu caminho de saída do Egito. Quanto te encontrou no caminho e extirpou todos os que retardavam atrás de ti e tu estavas cansado e exausto e (Amalek) não temeu ao Eterno. Portanto, quando, o Eterno, teu D’us, te der descanso de todos os teus inimigos em volta de ti, na terra que o Eterno, teu D’us, te está dando por herança para possuí-la, apagarás a memória de Amalek de debaixo dos céus, não te esqueças” (Dt 25.17-19).

 

Amalek é identificado com a destruição em virtude do grau de ódio que nutre pelo povo judeu. Diferentemente de outros que perseguiram por razões políticas, econômicas, ideológicas ou religiosas, Amalek odeia os judeus sem motivo. Seu ódio é irracional e sem fundamento e extremamente poderoso. Amalek odeia os judeus simples e exclusivamente pelo fato de serem judeus. A ele não importa se os judeus vivem na terra de Israel, ou não; se são religiosos ou não; se são capitalistas ou não; liberais ou conservadores. Para ele, todos os judeus são iguais: um fenômeno indesejável que precisa ser extirpado da face da Terra.

 

Amalek, ainda, personifica a antítese do povo judeu. É uma criatura totalmente destituída de fé: nem em idolatria acredita. Seu objetivo básico é a negação do direito de Israel à existência. Amalek é a base das forças do mal neste mundo. Amalek não tem país, bandeira ou idioma. Assume identidades múltiplas. Enquanto o povo judeu é transparente e se faz ver enquanto povo, Amalek oculta sua identidade. Surge em épocas diferentes em diferentes lugares e é mestre na arte do disfarce. Apesar de suas heresia, às vezes, até se transveste com trajes religiosos. Como, então, identificá-lo?

 

Na história de Purim, no livro de Ester, lemos acerca do ódio que Haman nutria pelo povo judeu. Um episódio que se inicia com um conflito pessoal – a recusa de Mordechai de se curvar perante Haman – resulta em um decreto de genocídio contra todos os judeus – homens, mulheres e crianças. Ainda que Haman se sentisse insultado, não fazia sentido incluir todo o “povo de Mordechai” em sua vingança. Obviamente, usou Mordechai como pretexto para executar seus planos genocidas contra os judeus. Isso não surpreende já que ele era descendente direto de Amalek.

 

Na verdade, Mordechai servia na Corte – e até salvou a vida do rei de uma conspiração para assassiná-lo – e os judeus contribuíam para o desenvolvimento do reino, como fazem em todos os países onde residem. A acusação levada por Haman ao rei contra os judeus foi um estratagema para que pudesse executar seus planos malignos. Sua luta contra o povo judeu nada tinha a ver com o fato de seus membros se destacarem na sociedade maior: originava-se em um ódio fundamental contra uma nação que pertencia a um outro polo de existência. Haman e seus adeptos – os filhos de Amalek – postavam-se de um lado, o lado da escuridão e da maldade, enquanto Mordechai e seu povo se colocavam do outro – o lado da luz e da bondade.

 

Amalek e a origem do mal

 

Há um livro intitulado Conversas com Hitler, escrito por um antigo membro do Partido Nazista e amigo de Hitler. Em um dos diálogos registrados no livro, os dois conversam sobre os judeus e o autor diz a Hitler: “Cá entre nós… Nós dois sabemos que todas as imputações contra os judeus são falsas. Por que, então, você os odeia?” Ao que Hitler respondeu: “Não posso perdoar os judeus por terem inventado a moralidade” (grifo nosso).

 

A afirmação de Hitler é imprecisa. É o Eterno e não os judeus a origem da moralidade. É Ele quem determina o que é moral ou imoral, bom ou mau, certo ou errado. Mas os judeus foram, de fato, escolhidos por Ele (Há Kadosh Barukh Hú) O Santo, Bendito seja o Nome Dele – para serem seus porta-vozes. A afirmação de Hitler é imprecisa, mas especialmente reveladora por deixar clara a natureza de Amalek, e – ainda mais importante – por revelar a maneira como este vê o povo judeu.

Hitler, que personifica Amalek ainda mais integralmente do que Haman, nutria um ódio pelos judeus que continua a intrigar muitos. Por que ele, que estava tão determinado a conquistar o mundo, iria desviar-se de seu empenho bélico para assassinar o máximo possível de judeus? Historiadores, filósofos, teólogos, sociólogos tentam descobrir a razão para tão profundo ódio. Mas, para os judeus, não precisam pesquisar o passado de Hitler tão fundo em busca de uma explicação. Eles sabem exatamente por que Hitler os odiava.

 

Ele odiava o povo judeu acima de tudo porque nossa existência e essência representam tudo o que ele desprezava. O judeu, enquanto porta-voz de D’us, deve ser o representante do Divino no mundo. É isso o que mais enfurece Amalek. Esta força do mal pretende extirpar D’us do mundo. É reveladora a frase de Hitler que lutaria contra os judeus por ser sua forma de lutar contra D’us. Como Amalek não consegue lutar contra o Eterno, ele vai atrás de seus filhos.

 

Nele, o Shomer  Doltot Ysrael – O Guardião dos Portões de Israel

 

Pr Marcello Oliveira 

2 Samuel 14.27 diz que Absalão tinha três filhos; 2 Samuel 18.18 diz que não teve filhos. Contradição na Bíblia?

 

2 Samuel 14.27 diz: “Também nasceram a Absalão três filhos e uma filha cujo nome era Tamar”. Mas 2 Samuel 18.18 declara: “Ora, Absalão, quando ainda vivia, levantara para si uma coluna, que está no vale do rei, porque dizia: Filho nenhum tenho para conservar a memória do meu nome; e deu o seu próprio nome à coluna; pelo que até hoje se chama o Monumento de Absalão”.

O “até hoje” refere-se à época em que 2 Samuel foi composto, aproximadamente em meados do século VIII a.C. Isto estabelece o fato de que à época em que lançou seu monumento (talvez um ano ou dois antes de sua rebeliaõ contra seu pai, Davi), Absalão não tinha herdeiros do sexo masculino sobreviventes. O texto  não comprova que não lhe houvesse nascido algum filho antes.

O erudito Keil e Delitzsch salientam, em relação a 2 Samuel 14.27, o seguinte: “Contrariamente ao uso comum, não são dados os nomes dos filhos. A razão provável disso não é outra senão o fato de terem morrido na infância. Consequentemente, visto que Absalão não tinha herdeiros, erigiu seu mausoléu, ou pilar, a fim de preservar seu nome”. Aparentemente, Absalão teve o desgosto de perder seus três filhos na infância e sua esposa não lhe deu outros filhos. Parece que Tamar teria sido a única filha a sobreviver. Ele não teria um herdeiro do sexo masculino que lhe levasse o nome, o que explicaria a aspereza dolorosa de sua observação em 2 Samuel 18.18 e a tentativa patética de compensar tal tristeza pela edificação de um momunento de pedra. Dentro de uns poucos anos, o próprio Absalão morreria em desgraça, antes de ele tentar assassinar seu próprio pai e cobrir de desonra as concubinas do rei, às quais profanou. Assim, se um de seus filhos sobrevivesse atingindo a idade adulta, teria recebido uma herança muito triste.

Quanto à sua filha Tamar (cujo nome lhe foi dado em homenagem a sua bela irmã, chamada Tamar, a quem seu irmão havia estuprado, e do qual Absalão mais tarde haveria de vingar-se, pois mandou assassiná-lo), parece que ela sobreviveu e veio a casar-se bem. Seu marido foi Uriel de Gibeá (cf. 2Cr 11.20-22; 13.1). A filha deles foi a infame Maaca (ou Micaia), que se casou com o rei Roboão (1Rs 15.2), tornando-se a mãe de seu sucessor, Abias. O neto dela, o rei Asa, finalmente a removeu da posição de rainha-mãe, por causa do envolvimento dela com a idolatria (1 Rs 15.10-13; 2 Cr 15.16).

            

As duas escadas na vida do pródigo

 

 

Lucas 15 é um dos capítulos mais conhecidos da Bíblia. Enquanto os classificados dos jornais apresentam a secção de achados e perdidos, Lucas 15 focaliza elementos perdidos e achados.

Muito dificilmente encontraremos algum pregador que jamais pregou sobre esse capítulo, que trata da moeda perdida, da ovelha perdida e do filho perdido.

O filho que se perdeu tem sido chamado secularmente de filho pródigo.

Em sua história visualizamos duas escadas por ele utilizadas, uma descendente e a outra ascendente.

 

OS cinco DEGRAUS DA PRIMEIRA ESCADA

Após haver vivido por alguns anos em um lar pacato, próspero e feliz, o jovem foi tentado a abandonar essa vida estável e mergulhar em mundo de aventuras.

Ele começou a utilizar os degraus de uma escada que o conduziram a um estado de miséria e desespero.

A seguir identificaremos os cinco degraus dessa torturante escada descendente.

O primeiro degrau chama-se PERDA DO AMOR.

O amor é o alicerce da vida feliz, a chave da comunhão e a base do sucesso em qualquer área da vida.

O jovem perdeu o amor aos seus pais, depois ao seu irmão e, finalmente, ao lar.

A perda do amor induz e conduz à perda da consideração e do respeito, razão por que o jovem decidiu requerer do pai a parte de sua herança, numa antecipação inexplicável, visto que o pai não havia falecido.

O segundo degrau pode ser chamado de FALSO DESEJO DE INDEPENDENCIA.

Aquele jovem se sentia cansado da “rotina do lar”, estressado com a quietude familiar e enojado da disciplina paternal, tão útil à formação de um filho e sua devida preparação para a vida futura.

Toda independência néscia conduz a uma dependência escravizadora.

Aquele jovem decidira trocar o pai pelos amigos circunstanciais e a mãe pelas meretrizes profissionais. Troca insensata e de consequências profundamente lamentáveis!

O terceiro degrau dessa famigerada escada merece o nome de AMBICÃO.

O jovem foi possuído de uma louca cobiça, de uma desmedida ambição, a de possuir e ser senhor de uma grande fortuna.

Salomão escreveu que existe um tempo determinado para todas as coisas e o tempo de ser capaz de administrar muitos e valiosos bens não havia ainda chegado para aquele jovem.

Ao apoderar-se dos bens recebidos do pai, ele pisou no quarto degrau da escada, uma VIAGEM SEM DESTINO.

Aquele jovem deixou sua casa sem roteiro, sem propósito e sem direção.

Ele nunca poderia avaliar a segurança e o acerto dessa viagem, pois estava em completa desorientação. Era uma nau sem rumo, sem bússola e sem porto para ancorar.

Finalmente, chegou ao quinto e último degrau, que chamamos de FALSOS AMIGOS e FALSOS PRAZERES.

Falsos amigos são como enormes ratos roedores, são como morcegos que não se cansam de sugar o sangue de suas vítimas, são como vermes que absorvem todo o alimento ingerido.

Falsos prazeres são como nuvens que não produzem chuva para regar a terra, são como sementes plásticas, incapazes de brotar, são como ventres estéreis, incapazes de gerar.

À medida que a fortuna do jovem se esvaía, seus amigos foram se afastando, até o último.

Foi abandonado à solidão, quando já não mais os podia favorecer. Era o fim das bacanais, o término das sucessivas orgias, o ocaso do dia de uma vida pródiga.

O quinto degrau permitiu ao jovem vivenciar três tristes experiências: a total ausência de amigos, a escassez insuportável de alimentos seguida de uma fome torturante e um desejo próprio dos animais.

Jesus declarou que ninguém lhe dava nada e acrescentou que ele desejava se alimentar com as alfarrobas que os porcos comiam.

Uma evidencia de que o homem chegou ao fundo do poço ocorre quando a pessoa perde os apetites humanos e os vê substituídos por instintos animais e animalescos.

Dentro de algum tempo, talvez não muito distante, aquele jovem certamente morreria.

A não ser que aparecesse diante de si outra escada, agora uma escada ascendente.

Jesus aponta na parábola a existência dessa escada salvadora.

 

OS DEGRAUS DA SEGUNDA ESCADA

 

O primeiro degrau dessa nova escada pode ser chamado de REFLEXAO.

Isto diz respeito à sua capacidade de considerar com grande humildade e profunda honestidade sobre a realidade de seu estado.

Depois de longo tempo, o jovem pela primeira vez se viu em estado de miséria.

Pela primeira vez ele admitiu estar em circunstâncias altamente negativas, e disse: eu aqui pereço de fome.

Em seguida, escalou o segundo degrau, chamado de RECORDAÇÃO.

Enojado da lembrança dos falsos amigos e das meretrizes, verdadeiros vampiros humanos, ele começou a lembrar-se da riqueza do pai e da fartura de seu lar.

Lembrou-se que o menor dos criados de seu pai vivia infinitamente melhor que ele, nessa deplorável condição, pelo que declarou: eu aqui pereço de fome.

Isto feito, foi relativamente fácil galgar o terceiro degrau, o ARREPENDIMENTO.

“Jesus disse: Se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis”.

Arrependimento significa uma mudança de opinião, que leva a uma mudança de decisão, que leva a uma mudança de direção, que leva a uma mudança de posição.

Em seu arrependimento o jovem sentiu-se culpado de todas as ações levianas que praticara, desde quando ainda no seu próprio lar.

O arrependimento abre para qualquer ser humano as portas da esperança do perdão de Deus.

Arrependido, o filho pródigo escalou o quarto degrau, chamado DETERMINACAO.

Ele bradou com as forças que ainda lhe restavam: levantar-me-ei e irei ter com meu pai.

Todas as vitórias de Daniel no palácio da babilônia tiveram como partida a determinação: e Daniel assentou no seu coração não se contaminar.

Unicamente os atletas determinados alcançam o pódio.

Milhões de pessoas estão indo para o inferno porque não tiveram a ousadia de determinar sua aceitação a Cristo.

Finalmente, podemos ver o jovem alcançar o quinto e último degrau da segunda escada de sua vida. O nome desse degrau é CAMINHO DE VOLTA.

Somente quando o desviado palmilha esse caminho está absolutamente seguro de que voltará a ver seu rico, gentil, paciente, perdoador e amoroso Pai.

Procuremos ajudar cada filho pródigo a encontrar o caminho de volta.

O Pai Celestial está à espera, pronto para perdoar.

Ele tem algumas surpresas guardadas para o filho que volta: um novo calçado para os pés, uma nova roupa para o corpo, um novo anel para o dedo e um novo banquete para sua recepção.

Além disso, o filho será recebido com um beijo, uma oferta de perdão e uma festa, na qual todos se alegrarão.

Pr Geziel Gomes 

Assombro e Adoração

 

O Universo é “visível” em um diâmetro de cerca de 92 bilhões de anos-luz, isto é, viajando na velocidade da luz, se gastaria 92 bilhões de anos para ir de uma extremidade à outra. Em quilômetros seria cerca de 8,7 x 1026 quilômetros, isto é 8,7 seguido de 25 zeros.

Estima-se que existam entre 1.500 a 2.500 bilhões de galáxias no Universo e que a Via Láctea (a nossa galáxia) possua cerca de 200 a 500 bilhões de estrelas, sendo uma delas o Sol, que forma o sistema solar. O Universo, portanto, possui mais de 100 trilhões de bilhões de estrelas.

A Terra é apenas uma minúscula partícula do Universo. Tem apenas 40 mil quilômetros de circunferência, ou seja, é cerca de 109 vezes menor que o Sol. Sua velocidade de rotação (em torno de si mesma) é de 1675 quilômetros por hora (move-se numa velocidade maior que a do som, que é de 1.224 quilômetros por hora) e sua velocidade de translação (em torno do Sol) é de 107 mil quilômetros por hora. E nós não sentimos esse movimento! Você pode imaginar o que aconteceria  se de repente a Terra parasse?

Quando contemplamos toda essa imensidão e característica do Universo criado por Deus, que sentimentos passam no nosso coração?

Não podemos deixar de nos assombrar! Não podemos deixar de reconhecer a nossa pequenez!

 

José Cambraia, professor do departamento de Biologia geral da Universidade Federal de Viçosa. 

Unção tem 4 sentidos no Novo Testamento

 

1.       Um sentido é o uso do óleo derramado sobre o corpo ou parte do corpo para fins de cura. Somos, por exemplo, informados de que os discípulos de Jesus expulsavam muitos demônios e ungiam muitos doentes com óleo, e os curavam (Mc 6.13). Tiago recomenda que as orações pelos enfermos sejam acompanhadas com óleo (Tg 5.14).

2.   Outro sentido indica a honra dada a uma pessoa. Foi o caso da mulher que se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando, começou a molhar-lhe os pés com suas lágrimas. Depois enxugou com seus cabelos, beijou e os ungiu com perfume (Lc 7.38)

3.   Era comum ao tempo de Jesus que os corpos mortos fossem perfumados como parte de seu preparo para o sepultamento. Nesse sentido, lemos: Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus (Mc 16.1)

4.   Dessas práticas, temos a que venceu o tempo, por seu caráter simbólico. Ungir significa separar uma pessoa para uma missão específica no reino de Deus. Jesus aplica a si mesmo o verbo “ungir”, usado também no Antigo Testamento para a consagração de reis, profetas e sacerdotes. Disse Ele na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar boas-novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos (Lc 4.18).

 Pregando em Cesaréia, Pedro lembra que Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como Ele andou por toda a parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com Ele (At 10.38).

 Quando Paulo diz que Deus nos ungiu (2 Co 1.21b), ele incorpora esses significados todos. Primeiramente, Deus nos curou de nossos pecados, pela morte de Jesus na cruz, como escreve Pedro (1 Pe 2.24).  Mais ainda, Deus nos olha como filhos amados, destila óleo sobre nossa cabeça, óleo de honra e óleo que nos perfuma, de modo que possamos ser vistos e cheirados, por causa da fragrância de Cristo (2 Co 2.14).  Somos, então, especiais também porque a unção de Deus significa que Ele tem expectativa para nós. O ungido é aquele que tem uma missão. Somos especiais para Deus porque Ele nos deixa uma missão: como Ele quer que a graça alcançe o mundo, quer que sejamos os anunciadores, pela voz e pela vida, dessa graça.

 Somos especiais?  Se você é um pregador do evangelho da graça, você é especial. Neste caso, você está entre aqueles que têm uma unção que procede do Santo [Deus] (1 Jo 2.20). 

A criança que queria ser uma TV

"Senhor", começa a criança, "faça de mim um aparelho de televisão, para que meus pais me tratem como eles tratam o televisor. Para que olhem para mim como o mesmo interesse que olham para a tela da TV. 

Especialmente quando minha mãe assiste à novela favorita e meu pai, o seu esporte predileto. Eu quero falar como aqueles homens, pois quando eles falam, toda a família fica em silêncio para ouvir bem o que eles têm a dizer. Eu gostaria de ver a mamãe se admirar de mim como ela se admira quando vê a última moda na tela. Eu gostaria que meu pai risse comigo como ele faz quando os artistas contam suas piadas. Eu gostaria que meus pais me dessem tanta atenção quanto ao televisor. 

Quando o aparelho não funciona, imediatamente mandam chamar o técnico para consertá-lo. Eu gostaria de ser um televisor e assim ser o melhor amigo e a pessoa mais importante para meus pais. 

Ó, Pai do Céu, se Você me transformasse num televisor, eu novamente teria pais e poderia me sentir feliz. Pai, faça de mim um televisor, em nome de Jesus, amém" 


Para reflexão: 

Salmo 101.3

Salmo 119.37

Televisão, um “drácula eletrônico”

 

Interessante analogia pode ser feita entre a TV e a lenda dos vampiros. Diz a lenda que os vampiros só podem entrar em alguma casa com o consentimento de seus moradores. Mas, uma vez consumado o ato, é muito difícil – quase impossível – libertar-se de sua força hipnótica, de sua fome voraz de sangue.

A televisão pode não nos roubar o sangue, mas rouba-nos algo de suma importância: o tempo. Crianças norte-americanas em idade pré-escolar assistem em média a quatro horas diárias de televisão. Segundo dados obtidos pela psicanalista Ana Olmos, especialista em infância e adolescência, na Europa o índice cai para pouco mais de três horas. A excessiva exposição também existe por lá. Na França, por exemplo, é a distração favorita para 75% dos pequenos, enquanto na Espanha, 96% deles, em idade de 4 a 10 anos, vêem TV diariamente.

Frequentemente, as pessoas, quando convidadas a ler a Bíblia ou outro livro, alegam falta de tempo. Mas a média diária do brasileiro é de 4h em frente à TV… Falta de tempo?

Atualmente muitas famílias se desmantelam justamente por falta de tempo para relacionamento e comunicação. Não se conversa mais sobre os problemas do dia-a-dia, sobre projetos, esperanças e frustrações. Geralmente no momento em que toda a família está reunida, à noite, intrusos como telejornais e principalmente as novelas impedem o diálogo.

A revista Scientific American, do mês de fevereiro de 2002, destacou na capa: “Televisão causa dependência”.  Na matéria, os pesquisadores Robert Kuebey e M. Csilkszentmihalyi, da Universidade de Claremont, concluem que a maioria dos critérios de dependência química aplica-se a pessoas que assistem muito à TV. Entre os critérios usados por psicólogos e psiquiatras para descrever a dependência química, estão: passar muito usando a substância, usá-la com mais frequência do que se pretendia, pensar em reduzir o uso ou fazer tentativas repetidas e mal-sucedidas de reduzi-la, abrir mão de importantes atividades sociais, familiares e ocupacionais para usá-la e relatar sintomas d síndrome de abstinência. “Todos esses critérios podem se aplicar a pessoas que assistem muito TV, dizem os pesquisadores”.

De acordo com os pesquisadores, vários estudos demonstram que o “feitiço” da TV reside em sua capacidade de acionar um tipo de resposta-padrão instintiva visual e auditiva a estímulos repentinos ou novos. Os vasos sanguíneos que alimentam o cerébro dilatam-se, o coração desacelera, os vasos para os principais músculos estreitam-se. O cerébro concentra sua atenção em colher mais informação enquanto o resto do corpo se aquieta” descrevem os pesquisadores. Sem nos darmos conta, para ver televisão escolhemos aquela postura que permita o máximo de comodidade e o mínimo de movimento, ou seja, a mínima consciência de nosso corpo, com o objetivo de não tirarmos nossa atenção da TV.

 

Domando o “drácula” – Como se percebe, diversas são as razões por que deveríamos dominar o “drácula eletrônico”.

·         A TV impõe mudanças de personalidade e estilo de vida, além de afetar o inter-relacionamento social do indivíduo, desde o palavreado até suas opiniões pessoais.

·         Promove o distanciamento familiar e contribui, segundo Ailton Amélio, do Instituto de Psicologia da USP, para o quadro de dissolução de muitos relacionamentos.

·         Oferece um mundo falso, onde tudo se resolve e isso traz uma falsa tranquilidade.

·         Promove o consumismo. “A publicidade cria necessidades onde elas não existem”, converte o ser humano em mercadoria, e a televisão tem de sua parte todas as vantanges para realizar isso.

·         Influencia negativamente as crianças, por meio dos super-heróis. Bonitos, ágeis, “justos”, mas extremamente violentos, que resolvem tudo com os punhos. Assim, elas não apreciarão aqueles cujos métodos são pacíficos, baseados no amor e no perdão.

·         A TV promove intensamente ideologias anticristãs, como a Nova Era, o evolucionismo, o espiritualismo e as ciências ocultas. E, como já dizia Goebbels, uma mentira insistentemente repetida acaba adquirindo aparência de verdade.

 

Pr Marcelo Oliveira

 

Bibliografia: BORGES, Michelson. Os Bastidores da Mídia. Editora Casa

                   CALAZANS, Flávio. Propaganda Subliminar Multimídia. Ed. Summus

                   BLÁZQUES, Niceto. Ética e Meios de Comunicação. Ed. Paulinas 

Analogias entre a serpente de bronze e a cruz de Cristo

Quase  1500 anos depois, Cristo referiu-se ao episódio relatado em Números 21 ao falar com Nicodemos. Jesus disse:

“E do modo porque Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.14,15)

Há algumas analogias entre a serpente de bronze e a cruz. Elas estabelecem a verdadeira significância simbólica da serpente.

 

Ambas simbolizam a maldição e sua cura. A cruz, nos tempos romanos, era reservada para castigar o mais horrendo dos pecados. Servia como símbolo de pecado mortal e castigo. A serpente abrasadora também estava ligada ao pecado e seu castigo. Foi por meio da morte de Jesus na cruz que a vida eterna foi dada à humanidade, e foi por meio da imagem de uma serpente letal que as pessoas picadas foram curadas.

 

Ambas ressaltavam a fraqueza do homem. Os israelitas picados pelas serpentes estavam condenados. A condição espiritual de cada ser humano é igualmente irrecuperável. Os pecadores não têm esperança de evitar o que as Escrituras chamam de a “segunda morte”, ou o inferno (Ap 20.14; 21,8).

 

Ambas prometiam vida. Os israelitas que olharam para a serpente de bronze receberam a promessa de vida, e não de morte. Cada ser humano que olha para a cruz recebe a promessa de vida eterna.

 

Ambas ofereciam libertação apenas para os que cressem. Os israelitas que acreditaram na promessa de cura apressaram-se a olhar para a serpente de bronze ao serem picados. Os que não acreditaram, não fizeram isso e morreram. Da mesma forma, somente a pessoa que acredita na promessa de perdão de pecados forjada na cruz do Calvário confiará em Cristo e receberá vida eterna.

A serpente de bronze era uma questão de vida ou morte para aqueles que foram picados. Durante as gerações seguintes, a serpente de bronze serviu como recordação de que apenas Deus pode salvar. Depositar a fé em Deus é a chave para a salvação.

 

Nele, que triunfou na cruz

 

Pr Marcelo de Oliveira