Pr Walter Brunelli lançará Teologia Sistemática Pentecostal

SHALOM! É com grande alegria que comunico os nobres leitores deste blog, que meu amigo Pr. Walter Brunelli,  lançará uma Teologia para Pentecostais, (Uma Teologia Sistemática e Expandida).  Uma obra que vem Leia Mais »

Pérolas da carta de Paulo à Filemon

A carta de Paulo a Filemon é a mais breve entre as cartas que formam a coletânea paulina e consiste apenas em 335 palavras no grego original. É pequeno no tamanho e Leia Mais »

Onesíforo, um bálsamo na vida de Paulo

Paulo havia exortado Timóteo a guardar o evangelho, pois diante da perseguição, muitos cristãos abandonariam o evangelho. Ao longo de 2º Timóteo, Paulo encoraja Timóteo a não se envergonhar do evangelho nesse Leia Mais »

Uma curiosidade inédita sobre Jonas

Para compreendermos o significado dos acontecimentos do livro de Jonas capítulo 3 é necessário saber que os ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humano e parte peixe. Eles acreditavam que ele tinha Leia Mais »

Afinal, quem é o cavaleiro branco de Apocalipse 6?

A adoração descrita em Apocalipse 4 e 5 é um preparativo para a ira descrita em Apocalipse 6 a 19. Pode parecer estranho adoração e julgamento andarem juntos, mas isso se deve Leia Mais »

Pregando o Cristo crucificado

O apóstolo Paulo descreve seu ministério de pregação nas cidades da Galácia como um cartaz público do Cristo crucificado. É claro que os gálatas não haviam presenciado a morte de Jesus. Nem Paulo. Mas através da pregação da cruz, Paulo trouxe o passado ao presente, tornando o evento histórico da cruz uma realidade contemporânea. Consequentemente, os gálatas podiam visualizar a cruz e entender que Cristo havia morrido por seus pecados, e então ajoelhar-se diante da cruz, humildemente, para receber de suas mãos o dom da vida eterna, totalmente gratuita e imerecida.

Porém, a mensagem da cruz, como Paulo explicou mais tarde em 1 Coríntios, é uma pedra de tropeço para o orgulho humano, pois afirma que não podemos alcançar a salvação pelas nossas obras. Não verdade, não podemos sequer contribuir para a nossa salvação. A salvação é um dom de Deus, sem absolutamente nenhuma contribuição de nossa parte.  William Temple disse:

“Minha única contribuição para a redenção é o meu pecado que precisa ser redimido”.

È nesse sentido que Paulo contrasta a si mesmo com os falsos mestres, os judaizantes. Eles pregavam a circuncisão (expressão usada pelos apóstolos para designar a salvação pela obediência à lei) e assim escapavam da perseguição por causa da cruz (Gl 6.12). Ele, por outro lado, pregava Cristo crucificado (a salvação através de Cristo somente) e assim estava sempre sujeito a perseguição (Gl 5.11).

Os evangelistas da atualidade têm diante de si esta mesma escolha. Ou agradamos as pessoas dizendo o que elas querem ouvir (sobre a capacidade de salvar a si mesmas) ou dizemos a verdade que elas não querem ouvir  (sobre pecado, culpa, juízo e cruz). Podemos escolher entre deixá-las satisfeitas ou despertar a sua hostilidade. Em outras palavras, ou somos infiéis e conquistamos popularidade, ou corremos o risco de nos tornarmos impopulares por causa da nossa fidelidade. Não creio que é possível ser fiel e popular ao mesmo tempo. Paulo sabia que precisava tomar uma decisão. Nós também precisamos.

Nele, que triunfou na cruz

Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: Stott, John. A Bíblia Toda, Ano Todo. Ed. Ultimato

                          Hendriksen, William. Gálatas. Ed. Cultura Cristã

                          Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora

Vem aí, meu novo livro!

Shalom!

Prezados amigos e leitores [as] deste site, com muita alegria quero comunicar-lhes que meu novo livro:  PARA QUEM GOSTA DE PÉROLAS está saindo do forno!

Por infinita graça do Eterno, este livro foi escrito em parceria com o nobre Pr Geziel Gomes, “princípe dos pregadores”, a quem devo meu respeito, gratidão e admiração. É uma honra para mim, um jovem obreiro e escritor ter um livro publicado em parceria com o Pr Geziel Gomes, este, um escritor renomado e consagrado no cenário nacional.

Além disso, o prefácio desta obra é do mestre Antonio Gilberto, que em minha opinião, é um dos maiores teólogos assembleianos do nosso país, além de ser muito respeitado em todo o mundo.   Quero expressar minha gratidão, ao amado Pr Antonio Gilberto, que não mediu esforços para me atender, e nos logrou um lindo e inspirador prefácio.

Você pode antecipar ao lançamento, manifestando seu desejo de adquirir o livro.  O preço especial de lançamento:

De: R$ 34,90

Por apenas: R$ 28,90 (frete incluso para todo o Brasil) – Disponível a partir do dia 20/12/10

Imperdível!  Eis uma oportunidade de um belo presente de Natal.

Nele e para a Glória Dele, Pr Marcello

Evangelização, uma tarefa de conseqüências eternas

“Não dizeis vós faltarem quatro meses para a colheita? Mas eu vos digo: Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita” (Jo 4.35)

O propósito de Deus é o evangelho todo, pregado por toda a igreja, em todo o mundo, a cada criatura. A visão de Deus é o mundo todo, o método de Deus é a igreja toda, e o tempo de Deus é agora. A evangelização é uma tarefa imperativa, intransferível e impostergável.   A evangelização é uma tarefa inacabada e de conseqüências eternas. Em Jo 4.31-35, Jesus nos dá três princípios sobre a evangelização como uma tarefa de conseqüências eternas.

1.  Precisamos ter visão (Jo 4.35)

“… Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita”.

Precisamos ter visão de que o homem sem Cristo está perdido. Desde o ateu ao religioso, do doutor ao analfabeto, dos homens das grandes metrópoles ao homem do campo. Precisamos ter visão de que as falsas religiões proliferam celeremente como um rastilho de pólvora. Nos últimos 50 anos, o islamismo cresceu 500%; o hinduísmo, 161%; o budismo, 147%; e o cristianismo, só 47%.

Precisamos ter a visão de que oportunidades não aproveitadas hoje podem se tornar portas fechadas amanhã. Precisamos ter visão de que na mesma medida de que a igreja evangélica patina no cumprimento da sua  missão, cresce de forma assustadora um evangelho híbrido, heterodoxo e sincrético, que distorce a verdade e sonega ao povo o Pão da Vida. Precisamos ter a visão de que a ignorância não é um caminho alternativo para o céu, uma vez que aqueles que sem lei pecam, sem lei perecerão (Rm 2.12). 

A mulher samaritana abandonou seu cântaro e correu à cidade para proclamar que havia encontrado o Messias. A cidade foi impactada com sua palavra. Quando a multidão veio ao encontro de Jesus, Ele disse para seus discípulos: “Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita” (Jo 4.35)

 2.  Precisamos ter urgência (Jo 4.34)

“Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e completar a sua obra”. Jesus estava com fome, mas tinha algo mais urgente para fazer do que se alimentar. Seu propósito era dar a água da vida à mulher samaritana. Precisamos ter a mesma urgência de Jesus.

O que nos impede de evangelizar não é tanto falta de método, mas falta de paixão. Precisamos clamar como Raquel: “Dá-nos filhos, senão morrerei” (Gn 30.1). Precisamos chorar como John Knox: “Dá-me a Escócia para Jesus, senão eu morro”. Precisamos clamar como Paulo: “… E ai de mim, se não anunciar o evangelho!”  (1Co 9.16).

Muitas vezes, ouvimos a Palavra de Deus, freqüentamos a EBD anos e mais anos, fazemos treinamento e até participamos de congressos, todavia, não atravessamos a rua para falar de Jesus ao nosso vizinho. É tempo de falarmos de Cristo, e isso com um profundo senso de urgência.

 3.  Precisamos ter compromisso (Jo 4.35)

“… os campos já estão prontos para a colheita”. Um campo maduro para a ceifa exige do agricultor o compromisso de uma ação imediata. A evangelização é uma ordem, e não uma opção. È um mandamento, e não uma recomendação.

A evangelização só pode ser feita pela igreja. Nenhuma outra instituição na terra pode cumprir essa tarefa. A igreja é o método de Deus. Se a igreja falhar, Deus não tem outro método. Se o ímpio morrer na sua impiedade, Deus cobrará de nós o seu sangue.

A evangelização não pode esperar. Ela é impostergável. Se não ganharmos para Cristo esta geração, nesta geração, teremos fracassado vertiginosamente.

Pense Nisso: “Uma igreja que não evangeliza, precisa ser evangelizada”  Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. Mensagens Selecionadas. Ed. Hagnos

                          Carson, D.A. O comentário de João. Shedd publicações

                          Hendriksen, William. João. Ed. Cultura Cristã

A radiografia de uma sociedade doente

Introdução


O livro de Habacuque é o oitavo dos profetas menores. Ainda que o livro esteja distante de nós mais de 2.500 anos, sua mensagem é atual, relevante e impactante. Os tempos mudaram, mas o homem é o mesmo. Ele ainda é prisioneiro das mesmas ambições, dos mesmos pecados, das mesmas loucuras.

Habacuque profetiza num tempo em que sua nação, o reino de Judá, estava à beira de um colapso. Porque retardou o seu arrependimento e não aprendeu com os erros de seus irmãos do Reino do Norte, que foram levados cativos pela Assíria em 722 a.C, entrariam inevitavelmente no caminho do juízo. O profeta Habacuque é informado que Deus usaria os babilônios (caldeus), mais ímpios ainda, como vara de julgamento para Judá. Ora, como pode o Deus santo e reto usar um instrumento vil para punir o próprio povo de Sua aliança? Este era o drama do profeta Habacuque.

Em Habacuque 1.2-4 o profeta traça um perfil da sociedade doente de Judá. Seu diagnóstico é sombrio. Veremos 5 marcas desta sociedade doente:

1) Uma sociedade doente é saturada de violência (Hc 1.2) –

A palavra “violência” é usada aqui para sumariar o tipo de mundo que o profeta estava observando. A violência em Judá tinha se infiltrado no palácio, nos tribunais, nos mercados e nas ruas.

Ainda hoje, a violência cresce. Estamos vivendo numa sociedade sem Deus, sem princípios, sem justiça. Homens perversos e sanguinários agem ao arrepio da lei, desafiando o Estado de direito, semeando terror e insegurança. O narcotráfico se fortalece a cada dia, e já são, um poder paralelo, estimulando o vício, espalhando o crime e matando aqueles que se levantam para lhes impor resistência.

Os homens de bem estão vivendo acuados, trancados em casa com fortes esquemas de segurança, enquanto bandidos vivem à solta espalhando ameaça e terror. Estes, mesmo que ainda presos, conseguem comandar o crime organizado de dentro dos presídios. As autoridades sentem-se impotentes, e a população, insegura. Portanto, a mensagem do profeta Habacuque é um mapa da situação contemporânea. Habacuque está vivo, e sua voz ainda ecoa!

2) Uma sociedade doente é marcada pelo domínio opressor dos fortes sobre os fracos (Hc 1.3)
Habacuque viu a opressão prevalecer em Judá. Ele disse: “Por que […] me fazes ver a opressão?…” (1.3). Opressão é o domínio truculento do forte sobre o fraco. Opressão é fruto de um sistema corrompido em que as forças do mal se juntam para roubar do pobre, para espoliar o fraco, negando-lhe o direito e amordaçando-lhe a voz. A iniqüidade e a opressão andavam de mãos atadas. Esses males não estavam apenas medrando nos bastidores, mas desfilando nas ruas.

“Os ricos fazem tudo pelos pobres, menos descer de suas costas”. (Leon Tolstoi)

3) Uma sociedade doente é onde estão presente os sinais visíveis de destruição (1.3)

O profeta prossegue: “…Pois a destruição e a violência estão diante de mim…”. A destruição dos valores, dos marcos, dos absolutos e dos princípios que regem a família, a igreja e a sociedade desembocam inevitavelmente em desastre. O caos da sociedade é resultado do abandono da lei de Deus. O povo tapou os ouvidos à voz de Deus. Trocaram o Deus Eterno para prostrar-se diante de ídolos mudos.

A Palavra de Deus foi abandonada. Deixaram de praticar a justiça para entregar-se a toda sorte de violência e opressão, burlando as leis, corrompendo os tribunais, comprando juízes corruptos para esmagarem o pobre, espoliando seus bens.

4) Uma sociedade doente é marcada por relacionamentos quebrados (Hc 1.3)

Habacuque diagnostica dois graves problemas na área dos relacionamentos no meio do seu povo:

a) havia contendas entre as pessoas. O profeta diz: “[…] há contendas …” (Hc 1.3). Contenda é uma tensão relacional. É uma relação quebrada pela desavença. É uma disputa sem acordo. É um interesse egoísta que busca prevalecer sempre. É uma indisposição absoluta de caminhar na direção da reconciliação. Contenda é a incapacidade de olhar para a vida na perspectiva do outro, de pensar no bem do outro, de enxergar o direito do outro e de perdoar o outro.

b) Havia litígio entre as pessoas. Habacuque conclui: “… e o litígio suscita” (Hc 1.3). A sociedade de Judá estava dividida por várias facções, e esses diferentes grupos devoravam uns aos outros. Esses litígios provocavam distúrbios na sociedade, enfraqueciam a família e minavam a vida doméstica, política e religiosa da nação.

O povo não só suscitava contendas, mas não encontrava caminho de solução senão perante os magistrados. O clima entre as pessoas era de guerra, de competição. Nesses litígios, os fortes sempre prevaleciam sobre os fracos; os ricos sempre recebiam sentenças favoráveis sobre os pobres.

5) Uma sociedade doente é marcada por um poder judiciário impotente ou corrompido (Hc 1.4 b)

Habacuque diz: “[…] a justiça nunca se manifesta…” (1.4). A justiça nos tribunais era uma piada, porquanto o dinheiro, e não a justiça, determinava o resultado dos julgamentos e os decretos dos reis. Esta não se manifestava por duas razões: por fraqueza dos magistrados ou por conveniência deles com os esquemas de opressão. Naquele tempo, Judá estava sendo governada por homens maus. Quando a liderança se corrompe, o povo geme.

A certeza da impunidade é um poderoso estímulo para o transgressor. É esta a razão moral pela qual o crime deve ser punido. E é por isso que um cristão não se compactua com o mal. Ser conivente é estimular o erro. Naqueles dias, não havia mais verdade objetiva e final em Judá. Mera coincidência com nossos dias? O pragmatismo e o utilitarismo prevaleciam. Os injustos eram peritos no seu poder de enganar e roubar os justos e inocentes.

Atentemos para o profeta Habacuque, pois sua voz cruza o tempo e o espaço, atravessa as fronteiras e chega até nós, uma sociedade enferma, que precisa urgentemente voltar ao Deus Eterno, Criador e Senhor de toda a História.

Pr Marcelo de Oliveira

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora
Lopes, Hernandes Dias. Habacuque. Ed. Hagnos
Coelho Filho, Isaltino Gomes. Habacuque: nosso contemporâneo

Quem é que detém o anticristo – 2 Ts 2.6,7

O anticristo escatológico ainda não se manifestou porque sua aparição está sendo impedida por ALGO (2 Ts 2.6) e por ALGUÉM (2 Ts 2.7). O apóstolo Paulo diz: “E, agora, sabeis o que detém, para que seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém” (2 Ts 2.6,7 – grifos do autor)

Convém observar que, em 2 Tessalonicenses 2.6, Paulo refere-se ao repressor de modo neutro (“o que o detém”), enquanto em 2 Tessalonicenses 2.7, usa o gênero masculino (“aquele que agora o detém”).

A palavra grega kairós, traduzida por “ocasião oportuna”, revela-nos que o anticristo só aparecerá no momento certo, ou seja, no momento determinado por Deus. Warren Wiersbe diz que assim como houve uma “plenitude do tempo” para a vinda de Cristo (Gl 4.4), também haverá uma “plenitude do tempo” para o surgimento do anticristo e nada acontecerá fora do cronograma divino.

O que é esse ALGO? Quem é esse ALGUÉM? Agostinho era da opinião que é impossível definir esses elementos restringidores. Outros escritores pensam que Paulo está se referindo aqui ao Espírito Santo, uma vez que Ele pode ser descrito tanto no gênero masculino quanto no neutro (Jo 14.16,17; 16.13) e também Ele é apontado como Aquele que restringia as forças do mal no AT.  O estudioso Howard Marshall, por sua vez, é da opinião que Deus é quem está por trás da ação adiadora da manifestação do homem da iniqüidade.

A maioria dos estudiosos, entende que o ALGO  é a lei  e que o ALGUÉM é aquele que faz a lei se cumprir. É por isso que o anticristo vai surgir no período de grande apostasia, ou seja, da grande rebelião, quando os homens não suportarão leis, normas nem absolutos. Então, eles facilmente se entregarão ao homem da ilegalidade, o filho da perdição.

Nele, Pr Marcelo

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. Ed. Hagnos

Wiersbe, Warren. Comentário Expositivo. Geográfica Editora

Marshall, Howard. 1 e 2 Tessalonicenses: Introdução e comentário. Ed. Vida Nova.

João, o batizador, e os essênios

“Os essênios (…) atribuem e entregam todas as coisas, sem exceção, à providência de Deus. Crêem que as almas são imortais, acham que se deve fazer todo o possível para praticar a justiça e se contentam em enviar suas ofertas ao templo, sem ir lá fazer os sacrifícios, porque eles o fazem em particular, com cerimônias ainda maiores. Seus costumes são irrepreensíveis e sua única ocupação é cultivar a terra. Sua virtude é tão admirável que supera de muito a de todos os gregos e os de outras nações, porque eles fazem disso tudo o seu empenho e preocupação, e a ela se aplicam continuamente. (…) Possuem todos os bens em comum, sem que os ricos tenham maior parte do que os pobres: seu número é de mais de quatro mil. Não têm mulheres, nem criados, porque estão convencidos de que as mulheres não contribuem para o descanso da vida. Quanto aos criados, é ofender à natureza, que fez todos os homens iguais, querer sujeitá-los. Assim, eles se servem uns aos outros e escolhem homens de bem da ordem dos sacrificadores [de linha sacerdotal], que recebem tudo o que eles recolhem do seu trabalho e têm o cuidado de dar alimento a todos”. (1) João, o batizador “Naqueles dias apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia, e dizia: ‘Arrependam-se dos seus pecados, porque é chegado o reino dos céus’. A respeito de João escreveu o profeta Isaías: ‘Alguém está gritando no deserto: Preparem o caminho para o Senhor passar! Abram estradas retas para ele’.” Mt 3. 1-3. “Eu batizei vocês com água, mas ele os batizará com o Espírito Santo”(Mc 1.8). É interessante comparar a pregação de João, o batizador, com uma das regras da comunidade de Qumran, que diz: “E quando essas coisas sucederem aos membros da comunidade de Israel, no tempo designado, separar-se-ão da habitação dos homens perversos e irão para o deserto preparar o caminho do Senhor, como está escrito: No deserto preparai o caminho do Senhor, endireitai no deserto a estrada para nosso Deus” (1QS 8.12-14). O deserto (harabah, em hebraico) de que falava o profeta Isaías, segundo a maioria dos especialistas, ficava na região onde se localizava a comunidade de Qumran e onde João, o batizador, iniciou seu ministério. Segundo Burrows (2), este local onde João batizava, fica na região que cerca o Jordão, um pouco antes da embocadura do mar Morto, a 16 quilômetros do povoado de Qumran, ou a quatro horas de caminhada até lá. Tanto o texto de Qumran, como João citam Isaías a respeito do deserto como lugar de preparação para o caminho do Senhor, isto porque o deserto passou a ser visto como lugar de renovação, símbolo da separação da multidão perdida e prova da conversão realizada. A expressão conversão é uma das mais usadas em 1QS (Regra da Comunidade, caverna 1), CD (Escrito de Damasco), 1QH (Rolo de Hinos, caverna 1) e 1QM (Rolo de Guerra, caverna 1). Outra afirmação da Regra da Comunidade é: “Ele purificará a carne de todas as obras ímpias pelo Espírito Santo e aspergirá sobre ela o Espírito de Verdade como água de purificação”. (IQS 4.21). É interessante notar, conforme Lc 1.5, que os pais de João eram de linhagem sacerdotal. Zacarias era sacerdote, e Isabel era uma das filhas de Arão. Dessa maneira, João era de linhagem sacerdotal, como os essênios. Era solteiro, também como os essênios monásticos. No cântico de Zacarias diz-se que “o menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até o dia em que havia de manifestar-se a Israel” (Lc 1.80). E em Lc 3.2 está escrito que “sendo sumo-sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra a João, filho de Zacarias, no deserto”. Para muitos pesquisadores há duas hipóteses: (1) Zacarias entregou o filho para ser educado pelos essênios (3), que eram conhecidos por sua dedicação e honestidade religiosa. Além disso, esperavam a chegada do Messias e do reino de Deus. (2) Por serem idosos e de linhagem sacerdotal, o menino foi adotado após a morte dos pais. O historiador judeu Flávio Josefo conta que os essênios “não fazem caso do matrimônio, mas adotam crianças, quando estas são flexíveis e aptas à aprendizagem. Consideram-nas como parte de sua família e as criam segundo suas próprias maneiras” (4). Apesar de semelhanças no modo de vida — João “se alimentava de gafanhotos e de mel silvestre” (Mc 1.6) e o Documento de Damasco prescrevia até mesmo como se devia prepará-los [“Os gafanhotos, em suas várias espécies, precisam ser colocados no fogo ou em água enquanto vivos” (DD 12.14] – devemos ser cautelosos em afirmar que João, o batizador, era membro da comunidade de Qumran. Fontes (1) Flávio Josefo, História dos Hebreus, livro 12, capítulo 2, RJ, CPAD, 1992, p. 415. (2) Burrows, M., More Ligth on the Dead Sea Scrolls, Londres, Secker & Warburg, 1958, p.60. (3) Burrows, op. cit., pp. 61 e 62. (4) Burrows, op. cit., pp. 62 e seguintes. Dr Jorge Pinheiro

Nes Gadol Haya Sham !

Nes Gadol Haya Sham

As 4 letras do Dreidel ou Sevivon (um peãozinho usado na festa de Hanuká para uma brincadeira que é feita pelas crianças).

A primeira coisa que uma pessoa pode notar é que as 4 faces do dreidrel tem 4 letras hebraicas uma em cada face do peão. As 4 letras hebraicas são a Nun, Gimel, Hey e Shin.

As iniciais da frase: ‘Um Grande Milagre Aconteceu lá’ ou em hebraico

‘Nes Gadol Hayá Sham’ ??? ?????? ????? ????

A primeira coisa a se notar é que o valor numérico destas 4 letras ???? juntas é 358,  igual ao equivalente numérico da palavra Mashiach (Messias).

Esta mensagem escondida nas letras do dreidel nos informa que o grande milagre que aconteceu lá (Jerusalém) foi a Luz do Messias (Yeshua) e sua redenção para assim mudar o mundo.

Para os judeus que moram em Israel, eles decidiram mudar a ultima palavra que é ‘lá’ em hebraico ‘Sham’, para a palavra ‘aqui’ que em hebraico é ‘Pó’, por uma razão muito obvia.

Então as letras iniciais do dreidel seria: ‘Um Grande Milagre Aconteceu Aqui’.   Nes Gadol Hayá Pó.

Então as letras iniciais seriam ????

E o valor numérico é 138 que seria o equivalente numérico das palavras Menachem (Consolador) e Tzemach (rebento) ambos os títulos ou atributos do Messias.

No Midrash Mishlê (comentário rabínico – provérbios); Rav Huna fala dos sete nomes para o Mashiach, também tirado de Isaias 9:5: Rav Huna disse: ‘o Messias será chamado por sete nomes dos quais são; Yinon, Tzidikeinu [‘nossa justiça’], Tzemach [‘rebento’], Menachem [‘Conforto’], David, Shiloh, and Eliahu.3 “O Messias é chamado por oito nomes: Yinon, Tzemach, Pele [‘Milagre’], Yo’etz [‘Consolador’], Mashiach [‘Messias’], El [‘D-us’], Gibor [‘Forte’],
and Avi ’Ad Shalom [‘Pai eterno da Paz’].”4

B. Zahav

Adaptado por Marcello Oliveira

1 Shalom, Piska 36, p. 41.
2 Braude, Piska 36, p.671.
3 Yehuda ibn-Shmuel, ed., Midr’she G’ula (“Midrashim of Redemption”)

O Estado é ministro de Deus?

A função de autoridade governamental constituída é trabalhar como ministro de Deus para o bem, isto é, para a segurança, ordem e a paz da sociedade (Rm 13:3,4). Esse serviço ou ministério estatal para o nosso bem deve, de acordo com o Apóstolo Paulo, ser implementado de duas maneiras importantes e fundamentais:

1) Castigar o mal (13:3,4). O Estado recebe de Deus uma responsabilidade e uma função explicitamente proibidas às igrejas cristãs (Rm 12:17-19). As igrejas cristãs não têm chamado e autoridade para multar, prender, castigar ou executar criminosos, assassinos e estupradores. Mas o que Deus proíbe às igrejas ele ordena ao Estado fazê-lo. Os governantes (presidente, comandantes militares, prefeitos, delegados de polícia, etc.) devem ser austeros no combate ao mal, pois liberdade sem restrição resulta em anarquia. O governo não pode ser complacente com os crimes, com o mal, com a anarquia, com as forças desintegradoras que tentam anarquizar a sociedade. O governo não pode agir com frouxidão no castigo dos crimes. Ele precisa punir exemplarmente os promotores do mal. Tem de reagir com rigor e firmeza contra toda forma de violência, crime e suborno (Gn 9:6; Pv 17:11,15; 20:8,26; 24:24; Rm 13:4).

2) Elogiar os cidadãos que fazem boas obras (Rm 13:3,4). O objetivo do governo não é substituir a família e a igreja nos seus papéis importantes de bem-estar social, nem substituir os cidadãos em sua liberdade e chamado divino de amar o próximo. O papel do governo é elogiar aqueles que fazem o bem.

Como diz Mary Pride em seu livro De Volta Ao Lar: “O versículo não diz absolutamente nada sobre o governante fazendo o bem, nem nas próprias palavras nem no contexto. O versículo anterior nos diz que o governante nos elogiará se nós fizermos o que é bom. Por que? Porque ele é servo de Deus para nós em favor do bem. A responsabilidade do governante é estabelecer uma atmosfera na qual as boas obras de cada pessoa sejam incentivadas e as más ações sejam reprimidas. Obviamente, se o governante começar a sentir que é dever dele fazer todas as boas ações, ele não vai querer elogiar as boas ações dos cidadãos. Além disso, ele fará tudo o que puder para reprimi-las, já que as boas ações dos cidadãos estarão rivalizando com os planos do governo e usurpando sua autoridade. Essa sempre foi a situação dos países socialistas [como a ex-União Soviética], cujas leis proibiam as instituições de caridade particulares. A afirmação de que o governante é servo de Deus para nos fazer o bem, através das entidades de assistência social do governo, não tem base bíblica, pois esse tipo de raciocínio contradiz tanto o texto quanto o contexto de Romanos 13:4”.

 Quando o governo muda o foco e quer ser o Supremo Benfeitor, ele tira mais impostos dos cidadãos, que ficam com muito menos de seu próprio dinheiro para fazerem caridade e ajudarem os necessitados. A enorme e exagerada carga de impostos, cobrada sob a desculpa de ajudar os pobres, provoca um grande sangramento dos recursos das famílias, escoando em grande parte para os bolsos, cuecas e cofres de governantes corruptos. Enquanto isso, a função fundamental de o Estado dar segurança à sociedade fica à deriva.

No caso específico do governo brasileiro, como é que ele conseguirá enfrentar a macabra pena de morte aplicada anualmente pelos criminosos em mais de 50 mil vítimas brasileiras? Não pode, pois ele está ocupado demais competindo com as famílias e igrejas na oferta de caridade. Governo brasileiro como terror para os bandidos? Nem sonhando.

O desempenho do governo brasileiro está bem distante da responsabilidade que o Apóstolo Paulo aponta no Novo Testamento: “Visto que a autoridade é ministro de Deus (ênfase nossa) para seu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada (ênfase nossa); pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal (ênfase nossa). É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência”. (Rm 13:4,5).

A palavra grega para espada, ???????? (machaira), é usada por Paulo aqui como símbolo de punição capital, que é a pena mais elevada e compatível com o crime mais elevado, que é tirar injustificadamente uma vida humana inocente.

Tal postura nada tinha a ver com legalismo, pois Paulo não estava falando sobre espada nas mãos da igreja, mas nas mãos de quem competia: o Estado. Como o melhor intérprete da missão, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, Paulo sabia perfeitamente separar o papel da igreja (oferecer a compaixão e misericórdia de Deus, que é parte integral do caráter amoroso de Deus) e o papel do Estado (aplicar punições, que é parte integral do caráter justo de Deus).

Ele combatia o legalismo dentro da igreja como nenhum outro apóstolo, de modo que se algum novo ensino instruísse que era missão da igreja aplicar multas, prisão, castigos ou pena capital em criminosos, ele o refutaria como legalismo, pois a igreja jamais pode usurpar ou substituir o Estado em sua missão.

De forma semelhante, ele jamais aceitaria um ensino que defendesse o Estado usurpando ou substituindo a igreja em sua missão e ministério de misericórdia e transformação (também chamada de “reabilitação”) de pecadores.

Portanto, como profundo conhecedor dos Evangelhos, o que Paulo faz em Romanos 13 não é oferecer sua opinião pessoal, mas descrever o rigoroso chamado anticriminal do governo tal qual deve ser, de acordo com a vontade de Deus. Seja qual for o país — Império Romano, Israel, Brasil, EUA, etc. —, todo governo tem ordens divinas de impor punição e retribuição à altura dos crimes cometidos, usando inclusive a aplicação de força e meios letais.

Em sua função, o papel do Estado é ser, nas palavras do Apóstolo Paulo, terror para as más ações: assassinatos, estupros, sequestros, pedofilia, etc. Assim como Deus não tolera o mal, também as autoridades devem ter pulso forte para combatê-lo. Quando o Estado impõe aos malfeitores punições de acordo com o merecimento de seus crimes, está agindo como servo de Deus, executando sobre eles a ira divina (Rm 13:4).

A diferença é clara. A igreja é chamada para mostrar a misericórdia, o amor e a compaixão de Jesus Cristo a toda a sociedade, inclusive ministrando cura e libertação. O chamado da igreja também inclui a importante responsabilidade de dar educação às suas congregações.

Mas o Estado é chamado a mostrar a ira de Deus sobre os malfeitores e elogiar os que fazem o bem. Portanto, grande é a distância de atuação entre esses dois diferentes ministros de Deus, embora misericórdia e justiça sejam componentes completamente unidos no caráter de Deus.

O que o Estado não pode fazer, a igreja deve fazer. O que a igreja não pode fazer, o Estado deve fazer.

Ao falar sobre o Estado e seu direito de executar malfeitores culpados de cometerem o mais elevado ato de violência contra a inviolabilidade, valor e sacralidade da vida humana, Paulo não estava se referindo a um Israel teocrático, que nem existia mais na época. Evidentemente, ele estava falando do Império Romano, um governo que aplicava amplamente a pena de morte. Suas palavras confirmavam e corrigiam o papel do Estado. Confirmavam o papel do Estado como executor de assassinos e outros indivíduos de igual periculosidade.  E corrigiam mostrando que a execução não é um direito ilimitável, isto é, o Estado não tem autorização de Deus para executar toda e qualquer pessoa. Apenas criminosos de alta periculosidade.

Tal compreensão hoje é importante, quando vemos governos comunistas e islâmicos executando homens e mulheres pelo “crime” de se converterem a Cristo. Já na Europa, que se orgulha de não mais aplicar a pena capital em assassinos e outros criminosos perigosos, há uma ampla aplicação dessa pena em inocentes, mediante práticas de aborto, infanticídio e eutanásia. São literalmente milhões de vidas inocentes perecendo sob o peso de uma pena capital 100% injusta imposta pelo Estado.

No Brasil, que se orgulha igualmente de não ter pena capital para criminosos assassinos, o governo não só tolera que mais de 50 mil brasileiros inocentes sofram a pena de morte, muitas vezes sob tortura e crueldade, nas mãos de criminosos, mas também está trabalhando para seguir o padrão europeu de aplicação dessa pena em bebês em gestação, doentes, deficientes e idosos, mediante a aprovação de leis de aborto e eutanásia.

O que fazer nesse cenário onde o Estado mostra misericórdia para quem deveria punir e mata quem precisa de proteção e misericórdia? Como servos de Deus, devemos orar pelos governantes (1Tm 2.1,2), para que cumpram sua missão. Devemos honrá-los, obedecer-lhes e pagar-lhes impostos para sustentá-los em seu papel de dar segurança contra os malfeitores. Mas devemos também confrontá-los se eles se desviarem de seu chamado fundamental, pois quer saibam ou não, eles governam debaixo do próprio governo de Deus e o representam.

Servos de Deus como o Apóstolo Paulo são a consciência do Estado e seus governantes, alertando-os sempre que perderem o rumo da sua caminhada.

Pr Marcello de Oliveira em parceria com Julio Severo

Participe e concorra a melhor revista Apologética do país!

Shalom!

Amados irmãos e amigos [as], sortearei 1 exemplar da melhor revista Apologética do Brasil –  Apologética Cristã – uma revista com excelente conteúdo, com matérias relevantes, temas atuais e com o melhor “time” de colunistas e articulistas do país. Nomes como:

Dr. Augustus Nicodemos Lopes – Chanceler do Mackenzie; Dr. Russell Shedd – Ph.D em Novo Testamento e Fundador das Edições Vida Nova; Natanael Rinaldi (ícone da apologética no Brasil, advogado e pastor); Jefferson Magno Costa (teólogo, apologista, escritor e jornalista), Paulo Sérgio Batista (teólogo, historiador, escritor e apologista); Normal Geisler (Ph.D Filosofia, Th.M em Teologia e considerado um dos maiores apologistas do mundo);  Marcello Oliveira (teólogo, hebraísta, escritor e conferencista) e outros nomes da teologia do nosso país.

Participe!  Basta você citar 3 livros poéticos do Velho Testamento. Muito fácil!  Uma dica: lembrando que são 5 livros poéticos no AT. Você deve citar apenas 3 livros!

Divulgue para seus amigos, outros sites. Todos podem participar.

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Nome do Ganhador:  Walter Filho

Agradeço a todos os participantes. Em breve, teremos outros sorteios.

Artigo publicado no Mensageiro da Paz

Shalom!

Prezados pastores, irmãos e amigos [as], por bondade de Deus, tive a honra de ver um artigo que escrevi publicado  no conceituado jornal:  Mensageiro da Paz – orgão oficial da CGADB.

Quero externar minha gratidão ao nobre companheiro Pr Silas Daniel (editor chefe de jornalismo da CPAD) pelo carinho e o espaço concedido.  Agradeço também a CPAD bem como toda a sua direção.

Convido a todos os irmãos que adquiram o exemplar do Mensageiro da Paz – Edição de Novembro de 2010 – nº 1506.   A matéria está publicada na página de nº 22.

Adquira agora mesmo nas Lojas CPAD, espalhadas pelo Brasil ou pelo e-mail:

assinaturas@cpad.com.br

Soli Deo Gloria, Pr Marcello Oliveira