Pr Walter Brunelli lançará Teologia Sistemática Pentecostal

SHALOM! É com grande alegria que comunico os nobres leitores deste blog, que meu amigo Pr. Walter Brunelli,  lançará uma Teologia para Pentecostais, (Uma Teologia Sistemática e Expandida).  Uma obra que vem Leia Mais »

Pérolas da carta de Paulo à Filemon

A carta de Paulo a Filemon é a mais breve entre as cartas que formam a coletânea paulina e consiste apenas em 335 palavras no grego original. É pequeno no tamanho e Leia Mais »

Onesíforo, um bálsamo na vida de Paulo

Paulo havia exortado Timóteo a guardar o evangelho, pois diante da perseguição, muitos cristãos abandonariam o evangelho. Ao longo de 2º Timóteo, Paulo encoraja Timóteo a não se envergonhar do evangelho nesse Leia Mais »

Uma curiosidade inédita sobre Jonas

Para compreendermos o significado dos acontecimentos do livro de Jonas capítulo 3 é necessário saber que os ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humano e parte peixe. Eles acreditavam que ele tinha Leia Mais »

Afinal, quem é o cavaleiro branco de Apocalipse 6?

A adoração descrita em Apocalipse 4 e 5 é um preparativo para a ira descrita em Apocalipse 6 a 19. Pode parecer estranho adoração e julgamento andarem juntos, mas isso se deve Leia Mais »

— O ANTICRISTO —

A palavraanticristo” significa um cristo substituto ou um cristo rival. O prefixo grego anti pode significar duas coisas: “contrário a” e “no lugar de”. Assim, o anticristo é ao mesmo tempo um cristo rival e um adversário de Cristo. Satanás não apenas se opõe a Cristo, mas também deseja ser adorado e obedecido no lugar de Cristo. Satanás sempre desejou ser adorado e servido como Deus (Is 14.14; Lc 4.5-8).

No livro de Daniel o anticristo é representado inicialmente não como uma pessoa, mas como quatro reinos (leão, urso, leopardo e outro animal terrível), numa descrição clara dos impérios da Babilônia, Medo-persa, Grego e Romano (Dn 7.1-6,17,18). Outro símbolo do anticristo no livro de Daniel é Antíoco Epifânio, que profanou o templo, quando consagrou ao deus grego Zeus e mais tarde sacrificou porcos em seu altar (Dn 7.21,25)

No ensino de Jesus, o anticristo é visto como o imperador romano Tito, que no ano 70 d.C destruiu a cidade de Jerusalém e o templo (Mt 24.15-20), bem como um personagem escatológico (Mt 24.21,22). A profecia bíblica vai se cumprindo historicamente e avança para a sua consumação final (Mt 24.15-28).

Nas cartas joaninas o termo anticristo é empregado em um sentido impessoal (I Jo 4.2,3). Ele se referiu também ao anticristo de forma pessoal. Mas João vê o anticristo como uma pessoa que já está presente, ou seja, como alguém que representa um grupo de pessoas. Assim, o anticristo é um termo utilizado para descobrir uma quantidade de gente que sustenta uma heresia fatal (I Jo 2.22; II Jo 7). João fala ainda tanto do anticristo que virá quanto do anticristo que já está presente. Assim, João esperava um anticristo que viria no tempo do fim. Para João, o anticristo sempre esteve presente nos seus precursores, mas ele se levantará no tempo do fim como expressão máxima de oposição a Cristo e sua Igreja.

Na teologia paulina, o anticristo é visto como o homem do pecado (II Ts 2.3). Ele surgirá de grande apostasia (II Ts 2.3); será uma pessoa (II Ts 2.3), será objeto de adoração (II Ts 2.4), usará falsos milagres (II Ts 2.9), será totalmente derrotado por Cristo (2.8).


Vejamos agora algumas características do anticristo:

1) Ele é o homem da iniqüidade (II Ts 2.3)Vale ressaltar que o anticristo escatológico não é um sistema nem um grupo, mas um homem. Toda descrição apresentada por Paulo é de caráter pessoal. O homem da iniqüidade “se opõe”, “se exalta”, “se assenta no templo de Deus”, “proclama a si mesmo como Deus”, e será morto.

O anticristo é o homem sem lei que viverá e agirá na absoluta ilegalidade. Ele será um transgressor consumado da lei de Deus e dos homens. A palavra grega anomia, iniqüidade, descreve a condição de quem vive contrário à lei. Ele é a própria personificação da rebelião contra as ordenanças de Deus.

2) Ele é o filho da perdição (II Ts 2.3) – Não apenas seu caráter é sumamente corrompido, mas seu destino é claramente definido. Ele procede do maligno e se destina inexoravelmente à perdição. Ele será lançado no lago de fogo (Ap 19.20; 20.10). A palavra grega apoleia, “perdição”, traz a idéia que o anticristo está destinado a ser destruído.

3) Ele é o iníquo (II Ts 2.8) – A palavra grega anomos, traduzida por iníquo, significa ilegal, iníquo, aquele que vive fora da lei. O anticristo será um homem corrompido em grau superlativo. Ele será inspirado pelo poder de Satanás e terá um caráter tão perverso quanto o daquele que o inspira. Podemos afirmar, que o conceito de Paulo sobre o anticristo procede da profecia de Daniel. Vejamos esta correlação: a) homem da iniqüidade (II Ts 2.3 – Dn 7.25; 8.25); b) o filho da perdição (II Ts 2.3 – Dn 8.26); c) aquele que se opõe (II Ts 2.4 – Dn 7.25); d) que se exalta contra tudo que é chamado Deus ou é adorado ( II Ts 2.4 – Dn 7.8,20,25) e) de modo que se assenta no santuário de Deus, proclamando a si mesmo como Deus ( II Ts 2.4 – Dn 8.9-14).

4) Ele se oporá a Deus abertamente e perseguira implacavelmente a Igreja (II Ts 2.4). O apóstolo Paulo diz que o anticristo “[…] se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus […] ostentando-se como se fosse o próprio Deus”. O homem do pecado é o adversário de Deus, da lei de Deus, e do povo de Deus. O anticristo será uma espécie de encarnação do mal. O anticristo será um opositor consumado de Deus e da igreja (Dn 7.25; 11.36; I Jo 2.22; Ap 13.6). Ele não apenas se oporá, mas também se levantará contra tudo o que é de Deus ou objeto de culto. O profeta Daniel diz que ele “proferirá palavras contra o Altíssimo” (Dn 7.25) e […] contra o Deus dos deuses, falará cousas incríveis (Dn 11.36).

O anticristo não apenas se oporá a Deus, mas também perseguirá implacavelmente a igreja (Dn 7.25; Ap 12.11; 13.7). O profeta Daniel diz: “[…] magoará os santos do Altíssimo” (Dn 7.25) e “[…] fazia guerra aos santos e prevalecia contra eles (Dn 7.21). O apostolo João registra que lhe foi dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse (Ap 13.7). O anticristo perseguirá de forma cruel aqueles que se recusarem a adorá-lo (Ap 13.7,15). Esse será um tempo de grande angústia (Jr 30.7; Dn 12.1). Mas os cristãos fiéis vão vencer o diabo e o anticristo, preferindo morrer a apostatar (Ap 12.11).

5) Ele será objeto de adoração em toda a terra (II Ts 2.4) – Ele se assentará no santuário de Deus e vai reivindicar ser adorado como Deus. A adoração ao anticristo é o mesmo que a adoração a Satanás (Ap 13.4). Adoração é um tema central no livro do Apocalipse: a noiva está adorando ao Cordeiro, e a igreja apóstata está adorando o dragão e o anticristo. O grande e último plano do anticristo é levar seus súditos a adorarem a Satanás (Ap 13.3,4). Esse será o período de grande apostasia.

6) A adoração do anticristo será universal (Ap 13.8,16)O apóstolo João diz : “o adorarão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro (Ap 13.8)”. Satanás vai tentar imitar Deus também neste aspecto. Ao saber que Deus têm os seus selados, ele também selará os seus com a marca da besta (Ap 13.8. 16-18).

Que estejamos preparados para o arrebatamento da igreja. Estamos vivendo as últimas horas. Desperta igreja! O Noivo está vindo nos buscar!

Com temor e tremor, Pr Marcello de Oliveira

Bibliografia: Lopes, Hernandes Dias. I e II Tessalonicenses. Ed. Hagnos 2008

Wiersbe, Warren. Comentário Bíblico. Geográfica Editora 2006

Entrevista concedida ao Pr Ciro Sanches

Quero agradecer a Deus por esta grande oportunidade de conceder esta entrevista ao amado Pastor e escritor Ciro Sanches Zibordi. Deus tem nos unido para um grande propósito.

Amados [as] leitores [as] por especial gentileza, leiam toda a entrevista.

Blog do Ciro: Como foi a sua conversão, e desde quando o irmão prega a Palavra de Deus?

Marcelo de Oliveira: Pastor Ciro, permita-me glorificar a Deus por esta nobre oportunidade. Louvo ao Eterno por sua vida e profícuo ministério. Tive o privilégio de nascer num lar cristão. Meu vovô José Antonio de Oliveira (in memoriam) e minha mamãe Jaci de Oliveira, desde cedo levaram-me à igreja. Aos 8 anos, entreguei minha vida a Cristo, o Senhor. Lembro-me daquela noite marcante em que o pastor Joel Barbosa pregou sobre um a cruz de Cristo. Na hora do convite fui à frente com a convicção de um adulto. Chorava copiosamente. Entendi, naquela noite, que a graça é o amor que paga um preço. Cristo pagou o preço. Sua morte foi vicária, triunfante, relevante.

Deus me chamou ainda criança para o ministério da Palavra. Em todos os domingos eu ia com meu saudoso vovô à EBD da Igreja Batista Boas Novas. Meu interesse pelas Escrituras crescia a cada dia. Lia a Bíblia com avidez. Desde a tenra idade, comecei a decorar as Escrituras. Preguei pela primeira vez quando tinha apenas 11 anos. Aos 13, dava aula na EBD para os adolescentes. Amo a exposição da Palavra e tenho dedicado minha vida a expor as Escrituras.

Blog do Ciro: O irmão é autor de um comentário sobre o livro de Cantares de Salomão. O que o levou a escrever sobre esse assunto?

Marcelo de Oliveira: Interessante pergunta. Escrevi com o propósito de despertar nos biblistas, estudiosos e amantes das Escrituras o desejo de estudar e se aprofundar nesse livro tão lindo, poético e, ao mesmo tempo, desprezado, ao longo da história da Igreja. O rabino Akiva, um dos maiores da história de Israel, certa vez disse: “O Cântico dos Cânticos é uma canção tão sublime para nós os judeus, que nós consideramos este livro como “kadosh Bi kadoshim” (santo dos santos).

O rei Salomão compôs o Cântico dos Cânticos em forma de alegoria, como um diálogo “apaixonado” entre o Noivo (o Eterno) e sua amada noiva (Israel). Nesse livro desenvolvo uma leitura alegórica, tipológica que despertará nos leitores o desejo de conhecer mais e mais o aludido livro das Escrituras.

Blog do Ciro: Eu já conheço o seu livro e o estou lendo, mas diga aos leitores deste blog quais são o título e o público-alvo de sua obra.

Marcelo de Oliveira: O título da obra é: Os Produtos do Mercador, baseado em Cantares 3.6, pelo qual tento despertar a curiosidade dos leitores com três perguntas essenciais: Quem é este mercador? Quais os seus produtos? E o que estes representam para a vida daqueles que o “compram”?

Blog do Ciro: Muito bom. Falando ainda de seu trabalho como escritor, em seu blog percebe-se que os seus textos são bastante exegéticos. Como começou essa sua paixão pela fiel interpretação bíblica. Fale também um pouco sobre a necessidade da matéria exegese.

Marcelo de Oliveira: Tenho procurado dar uma singela contribuição para o resgate da séria exposição bíblica. Longe de ser uma tarefa apenas dos eruditos, a exegese deve ser uma matéria estudada por todos os cristãos, principalmente para os pregadores e ensinadores. A exegese é fundamental na exposição bíblica. Temos visto muitas aberrações, mentiras, verdadeiras eisegeses (que, ao contrário da exegese, denota impor ao texto nossas ideias) em alguns púlpitos. Os pregadores torcem a Bíblia e a usam para satisfazer seus egos, seus desejos, seus projetos pessoais.

Blog do Ciro: Por que há tão poucos exegetas?

Marcelo de Oliveira: A exegese é ciência e arte. É ciência baseada em certos princípios hermenêuticos necessários para interpretar corretamente o significado do texto bíblico. É arte porque envolve a hábil aplicação de princípios hermenêuticos. A exegese é algo para toda vida, tarefa de constante interação entre o texto bíblico e sua exposição apropriada. Portanto, temos poucos exegetas porque fazer exege exige dedicação. E. Haller disse: “Ninguém precisa temer a exegese, a não ser o preguiçoso ou o negligente”.

Blog do Ciro: Essa frase realmente dá uma ideia do que é o labor exegético. Mas falemos agora da exposição, propriamente dita. O irmão como pregador do evangelho tem conhecido grandes expoentes, verdadeiros referenciais. Considerando esses dois fatores, cite pelo menos três qualidades que um pregador deve possuir.

Marcelo de Oliveira: Deus tem me dado a honra e o privilégio de desfrutar da amizade de expoentes como Russel Shedd, Hernandes Dias Lopes, Luis Sayão… E eu não poderia deixar de citar s
ua distinta pessoa.

Precisamos de pregadores piedosos. Uma das áreas mais importantes da pregação é a vida do pregador. O que precisamos desesperadamente nesses últimos dias não é apenas de pregadores eruditos, mas sobretudo de pregadores piedosos.A vida do pregador fala mais alto que os seus sermões. Um ministro do evangelho sem piedade é um desastre. Infelizmente, a santidade que muitos pregadores proclamam é cancelada pela impiedade de suas vidas. A única maneira de viver uma vida pura é guardar o coração puro através da meditação da Palavra (Sl 119.9).

Precisamos de pregadores que oram. A oração precisa ser prioridade na vida do pregador. A profundidade de um ministério é medida não pelo sucesso diante dos homens, mas pela intimidade com Deus. Antes de falar aos homens, o pregador precisa viver diante de Deus. A oração é o oxigênio do ministério. A oração traz poder e refrigério à pregação; ela tem mais poder para tocar os corações do que milhares de palavras eloquentes.Não basta ser um eco, é preciso ser uma voz. Não basta pregar, precisamos ser boca de Deus (Jr 15.19).

Pregação sem oração não provoca impacto. Sermão sem oração é sermão morto. Não adianta ter a luz na mente (erudição) e não ter fogo no coração (unção). O pregador também tem que ter fome pela Palavra de Deus. É impossível ser um pregador bíblico eficaz sem uma profunda dedicação aos estudos. O pregador deve ser um estudioso. Spurgeon disse: “Aquele que cessa de aprender tem deixado de ensinar”.

Blog do Ciro: Não há dúvidas de que a piedade está em falta em nossos dias. Valoriza-se mais o carisma do que o caráter; dá-se mais valor à eloquência do que à espiritualidade. Mas, falando em estudo da Palavra, qual é a sua visão acerca do estudo teológico. Ele realmente é importante para um expoente piedoso?

Marcelo de Oliveira: Sem dúvidas. O pregador jamais manterá o interesse do seu povo se ele pregar somente da plenitude do seu coração e do vazio da sua cabeça. A Bíblia é o grande e inesgotável reservatório da verdade cristã, uma imensa e infindável mina de ouro. Além da Bíblia, todo o pregador deve ser um sério estudante de teologia enquanto viver. Deve também estudar biografias, apologética, história, bem como outros tipos de leitura. A mensagem de muitos púlpitos tem sido banal e comum. Vivemos em um tempo de pregação pobre, aguada e mal-preparada. O pregador que se preza deve ser um estudante durante toda a sua vida. Foi o próprio Deus quem prometeu dar pastores à sua Igreja que apascentem o rebanho com sabedoria e conhecimento (Jr 3.15).

Blog do Ciro: Por falta de vida piedosa e pouco interesse pelo estudo mais detido da Palavra de Deus temos visto muitos desvios no âmbito da pregação. Fale um pouco sobre isso.

Marcelo de Oliveira: A pregação contemporânea tem se caracterizado por antropocentrismo, auto-ajuda e ênfase à perniciosa teologia da prosperidade. Muitos pregadores têm distorcido a Palavra de Deus. Outros ainda têm mercadejado as Escrituras. Estão pregando doutrinas de homens, filosofias humanas, sonhos e visões de seus próprios corações. Há muito misticismo nas pregações. Pregam o que dá certo, e não o que é certo. Pregam para agradar, e não para desafiar. Pregam cura e prosperidade, e não santidade. Pregam sobre os direitos dos homens, e não sobre a soberania divina.

Outros querem fazer do púlpito um espetáculo. Há morte na panela. Somente a Palavra pura, sem mistura, pode curar os feridos, enganados e decepcionados com a igreja atual. Deixo um alerta aos pastores: Não convidem para as suas igrejas (festas, congressos, etc) mercenários, show-men, homens preocupados em fazer movimento, receber um exagerado cachê e dar espetáculo. Convidem os expoentes bíblicos, aqueles que têm compromisso sério em pregar a Cristo, a beleza de Cristo, os ensinos de Cristo, a cruz de Cristo.

Blog do Ciro: Para concluir esta enriquecedora entrevista, haja vista o seu tríplice enfoque (editorial, hermenêutico e homilético), deixe uma palavra aos escritores (inclusive editores de blogs), intérpretes da Bíblia e pregadores.

Marcelo de Oliveira: Minha palavra aos editores de blogs é que aproveitem as vantagens do mundo virtual para fazerem o nome de Jesus Cristo conhecido. Que utilizem o blog como uma ferramenta evangelística para ganhar as almas perdidas, edificar a igreja e promover a glória de Deus. Ao escreverem os textos, que o façam com temor e tremor, sabendo que Deus conhece nossos corações, e os motivos pelos quais estamos escrevendo. Escrevemos para a glória dEle? Ou escrevemos para nos gloriar?

Aos exegetas, que tratem a Bíblia com a máxima seriedade, sabendo que receberão maior julgamento (Tg 3.1). Que ensinem a igreja do Senhor a andar no caminho da santidade, da justiça e da piedade. Rejeitem as filosofias humanas, o liberalismo teológico, as falácias humanas, e expliquem o texto dando-lhe o verdadeiro sentido em que foi escrito. Não coloquem suas ideias. A Bíblia tem voz própria. Devemos nos submeter a sua autoridade.

Finalmente, aos pregadores, que voltem a pregar a cruz de Cristo. Chega de tantas mentiras, invencionices e meninices. Voltem a expor as Escrituras. Preguem como se fosse a última oportunidade da vida. Honrem a sublime vocação de serem embaixadores celestiais. Somos ministros da reconciliação, e não da confusão. Concluo com duas pérolas: “Se eu pudesse me tornar rei ou imperador hoje, eu não desistiria do meu ofício como pregador” (Martinho Lutero). “Pregação é a manifestação da Palavra encarnada, a partir da Palavra escrita, mediante a palavra falada” (Bernard Manning).

Blog do Ciro: Amém. Que Deus abençoe grandemente o seu ministério.

Títulos dos Salmos

FOTO: Judeus orando com o livro dos SALMOS em Jerusalém, no “Muro das Lamentações”

O livro dos Salmos era o hinário nacional ou o livro de louvor de Israel. Nos Salmos temos uma variedade de temas: cânticos sagrados, oração, adoração, confiança, fé, profecia e teologia.

O título hebraico do livro é “Sefer Tehilim”, que significa “louvor”, “hinos”, ou “Livro de louvores”. Outro título hebraico é “Tephiloth”, que significa orações. Unindo essas duas idéias, vemos que o livro dos Salmos é um “Livro de Louvor e Oração”.

O título grego na Septuaginta é “Psalmos”, que significa “cânticos” ou “cânticos acompanhados de instrumentos musicais”. Os primeiros pais da igreja o chamavam de “Saltério”, que vem de psalterion, que significa “harpa ou instrumento de corda”.

A seguir abordaremos alguns títulos e epígrafes dos salmos:

1) Aijelete-Hás-Saar – Aparece no título do Salmo 22 na versão ARC. Alguns escritores sugerem que o título do salmo significa “de acordo com a melodia – A corça a manhã” (cf. NVI)

2) Alamote (I Cr 15.19-21; Sl 46 – título) – A NVI traz no título do salmo 46: “Para o mestre da música. Dos coraítas. Para vozes agudas. Um cântico”. Alamoth [hebraico] é o plural de almah, “donzela, virgem”. Talvez um coro de jovens donzelas cantoras, com vozes agudas ou sopranos. O salmo 68.25 fala de moças (almah) tocando tamborins junto com os cantores e músicos. Quanto a I Cr 15.20, outros eruditos dão a entender que Alamote pode simplesmente significar “vozes agudas”, quer de rapazes ou de moças que tocavam liras [nehel] acompanhando o soprano (alamote).

3) Al-Tachete – Essa epígrafe aparece nos títulos dos salmos 57,58,59 e 75. A NVI traz “para o mestre da música”. De acordo com a melodia “Não destruas”. Poema epigráfico davídico. Quando Davi fugiu para a caverna.

4) Gitite – A palavra gitite deriva de Gate, que significa “lagar”. Os salmos 8, 81 e 84 trazem essa inscrição. A NVI traz “Para o mestre da música”. De acordo com a melodia: “Os lagares”. A concordância de Strong dá a entender que se trata de uma harpa gitita, instrumento musical usado para acompanhar o salmo. A palavra deriva da raiz hebraica que significa “lagar”. Os frutos trazidos para a festa dos Tabernáculos eram pisados para fazer vinho. Os trabalhadores do lagar dançavam, andavam e cantavam de alegria, falando uns aos outros da bondade do Senhor. Jesus foi ao Getsêmani, “lagar”, por nós, para que recebêssemos o “vinho” do Espírito e pudéssemos cantar e nos alegrar diante do Senhor em nosso culto.

5) Jedutum traz “Para o mestre da música”. Ao estilo de Jedutum. Salmo davídico. Jedutum era um dos três mestres de canto da adoração no templo (I Cr 16.41,42; II Cr 5.12). Os salmos 39, 62 e 77 trazem o nome dele no título. O significado do nome de Jedutum é: “o que louva” ou “que louvem”.

6) Jonate-Elém-Recoquim – Esse nome se encontra apenas no título do Salmo 56 (ARC). Na NVI, o título é “Para o mestre da música”. De acordo com a melodia – Uma pomba em carvalhos distantes. Poema epigráfico davídico. Quando os filisteus prenderam Davi em Gate”

7) Maalate – Na ARC, os salmos 53 e 88 têm essa inscrição. Strong sugere que essa palavra significa “doença, enfermidade” e que o título seria a palavra inicial de uma canção popular. Outros estudiosos sugerem que significa “cântico melodioso”, ou “alaúde”, acompanhado de instrumentos de corda.

8) Masquil – A expressão “Masquil” aparece em alguns salmos: 32,42,44,45,52,53,54,55,74,78,88,142. Strong afirma que “masquil” significa “didático” ou “poema”. Trata-se de um salmo de instrução, para dar entendimento ou instruir. De fato, os salmos são repletos de conselhos para a igreja atual.

9) Mictão – Na versão ARC, os salmos 56,57,58,59,60 trazem este título e expressão musical. A NVI indica nos títulos desses salmos que são “poemas epigráficos” (gravados indelevelmente). Strong diz “um poema gravado”, indicando ênfase e permanência por ser gravado. A lição espiritual que podemos extrair de “mictão” é que a Palavra de Deus deve ser gravada e implantada no coração do cristão pela oração e meditação (Tg 1.21).

10) Mute – láben – Essa inscrição é encontrada apenas no título do Salmo 9. A NVI cita: “para o mestre de música”. De acordo com muth-láben. Salmo davídico”. Essa expressão é de sentido desconhecido. Tradicionalmente: De acordo com a melodia “A morte para o Filho”. Strong diz que a expressão significa “morrer para o filho” e que era provavelmente o título de uma canção popular.

11) Neilote – Somente o Salmo 5 (ARC) tem essa expressão no títu
lo. Na NVI o título é “Para o mestre de música. Para flautas”. Strong diz que “neilote” significa flauta. A expressão se refere a um objeto “perfurado”, como flauta ou outro instrumento de sopro semelhante.

12) Sigaiom, Sigionote – Na ARC, esse nome aparece no título do Salmo 7 e em Habacuque 3.1. Na NVI, em ambas as referências aparecem a palavra “confissão”. No final do capítulo 3 de Habacuque (3.19), a NVI acrescenta: “Para o mestre de música. Para os meus instrumentos de corda”. Strong interpreta essa palavra como “poema divagante, ou poema melancólico, cântico pungente, brado (de alegria ou de tristeza)”.

13) Sosanim – Na ARC, os salmos 45 e 69 citam essa expressão. Na NVI, o título do salmo 45 é “Para o mestre de música. De acordo com a melodia “Os lírios”. Dos coraítas.Poema. Cântico de casamento”. Strong interpreta essa palavra como “lírio”, por causa da brancura, como flor ou ornamento; também uma trombeta reta, por causa do formato tubular. Sosanim é interpretado também como “melodia ou cântico de casamento” e um instrumento musical.

Nele, em que estão escondidos os tesouros da sabedoria e conhecimento

Pr Marcello de Oliveira

Bibliografia: Conner, Kevin. Segredos do Tabernáculo. Editora Atos 2004

Marcha para Jesus em Cubatão – 30/05/09

Shalom!

Neste sábado, dia 30/05/09, estarei pregando a Palavra de Deus na Marcha para Jesus, na cidade de Cubatão. Este grande evento que acontece há 11 anos, tem sido uma benção para a cidade de Cubatão e também para os nossos irmãos da baixada Santista.

Quero agradecer publicamente, ao meu amigo Pr Carlos Roberto – vice-presidente da COMADESP e presidente da UNIPEC (União de Pastores Evangélicos de Cubatão) por este honroso convite estendido à minha pessoa, em poder pregar a Palavra de Deus neste grande evento.

Visite o blog do Pr Carlos Roberto: http://pointrhema.blogspot.com/

A MARCHA PARA JESUS 2009, permitindo Deus, será realizada em Cubatão, no próximo sábado, dia 30 de Maio de 2009.

A concentração para saída será às 15h, na Av. Nove de Abril, em frente ao Colégio João Ramalho.

O trajeto como de costume, será pelo leito carroçável sentido centro da cidade, até o cruzamento com a Rua São Paulo, em frente a Igreja Matriz, quando seguirá em direção ao Kartódromo Municipal, nas imediações da sede da Prefeitura Municipal de Cubatão, quando ocorrerá a concentração de encerramento.

Neste grande evento estarão louvando ao Eterno os cantores: Grupo de Louvor da Assembléia de Deus, Jairo Bonfim, Amanda Ferrari e Mauricéia

Oremos por este grande evento!

Em Cristo, Pr Marcello de Oliveira

O Altar da Oração – Exodo 30

“Porás o altar defronte do véu que está diante da arca do testemunho, diante do propiciatório que está sobre o tabernáculo, onde me avistarei contigo” (Ex 30.6).

Alguém já disse que um cristão de joelhos enxerga mais longe do que um filósofo na ponta dos pés. Quando Deus mandou Moisés construir o santuário onde habitaria no meio do seu povo (Ex 25.8), determinou que no lugar santo haveria um altar de incenso, onde o fogo jamais deveria estar apagado. O incenso deveria queimar continuamente. O incenso é símbolo das nossas orações (Ap 5.8; 8.3). O apóstolo Paulo escrevendo à igreja de Tessalônica disse: “Orai sem cessar” (I Ts 5.17). Este texto nos ensina preciosas lições sobre a centralidade da oração na vida da igreja. Vejamos:


1. A centralidade da oração na vida da igreja (Ex 30.6)Perceba que o altar de incenso deveria ficar no centro do lugar santo, defronte do véu onde estava a arca da aliança. A posição geográfica do altar de incenso já definia a centralidade da oração na vida do povo. Devemos aspirar pela presença de Deus, mais do que pelas bênçãos de Deus (Is 26.9). O doador é mais importante que suas dádivas. Deus é mais importante do que aquilo que temos, que seremos, que realizamos. Os apóstolos entenderam que deveriam se consagrar à oração e ao ministério da Palavra (At 6.4).

2. A indispensabilidade da oração na vida da igreja (Ex 30.7,8)O incenso deveria ser queimado pela manhã, à tarde e continuamente perante o Eterno. O fogo do altar não poderia ser apagado. O altar de incenso não poderia cobrir-se de cinzas. De igual forma, não podemos dispensar a oração incessante e diária na vida da igreja. Não teremos vitória sem uma vida disciplinada de oração. Deus sempre olha dos céus buscando alguém que se coloque na brecha em favor do seu povo (Ez 22.30).

3. A pureza da oração na vida da igreja (Ex 30.9) Deus não se agrada de uma oração com motivações erradas. O texto bíblico diz que o incenso deveria ser puro, santo, e não estranho (Ex 30.9,34). Deus não aceita incenso estranho, orações contaminadas pela vaidade, oriundas de vidas impuras, de corações impenitentes. A oração do perverso é abominação para Deus (Pv 28.9). De nada adiantará multiplicarmos nossas orações se a nossa vida estiver fora da vontade de Deus (Is 1.15). Não adianta honrar a Deus com os nossos lábios se o nosso coração estiver longe de Deus (Mt 15.8).

4. Os componentes da oração da igreja (Ex 30.34,35) – O incenso era feito de quatro componentes:


a) Estoraque
– era extraído de um arbusto sem incisão, sem corte na árvore. A resina fluía espontaneamente. Nossas orações de igual modo devem ser livres e espontâneas. Devemos ter prazer em estar na presença de Deus (Sl 63.1,8). Chega de orações mecânicas, sem vida, que em vez de nos aproximar de Deus, acaba por nos afastar de sua presença.

b) Onicha extraído de um molusco marinho. Isso nos ensina que a oração deve partir das profundezas da nossa alma. Chega de tanta superficialidade, Deus nos chama a profundidade. (Sl 130).

c) Gálbano um arbusto do deserto. Suas folhas deviam ser quebradas e moídas para a extração do perfume. Isto nos ensina que nossas orações devem brotar de um coração quebrantado e contrito (Sl 51.17; Is 66.2).

d) Sal o sal é um símbolo da nossa vida (Mt 5.13), e nossa vida é a parte mais importante da nossa oração. O sal provoca sede, o sal dá sabor, o sal proíbe a decomposição. A presença da igreja na terra deve ser saneadora. As pessoas devem olhar para nós, e sentirem “sede de Deus”. Que o Eterno nos desperte para uma vida mais abundante de oração. Que o incenso de nossas orações suba sempre à presença de Deus como aroma suave e que o fogo jamais apague no altar de nossa vida.

Algumas pérolas sobre a oração:

“Deus está no trono, nós estamos a seus pés, e, entre nós e Ele, há apenas a distância de um joelho” Jim Elliot

“A oração é um escudo para a alma, um sacrifício a Deus e um açoite para Satanás”

John Bunyan

Nele, que foi nosso maior exemplo de oração,

Pr Marcello de Oliveira

Rádio Melodia – Sábado 23/05/09

Shalom!

Amados leitores[as] deste blog, quero convidá-los a ouvir a Rádio Melodia 97,3 FM – RJ, neste sábado, dia 23/05/09 onde estarei se for a vontade do Eterno, juntamente com o meu ilustre amigo – Pr Sézar Cavalcante, diretor executivo da Faculdade Teológica Betesda, na estréia do programa : Crescendo na Fé. Este programa que tem abençoado milhares e milhares de vidas em São Paulo, agora chega no RJ para abençoar a vida dos amados irmãos “cariocas”.

Portanto, não perca esta oportunidade de “Crescer na Fé”. O programa será AO VIVO!
Os internautas de todas as partes do mundo, podem ouvir o programa AO VIVO, basta clicar no link abaixo:

www.melodia.com.brRÁDIO AO VIVO. O programa terá ínicio às 10h00 e terminará as 12h00
Não perca!

Nele, que é a razão de nossa existência
Pr Marcello de Oliveira

A riqueza das palavras hebraicas – “ahaváh”, “hesed”

Diversas palavras hebraicas expressam os vários aspectos do amor. A palavra mais usada por “amor” é ‘ahab. Esta palavra é usada mais de 200 vezes no Antigo Testamento. Refere-se 32 vezes ao amor de Deus.

1) ‘Ahab, expressa com freqüência o amor entre o marido e mulher (Gn 24.67; 29.18; Jz 16.4,15; I Sm 1.5; 18.20) dos pais pelos filhos (Gn 22.2; 25.28); da nora pela sogra (Rt 4.15); e entre amigos (I Sm 18.1-3).

Há pessoas que são objeto do amor de Deus: Salomão (II Sm 12.24; Ne 13.26) e Ciro (Is 48.14). Em Dt 10.18 diz que o Eterno ama o estrangeiro. Ele ama a Jerusalém (Sl 78.68; 87.2). Deus ama a retidão e os que agem corretamente (Sl 11.7; 37.28; 45.7; 99.4). Deus amou os pais e, depois deles, escolheu seus descendentes (Dt 4.35; 10.15).

Em inúmeras passagens o Antigo Testamento fala do amor de Deus por Israel (Dt 7.8-9; 23.5; I Rs 10.9; II Cr 2.11). Ele o amou como “marido” (Ez 16.8; Os 3.1) e como pai (Os 11.1). Por Israel ser precioso a seus olhos, Ele o amou, redimiu e renovou (Is 43.4; 63.9; Sf 3.17). A linguagem do Antigo Testamento sobre o amor de Deus por Israel é às vezes paradoxal. Em Jeremias 31.3 se diz: “Com amor eterno te amei [Israel]”; mas em Oséias 9.15: “Já não os amarei”.

A Septuaginta traduz ‘ahab por agapao. Dr Norman Snaith chamou ‘ahabâ“amor por escolha”. É amor incondicional. O amor por escolha flui do excedente espontâneo do amor de Deus, conclui Snaith.

2) Hesed (“dedicação”, “graça”, “bondade”, “lealdade”). Uma segunda palavra relacionada com o amor de Deus é hesed. Os estudiosos como Genesius sugeriu o significado: “ímpeto”, “zelo ardente” como sentido primário da raiz. A raiz hsd ocorre apenas três vezes no Antigo Testamento como verbo: uma vez no piel no sentido de “causar vergonha” (Pv 25.10) e duas vezes no hifil, em passagens paralelas que significam “mostra-se leal” (II Sm 22.26; Sl 18.25). Há também o lado negativo de hesed que é apresentado no Antigo Testamento em Provérbios 14.34 e Isaías 40.6b:

A justiça faz prosperar uma nação,
o pecado é a vergonha [hesed]
dos povos
(Pv 14.34, BJ).

Toda carne é erva,
e toda a sua graça [hesed],
como a flor do campo
(Is 40.6b, BJ)

É difícil traduzir hesed para o português. A ARA via de regra traduz a palavra por “misericórdia”. A Septuaginta também: eleos (“misericórdia”). Duas vezes (em Ester) ela usa charis (“graça”). Martinho Lutero usou a palavra gnade (“graça”) no lugar de hesed, assim como fez com a palavra charis no Novo Testamento. Snaith preferiu usar o termo “amor da aliança”.

O que vemos no Antigo Testamento é que a palavra hesed contém dois elementos básicos. Um é a idéia de força, lealdade, fidelidade. O outro é a idéia de bondade, misericórdia e graça. Talvez “dedicação” capte os dois elementos da palavra.

A palavra hesed é usada com freqüência em pares de palavras e na poesia paralela. Em 43 casos hesed é ligado a outro substantivo. Em 22 dessas vezes é com ‘emet [verdade] ou com alguma forma da raiz ‘ aman (“verdade”), na expressão “graça e verdade” (Gn 24.27; Ex 34.6; Js 2.14; Sl 25.10; 85.10; 86.15; Pv 3.3; 14.22). Sete vezes hesed é usado junto com “aliança” (Dt 7.9,12; I Rs 8.23; II Cr 6.14; Ne 1.5). Emprega-se hesed com as palavras ‘óz (“força”) e misgab (“fortaleza”) em algumas ocasiões (Sl 59.9; 144.2).

O Antigo Testamento fala com freqüência da “abundância” ou “grandiosidade” do hesed de Deus (Ex 34.6; Nm 14.19; Ne 9.17; 13.22; Sl 5.7; 36.5; 69.13). Uma vez o salmista diz: “A terra, Senhor, está cheia da tua hesed (bondade, Sl 119.64)”. Três vezes o salmista diz que o hesed de Deus se estende até o céu, e sua fidelidade (‘emet) alcança as nuvens (Sl 36.5; 57.10; 108.4). A idéia é que seus hesed e ‘emet não podem ser medidos!

Pr Marcello

Bibliografia: Smith, Ralph L. Teologia do A.T. Edições Vida Nova 2001

Rádio Melodia no RJ – Domingo 17/05/09

Quero fazer um convite especial a todos os nobres leitores [as] deste blog. Neste domingo, dia 17/05/09, com a graça e permissão do Eterno, estarei na Rádio Melodia FM 97,3 no Rio de Janeiro, no programa – “Crescendo na fé” com meu amigo Pr Sézar Cavalcante.

Este programa que tem abençoado milhares de pessoas em São Paulo, através da Faculdade Teológica Betesda, agora chega no RJ para abençoar e ensinar a Palavra de Deus a todos nossos irmãos “cariocas”.

Neste programa, teremos uma seleta mesa de biblistas e estudiosos das Escrituras : Pr Sézar Cavalcante [diretor da FTB], Pr Arthur Bittencourt [ AD – Utinga] Pr Ciro Sanches Zibordi [AD em Cordovil] e este que vos escrevePr Marcello de Oliveira.

O programa é AO VIVO, e tem ínicio às 11h00 com o término às 12h00.

Todos os nossos leitores, irmão e amigos da grande rede, podem ouvir o programa ao vivo, clicando no link:

www.melodia.com.brClique no link RÁDIO AO VIVO e Escute!

No amor de Jesus, Pr Marcello de Oliveira

P.s No domingo a noite, estarei pregando a Palavra do Senhor Jesus, na Igreja Assembléia de Deus em Cordovil, cujo pastor presidente é o Pr Francisco José da Silva. Terei a honra e o privilégio de estar junto com meu amigo e expoente das Escrituras – Pr Ciro Sanches Zibordi. O culto tem ínicio as 18h00.

O site da igreja é : http://www.admc.com.br/

Quem escreveu a epístola aos Hebreus?

O Dr. Adam Clarke falando sobre a importância da epístola aos Hebreus disse: “Sem sombra de dúvida, a epístola aos Hebreus é o mais importante e útil de todos os escritos apostólicos. Todas as doutrinas do Evangelho nela estão incorporadas, ilustradas e impostas como lei de maneira mais lúcida, por alusão e exemplos, os mais impressionantes e ilustres, e, por argumentos, os mais convincentes”.

Ainda disse: […] “tantas são as belezas, tão grande a excelência, tão instrutiva a matéria, tão agradável a maneira e tão sumamente interessante o todo, que a epístola pode ser lida cem vezes sem denunciar a monotonia; e sempre com acréscimo de informações a cada leitura, devido a profundidade desta epístola”.

A autoria da epístola tem sido grandemente discutida desde os tempos remotos. Tertuliano a atribuiu a Barnabé; Clemente de Alexandria a atribuiu, em parte, pelo menos, a Lucas. Ele achava que Paulo era o autor, e Lucas, o tradutor. Lutero estava entre os que atribuíram a Apolo, que era poderoso nas Escrituras (At 18.22-28). Outros ainda atribuíram a autoria dela a Silvano ou Áquila. A igreja no Oriente universalmente aceitou a epístola como sendo de Paulo, e na igreja Latina, foi geralmente recebida como paulina até o fim do século II.


Em alguns dos catálogos e manuscritos antigos, tais como o Código de Alexandria, do Vaticano, de Efraemi e outros, a epístola aos Hebreus se encontra imediatamente após II Tessalonicenses, entre as epístolas paulinas. Eusébio, citando Clemente,a firmou que a razão pela qual Paulo não subscreveu seu nome na epístola aos Hebreus teria sido o fato de ser o apóstolo dos gentios, e não dos judeus. Todavia, a maioria dos eruditos concorda com Orígenes, que disse, no século III: “Quanto ao autor da epístola, só Deus sabe a verdade”.

Dr. Chadwick disse: “Não obstante, é obra de algum membro da escola paulina. As semelhanças com o seu estilo são notáveis e só podem reconciliar-se com as diferenças notáveis se acreditarmos que foi escrito de um discípulo que entesourava com o amor o pensamento de seu mestre e, às vezes, até reproduzia suas expressões, ao passo que sua individualidade permanecia intacta. E isto é a um tempo edificante e interessante. Vemos as grandes convicções pelas quais o apóstolo vivia, a encarnação, a expiação, a intercessão de nosso Senhor, a fé, a justificação e o julgamento, influenciando outra mente, assumindo outra forma e cor, expressando-se de outra maneira, encontrando seu apoio no Antigo Testamento e, contudo, permanecendo a mesma. É um ótimo exemplo de quanta diferença de expressão, originalidade e independência são compatíveis com o amor e a fidelidade ao mesmo Evangelho”.

No amor de Jesus,

Pr Marcello de Oliveira

Bibliografia: Wiley, Orton H. A excelência da Nova Aliança em Cristo. Editora Central Gospel.

Salmos 46 – Deus é. Deus está. Deus faz

A maioria dos leitores das Escrituras conhece o Salmo 46. Quem nunca leu este belo Salmo? Convido você, prezado leitor [a] a mergulhar neste Salmo comigo, e ver a profundidade que encontramos nele. Um dos “segredos” de uma boa exegese de um texto, é conhecer o sentido histórico em que o texto foi escrito. Quando sabemos o que se passava quando o texto foi escrito, falamos com muito mais propriedade e segurança, trazendo luz e entendimento aos ouvintes.

Há um consenso entre os estudiosos que este salmo serviu de inspiração para o hino “Castelo Forte é Nosso Deus”, composto por Martinho Lutero. Há uma possibilidade muito grande que o contexto histórico em que foi escrito este salmo, seja a ocasião em que Deus livrou Jerusalém dos assírios no tempo do rei Ezequias (II Rs 18-19; II Cr 32; Is 36-37). Será bastante proveitoso ler estes textos para um melhor entendimento deste salmo.

O rei Ezequias era poeta, e é possível que tenha escrito não apenas este salmo, mas também o 47 e o 48, provavelmente no mesmo contexto histórico, onde a vitória do Senhor é celebrada sobre o inimigo.

1) Deus É nossa fortaleza – (Sl 46.1-3)a palavra traduzida por “refúgio”, no verso 1, significa “um abrigo, uma rocha de refúgio”, enquanto essa mesma palavra, nos versos 7 e 11, quer dizer “um baluarte, uma torre alta, uma fortaleza”. É isso que Deus estava dizendo para o povo: “Quando o inimigo vier, Eu serei o vosso abrigo, serei uma rocha, é como se o povo, estivesse escondido dentro da rocha, num lugar inatingível!” Os dois termos declaram que Deus é um refúgio confiável para seu povo quando tudo ao seu redor parece estar desmoronado (Sl 61.3; 62.7,8; 142.5). Mas Ele não nos protege a fim de nos mimar. Não. Antes, abriga-nos a fim de nos fortalecer para que voltemos à vida com suas responsabilidades e perigos.

A palavra “tribulações” refere-se a pessoas em lugares apertados, encurraladas num canto e incapazes de sair dessa situação. Veja que estratégia maligna dos exércitos assírios, eles queriam encurralar o povo de Deus, deixarem sem recursos para uma saída. Talvez, você leitor [a] se encontra nessa mesma situação, em que o inimigo quer te encurralar, lhe deixar à mercê de seus ataques. Mas a Palavra de Deus para estas situações é: “Não temas!”. Quando os oficiais assírios ameaçaram Jerusalém, Isaías disse ao rei: “Não temas por causa das palavras que ouviste” (II Rs 19.6). Esta é a palavra de Deus para você. Talvez você não veja o livramento, tudo parece perdido, o inimigo se agiganta, mas ouça a Palavra de Deus – “não temas!” A terra pode mudar, as montanhas podem ser arremessadas violentamente no mar, podem vir terremotos e maremotos, mas todas as coisas estão sob o controle de nosso Deus. Ele é nossa fortaleza e nosso refúgio em meio às incertezas da vida.


2) Deus Está no meio – (Sl 46.4-7)A cena seguinte mostra Jerusalém, onde o povo encontrava-se sitiado pelo exército assírio. A água era um bem precioso na Palestina, especialmente em Jerusalém, uma das poucas cidades da Antiguidade não construída à beira de um rio. Ezequias havia usado de sabedoria e construído um sistema subterrâneo de abastecimento que ligava os mananciais de Giom, no vale de Cedrom, ao tanque de Siloé, dentro da cidade, de modo que havia água disponível (II Rs 20.20; II Cr 32.30). Que fantástico! Ezequias estava querendo dizer: “Ainda que ele [inimigo] corte nosso suprimento de água, e aí, poderia ser caracterizada a derrota do povo de Jerusalém, Ezequias diz:” Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo”. O poeta sabia que Deus era o seu rio, aquele que supre a água da vida (Sl 36.8; 65.9; 87.7 e Jo 7.37-39). No tempo do rei Acaz, Isaías comparou uma invasão dos assírios a um rio transbordante, mas lembrou o povo que seu Deus era como um rio tranqüilo (Siloé) que lhes traria a paz (Is 8.1-10).

O verso 5 diz: “Deus está no meio dela” – ainda que eles estivessem encurralados, sem saída, o Deus Eterno está no meio dela. Ou seja, ninguém os derrotaria, pois Deus era aquele que comandava tudo!

Sem dúvida, Jerusalém era uma cidade santa, separada por Deus, e que abrigava seu santuário, mas isso não era garantia alguma de vitória (Jr 7.1-8). A fim de que o Senhor os ouvisse e salvasse, o rei e o povo precisavam voltar-se para o Senhor com uma atitude de contrição e fé – foi o que fizeram. Deus socorreu Jerusalém quando o dia amanheceu (“desde antemanhã”; vs 5), pois o Anjo do Senhor matou 185 mil soldados assírios e mandou Senaqueribe de volta para casa (Is 37.36).


3) Deus faz cessar a guerra (Sl 46.8-11) a terceira cena mostra os campos ao redor de Jerusalém, em que os soldados assírios estão mortos, suas armas e equipamentos espalhados e quebrados. Não havia ocorrido batalha alguma, mas o Anjo do Senhor deixara esses vestígios, a fim de estimular a fé do povo de Deus.

“Vinde, contemplai as obras do Senhor, que assolações efetuou na terra” (vs 8). O Senhor derrotou e desarmou seus inimigos e destruiu suas armas, de modo que não podiam mais atacar.

“Aquietai-vos” quer dizer, literalmente: “Não mexam em nada! Descansem!”. Nós gostamos de “mexer em tudo” e de dirigir nossa vida a nossa maneira, mas Deus é Deus, enquanto nós não passamos de servos do Senhor. Pelo fato de Ezequias e de seus líderes terem permitido que Deus fosse Deus, Ele os livrou de seus inimigos. Foi assim que o rei Ezequias orou: “Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, livra-nos das suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu és o Senhor Deus” (II Rs 19.19).

O Senhor chama a si mesmo de “Deus de Jacó”, e lembramos como Jacó meteu-se em apuros em várias ocasiões por tentar intervir nas circunstâncias e fazer o papel de Deus. Há um momento certo para obedecer a Deus e agir, mas até que chegue essa hora, devemos deixar Ele trabalhar livremente, a seu tempo e a seu modo. Em outras palavras, deixe Deus ser Deus em sua vida.

Nele, que É , que Está, e que Faz tudo para a glória Dele

Pr Marcello de Oliveira< /span>

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Bíblico. Geografia Editora 2006